Spelling suggestions: "subject:"índios satis"" "subject:"índios matis""
1 |
A dádiva, a sovinice e a belezaArisi, Bárbara Maisonnave January 2011 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social / Made available in DSpace on 2012-10-25T16:58:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1
300050.pdf: 12189073 bytes, checksum: c04056b9cc7cefa84cc1dac17c390a36 (MD5) / Essa tese trata sobre a economia da cultura dos Matis, um povo indígena amazônico, sua circulação de conhecimentos com o exterior e suas relações com estrangeiros de diferentes matizes. Alguns desses estrangeiros são nëix (animais); outros, tsussin (forças vitais, seres ou potências desencorporadas); outros, nawa (povos indígenas vizinhos, brasileiros ou gringos). Dentre esses últimos, relações econômicas se dão especialmente com jornalistas/ documentaristas, turistas e pesquisadores. Transações diversas são etnografadas em ritos, mitos, práticas xamânicas, filmagens, programas turísticos, comércio de objetos e em outras relações cosmopolitanas. Um ponto fundamental estudado é a afirmação dos Matis de que querem ser um povo numeroso, ser um povo grande. A economia de pessoas está entretecida com as economias da cultura. Os Matis querem desses povos estrangeiros (animais, tsussin, gringos) tecnologias (num sentido amplo) para conseguir crescer, ter corpos mais duros e fortes, serem mais e mais poderosos, mais belos. Os estrangeiros aparecem como os principais outros de quem se quer adquirir poder, tecnologias, estéticas e através de quem se pode expandir pelo cosmos. A tese trata de temas clássicos da etnologia amazônica como economia de pessoas (corpos), com foco em sovinices e circulações de conhecimentos e coisas (transações, aquisições ou roubos de mitos, cantos, poderes xamânicos, farmacopéia, pedaços de corpos, motores e outros bens). Trato de economia, portanto, em uma compreensão generosa, qualquer definição clássica etimológica de #economia# como cuidado, manejo ou organização da casa (do grego "oikos" e "nomia") será alargada aqui / This thesis is about the economy of culture of the Matis - an Amazonian indigenous people, its circulation of knowledge with the outside and its relations with different foreigners. Some of those foreigners are nëix (animals); some, tsussin (vital forces, desincorporated beings or potencies); others are nawa neighbouring indigenous peoples, Brazilians and gringos. Among these last ones, economic relations take place specially with journalists/film makers, tourists and researchers. Several transactions are ethnographed in rites, myths, shamanic practices, filming, touristic programs, objects# trading and in other cosmopolitan relations. A fundamental point of the present study is the Matis# affirmation that they want to be a numerous people, to be bigger. The economy of people is interwoven with the economy of culture. The Matis want from these foreign peoples (animals, tsussin, gringos) technologies (in a broad sense) so that they can grow, to have bodies that are harder and stronger, to be more and more powerful, more beautiful. The foreigners appear as the #special others# from whom to acquire power, technologies, aesthetics and through whom it is possible to expand throughout the cosmos. The thesis treats classic themes in Amazonian ethnology such as economy of people (bodies), with focus in the stinginess and the circulation of knowledge and things (transactions, acquisitions or robberies of myths, songs, shamanic powers, pharmacopoeia, body parts, engines and other stuff). So, I treat economy in a generous comprehension, any classic etymologic definition of #economy# as care, management or organization of the house (from the greek "oikos" and "nomia") will be broaden here
|
Page generated in 0.0539 seconds