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OBESIDADE INFANTIL: PREVALÊNCIA, HÁBITOS DE VIDA, ALTERAÇÕES METABÓLICAS E QUALIDADE DE VIDA EM ESCOLARES DO PONTAL DO ARAGUAIA - MT.Juliani, Sidnei 14 March 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-10T10:54:01Z (GMT). No. of bitstreams: 1
SIDNEI JULIANI.pdf: 1930649 bytes, checksum: b2dfc9fb97117b01bdba43a40e44ccb6 (MD5)
Previous issue date: 2012-03-14 / Obesity is classified as a chronic non transmissible disease, the same as
cardiovascular diseases, diabetes and neoplasms. Due to precocious atherosclerosis
lesions, the obese child has a higher probability of developing cardiovascular,
metabolic or neoplastic diseases when adult. Besides all physical problems, obesity
stigmatization, which leads to social, psychological and behavioral problems. This
study drew the nutritional profile and determined the life habits of obese students
from a sample of 125 children, ages 7 to 12 years, from a public elementary school in
the town of Pontal do Araguaia, state of Mato Grosso , Brazil. Possible biochemical
alterations that lead to metabolic alteration were sought, as well as their relationship
with gender. Alterations were analyzed in: total cholesterol, triglycerides, HDL
cholesterol, glucose, uric acid and insulin. In addition, the quality of life of the
selected group of obese children with that of an eutrophic group selected from the
same sample of 125 children, using the AUQEI (Autoquestionnaire Qualité de Vie
Enfant Imagé) scale. The results showed that 18% of the children were obese, 12%
were overweight, 64.5% had normal weight and 5,5% were underweight. Unhealthy
habits may have contributed to the obesity, e.g., having an overweight person in the
family (75%), eating candies between the main meals (60%) and having the main
meals in the living room, watching TV (60%). Biochemical alterations were identified
in at least two analyzed parameters for 40% of the obese. The most altered
metabolite was total cholesterol, which was elevated in 50% of the obese. Several
metabolites were more compromised in boys than in girls, with significant a difference
at p<0.05. The fact that alterations were verified in most children suggests a
tendency to express metabolic syndrome. The eutrophic children had a better quality
of life, with an average score of 52.55, while the obese group presented an average
score of 47.50 (p<0.05). Furthermore, the quality of life of the obese children was
below the cutoff point of 48. We conclude that the metabolism and the quality of life
are impaired in the obese group. The prevalence of child obesity in the sample is
similar to that found in other regions of the country. The presence of non-healthy
habits can influence the susceptibility to obesity. We suggest that national efforts
need to be made to prevent and treat child obesity by implementing public health and
educational programs, aiming to reduce the negative impacts that obesity has on the
child, which impair their physical and emotional health. / A obesidade é classificada como doença crônica não transmissível, assim como as
doenças cardiovasculares, diabetes e neoplasias, e devido às lesões precoces de
aterosclerose a criança obesa tem maior possibilidade de desenvolver doenças
cardiovasculares, metabólicas ou neoplásicas, quando adulto. Além de todos os
problemas relacionados à parte física, a obesidade pode prejudicar a qualidade de
vida da criança, em razão das discriminações e estigmatizações sociais que a
criança obesa pode sofrer, levando-a a ter problemas sociais, psicológicos e
comportamentais. Este trabalho teve como objetivos verificar o perfil nutricional e os
hábitos de vida de escolares obesos, a partir de uma amostra 125 crianças de 7 a 12
anos de uma escola pública municipal do município de Pontal do Araguaia - MT;
verificar as possíveis alterações bioquímicas, precursoras de alterações metabólicas
em crianças obesas e a relação dessas alterações com o sexo, submetidas aos
exames de colesterol total, triglicérides, HDL colesterol, glicemia, ácido úrico e
insulina. E finalmente, analisar comparativamente a qualidade de vida do grupo de
crianças classificadas como obesas, com um grupo de eutróficas selecionadas a
partir da mesma amostra de 125 crianças; utilizando-se como instrumento a Escala
de AUQEI (Autoquestionnaire Qualité de Vie Enfant Imagé). Os resultados
mostraram que 18% estavam com obesidade, 12% com sobrepeso, 64,5% com
peso normal e 5,5% com déficit de peso, também verificou-se a presença de certos
hábitos não saudáveis que podem estar contribuindo com a obesidade, como por
exemplo: ter alguém na família com sobrepeso (75%), comer guloseimas entre as
principais refeições (60%) e fazer as principais refeições na sala, assistindo televisão
(60%). Foram identificadas alterações bioquímicas em pelo menos dois parâmetros
analisados em 40% dos obesos. O metabólito que mais se alterou foi o colesterol
total, aumentado em 50% dos obesos, além de ser constatado que vários
metabólitos estavam mais comprometidos nos meninos do que nas meninas, com
diferença significativa (p<0,05). As alterações verificadas em boa parte das crianças
obesas sugerem certa propensão delas em apresentar síndrome metabólica.
