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A Odisséia de Nikos Kazantzakis: epopéia moderna do heroísmo trágico

Bernardes, Carolina Donega [UNESP] 15 March 2010 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:35:38Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2010-03-15Bitstream added on 2014-06-13T20:07:06Z : No. of bitstreams: 1 bernardes_cd_dr_sjrp_parcial.pdf: 131506 bytes, checksum: b61e96e0fc149b40b46eb07f77cc1058 (MD5) Bitstreams deleted on 2015-06-25T13:00:56Z: bernardes_cd_dr_sjrp_parcial.pdf,. Added 1 bitstream(s) on 2015-06-25T13:03:19Z : No. of bitstreams: 1 000619081_20161512.pdf: 118890 bytes, checksum: 999f060d13bd016c6c6a36f085a2618f (MD5) Bitstreams deleted on 2017-01-02T15:03:47Z: 000619081_20161512.pdf,. Added 1 bitstream(s) on 2017-01-02T15:05:06Z : No. of bitstreams: 1 000619081.pdf: 990823 bytes, checksum: aeff84ed92c2ab0bea7e4988d1a54f13 (MD5) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / O tema da viagem de Odisseu foi largamente retomado pela tradição literária após a Odisséia de Homero, seja para confirmar o ideal do herói nostálgico, que anseia o retorno à pátria, seja para reafirmar o ímpeto do eterno navegador de mares. Nikos Kazantzakis (1883-1957) igualmente retoma o Odisseu lendário, insatisfeito com o retorno ao lar, como seu protótipo de herói e constrói, na modernidade, o poema épico Odisséia (1938), a partir do canto XXII no verso 477 do poema de Homero, sendo Odisseu levado a um novo itinerário ao deixar Ítaca definitivamente. Embora se baseie na obra clássica, recuperando personagens e a estrutura épica, Kazantzakis participa de seu tempo, compondo um novo Odisseu representante do mundo moderno, próximo das filosofias de Nietzsche e de Bergson. Como figura “entre mundos”, o Odisseu de Kazantzakis recupera as antigas delineações de Homero e incorpora as questões da modernidade: o niilismo, a desesperança, a multiplicidade. No entanto, além de prolongar os feitos de Odisseu e a narrativa de Homero, Kazantzakis compõe um poema épico de dimensões admiráveis – 33.333 versos de 17 sílabas poéticas, em 24 cantos – contrariando (e reafirmando) as intenções inovadoras de seus contemporâneos da primeira metade do século XX. A epopéia configura na modernidade um gênero considerado esgotado, que teria dado lugar ao romance como gênero mais apropriado às produções modernas. Esta investigação, no entanto, procura evidenciar que o épico de Kazantzakis, ainda que represente um anacronismo em tempos modernos e, para muitos, uma afronta às normas estéticas, é, assim como muitas das obras de sua época, a confirmação das intenções inovadoras em tempos de crise, por meio da incorporação de uma trajetória filosófica de Odisseu baseada no niilismo heróico de cunho nietzschiano e na evolução criadora de Bergson... / The theme of Odysseus‟ journey was broadly retaken by the literary tradition after Homer‟s Odyssey, whether to confirm the nostalgic ideal of the hero yearning to return to his homeland, or to reaffirm the impetus of the eternal navigator. Nikos Kazantzakis (1883-1957) also incorporates as his prototypical hero the legendary Odysseus, unhappy about returning home, and writes, in the modernity, the epic poem Odyssey (1938), based on the canto XXII and on the verse 477 of Homer‟s poem, and taking Odysseus to a new route when he leaves Ithaca for good. Although based on the classic work, restoring its characters and its epic structure, Kazantzakis takes part of his own time, creating a new Odysseus, now representative of the modern world, and close to the philosophies of Nietzsche and Bergson. As a figure “between worlds”, Kazantzakis‟s Odysseus recovers the old delineations of Homer and incorporates the issues of modernity: nihilism, hopelessness, and multiplicity. However, besides prolonging Odysseus‟ prowess and Homer‟s narrative, Kazantzakis wrote an epic poem of remarkable dimensions –– 33,333 verses of 17 poetic syllables, along 24 Cantos –– contradicting (and reassuring) the innovative intentions of his contemporaries in the first half of the 20th century. In the modernity, epic poetry configures a genre considered to be already exhausted, and which would have given rise to the novel as a genre much more suitable to the modern productions. This research, however, intends to show that the Kazantzakis‟s epopee, even being an anachronism in the modern times and, for many, an affront to aesthetic standards, is, like many of the works of his time, the confirmation of innovative intentions that take place in times of crisis, through the incorporation of a philosophical trajectory of Odysseus based upon Nietzsche‟s heroic nihilism and on Bergson‟s ...(Complete abstract click electronic access below)
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Curso de vida e construção social das idades no mundo de Homero (Séc. X ao IX A.C.): uma análise sobre a formação dos habitus etários na Ilíada e Odisséia

Moraes, Alexandre Santos de January 2013 (has links)
Submitted by Maria Dulce (mdulce@ndc.uff.br) on 2013-12-10T19:19:01Z No. of bitstreams: 2 Moraes, Alexandre-Tese-2013.pdf: 1460095 bytes, checksum: 28893aa06b1b9adf4801d415211d5388 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-12-10T19:19:01Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Moraes, Alexandre-Tese-2013.pdf: 1460095 bytes, checksum: 28893aa06b1b9adf4801d415211d5388 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) Previous issue date: 2013 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Esta tese busca analisar as concepções relativas às diferenças etárias no mundo de Homero (séc. X ao IX a.C.). Através da Ilíada e da Odisseia, observaremos os fatores intervenientes que contribuiram para o desenvolvimento dessas concepções, a influência das mesmas na construção dos comportamentos e papeis sociais atribuídos às personagens e as maneiras pelas quais as idades da vida se tornaram decisivas para a organização da vida social no mundo representado por Homero. O conceito de habitus etário, proposto com base na perceptiva sociológica de Pierre Bourdieu, permite-nos demonstrar a importância que os aedos associam ao curso de vida como fator de produção e reprodução das estruturas sociais. Defendemos que as idades com que as personagens são caracterizadas atuam de modo decisivo para a compreensão de seus espaços de atuação, permitindo assim a análise dos sistemas de valores vigentes no período. / This thesis intends to analyze the conceptions of age differences in the Homers’ World (1000-900 BC.). Through the Iliad and Odyssey, we aims to observe the intervenient factors that contributed to development of this conceptions, its influence in the construction of behaviors and social roles associated to the characters and the manner which the ages of life became important to the social organization of the world represented by Homer. The concept of age habitus, based on the Pierre Bourdieu’s sociological perspective, allow us to show the importance that the oral poets associated to the length of life as a factor of production and reproduction of the social structures. We defend that the ages in which the characters are described is a decisive way for the comprehension of the acting spaces of them, allowing the analysis of the valor systems available in this period.

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