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[pt] O CASO SINGULAR D O LIVRO VERMELHO DE C. G. JUNG / [en] THE SINGULAR CASE OF THE RED BOOK BY C. G. JUNGLARISSA KOUZMIN-KOROVAEFF 13 April 2020 (has links)
[pt] O propósito desta pesquisa é qualificar O Livro Vermelho de C. G. Jung
como obra de arte. Para isso buscou-se primeiramente quais os conceitos e
critérios de validação do livro como tal. Circunscritas as espécies que transitam
nessa categoria – livros raros e livros de artista – contemplamos, por meio de um
percurso histórico pela história do livro, suas especificidades, pressupostos e
aproximações, pois, se por um lado, semelhante aos manuscritos medievais
iluminados, tal publicação revigora o livro como obra de arte, por outro lado o
processo de criação da obra rompe com o paradigma da feitura do livro através de
um processo colaborativo e especializado em vigor desde aquela época, no qual,
tradicionalmente, o autor escreve textos, não produz livros. Essa mudança de
paradigma vem a ser um dos principais pressupostos da categoria que recoloca na
história o livro como obra de arte por meio do campo do livro de artista – em seu
sentido lato –, segundo o qual o autor não apenas escreve, mas faz o livro, e
estuda-se a si mesmo no processo, então como circunscrevê-lo? Com isso
esperamos atingir o objetivo subjacente ao tema central – resgatar o valor cultural
e artístico do livro, ressaltando o potencial plástico e criativo que ele oferece. / [en] The purpose of this research is to qualify The Red Book of C.G. Jung as a
work of art. For this, we first sought what concepts and validation criteria of the
book as such. Circumscribed the species that pass through this category – rare
books and artist books – we contemplate, through a historical journey, through the
history of the book, its specificities, assumptions and approximations, because, if
on the one hand, similar to the illuminated medieval manuscripts, such publication
reinvigorates the book as a work of art, on the other hand, the process of creation
of the work breaks with the paradigm of book making through a collaborative and
specialized process in force since that time, in which, traditionally, the author
writes texts, does not produce books. This paradigm shift is one of the main
assumptions of the category that relocates in history the book as a work of art
through the field of the artist s book – in its broad sense – according to which the
author not only writes, but makes the book, and is studied to himself in the
process, so how to circumscribe it? With this we hope to achieve the objective
underlying the central theme – to rescue the cultural and artistic value of the book,
highlighting the plastic and creative potential it offers.
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