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[en] SHARING AS A CONSUMPTION PRACTICE IN LOW-MIDDLE CLASS URBAN FAMILIES: AN INTERPRETATIVE STUDY / [pt] COMPARTILHAMENTO COMO PRÁTICA DE CONSUMO EM FAMÍLIAS URBANAS DE CLASSE MÉDIA BAIXA: UM ESTUDO INTERPRETATIVOBARBARA PAGLIARI LEVY 06 July 2016 (has links)
[pt] O presente estudo investiga o fenômeno do compartilhamento como prática
de consumo em famílias brasileiras urbanas de classe média baixa. Para tal,
utiliza-se da perspectiva da Consumer Consumption Theory (CCT), de caráter
interpretativo e adotando-se a família estendida residente em um mesmo domicílio
como unidade de análise.O compartilhamento é uma prática cotidiana, presente na
vida dos indivíduos tanto na esfera pública, quanto privada. Nos lares,
compartilha-se desde a geladeira e seu conteúdo até os móveis, os utensílios e os
espaços da casa. Compartilham-se a refeição, o entretenimento e as atividades
domésticas. Fora dos lares, compartilham-se os espaços públicos, espaços
comerciais como restaurantes e cinemas, os transportes, as paisagens, o mundo. O
compartilhamento realizado pelas famílias é um fenômeno social que, apesar de
sempre ter existido como prática de consumo cotidiana, esteve praticamente
ausente dos estudos em Comportamento do Consumidor e de áreas correlatas. O
arcabouço teórico está baseado na Consumer Culture Theory, especificamente
sobre o processo de significação do consumo e no compartilhamento como prática
de consumo. Foi utilizada abordagem interpretativa, com base em entrevistas em
profundidade com diferentes membros das famílias estendidas. Seguiu-se o
método abdutivo de combinação sistemática, em um processo de idas e vindas
entre teoria e campo. Este estudo contribui para a ampliação do conhecimento
sobre práticas de consumo de três formas principais: i) expandindo o
entendimento da temática do compartilhamento, delineando melhor fronteiras
conceituais e temáticas; ii) estudando o fenômeno no contexto da família
estendida brasileira, em contraposição à família nuclear norte-americana; e iii)
identificando as especificidades do fenômeno entre famílias urbanas de classe
média baixa. Do estudo emergiram novas categorias para descrever o
compartilhamento, assim como foram obtidas evidências de o emprestar ser um
modo de consumo distinto de compartilhamento. / [en] This research investigates sharing as a consumption practice in Brazilian
low-middle class urban families. Given this purpose, the study adopts the
Consumption Culture Theory (CCT) interpretative perspective, using the extended
family residing in the same household as the unit of analysis. Sharing is an
everyday practice in the individuals lives in both public and private spheres.
Within the households, artifacts such as the refrigerator and its contents are
shared, as well as furniture, utensils, and physical spaces. Individuals share meals,
entertainment, and domestic chores. Outside the home, public spaces, commercial
spaces such as restaurants and cinemas, transportation, landscapes, and other
aspects of the physical world are all shared. Sharing within families is a social
phenomenon that, although it has always been a daily consumption practice, it has
practically been absent from studies on Consumer Behavior and related areas. The
theoretical framework is based on the Consumer Culture Theory, specifically on
the process of extracting meaning from consumption. The study used an
interpretative approach, based on in-depth interviews with different members of
the extended families. It followed the abductive method of systematic combining,
which is characterized by continuous comings and goings between the theory and
the field. This study contributes to increase the knowledge on consumption
practices in three main ways: i) by expanding the understanding of the
phenomenon of sharing, better outlining its conceptual and thematic borders; ii)
by studying the phenomenon in the context of the Brazilian extended family, as
opposed to the American nuclear family; and iii) by identifying specificities of
how the phenomenon manifests among low middle class urban families. New
categories emerged from the study to describe sharing, as well as comparative
elements between sharing and lending as consumption practices. The study
proposes a conceptual framework for the different types of sharing.
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