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[en] TOWARDS A TRANSHABERMASIAN APPROACH: THE VIRTUAL PUBLIC SPHERE AS COGNITIVE TECHNOLOGY / [pt] POR UM OLHAR TRANSHABERMASIANO: A ESFERA PÚBLICA VIRTUAL COMO TECNOLOGIA COGNITIVACAMILA MOURA PINTO 04 December 2017 (has links)
[pt] A questão que move esta estudo gira em torno de indagações teóricas acerca do papel das novas mídias na formação política atual. Parto da ideia de que a internet desempenha, hoje, papel central no desenho da esfera pública. Faz- se necessário, entretanto, transcender o conceito, tal como pontuado por Jurgen Habermas, visto que este defende que o agir nesta esfera resume-se a expor e ouvir ideias em sua forma discursiva verbal. É intrínseco, portanto, que atuando na esfera pública podemos formar nossas opiniões, compartilhá-las e transformá-las, configurando-a, por princípio, como um espaço formativo. Normalmente, autores da área da educação relacionam o pensamento de Habermas à formação política em, pelo menos, duas vertentes: a construção de um público apto a argumentar utilizando a linguagem verbal; e sua relação com a formação dos indivíduos, no tocante a sua capacidade de construir opiniões de forma crítica e reflexiva. Ela é, então, caracterizada pelo autor como um espaço racional e mediado pela linguagem verbal. Acredito, contudo, que algo foge a essas interpretações, especialmente, quando observamos a interação na web. Defendo a tese de que é preciso considerar a esfera pública virtual uma tecnologia cognitiva, ampliando sua conhecida vertente discursiva verbal. O intuito da pesquisa é unir
uma série de aspectos que, em detrimento da valorização do discurso racional, acabam excluídas da análise habermasiana e da pedagogia crítica. Isso não significa abandonar a ideia de que a esfera pública seja um espaço de atos de fala, de discussão de ideias ou mesmo de emancipação social ou criação de consciência política, mas procurar ir além. Interessa-me englobar, a esse vasto repertório, uma concepção de funcionamento da mente/racionalidade que incorpore também aspectos corporais, emocionais e tecnológicos ao uso dos artefatos conectados à internet como tecnologias cognitivas, extensões de nossa mente e objetos materiais que produzem e/ ou alteram o sentido empregadona construção de significados e visões de mundo. Isso implica compreender esses objetos como constitutivos e transformadores e, não apenas, instrumentos procedimentais ou mediadores na construção de nossas opiniões e ideologias políticas. / [en] The question that moves this thesis includes theoretical inquiries about the role of new media in the current political formation. I start from the idea that the internet plays, nowadays, a central position in the design of the public sphere, because it has been presented as the great deliberative arena today. It is necessary, however, to transcend the concept, as designed by Jurgen Habermas. He argues that acting in this sphere means to expose and listen to ideas in the verbal discursive form. It is, therefore, acting in the public sphere that we can form our opinions, share them and also transform them. Because it has these configurations the public space is by principle a formative space. Usually, authors of Education area relate Habermas s thinking to political formation in at least two strands: the construction of a public apt to argue using verbal language; and to form individuals capable of constructing their opinions in a critical and reflexive way. It means that public sphere is then a rational space mediated by verbal language. I believe, however, that something escapes these interpretations, especially when we observe the interaction on the web. I defend the thesis that it is necessary to consider the virtual public sphere as a cognitive technology, amplifying its wellknown verbal discourse. The aim of the research is to unite a series of aspects that, to the detriment of the valorization of the rational discourse, are excluded from the habermasian analysis and the critical pedagogy. It doesn t mean I m rejecting the idea that the public sphere is a space of speech acts, discussion of ideas or social emancipation, but go further. I am interested in including in this
vision a conception of mind / rationality that also incorporates corporal, emotional and technological aspects to the use of internet connected artifacts as cognitive technologies, extensions of our mind and material objects that produce and / or altering construction of meanings and visions of the world. This implies understanding these objects as constitutive and transformative, not merely procedimental instruments or mediators in the construction of our political opinions and ideologies.
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