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[en] ONEILYRICAL IMAGINISM: A CARTOGRAPHY CROSSING LANDSCAPES / [pt] IMAGINISMO ONILÍRICO: UMA CARTOGRAFIA PELA PAISAGEM DE MUNDOSCHARLES PHILIPPE JACQUARD 20 August 2018 (has links)
[pt] Segundo correntes de pensamentos que anunciam a condição distópica promovida pelo que se convencionou nomear capitalismo global integrado, entra em crise a noção de Humano. Guiados via satélite a transitar por mapas digitais, aventa-se que este trajeto histórico nos conduziu até a rua sem saída deste suposto realismo capitalista. É este o cenário labiríntico de uma sociedade do cansaço, em que os poderes governamentais articulados pelo capital se infiltram pela frágil divisão entre cultura e natureza. O sono, segundo o pesquisador Jonathan Crary, simboliza a última fronteira entre as versões mais atualizadas de uma tecnocracia objetiva que se apodera dos corpos para anestesiar o sensível e, portanto, normatizar os modos de vida a partir também da reorganização da percepção. Na esteira, portanto, de respostas acerca do que fabrica mundos – e suas consequentes formas de habitá-lo – e acerca da emergência de ventilar outros possíveis desdobramentos, esta dissertação debruça sobre a experiência onírica ressignificada como gesto estético-político. Pode o sonho agir como uma mediação – ou como manifestação – de disputa de imaginários capaz de despertar para uma forma de vida sympoiética? É pelo reencantamento do mundo, a partir de um lirismo onírico – e onírico aqui no sentido amplo e do senso comum – que este trabalho será conduzido, visando uma exploração topográfica na tentativa de constituir outra paisagem de mundo. / [en] Oneilyrical Imaginism: A cartography crossing landscapes. According to groups of thought that announce the dystopic condition promoted by what has been called integrated global capitalism, the notion of Humanism plunges into a crisis. Guided by satellite to navigate on digital maps, it is revealed that this historical route led us to a dead-end in a supposed capitalist realism. This is the labyrinthic scenario of a society of weariness, in which governmental powers articulated by capital infiltrate the fragile division between culture and nature. Sleep, according to researcher Jonathan Crary, symbolizes the last frontier between the most up-to- date versions of an objective technocracy that seizes bodies to anesthetize the sensory and therefore normalize lifestyles from the reorganization of perception. In the wake, therefore, of answers about what creates worlds - and their consequent ways of inhabiting it - and about the emergence of letting out other possible outcomes, this dissertation focuses on the dream experience resignified as an aesthetic-political gesture. Can the dream act as a mediation - or as a manifestation - in a dispute of imaginaries be capable of promoting a sympoietic way of life? It is t rough the re-enchantment of the world, from a dream perspective – here in a broad and common sense – that this work will be conducted, aiming at a topographic exploration in the attempt to constitute another landscape of the world.
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