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ENTRE O REAL E O IMAGINÁRIO: CONFIGURAÇÕES DE UMA UTOPIA FEMININA EM A RAINHA DO IGNOTO, DE EMÍLIA FREITAS / BETWEEN REALITY AND IMAGINATION: CONFIGURATIONS OF FEMALE UTOPIA IN A RAINHA DO IGNOTO BY EMÍLIA FREITASQuinhones, Elenara Walter 17 December 2015 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This research discusses the exclusion of the nineteenth century female writing from the literary field.
The object of study is A Rainha do Ignoto (1899), by Emília Freitas, a novel excluded by critics because of
its female authorship. Although this neglect would be explained by the assumed lack of quality of this kind
of literature, it is well known that this thought reflects patriarchal ideas against women. This work was made
possible thanks to previous researchers who made an archeological work and (re)discovered many female
literary works which had been forsaken. The discussion of this novel begins with the consideration of feminist
literary criticism in order to understand the reasons for the exclusion of writing from the literary tradition.
Other excluded female literary works produced in nineteenth-century Brazil will be considered once there
are basically no female literary works before the 1800 s. In the sequence, A Rainha do Ignoto will be analyzed
through a feminist theoretical perspective drawn on the studies of Heloísa Buarque Hollanda (1994) and Elaine
Showalter (1994). Finally, the novel A Rainha do Ignoto will be analyzed considering the context of Emília
Freitas life and production, already studied by Alcilene Cavalcante s (2008). Based on the works of
Raymond Trousson (1979), Carlos Eduardo Ornelas Berriel (2012), and Ana Cláudia Romano Ribeiro (2010),
one may claim that Freitas novel can be considered as utopian literature of the kind produced in the western
world. / Esta pesquisa pretende discutir a exclusão da autoria feminina do século XIX dos estudos literários, tendo como
corpus a obra A Rainha do Ignoto (1899), de Emília Freitas. Essa escolha mostra-se relevante tendo em vista
que, ao longo do século XIX e boa parte do século XX, os críticos e teóricos da literatura excluíram a autoria
feminina do cânone literário. Embora essa exclusão seja falsamente justificada pela falta de qualidade estética
e artística das obras, sabe-se que na realidade ela somente ocorreu porque a lógica patriarcal construiu- se
sobre inúmeros paradigmas baseados na inferioridade cognitiva natural das mulheres . A discussão proposta
aqui somente tornou-se possível graças ao resgate arqueológico realizado por pesquisadores que retiraram das
margens literárias diversas obras escamoteadas ao longo desse período. Para analisar a obra que constitui o
corpus dessa pesquisa, inicialmente, partir- se-á da crítica literária feminista para entender os desdobramentos da
exclusão da autoria feminina da tradição literária. Em vista disso, verificar-se-ão algumas exclusões da autoria
feminina no decorrer do século XIX, considerando que praticamente não há produção literária feminina no Brasil
antes de 1800. Posteriormente, discutir-se-á a obra sob o viés teórico literário feminista, dando ênfase às
concepções de Heloísa Buarque de Hollanda (1994) e Elaine Showalter (1994). Em seguida, tratar-se-á
especificamente da obra A Rainha do Ignoto, contextualizando a vida e produção de sua autora, Emília
Freitas, tendo como base as pesquisas de Alcilene Cavalcante (2008). No contexto de discussão sobre a
obra, partir-se-á do paradigma de que ela se insere dentro da literatura utópica do romance ocidental, tendo como
referência Raymond Trousson (1979), Carlos Eduardo Ornelas Berriel (2012) e Ana Cláudia Romano Ribeiro
(2010).
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