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A ressignifica??o da vida cotidiana a partir da aposentadoria e do envelhecimentoKunzler, Rosilaine Brasil 27 March 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-03-27 / O fen?meno do envelhecimento demogr?fico vem se acentuando gradativamente no Brasil. As novas concep??es e caracter?sticas pr?prias dessa fase transformam a experi?ncia da aposentadoria um momento cada vez mais ating?vel para homens e mulheres. Se antes, socializados, preparados e exigidos, cultural e economicamente, para cumprir o seu destino de trabalhador, ap?s o afastamento da ocupa??o laboral e com a realidade da aposentadoria, homens e mulheres a partir dos 60 (sessenta) anos se veem desafiados a redimensionar as motiva??es pessoais ?s novas condi??es socialmente impostas: a aposentadoria e a velhice. A pesquisa tem por objetivo principal investigar como se processa a passagem da condi??o de trabalhador ativo a trabalhador aposentado e que ressignificados d?o ?s suas vidas homens e mulheres idosos(as) na aposentadoria. Para aprofundar essas quest?es, contemplaram-se teoricamente os seguintes temas: envelhecimento, trabalho, aposentadoria e cotidiano. A pesquisa ? norteada pelo m?todo dial?tico-cr?tico, ressaltando-se ?s categorias de an?lise: totalidade, historicidade e contradi??o. Para a coleta de dados utilizou-se a entrevista semiestruturada e a observa??o assistem?tica. Por se tratar de um estudo de g?nero, foram entrevistados 60 (sessenta) sujeitos, sendo 30 (trinta) homens e 30 (trinta) mulheres, na faixa et?ria dos 60 (sessenta) a 96 (noventa e seis) anos de idade as mulheres e dos 66 (sessenta e seis) a 80 (oitenta) anos de idade os homens. Todos(as) aposentados(as) por tempo de servi?o, pertencentes a diferentes realidades sociais, econ?micas e culturais e residentes no meio urbano do munic?pio de Porto Alegre/RS. Na avalia??o dos dados, utilizou-se o m?todo de an?lise de conte?do, com base em Gagneten (1987). Na an?lise das experi?ncias e significados da aposentadoria para homens e mulheres idosas constatou-se uma ambiguidade de sentimentos como: alegria, tristeza, frustra??o, al?vio e perda. O estudo revela que, entre os homens, o desligamento do trabalho, o distanciamento das amizades conquistadas nesse ambiente e o reconhecimento de seu valor produtivo s?o os rompimentos mais identificados, considerados como perdas inevit?veis que chegam com o envelhecimento. Entre as mulheres idosas entrevistadas, a fase da aposentadoria ? vivida como uma experi?ncia positiva, ? medida que, ao aposentar-se, resgata a possibilidade de retomar sua vida dentro de um espa?o que sempre foi de seu dom?nio: o lar. Para ambos os g?neros, a perda de amigos e parentes pr?ximos reduz o c?rculo de amizades, fazendo com que muitos idosos se sintam solit?rios, retra?dos ou isolados, pois, na maioria dos casos, os descendentes possuem seus afazeres cotidianos pr?prios e o idoso nem sempre est? inclu?do nos objetivos ou prioridades da fam?lia. Entre as conquistas da velhice para ambos os g?neros destacam-se: aposentadoria, experi?ncia de vida, tempo livre, a possibilidade de tornarem-se av?s, autoconhecimento, recasamento, voluntariado e o retorno aos estudos. Como desafios da velhice constataram-se: viuvez, solid?o, surgimento de doen?as e a dificuldade de locomo??o. As estrat?gias de enfrentamento para a reorganiza??o dos planos e projetos de vida e do cotidiano s?o m?ltiplas e est?o relacionadas com a situa??o socioecon?mica de cada idoso(a). Essas realidades distintas vividas entre os idosos(as) contribuem para que as fases da velhice e da aposentadoria sejam processos de intensas mudan?as, em que a sua aceita??o e a sua adapta??o depender?o da maneira como cada um optou por vivenci?-las.
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Atrav?s dos olhos, das m?os e da boca : a ressignifica??o da vida ap?s a aposentadoria por invalidez permanenteWitczak, Marcus Vinicius Castro 04 March 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-03-04 / Esta tese de doutorado tem por tem?tica a aposentadoria por invalidez permanente decorrente do acidente do trabalho e se prop?e entender como as pessoas assim se ressignificam e quais s?o os mecanismos utilizados. Esse estudo se justifica plenamente pelo n?mero crescente de acidentes do trabalho em nosso pa?s. Dados do Minist?rio da Previd?ncia Social apontam que durante o ano de 2007 ocorreram mais de 650 mil acidentes do trabalho no Brasil, um aumento de 27,5% em rela??o ao ano anterior. Situa-se teoricamente dentro da Psicologia Social Cr?tica, mais especificamente, no campo de an?lise das representa??es sociais (MOSCOVICI, 2003). A tese a ser defendida ? que a ressignifica??o do sujeito aposentado por invalidez decorrente de acidente do trabalho somente ? poss?vel atrav?s da produ??o de uma consci?ncia cr?tica que rompa com a centralidade do conceito de trabalho. Est? dividida em tr?s se??es: a primeira intitula-se Do fechar e abrir os olhos: seria poss?vel uma vida sem trabalho?. Nela s?o apresentados, articulados e discutidos os principais conceitos te?ricos que fundamentam este estudo. A segunda, Pensando pela boca - a narrativa e a produ??o de significados em aposentados por invalidez decorrente de acidente do trabalho, apresenta a articula??o entre a entrevista narrativa (BAUER & GASKELL, 2002) e os tri?ngulos de significa??o (GUARESCHI, 2004; MARKOV?, 2006; JOVCHELOVITCH, 2008) como possibilidade metodol?gica e apresenta dois casos emp?ricos. A terceira, Entre o consumo e o descarte: quando o corpo fala, insere as quest?es do corpo a esta discuss?o e as possibilidades de ressignifica??o a partir deste. Nas considera??es finais aparecem as conclus?es que se chegou a respeito de como a ressignifica??o da vida ap?s a aposentadoria por invalidez permanente decorrente do acidente do trabalho passa, necessariamente, pelo Outro, pela comunidade e pela produ??o de uma consci?ncia cr?tica.
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