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[en] RUPTURE AND PERMANENCE: THE ANTILIBERAL TENDENCIES OF UDENISM / [pt] RUPTURA E PERMANÊNCIA: AS TENDÊNCIAS ANTILIBERAIS DO UDENISMO

JORGE GOMES DE SOUZA CHALOUB 25 January 2010 (has links)
[pt] O udenismo não se confunde com a UDN. Mais do que uma doutrina partidária, ele constitui um conjunto de crenças e práticas políticas, que marcou fortemente a atuação e produção intelectual de um partido, mas não apenas deste. Somente a partir da UDN, o emaranhado de atos e ideias emerge como ideologia identificável, porém seus desdobramentos certamente a ultrapassam. Trata-se, com efeito, de um ideário marcado por profundas ambiguidades, que não se restringem a tradicional cisão entre teoria e prática, mas atravessam as próprias ideias e políticas. Além das conjunções entre prática antiliberal e discurso liberal, os atores udenistas revelam tensões no seio de sua atuação, assim como premissas teóricas por vezes inconciliáveis. O presente trabalho investiga algumas razões de tais conflitos, a partir da inserção do udenismo na tradição do pensamento político brasileiro. Ao conjugar raízes diversas, o udenismo emerge como ideologia cindida em seu âmago, que toma parte do discurso de um de seus maiores adversários, o autoritarismo instrumental de Vargas, como centro de suas práticas políticas. A ambiguidade é mais do acidental, uma vez que constitui a substância primeira do ideário udenista. O escopo da dissertação não é simplesmente determinar o uso do léxico autoritário, devedor de uma tradição de pensadores da primeira República, mas indagar os motivos e consequências de tal prática, fundamental para melhor compreender a política brasileira do interregno 1946- 1964. / [en] Udenism doesn’t finish in UDN. It isn’t just a party ideology, but an ensemble of political practices and beliefs, who has strongly determined a certain party acts and ideas, but not just that. Only referring to UDN this amount of practices and ideas becomes a define ideology, nevertheless their consequences certainly surpass it. In fact, it’s an ideology trespass by profound ambiguities, bigger than the traditional division between theory and practice. Beyond the conjunction between authoritarian practices and liberal discourse, udenist’s actors reveal conflicts in their acts’ core, and contradictory theoretical beliefs. This work looks for some reasons of those conflicts, based at udenism insertion in Brazilian political thought tradition. Determined by different influences, udenism reveals itself as an ideology divided, who utilizes its great opponent arguments, Vargas’s instrumental authoritharism, as its main political practice. Ambiguity isn’t only accidental, it defines the udenism’s core. This work aims to define not only the authoritarian concept’s use, identified with a certain first Republic tradition, but also to investigate such practices’ motives and consequences, vital task for a adequate view of Brazilian’s politics between 1946-1964.

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