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[pt] MINAS PARA O ESTADO, TERRAS PARA QUEM AS CULTIVA: POLÍTICA E HISTORICIDADE DO SINDICALISMO INDÍGENA BOLIVIANO / [en] MINES TO THE STATE, LAND TO THOSE WHO WORK IT: POLITICS AND HISTORICITY OF THE BOLIVIAN INDIGENOUS LABOUR MOVEMENTGUILHERME DE MORAES ANDRADE 20 October 2020 (has links)
[pt] Esta dissertação se propõe a trabalhar a forma como o resgate histórico é
capaz de referenciar uma compreensão do encontro entre raça e classe no interior
do sindicalismo indígena boliviano da segunda metade do século XX. Partindo de
uma crítica à qualificação sócio-política da indigeneidade como uma atualização
particular da luta de classes no país, o trabalho busca abordar a mediação entre o
reconhecimento da diferença, em uma mão, com a afirmação ou reivindicação de
um espaço de igualdade, na outra, para entender o complexo processo de negociação
que balizou a integração e o reconhecimento político do indígena boliviano,
desde a ofensiva latifundiária de meados do século XIX até após a revolução de
1952. A preocupação com sua subjetivação histórica, nesse sentido, intercruza dois
processos fundamentais: o regime de suplementação que possibilita a aparência de
fechamento significativo e as mediações representativas que condicionam sua visibilidade
e possibilidade de ser ouvido. Assim, a partir de uma sobreposição narrativa,
propõe-se explorar as liminariedades das categorias analíticas capazes de revelar,
em seus traços, formas imiscíveis de ser e agir no interior da comunidade
política que possibilitam solidariedades supranumerárias e irredutíveis a uma esquematização
cumulativa de enfrentamento da desigualdade por parte de movimentos
sociais. / [en] This dissertation aims to discuss the way historical recollection serves as a
point of reference to comprehend the encounter, in the second half of the 20th century, between race and class inside the Bolivian indigenous labour movement. Starting from a criticism of the social-political understanding of indigeneity as a particular form of actualization of class struggle in the country, this study discusses the mediation between the reckoning of difference, in one hand, with the assertion or vindication of equality, on the other, as a manner to understand the complex negotiation that fundaments the integration and political recognition of the Bolivian indian, from the estate expansion in mid-19th century to the period that follow the 1952 revolution. Focusing on their historical subjectification, in this sense, overlaps two underlying processes: the supplementary regime that makes possible the appearance of a signifying totality and the representational mediations that condition their ability to be seen and heard. Therefore, through a narrative juxtaposition, it is proposed to explore the liminalities of analytical categories as a way to reveal, in its traces, immiscible forms of being and acting inside a political community that makes possible supernumerary forms of solidarity, irreducible to the schematization of a cumulative confrontation of social movements with inequality.
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