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Resistência de Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae) a acaricidas inibidores da respiração celular na cultura dos citros / Resistance of Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae) to acaricides that inhibit cellular respiration in citrus grovesFranco, Cláudio Roberto 11 April 2007 (has links)
Acaricidas que interferem na respiração celular, especialmente na produção de energia (ATP), tem sido um importante componente em programas de manejo da resistência a acaricidas. Basicamente esses acaricidas interferem na fosforilação oxidativa ou no transporte de elétrons na mitocôndria pela inibição ou disrupção de algum processo específico. Esse grupo de acaricidas tem sido um dos mais utilizados para o controle de Brevipalpus phoenicis (Geijskes) na cultura dos citros no Brasil. No entanto, há poucos estudos sobre a suscetibilidade e possíveis relações de resistência cruzada para os acaricidas inibidores da respiração celular em B. phoenicis. Sendo assim, o objetivo principal do presente trabalho foi entender a situação da resistência de B. phoenicis a esses acaricidas para o estabelecimento de estratégias de manejo da resistência. Foram conduzidos estudo para avaliar (a) a variabilidade na suscetibilidade de populações de B. phoenicis coletadas em pomares de citros aos acaricidas cyhexatin, azocyclotin, propargite e enxofre; (b) as relações de resistência cruzada entre propargite e os acaricidas azocyclotin, cyhexatin, dinocap, pyridaben e enxofre; e (c) o custo adaptativo associado à resistência de B. phoenicis a propargite em condições de laboratório. O método de bioensaio adotado foi o de contato residual para a caracterização da suscetibilidade de B. phoenicis a esses acaricidas. O monitoramento da suscetibilidade a esses acaricidas em diferentes populações de B. phoenicis B. phoenicis foi realizado com concentrações diagnósticas baseadas na concentração letal 95 (CL95) de cada acaricida. Para verificar a presença de resistência cruzada entre propargite e demais acaricidas, as respostas de concentração-mortalidade das linhagens suscetível (S) e resistente ao propargite (Propargite-R) foram caracterizadas para cyhexatin, azocyclotin, dinocap, pyridaben e enxofre. O custo adaptativo associado à resistência de B. phoenicis a propargite foi avaliado mediante comparação de parâmetros biológicos das linhagens S e Propargite-R mantidas em frutos de laranja a 25 ± 1 °C e fotofase de 14 h. Foram verificadas diferenças significativas na sobrevivência de populações de B. phoenicis nas concentrações diagnósticas testadas para cyhexatin (de 16,3 a 80,5%), azocyclotin (de 3,0 a 15,0%), propargite (de 1,0 a 71,6%) e enxofre (de 9,0 a 82,6%). Uma baixa intensidade de resistência cruzada foi verificada entre propargite e os acaricidas azocyclotin (1,8 vezes), cyhexatin (4,6 vezes), dinocap (3,5 vezes) e pyridaben (3,5 vezes). Por outro lado, a intensidade de resistência cruzada a enxofre (> 111 vezes) foi bastante alta. Não foi verificada presença de custo adaptativo associado à resistência de B. phoenicis a propargite, baseado nos parâmetros biológicos avaliados. Portanto, o uso desses acaricidas também deve ser feito de maneira criteriosa em programas de manejo da resistência de B. phoenicis a acaricidas. / Acaricides that affect the cellular respiration process, specifically in the energy production (ATP), have been an important component in acaricide resistance management programs. Basically, these acaricides interfere in the oxidative phosphorilation or electron transportation in the mitochondria, by inhibiting or disrupting some specific process. This group of acaricide plays an important role in the control of Brevipalpus phoenicis (Geijskes) in citrus groves in Brazil. However, there are only few studies on the susceptibility and possible crossresistance to the acaricides that are inhibitors of cellular respiration in B. phoenicis . Then, the major objective of this work was to collect data to implement strategies to manage the resistance of B. phoenicis to these acaricides. Studies were conducted to evaluate (a) the variability in the susceptibility among B. phoenicis populations collected from citrus groves to the acaricides cyhexatin, azocyclotin, propargite and sulphur; (b) cross-resistance relationships between propargite and the acaricides azocyclotin, cyhexatin, dinocap, pyridaben and sulphur; and (c) the fitness cost associated with propargite resistance in B. phoenicis under laboratory conditions. A residual-type contact bioassay was used to characterize the susceptibility of B. phoenicis to these acaricides. The monitoring of the susceptibility to these acaricides in different B. phoenicis populations was conducted with diagnostic concentrations based on lethal concentration 95 (LC95) of each acaricide. The cross-resistance between propargite and other acaricides was evaluated by characterizing the concentration-mortality responses of susceptible (S) and propargite-resistant (Propargite-R) strains to cyhexatin, azocyclotin, dinocap, pyridaben and sulphur. The fitness cost associated with B. phoenicis resistance to propargite was evaluated by measuring the biological parameters of S and Propargite-R strains on citrus fruits at 25 ± 1 °C and fotophase of 14 h. Significant differences in the susceptibility of B. phoenicis were detected at diagnostic concentration of cyhexatin (survivorship from 16.3 to 80.5%), azocyclotin (from 3.0 to 15.0%), propargite (from 1.0 a 71.6%) and sulphur (from 9.0 to 82.6%). A low intensity of crossresistance was detected between propargite and the acaricides azocyclotin (1.8-fold), cyhexatin (4.6-fold), dinocap (3.5-fold) and pyridaben (3.5-fold). On the other hand, the intensity of crossresistance to sulphur (> 111-fold) was very high. There was no fitness cost associated with B. phoenicis resistance to propargite, based on biological parameters evaluated. Therefore, the use of these acaricides should also be done very carefully in resistance management of B. phoenicis to acaricides.
