1 |
[en] RESTRICTIONS ON PRIVATE CAMPAIGN FINANCING: INCENTIVES TO LESS ECONOMIC INFLUENCE OR TO COVERT CONTRIBUTIONS? / [pt] RESTRIÇÕES AO FINANCIAMENTO PRIVADO DE CAMPANHAS POLÍTICAS: INCENTIVOS PARA MENOR INFLUÊNCIA DO PODER ECONÔMICO OU PARA CONTRIBUIÇÕES VELADAS?RENATO DIAS DE BRITO GOMES 01 September 2005 (has links)
[pt] Uma preocupação comum em várias democracias é reduzir a
influência do
poder econômico sobre o processo eleitoral. Por exemplo,
desde o Electoral
Reform Act de 1971, os EUA limitaram as contribuições
declaradas (hard
money) que um candidato pode receber. Ainda assim, doações
não reguladas
para campanhas políticas (soft money) permitiram que os
gastos das
campanhas americanas continuassem a crescer. Será então
que restrições
a doações apenas estimulam contribuições veladas? Este
trabalho modela
os incentivos para contribuições políticas, mostrando que,
sob restrições
a doações, contribuições abertas visam a modificar
plataformas enquanto
que as veladas visam a influenciar o resultado da eleição.
Esta separação
de objetivos faz com que mais restrições a contribuições
abertas reduzam
incentivos para contribuições veladas. Leis que restringem
doações para
campanhas, portanto, devem reduzir a importância do poder
econômico
no processo político. / [en] Reducing the influence of economic power on the electoral
process is a
common concern in most democracies. In the United States,
for example, the
Electoral Reform Act of 1971 limits the declared donations
(hard money) a
candidate may receive. Still, non-regulated donations to
political campaigns
(soft money) have allowed campaign spending to continue to
grow. Would
such limits to donations do nothing but stimulate covert
contributions?
This paper models the incentives for campaign
contributions.We show that,
under legal restrictions to hard money, open contributions
aspect policies,
while covert contributions influence the electoral
outcome. By separating
objectives, more restrictions to open contributions dampen
incentives to
covert contributions. As such, these restrictions should
reduce the economic
influence on the political process.
|
2 |
[pt] ESTIMANDO A NATUREZA DA CORRUPÇÃO POLÍTICA: EVIDÊNCIAS DE UM EXPERIMENTO NO BRASIL / [en] ESTIMATING THE NATURE OF POLITICAL CORRUPTION: EVIDENCE FROM A POLICY EXPERIMENT IN BRAZIL24 November 2015 (has links)
[pt] O objetivo deste artigo é investigar se a corrupção em países em desenvolvimento está relacionada simplesmente a políticos visando à extração de renda ou se reflete um mecanismo mais complexo de retribuição aos financiadores de campanha com recursos públicos. Se os políticos decidem entre se engajar ou não na atividade ilícita de forma racional, deveríamos esperar uma queda na corrupção decorrente do aumento da punição à corrupção ou elevação na probabilidade de auditorias (Becker, 1968). Além disso, se a corrupção for uma forma de retribuição aos financiadores de campanha desses políticos, uma elevação na punição provocaria não somente uma queda na corrupção observada como também uma diminuição na demanda por recursos para projetos mais corruptíveis, como os de infraestrutura (Mauro 1998). Nesse artigo testamos essas explicações usando um experimento realizado no Brasil em 2009. Usando o fato de que alguns municípios foram aleatoriamente escolhidos para terem a probabilidade de serem auditados elevada, analisamos dados públicos dos convênios entre municípios e União. Encontramos uma queda considerável nos recursos solicitados para obras em infraestrutura. Ainda, encontramos efeitos mais pronunciados no caso em que o município foi auditado no passado, evidência de que prefeitos de fato respondem a políticas críveis. Por fim, esse efeito é mais forte se o prefeito foi fortemente financiado por construtoras. Em suma, nossos resultados sugerem que os prefeitos possuem um compromisso de retribuir financiadores de campanha e que respondem a políticas críveis contra a corrupção reduzindo os pedidos de recursos para projetos de infraestrutura. / [en] This paper proposes a test to estimate the nature of political corruption in developing countries: embezzlement by self-enriching politicians versus corruption that originates as a quid-pro-quo from campaign contributions. If politicians make their decision about being or not being corrupt rationally, then increasing the punishment for corrupt practices or the probability of getting caught should reduce corrupt practices (Becker, 1968). If corruption is a response of politicians to firms that finance their campaigns, an increase in punishment should yield not only a reduction in corruption but also a reduction in the demand for projects that are corruptible, such as projects on infrastructure. We test these explanations for corrupt practices using a randomized policy experiment in Brazil. We exploit the fact that some municipalities were randomly chosen to have their probability of being audited increased and we analyze public data of block grants. We find a significant decrease in the resources requested by the mayors to execute projects in infrastructure. Also, this effect is more pronounced if the municipality has been audited in the past, evidence that mayors respond to credible policies. Finally, this effect is larger if mayor s campaign was strongly financed by construction companies. In sum, our findings suggest that mayors are committed with campaign contributors and respond to larger probability of audits by reducing the amount of resources requested for infrastructure projects.
|
Page generated in 0.0515 seconds