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[en] WORK-LIFE BALANCE: IS THERE A DIFFERENCE IN PERCEPTION BETWEEN WORKERS FROM DIFFERENT SOCIOECONOMIC STRATA? / [pt] EQUILÍBRIO ENTRE VIDA PESSOAL E VIDA PROFISSIONAL: EXISTE DIFERENÇA DE PERCEPÇÃO ENTRE TRABALHADORES DE DIFERENTES ESTRATOS SOCIOECONÔMICOS?MARCOS VINICIUS SOARES SERRA FREIRE 27 July 2017 (has links)
[pt] Já há algum tempo as organizações estão atentas à questão de work-life balance, tendo criado diversos programas e benefícios para promover um melhor equilíbrio entre vida pessoal e vida profissional dos funcionários, visando uma melhoria da produtividade. O tema também é de interesse do mundo acadêmico
que pesquisa os impactos nocivos do desequilíbrio para as organizações e para o bem-estar dos funcionários, bem como suas causas e consequências. Todavia, essas pesquisas são, em sua maioria, voltadas para a elite trabalhadora, os whitecollar, dando pouca atenção aos segmentos profissionais menos qualificados. Esta constatação motivou o presente estudo que teve por objetivo compreender como o tema é percebido por indivíduos de diferentes origens socioeconômicas. Ancorado nos postulados de Bourdieu (2007), de que a percepção dos indivíduos é afetada pela classe ou fração de classe social, partiu-se da pressuposição de que a questão do equilíbrio entre vida pessoal e vida profissional não seria percebida,
da mesma forma, por indivíduos de diferentes segmentos profissionais. Através de uma pesquisa qualitativa, trabalhadores de diferentes estratos socioeconômicos foram entrevistados visando um entendimento da percepção de cada um em relação ao equilíbrio entre vida pessoal e vida profissional. Os resultados dessa pesquisa indicaram que o tema é mais bem compreendido por trabalhadores de
nível socioeconômico superior, sugerindo que work-life balance é um conceito definido pela elite, os pesquisadores da Academia, membros da elite cultural da sociedade (Bourdieu, 2007), para as elites. / [en] Organisations have been concerned for some time with work-life balance. Several programmes and benefits have been created to promote a better employees work-life balance, aiming to improve the productivity. It is also in the interest of academics to study the impact of the imbalance on organisations and on employees well-being, as wells as its causes and consequences. However, the majority of these studies are focused on upper class workers, who are also known as white-collars, while little attention is paid to the less qualified professionals. This fact has motivated this study, which has the objective to comprehend how work-life balance is perceived by individuals from different socioeconomic strata.
Anchored in Bourdieu s (2007) assumptions that individual perceptions are impacted by social class or fraction of class, it is presumed that the work-life balance is perceived differently by individuals from different professional segments. Through qualitative research, workers from different socioeconomic
strata were interviewed aiming to understand the perception of each one in relation to work-life balance. The results indicated that work-life balance is better comprehended by workers with higher socioeconomic status, suggesting that this concept was defined by the elite, the academic researchers, members of the intelectual elite of the society (Bourdieu, 2007), for the elite.
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