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Resistência de Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae) a acaricidas inibidores da respiração celular na cultura dos citros / Resistance of Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae) to acaricides that inhibit cellular respiration in citrus grovesCláudio Roberto Franco 11 April 2007 (has links)
Acaricidas que interferem na respiração celular, especialmente na produção de energia (ATP), tem sido um importante componente em programas de manejo da resistência a acaricidas. Basicamente esses acaricidas interferem na fosforilação oxidativa ou no transporte de elétrons na mitocôndria pela inibição ou disrupção de algum processo específico. Esse grupo de acaricidas tem sido um dos mais utilizados para o controle de Brevipalpus phoenicis (Geijskes) na cultura dos citros no Brasil. No entanto, há poucos estudos sobre a suscetibilidade e possíveis relações de resistência cruzada para os acaricidas inibidores da respiração celular em B. phoenicis. Sendo assim, o objetivo principal do presente trabalho foi entender a situação da resistência de B. phoenicis a esses acaricidas para o estabelecimento de estratégias de manejo da resistência. Foram conduzidos estudo para avaliar (a) a variabilidade na suscetibilidade de populações de B. phoenicis coletadas em pomares de citros aos acaricidas cyhexatin, azocyclotin, propargite e enxofre; (b) as relações de resistência cruzada entre propargite e os acaricidas azocyclotin, cyhexatin, dinocap, pyridaben e enxofre; e (c) o custo adaptativo associado à resistência de B. phoenicis a propargite em condições de laboratório. O método de bioensaio adotado foi o de contato residual para a caracterização da suscetibilidade de B. phoenicis a esses acaricidas. O monitoramento da suscetibilidade a esses acaricidas em diferentes populações de B. phoenicis B. phoenicis foi realizado com concentrações diagnósticas baseadas na concentração letal 95 (CL95) de cada acaricida. Para verificar a presença de resistência cruzada entre propargite e demais acaricidas, as respostas de concentração-mortalidade das linhagens suscetível (S) e resistente ao propargite (Propargite-R) foram caracterizadas para cyhexatin, azocyclotin, dinocap, pyridaben e enxofre. O custo adaptativo associado à resistência de B. phoenicis a propargite foi avaliado mediante comparação de parâmetros biológicos das linhagens S e Propargite-R mantidas em frutos de laranja a 25 ± 1 °C e fotofase de 14 h. Foram verificadas diferenças significativas na sobrevivência de populações de B. phoenicis nas concentrações diagnósticas testadas para cyhexatin (de 16,3 a 80,5%), azocyclotin (de 3,0 a 15,0%), propargite (de 1,0 a 71,6%) e enxofre (de 9,0 a 82,6%). Uma baixa intensidade de resistência cruzada foi verificada entre propargite e os acaricidas azocyclotin (1,8 vezes), cyhexatin (4,6 vezes), dinocap (3,5 vezes) e pyridaben (3,5 vezes). Por outro lado, a intensidade de resistência cruzada a enxofre (> 111 vezes) foi bastante alta. Não foi verificada presença de custo adaptativo associado à resistência de B. phoenicis a propargite, baseado nos parâmetros biológicos avaliados. Portanto, o uso desses acaricidas também deve ser feito de maneira criteriosa em programas de manejo da resistência de B. phoenicis a acaricidas. / Acaricides that affect the cellular respiration process, specifically in the energy production (ATP), have been an important component in acaricide resistance management programs. Basically, these acaricides interfere in the oxidative phosphorilation or electron transportation in the mitochondria, by inhibiting or disrupting some specific process. This group of acaricide plays an important role in the control of Brevipalpus phoenicis (Geijskes) in citrus groves in Brazil. However, there are only few studies on the susceptibility and possible crossresistance to the acaricides that are inhibitors of cellular respiration in B. phoenicis . Then, the major objective of this work was to collect data to implement strategies to manage the resistance of B. phoenicis to these acaricides. Studies were conducted to evaluate (a) the variability in the susceptibility among B. phoenicis populations collected from citrus groves to the acaricides cyhexatin, azocyclotin, propargite and sulphur; (b) cross-resistance relationships between propargite and the acaricides azocyclotin, cyhexatin, dinocap, pyridaben and sulphur; and (c) the fitness cost associated with propargite resistance in B. phoenicis under laboratory conditions. A residual-type contact bioassay was used to characterize the susceptibility of B. phoenicis to these acaricides. The monitoring of the susceptibility to these acaricides in different B. phoenicis populations was conducted with diagnostic concentrations based on lethal concentration 95 (LC95) of each acaricide. The cross-resistance between propargite and other acaricides was evaluated by characterizing the concentration-mortality responses of susceptible (S) and propargite-resistant (Propargite-R) strains to cyhexatin, azocyclotin, dinocap, pyridaben and sulphur. The fitness cost associated with B. phoenicis resistance to propargite was evaluated by measuring the biological parameters of S and Propargite-R strains on citrus fruits at 25 ± 1 °C and fotophase of 14 h. Significant differences in the susceptibility of B. phoenicis were detected at diagnostic concentration of cyhexatin (survivorship from 16.3 to 80.5%), azocyclotin (from 3.0 to 15.0%), propargite (from 1.0 a 71.6%) and sulphur (from 9.0 to 82.6%). A low intensity of crossresistance was detected between propargite and the acaricides azocyclotin (1.8-fold), cyhexatin (4.6-fold), dinocap (3.5-fold) and pyridaben (3.5-fold). On the other hand, the intensity of crossresistance to sulphur (> 111-fold) was very high. There was no fitness cost associated with B. phoenicis resistance to propargite, based on biological parameters evaluated. Therefore, the use of these acaricides should also be done very carefully in resistance management of B. phoenicis to acaricides.
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