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[en] CONSIDERATIONS ON THE DISTINCTION BETWEEN THE METAPHORICAL AND THE LITERAL IN THE THOUGHT OF AUGUSTINE / [pt] CONSIDERAÇÕES SOBRE A DISTINÇÃO ENTRE O METAFÓRICO E O LITERAL NO PENSAMENTO DE SANTO AGOSTINHOLUCIANA SILVA DE SOUSA 09 January 2018 (has links)
[pt] Esta dissertação se propõe a apresentar as considerações feitas por Santo Agostinho a respeito da distinção entre o metafórico e o literal. A análise das passagens sobre a metáfora extraídas do corpus agostiniano mostrou que a prática de distinguir o metafórico do literal, alvo de duras críticas de teóricos contemporâneos, torna-se imprescindível no método que Agostinho desenvolve para a interpretação das Escrituras Sagradas, nas quais devem se correlacionar certos significados e verdades da experiência humana e os significados e verdades de uma tradição religiosa específica. Foi interessante observar, contudo, o contraste entre a prática tradicional de distinguir o metafórico do literal e a que Agostinho propõe. Enquanto aquela é associada, freqüentemente, ao que é da ordem dos fatos empíricos, esta é de uma ordem ético-religiosa. Ademais, a análise permitiu compreender o posicionamento desse filósofo frente às duas possíveis concepções que dividem os discursos no campo da metaforologia - a metáfora é fundada ou fundante? - e perceber como Agostinho resolve o embaraço de ser herdeiro de uma visão aristotélica da linguagem, segundo a qual as metáforas devem ser relegadas ao terreno da Retórica e da Poética, e ter de lidar com o fato de que a Escritura Sagrada, repleta de metáforas, não pode ser relegada ao terreno da ficção ou da oratória política. / [en] This dissertation aims to present Augustine s considerations on the distinction between the metaphorical and the literal. The analysis of passages concerning metaphor extracted from his texts showed that
distinguishing the metaphorical from the literal, something that is very criticized by contemporary theoreticians, is indispensable in Augustine s method for the interpretation of the Holy Bible, where certain meanings and truths of human experience must be co-related to meanings and truths of a specific religious tradition. However, an interesting contrast was observed between traditional forms of distinguishing the metaphorical from the literal and the one proposed by Augustine: while the former are often associated to empirical facts, the latter belongs to an ethico-religious order. In addition, the analysis provided an understanding of the philosopher s stand with respect to the main theoretical split within the field of metaphorology: is metaphor a founded or founding phenomenon? It also helped clarify the Augustine s way out of the following predicament: how to remain an heir of Aristotle s view of the language - in which metaphors must belong exclusively to the fields of rhetorics and poetics - and at the same time deal with the fact that the Holy Bible, full of metaphors, cannot belong to the fictional or to the political.
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