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[en] ALBUM COVERS: WAYS OF READING THEM / [pt] CAPAS DE DISCO: MODOS DE LERAICHA AGOUMI DE FIGUEIREDO BARAT 01 October 2018 (has links)
[pt] Capas de disco: modos de ler busca chaves de leitura para compreender a relação entre a música e a cultura visual no século XX e início do XXI. Ao deslocar o objeto de uma discoteca, seu espaço tradicional de fruição musical, e trazê-lo para o campo dos estudos culturais, uma infinidade de leituras se apresenta. As capas são uma forma de arte muito particular, analisá-las é fundamental para entender as diversas formas em que seus mecanismos operam. A música é, por sua vez, um instrumento importantíssimo para entender a cultura visual de forma mais ampla. Este trabalho se vale de ferramentas do campo da história da arte e de outros dispositivos analíticos interdisciplinares para explorar as imagens e sua potência. O argumento central da tese defende a ideia de que as capas contribuem para a construção de um sentido musical, enriquecendo o processo estético do fruidor. Os anos 1950 foram essenciais para firmar a capa
como elemento primordial para o disco. Foi também a partir dos anos 1950 que artistas plásticos e fotógrafos penetraram no mercado das gravadoras, vendendo seus talentos e experimentando concepções visuais inovadoras em capas. Ou seja: a criatividade de alguns capistas abriu novos caminhos e permitiu explorar novas concepções para as artes de LP. Procura-se, assim, mostrar que as capas foram locus privilegiado e fértil de expressão para diversos fotógrafos e artistas plásticos consagrados se expressarem em escala industrial. Esta tese busca entender a capa para além da simples ilustração e compreendê-la não só como invólucro ou objeto de design, mas principalmente como objeto artístico, tão importante quanto o
conteúdo. Estão em foco neste trabalho principalmente dois aspectos que se complementam. Por um lado, analisa-se a capa de disco como campo de experimentação artística, ou seja, um suporte de trabalho para inúmeros artistas plásticos e fotógrafos. Por outro, que não deixa de complementar esse mesmo campo, reflete-se sobre a capa como suporte para o retrato do sujeito, no sentido restrito de portrait, que subentende tecer laços com o gênero pictórico secular. / [en] Album covers: ways of reading them aims to search for keys to interpret the relation between music and visual culture in the XXth century and the beginning of the XXIst. By displacing the object from a discotheque, its usual space of musical fruition, and bringing it to the cultural studies field, an infinity of
possibilities come up. Covers are a very particular art form, analyzing them is central to understand the different forms in which their mechanisms operate. Music on the other hand, is a very important instrument to apprehend visual culture in a broader way. This work uses tools from the art history field and other
interdisciplinary analytic devices to explore images and their strength. The central argument of this thesis asserts that album covers contribute to the construction of a musical meaning by enriching the esthetic process of the listener. The 1950s were essential to establish the album cover as primary element for the record. It was also in the 50s that visual artists and photographers penetrated the record company markets selling their talents and experimenting innovative visual layouts. In other words: the creativity of some cover artists opened new paths and enabled new conceptions for the album cover artwork. This work seeks to show that album covers were a notorious and fertile place of expression for photographers and visual artists to express themselves in a large scale. This thesis aims to understand the album cover beyond a simple illustration, and to grasp it not just as a packaging or design piece, but mainly as an artistic object, as important as the content itself. This work focuses on two aspects that complement themselves. On one hand, we analyze the record cover as a field of artistic experimentation, that is, a support for many visual artists and photographers to work on. On the other hand, that complements this same field, a reflection is made on the cover as a support for the portrait of the subject, in the restrict sense of the portrait, that aims to establish ties with the secular pictorial genre.
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