1 |
[en] KOOLHAAS IN THE FAUSTIAN DOUBLE: THE ARCHITECT AS SEEN BY GOETHE / [pt] REM KOOLHAAS NO DUPLO FÁUSTICO: O ARQUITETO SE VISTO POR GOETHETHIAGO OLIVEIRA GONZALEZ LOPEZ 10 December 2024 (has links)
[pt] A dissertação aposta na possibilidade de confrontar a ação do arquiteto
holandês e líder do escritório Office for Metropolitan Architecture (OMA) Rem
Koolhaas (1944 -) com um dos monumentos da literatura universal: Fausto (1808
e 1832) de Goethe (1749 - 1832). Visto as especificidades de cada plano de análise,
Koolhaas se posiciona como protagonista neste encontro e é visto sob a influência
do meio literário em três dimensões: (a) Goethe no metabolismo com a realidade
como escritor-investigador; (b) Fausto enquanto personagem e pactário de
Mefistófeles, personificação do diabo; e (c) Fausto, como tragédia e obra autônoma.
A articulação desse tríplice mediação parte do quinto e último ato trágico, quando
a obra se abre à modernidade concebida nas mãos de Goethe e se desdobra na
construção de uma cidade. Esta medida aproxima Fausto da condição de um
arquiteto e planejador urbano, estabelecendo elo com a maneira como Koolhaas,
roteirista e jornalista, concebe a modernização no seu percurso entre Europa e
Estados Unidos, com a especificidade do capitalismo para cada contexto. Para isso,
opera-se em três dimensões investigativas: (I) o ato de ficcionalizar o contexto
histórico como estratégia de leitura e captura do aqui e agora; (II) a ação prática
como exposição às - e das - contradições absorvidas no ato de materializar; e (III)
na disputa pela remodelação linguística das respectivas disciplinas como operação
contemporânea. A ideia de contemporâneo, obtida pela perspectiva do filósofo
Giorgio Agamben, desvia-se das enunciações imediatas da crítica feita a Koolhaas,
com o objetivo de encontrá-lo na sombra fáustica: a instabilidade entre o bem e o
mal, que Goethe dissimula ao abordar a contradição da vida moderna, torna-se
aqui o motivo para que Koolhaas manifeste o ímpeto metropolitano da suspensão
dicotômica. / [en] The dissertation explores the possibility of confronting the work of Dutch architect and leader of the Office for Metropolitan Architecture (OMA), Rem Koolhaas (1944 -), with one of the monuments of universal literature: Faust (1808and 1832), by Goethe (1749-1832). Given the specificities of each analytical framework, Koolhaas is positioned as the protagonist in this encounter and is seen under the influence of the literary field in three dimensions: (a) Goethe s metabolism with reality as a writer-investigator; (b) Faust, as a character and Mephistopheles s pact-maker, the devil s personification; and (c) Faust, as a tragedy and autonomous work. The articulation of this triple and final tragic act,where the work opens itself to modernity, conceived by Goethe, unfolds inconstructing a city. This brings Faust closer to the condition of an architect and urban planner, establishing a connection with the way Koolhaas, as a screenwriter and journalist, envisions a place for modernity in his journey between Europe and the United States, considering the particularities of capitalism in each context. To achieve this, the analysis operates in three investigative dimensions: (I) the act of fictionalizing the historical context as a reading strategy and a way to capture the here and now; (II) practical action as an exposure to – and of – the contradictions absorbed in the act of materialization; and (III) the dispute over the linguistic remodeling of the respective disciplines as a contemporary operation. The idea of contemporary, drawn by the perspective of philosopher Giorgio Agamben,deviates from the immediate enunciations of Koolhaas s critics, to find him in the Faustian shadow: the instability between good and evil, which Goethe dissimulates through the exploration of the contradictions of modern life, becomesa reason for Koolhaas to express the metropolitan dichotomous suspensions.
|
Page generated in 0.0292 seconds