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Taxifolina: quantificação do flavonoide no extrato seco da casca de Pinus pinaster e avaliação da liberação in vitro e permeação vaginal ex vivo

Almeida, Priscila Aparecida de 04 December 2015 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2017-06-19T11:48:10Z No. of bitstreams: 1 priscilaaparecidadealmeida.pdf: 3479962 bytes, checksum: 8c79eb5e12173424e10bfb4c655bfd10 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2017-06-29T12:19:07Z (GMT) No. of bitstreams: 1 priscilaaparecidadealmeida.pdf: 3479962 bytes, checksum: 8c79eb5e12173424e10bfb4c655bfd10 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-06-29T12:19:07Z (GMT). No. of bitstreams: 1 priscilaaparecidadealmeida.pdf: 3479962 bytes, checksum: 8c79eb5e12173424e10bfb4c655bfd10 (MD5) Previous issue date: 2015-12-04 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais / O extrato seco obtido da casca de Pinus pinaster, popularmente conhecido como Pinho Marítimo Francês, possui elevada concentração de polifenóis, representados por procianidinas, taxifolina, ácidos fenólicos e cinâmicos e as formas glicosiladas dessas moléculas. É obtido por extração aquosa da casca do pinheiro, seguido por eliminação da água. O seu controle de qualidade é especificado na United States Pharmacopeia, sendo o teste de doseamento realizado mediante a determinação do conteúdo total de procianidinas, a classe de polifenóis majoritária (entre 65 e 75 %). Porém, a determinação do conteúdo de polifenóis individuais pode representar um parâmetro de qualidade adicional para o extrato. Nesse sentido, a taxifolina (flavonoide conhecido como dihidroquercetina) aparece como um possível marcador químico para doseamento, uma vez que é encontrada no gênero Pinus, de forma geral, e por representar o polifenol monomérico presente em maior concentração no extrato. Essa molécula possui propriedades antioxidante e anti-inflamatória, podendo ser empregada no tratamento de patologias que possuam o estresse oxidativo e a inflamação envolvidos na patogênese. A endometriose é o foco principal deste estudo, cujo tratamento farmacológico, realizado com anticoncepcionais principalmente, apresenta uma série de inconvenientes, como o grau elevado de efeitos adversos; a recorrência dos sintomas poucos meses após a interrupção do tratamento, na maioria dos casos; e a contracepção, impedindo que a paciente possa engravidar, o que incentiva a busca por novos fármacos para o tratamento dessa patologia. Contudo, apesar da potencialidade farmacológica da taxifolina, esta apresenta baixa biodisponibilidade por via oral, devido à baixa solubilidade em água, o que limita a sua aplicação terapêutica e estimula a busca por rotas alternativas de administração para esse flavonoide. Partindo desses pressupostos, os seguintes objetivos são propostos: (i) desenvolver e validar métodos analíticos empregando cromatografia líquida de alta eficiência para a quantificação da taxifolina no extrato e em creme vaginal e (ii) avaliar a liberação in vitro dessa substância a partir do creme e sua permeação ex vivo, empregando o modelo de mucosa vaginal suína. Os métodos analíticos desenvolvidos e otimizados para a quantificação da taxifolina no extrato e no creme vaginal empregaram cromatografia em fase reversa com fase estacionária octadecilsilano e fase móvel constituída por água, acetonitrila e ácido fórmico, em diferentes proporções para os métodos. Foi empregada eluição por gradiente de fase móvel e de fluxo no método do extrato e eluição isocrática no método do creme. A detecção foi realizada em 288 nm em detector de arranjo de fotodiodos. Os perfis cromatográficos obtidos apresentaram linhas de base regulares, adequada resolução da taxifolina e boa simetria do pico. Todos os parâmetros de validação analítica encontraram-se dentro das especificações. O valor de fluxo obtido para a taxifolina a partir do creme no estudo de liberação in vitro (74,89 µg cm−2 h−1) indica que este é um possível veículo para a administração vaginal desse flavonoide. Adicionalmente, a porcentagem de permeação obtida para a taxifolina por dose (89,22 %) sugere um potencial desta para exercer suas ações a nível sistêmico in vivo, quando administrada via mucosa vaginal, podendo ser uma alternativa para o tratamento da endometriose, destacando-se que ela não possui efeito contraceptivo. / The dry extract obtained from the bark of the Pinus pinaster, popularly known as French Maritime Pine, has a high concentration of polyphenols represented by procyanidins, taxifolin, phenolic and cinnamic acids and glycosylated forms of these molecules. It is obtained by aqueous extraction of the pine bark, followed by water removal. Its quality control is specified in the United States Pharmacopeia, and the assay test is performed by determining of the total procyanidins content (between 65 and 75 %). However, determining of the individual polyphenol content may represent an additional quality parameter for this extract. In this sense, the taxifolin (flavonoid known as dihydroquercetin) appears as a possible chemical marker for assay, since it is found in the genus Pinus, in general, and because it represents the monomeric polyphenol in the highest concentration. This molecule possesses antioxidant and anti-inflammatory properties and may be used in the treatment of diseases which have oxidative stress and inflammation involved in the pathogenesis. Endometriosis is the main focus of this current study, whose pharmacological treatment is performed with contraceptives mainly, and presents a widely range of disadvantages, such as the high degree of adverse effects; recurrence of symptoms a few months after discontinuation of treatment, in most cases; and contraception, which prevents that the patient to become pregnant. These factors encourage the search for new drugs to treat endometriosis. However, despite of the pharmacological potential of taxifolin, it shows low oral bioavailability due to poor water solubility, which limits its therapeutic application and encourages the search for alternative routes of administration for this flavonoid. Within this context, the present study has like aims: (i) to develop and validate analytical methods by high performance liquid chromatography for quantification of taxifolin in the extract and vaginal cream and (ii) to evaluate the in vitro release profile of taxifolin from the cream and its ex vivo permeation across porcine vaginal mucosa. The analytical methods developed and optimized for the quantification of taxifolin in the extract and vaginal cream employed reversed phase chromatography with octadecylsilane stationary phase and mobile phase composed by water, acetonitrile and formic acid in different proportions to the methods. It was used gradient elution (mobile phase composition and flow rate) in the extract method, and isocratic elution in the cream method. The detection was performed at 288 nm in photodiode array detector. The chromatographic profiles showed regular baselines, appropriate resolution of taxifolin, and good symmetry of the peak. All analytical validation parameters were within specifications. The in vitro drug release study showed that the cream is a possible vehicle for vaginal administration of taxifolin due to high release rate (74.89 µg cm−2 h−1). Additionally, the permeated percentage of taxifolin by dose (89.22 %) suggests a potential of this flavonoid to exercise its systemic effects in vivo when administered via vaginal route, and may be an alternative for the treatment of endometriosis, emphasizing that it has no contraceptive effect.

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