Verificou-se que as crianças eutróficas têm melhor qualidade de vida, apresentando
escore médio de 52.55, enquanto o grupo de obesos apresentou escore médio de
47,50, que é uma diferença estatisticamente significativa (p=0,024), além disso, a
qualidade de vida das crianças obesas encontra-se prejudicada, pois apresentou
escore abaixo da nota de corte 48. Após os vários estudos realizados, concluímos
que as alterações metabólicas e a qualidade de vida estão prejudicadas no grupo de
obesos, além da prevalência de obesidade infantil na amostra estudada ser
semelhante ao de outras regiões do país e de ser constatada a presença de hábitos
não saudáveis nas crianças obesas que podem influenciar na obesidade. Verificouse
assim com esse estudo a complexidade e a gravidade da questão da obesidade
infantil. Dessa forma, sugere-se que sejam feitos esforços, em nível nacional,
principalmente na prevenção e também no tratamento, por meio da implantação de
políticas públicas na área de saúde pública e educação, visando diminuir o impacto
negativo que a obesidade provoca na criança, comprometendo sua saúde física e
emocional.
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OBESIDADE INFANTIL: PREVALÊNCIA, HÁBITOS DE VIDA, ALTERAÇÕES METABÓLICAS E QUALIDADE DE VIDA EM ESCOLARES DO PONTAL DO ARAGUAIA - MT.Juliani, Sidnei 14 March 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-10T10:46:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1
SIDNEI JULIANI.pdf: 1930649 bytes, checksum: b2dfc9fb97117b01bdba43a40e44ccb6 (MD5)
Previous issue date: 2012-03-14 / Obesity is classified as a chronic non transmissible disease, the same as
cardiovascular diseases, diabetes and neoplasms. Due to precocious atherosclerosis
lesions, the obese child has a higher probability of developing cardiovascular,
metabolic or neoplastic diseases when adult. Besides all physical problems, obesity
stigmatization, which leads to social, psychological and behavioral problems. This
study drew the nutritional profile and determined the life habits of obese students
from a sample of 125 children, ages 7 to 12 years, from a public elementary school in
the town of Pontal do Araguaia, state of Mato Grosso , Brazil. Possible biochemical
alterations that lead to metabolic alteration were sought, as well as their relationship
with gender. Alterations were analyzed in: total cholesterol, triglycerides, HDL
cholesterol, glucose, uric acid and insulin. In addition, the quality of life of the
selected group of obese children with that of an eutrophic group selected from the
same sample of 125 children, using the AUQEI (Autoquestionnaire Qualité de Vie
Enfant Imagé) scale. The results showed that 18% of the children were obese, 12%
were overweight, 64.5% had normal weight and 5,5% were underweight. Unhealthy
habits may have contributed to the obesity, e.g., having an overweight person in the
family (75%), eating candies between the main meals (60%) and having the main
meals in the living room, watching TV (60%). Biochemical alterations were identified
in at least two analyzed parameters for 40% of the obese. The most altered
metabolite was total cholesterol, which was elevated in 50% of the obese. Several
metabolites were more compromised in boys than in girls, with significant a difference
at p<0.05. The fact that alterations were verified in most children suggests a
tendency to express metabolic syndrome. The eutrophic children had a better quality
of life, with an average score of 52.55, while the obese group presented an average
score of 47.50 (p<0.05). Furthermore, the quality of life of the obese children was
below the cutoff point of 48. We conclude that the metabolism and the quality of life
are impaired in the obese group. The prevalence of child obesity in the sample is
