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O lugar do leitor na poesia de Manoel de Barros / The place the reader in the poetry of Manoel de BarrosBARROS, Nismária Alves David 19 March 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-03-19 / This thesis studies work by poet Manoel de Barros, published between 1937 and
2008, to know and to detail the procedures that delineate the reader s place and that
promote the readability of his poems. Investigate how the poetic discourse by Barros
builds the reception of his texts is a contribution to the field of Brazilian studies of
contemporary poetry and it is in search s line "Poetics of Modernity". At first this
research is based on the concept of reader as a textual construction from the theory
of Model-Reader by Umberto Eco. Then it is considered the role of poetry is
communication, according to theoretical assumption by Michael Hamburger, because
the poetry communicates the art and the man. Eventually this research discusses the
eroticism related to poetic creation, essentially based on meanings of eroticism by
Octavio Paz as body poetic as verbal eroticism. Considering this theoretical support
and others citations in analysis of selected poems, we can identify in poetry by
Manoel de Barros, for example, the performative act in the metalinguistic discourse,
the invention of a lyrical subject as poet, the indication of an interlocutor in the text,
the memory of reading, the experience lived, the use of irony as paradox and the
eroticism. The results confirm that the emphasis on reading is a key element in poetic
construction by Barros. This writer modernizes and renews the modern experience of
poetry because he communicates the historical experience in order to organize and
master his poetic materials. When Barros makes poetry, he makes the subject and
the reader, he shares his poetic values with the reader, he incentives the reader to
think about itself and the world, he offers his greatest contribution, which is the
appreciation of poetry, and he invites the necessary humanity of the man. / Este trabalho estuda a obra do poeta Manoel de Barros, publicada entre os anos de
1937 e 2008, para conhecer e detalhar os procedimentos que delineiam o lugar do
leitor e que favorecem a legibilidade dos seus poemas. Investigar como o discurso
poético barriano constrói a recepção de seus textos é uma contribuição para os
estudos de poesia lírica brasileira contemporânea e se insere na linha de pesquisa
Poéticas da Modernidade . Essa investigação, primeiramente, apóia-se no conceito
de leitor como uma construção textual a partir da teoria do Leitor-Modelo de Umberto
Eco. Depois, considera o pressuposto teórico de Michael Hamburger que atribui à
poesia a função de comunicabilidade, visto que esta comunica tanto a arte quanto o
homem. E, por fim, discute o erotismo relacionado à criação poética, de acordo,
sobretudo, com as acepções de erotismo como poética corporal e de poesia como
erótica verbal, ambas oferecidas por Octavio Paz. A partir desse referencial teóricometodológico
e de outros autores citados nas análises dos poemas selecionados, é
possível identificar na poesia barriana, por exemplo, o ato performativo no discurso
autorreflexivo, a criação de um sujeito lírico-poeta, a marcação de interlocutor no
texto, a memória do lido, a experiência do vivido, o uso de ironia como paradoxo, o
erotismo na poesia e o erotismo da poesia. Os resultados confirmam que a ênfase
na leitura é um elemento fundamental na construção poética realizada por Barros.
Este escritor atualiza e renova a experiência moderna de poesia, uma vez que
comunica a experiência histórica daquele que pretende organizar e dominar seus
materiais poéticos e, ao fazer sua poesia, faz o sujeito e faz o leitor. A arte barriana
compartilha seus valores poéticos com o leitor, motivando este a pensar sobre si
mesmo e, consequentemente, a pensar sobre o mundo, oferece-lhe sua maior
contribuição, que é a valorização da poesia, e, assim, convoca a necessária
humanização do homem.
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