[pt] O protestantismo brasileiro, de uma forma geral, orgulha-se de ser contracultural. Orgulha-se de estar dentro de um cativeiro cultural impossibilitado de dialogar com outras áreas do saber e principalmente com a ciência moderna. Este trabalho quer mostrar as raízes e o desenvolvimento de um discurso anti-intelectual marcante no protestantismo brasileiro que o impede de ser relevante diante das demandas do tempo presente. Ao olhar para a antiga modernidade, pode-se identificar o mergulho que a humanidade fez em direção ao racionalismo, ao cientificismo exagerado, que guiado pelo viés positivista fez com que o homem se enxergasse totalmente separado de tudo e de todos. No meio religioso se evidencia a briga entre Fé e razão. Porém um dos contornos nítidos do paradigma atual é que a briga entre a religião e a ciência, entre a Fé e a Razão merece morrer. Infelizmente, dentro do protestantismo brasileiro ainda se escuta ecos fortes desse conflito que a modernidade fez explodir. E dentro do protestantismo, no lugar da denúncia do indevido uso da Razão, aconteceu a exclusão completa da mesma. No Brasil, um protestantismo guiado por um emocionalismo puro e por uma espiritualidade que não enxerga o mundo e suas mudanças, persiste em fazer morada dentro das diversas igrejas protestantes. Um olhar para o passado tentando entender as origens e o desenvolvimento desse problema é essencial para a superação do mesmo. É exatamente nisto que esta pesquisa propõe-se a ajudar. / [en] Brazilian Protestantism, in general, prides itself on being countercultural. It prides itself on being in a cultural captivity unable to dialogue with other areas of knowledge and especially with modern science. This work intends to show the roots and the development of a striking anti-intellectual discourse in Brazilian Protestantism that prevents it from being relevant in face of the demands of the present time. When looking at the ancient modernity, one can identify the plunge that humanity made towards rationalism, to exaggerated scientism, which, guided by the positivist bias, made man see himself totally separated from everything and everyone. In the religious milieu, the fight between Faith and reason is evident. However, one of the clear contours of the current paradigm is that the fight between religion and science, between Faith and Reason, deserves to die. Unfortunately, within Brazilian Protestantism, one can still hear strong echoes of this conflict that modernity has caused to explode. And within Protestantism, instead of denouncing the misuse of Reason, it was completely excluded. In Brazil, a Protestantism guided by pure emotionalism and a spirituality that does not see the world and its changes, persists in making a home within the various Protestant churches. A look at the past trying to understand the origins and development of this problem is essential to overcome it. This is exactly where this research is intended to help.