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[en] SPATIAL PATTERN FORMATION IN POPULATION DYNAMICS / [pt] FORMAÇÃO DE PADRÕES ESPACIAIS NA DINÂMICA DE POPULAÇÕESEDUARDO HENRIQUE FILIZZOLA COLOMBO 17 June 2015 (has links)
[pt] Motivado pela riqueza de fenômenos produzidos pelos seres vivos,
este trabalho busca estudar a formação de padrões espaciais de populações
biológicas. De um ponto de vista mesoscópico, definimos os processos básicos
que podem ocorrer na dinâmica, construindo uma equação diferencial parcial
para a evolução da distribuição da população. Essa equação incorpora
duas generalizações de um modelo pre-existente para a dinâmica de um
espécie, que leva em conta interações de longo alcance (não locais). A
primeira generalização consiste em considerar que a difusão é não linear,
isto é, é afetada pela densidade local de tal modo que o coeficiente de difusão segue uma lei de potência. Por outro lado, visto a alta complexidade
envolvida na natureza dos parâmetros do modelo, introduzimos como segunda
generalização parâmetros que flutuam no tempo. Idealizamos estas
flutuações como um ruído descorrelacionado temporalmente e que obedece
uma distribuição gaussiana (ruído branco). Para estudar o modelo resultante,
utilizamos uma abordagem analítica e numérica. As ferramentas analíticas se baseiam na linearização da equação de evolução e portanto são aproximadas. Todavia, complementadas com resultados numéricos, conseguimos extrair conclusões relevantes. A não localidade das interações induz a formação de padrões. O alcance dessas interações é o que determina o modo dominante presente nos padrões. Assim, para valores dos parâmetros acima de um limiar crítico, emergem padrões. Analiticamente, mostramos que, mesmo abaixo desse limiar, as flutuações nos parâmetros podem induzir a aparição de ordem espacial. Os efeitos da difusão não-linear são captados superficialmente pela análise linear. Numericamente, mostraremos que sua presença modifica a forma dos padrões. Observamos, especialmente, a existência de uma transição quando alternamos entre o caso em que a difusão é facilitada por altas densidades e o caso oposto. Para o primeiro caso, verificamos que os padrões se tornam fragmentados, ou seja, a população é agora composta de sub-grupos desconectados. / [en] Motivated by the richness of phenomena produced by living beings,
this work aims to study the formation of spatial patterns in biological
populations. From the mesoscopic point of view, we define the basic
processes that may occur in the dynamics, building a partial differential
equation for the evolution of the population distribution. This equation
incorporates two generalizations of a pre-existing model for the dynamics
of one species, which takes into account long-range (nonlocal) interactions.
The first generalization is to consider that diffusion is nonlinear, i.e., it is
affected by the local density such that the diffusion coeficient follows a
power law. On the other hand, because of the high complexity involved in
the nature of model parameters, we introduced as a second generalization
time-fluctuating parameters. We idealize these fluctuations as Gaussian
temporally uncorrelated (white) noises. To study the resulting model, we
use an analytical and numerical approach. Analytical tools are based on
the linearization of the evolution equation and are therefore approximate.
However, as evidenced by numerical results, we draw important conclusions.
The nonlocal feature of the interaction is the main mechanism which
induces pattern formation. We show that the extent of these interactions
is what characterizes the dominant mode. Thus, for parameter values
above a critical threshold patterns emerge. Analytically, we also show that
even below this threshold, fluctuations in the parameters can induce the
appearance of spatial order. The effects of nonlinear diffusion are only
superficially captured by the linear analysis. Numerically, we show that their
presence modifies the patterns shape. We mainly observed the existence of
a qualitative difference between the cases when diffusion is facilitated or
not by high densities. In the first case, we note that the patterns become
fragmented, that is, population becomes composed of disconnected clusters.