similar to that found in other regions of the country. The presence of non-healthy
habits can influence the susceptibility to obesity. We suggest that national efforts
need to be made to prevent and treat child obesity by implementing public health and
educational programs, aiming to reduce the negative impacts that obesity has on the
child, which impair their physical and emotional health. / RESUMO
A obesidade é classificada como doença crônica não transmissível, assim como as
doenças cardiovasculares, diabetes e neoplasias, e devido às lesões precoces de
aterosclerose a criança obesa tem maior possibilidade de desenvolver doenças
cardiovasculares, metabólicas ou neoplásicas, quando adulto. Além de todos os
problemas relacionados à parte física, a obesidade pode prejudicar a qualidade de
vida da criança, em razão das discriminações e estigmatizações sociais que a
criança obesa pode sofrer, levando-a a ter problemas sociais, psicológicos e
comportamentais. Este trabalho teve como objetivos verificar o perfil nutricional e os
hábitos de vida de escolares obesos, a partir de uma amostra 125 crianças de 7 a 12
anos de uma escola pública municipal do município de Pontal do Araguaia - MT;
verificar as possíveis alterações bioquímicas, precursoras de alterações metabólicas
em crianças obesas e a relação dessas alterações com o sexo, submetidas aos
exames de colesterol total, triglicérides, HDL colesterol, glicemia, ácido úrico e
insulina. E finalmente, analisar comparativamente a qualidade de vida do grupo de
crianças classificadas como obesas, com um grupo de eutróficas selecionadas a
partir da mesma amostra de 125 crianças; utilizando-se como instrumento a Escala
de AUQEI (Autoquestionnaire Qualité de Vie Enfant Imagé). Os resultados
mostraram que 18% estavam com obesidade, 12% com sobrepeso, 64,5% com
peso normal e 5,5% com déficit de peso, também verificou-se a presença de certos
hábitos não saudáveis que podem estar contribuindo com a obesidade, como por
exemplo: ter alguém na família com sobrepeso (75%), comer guloseimas entre as
principais refeições (60%) e fazer as principais refeições na sala, assistindo televisão
(60%). Foram identificadas alterações bioquímicas em pelo menos dois parâmetros
analisados em 40% dos obesos. O metabólito que mais se alterou foi o colesterol
total, aumentado em 50% dos obesos, além de ser constatado que vários
metabólitos estavam mais comprometidos nos meninos do que nas meninas, com
diferença significativa (p<0,05). As alterações verificadas em boa parte das crianças
obesas sugerem certa propensão delas em apresentar síndrome metabólica.
Verificou-se que as crianças eutróficas têm melhor qualidade de vida, apresentando
escore médio de 52.55, enquanto o grupo de obesos apresentou escore médio de
47,50, que é uma diferença estatisticamente significativa (p=0,024), além disso, a
qualidade de vida das crianças obesas encontra-se prejudicada, pois apresentou
escore abaixo da nota de corte 48. Após os vários estudos realizados, concluímos
que as alterações metabólicas e a qualidade de vida estão prejudicadas no grupo de
obesos, além da prevalência de obesidade infantil na amostra estudada ser
semelhante ao de outras regiões do país e de ser constatada a presença de hábitos
não saudáveis nas crianças obesas que podem influenciar na obesidade. Verificouse
assim com esse estudo a complexidade e a gravidade da questão da obesidade
infantil. Dessa forma, sugere-se que sejam feitos esforços, em nível nacional,
principalmente na prevenção e também no tratamento, por meio da implantação de
políticas públicas na área de saúde pública e educação, visando diminuir o impacto
negativo que a obesidade provoca na criança, comprometendo sua saúde física e
emocional.
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