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[pt] ESSA FEZ SOCILA: NARRATIVAS SOBRE ETIQUETA, SOCIALIZAÇÃO FEMININA E APERFEIÇOAMENTO SOCIAL DA MULHER / [en] SHE DID SOCILA: NARRATIVES ABOUT ETIQUETTE, FEMALE SOCIALIZATION AND SOCIAL IMPROVEMENT OF WOMANMARIA CAROLINA EL-HUAIK DE MEDEIROS 01 September 2022 (has links)
[pt] Precursora na formação de manequins e candidatas a miss no Brasil, a Socila
ficou conhecida por ser uma escola de etiqueta para mulheres, sinônimo de
elegância no Brasil dos anos 1950 e 1960. Fazer Socila significava aprender sobre
embelezamento, vestuário e educação do corpo, configurando um
aperfeiçoamento social. A despeito do seu auge ter sido nos anos 1960, a Socila
continua sendo mencionada na imprensa, sem nunca ter sido objeto de estudo. Nesta
pesquisa se pretende contar a história da escola e de sua fundadora, Maria Augusta,
que ensinou etiqueta para a família Kubitschek, circulou na alta roda mundial e
inspirou personagem em série de TV, buscando compreender as narrativas de
feminilidade e socialização ensinadas às mulheres dos anos 1950 e 1960, tomando
a escola como partícipe da construção de um imaginário normatizador de
feminilidade, de um habitus (BOURDIEU, 1983). A hipótese é que entre opressão
e emancipação, Maria Augusta teria sido uma mediadora para mulheres, a partir de
um capital feminino que lhes possibilitava participar da vida social, fora dos
recônditos do lar. Com o tempo, entretanto, o aperfeiçoamento social se desloca do
aprendizado da etiqueta para um aperfeiçoamento corporal, mediante intervenções
estéticas no corpo. As narrativas na imprensa sobre a Socila, sobretudo nas revistas
Manchete e O Cruzeiro e no jornal O Globo, ajudam a recontar a história, além do
conteúdo de quatro apostilas com os ensinamentos ministrados por Maria Augusta,
cotejado a entrevistas. / [en] A precursor in training models and miss candidates in Brazil, Socila became
known for being a school of etiquete for women, synonymous of elegance in the
1950s and 1960s. Doing Socila meant learning about beauty, clothing and body
education, becaming a social improvement. Despite its heyday being in the
1960s, Socila continues to be mentioned in the press, without ever having been an
object of study. In this research, we intend to tell the story of the school and its
founder, Maria Augusta, who taught etiquete to the president Kubitschek s family
and inspired a character in a TV series, seeking to understand the narratives of
feminity and socialization taught to women, taking the school as a participant in the
construction of a normative imaginary of feminity, of a habitus (BOURDIEU,
1983). The hypothesis is that between oppression and emancipation, Maria Augusta
would have been a mediator for women, based on a female capital that allowed
them to participate in social life, outside the confines of home. However, social
improvement shifts from learning etiquette to body improvement, through aesthetic
interventions in the body. The narratives in the press about Socila help to tell the
story, in addition to the content of four handouts with the teachings given by Maria
Augusta and interviews.
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