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[pt] ORGANIZAÇÃO ESPACIAL DE POPULAÇÕES DE ESPÉCIE ÚNICA / [en] SPATIAL ORGANIZATION OF SINGLE-SPECIES POPULATIONSVIVIAN DE ARAUJO DORNELAS NUNES 22 December 2020 (has links)
[pt] É comum observar na natureza a emergência de comportamentos coletivos
em populações biológicas, como formação de padrão. Neste trabalho,
estamos interessados em caracterizar a distribuição de uma população de espécie
única (como alguns tipos de bactérias ou de vegetação), a partir de modelos
matemáticos que descrevem a evolução espaço-temporal, governados por processos
elementares como: dispersão, crescimento e competição não-local por
recursos. Primeiramente, utilizando uma generalização da equação de FKPP,
analisamos numérica e analiticamente, o impacto de mecanismos de regulação
dependentes da densidade, tanto na difusão quanto no crescimento. Tais
mecanismos representam processos internos de retroalimentação, que modelam
a resposta do sistema à superlotação ou rarefação da população. Mostramos
que, dependendo do tipo de resposta em ação, os indivíduos podem
se auto-organizar em subpopulações desconectadas (fragmentação), mesmo na
ausência de restrições externas, ou seja, em uma paisagem homogênea. Discutimos
o papel crucial que a dependência com a densidade tem na forma
dos padrões, particularmente na fragmentação, o que pode trazer consequências
importantes para processos de contato como disseminação de epidemias.
Tendo compreendido esse fenômeno em um meio homogêneo, estudamos o
papel que um ambiente heterogêneo tem na organização espacial de uma população,
que representamos através de uma taxa de crescimento que varia com
a posição. Investigamos as estruturas que emergem próximo a fronteira de um
meio para o outro. Descobrimos que, dependendo da forma de interação nãolocal
e de outros parâmetros do modelo, três perfis diferentes podem emergir
a partir da interface: (i) oscilações não-atenuadas (ou padrões espaciais, sem
decaimento da amplitude); (ii) oscilações atenuadas (com amplitude decaindo
a partir da interface); (iii) decaimento exponencial (sem oscilações) a um perfil
homogêneo. Relacionamos o comprimento de onda e a taxa de decaimento
das oscilações com os parâmetros das interações (comprimento característico
e forma de decaimento com a distância). Discutimos como as heterogeneidades
do ambiente permitem acessar informações (ocultas no caso homogêneo)
sobre os fenômenos biológicos do sistema, tais como os que mediam interações
competitivas. / [en] It is common to observe in nature the emergence of collective behavior
in biological populations, such as pattern formation. In this work, we are
interested in characterizing the distribution of a single-species population
(such as some bacteria or vegetation), based on mathematical models that
describe the spatio-temporal evolution, and governed by elementary processes,
such as: dispersion, growth, and nonlocal competition by resources. First,
using a generalization of the FKPP equation, we analyze numerically and
analytically the impact of density-dependent regulatory mechanisms, both
on diffusion and growth. Such mechanisms represent processes of internal
feedback, which shape the system s response to population overcrowding or
rarefaction. We show that, depending on the type of the response in action,
some individuals can organize themselves in disconnected sub-populations
(fragmentation), even in the absence of external restrictions, that is in a
homogeneous landscape. We discuss the crucial role that density-dependence
has in the form of patterns, particularly in fragmentation, which can have
important consequences for contact processes, such as the spread of epidemics.
After understanding this phenomenon in a homogeneous environment, we
study the role that a heterogeneous environment has in the spatial organization
of a population, which was presented as a growth rate that varies with
position. We investigate the structures that emerge near the border from one
environment to the other. We found that, depending on the shape of nonlocal
interaction and other model parameters, three different profiles can emerge
from the interface: (i) sustained oscillations (or spatial patterns, without
amplitude decay); (ii) attenuated oscillations (with amplitude decreasing from
the interface); (iii) exponential decay (without oscillations) to a homogeneous
profile. We related the wavelength and the rate of decay of oscillations with
the parameters of the interaction (characteristic length and form of decay
with distance). We discussed how the heterogeneities of the environment allow
access to information (hidden in the homogeneous case) about the biological
phenomena of the system, such as those that mediate competitive interactions.
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