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A arte de acumular na gestação da economia cafeeira: formas de enriquecimento no Vale do Paraíba paulista durante o século XIX / The art of accumulate in the economy of coffee growthMarcondes, Renato Leite 18 June 1998 (has links)
Ao longo do século XIX ocorreu um expressivo crescimento econômico e demográfico no vale do Paraíba. A expansão da cafeicultura teve um papel fundamental neste fato, pois abriu novas oportunidades aos moradores da região e aos oriundos de fora. Neste contexto, procuramos entender essas transformações e as formas de acumulação dos indivíduos que viveram nesta economia. Selecionamos para estudo a localidade de Lorena (SP) nessa época. Inicialmente a expansão da cana-de-açúcar marcou a economia da região durante o final do século XVIII e início do XIX. Posteriormente, o plantio da rubiácea figurou como a principal atividade dos habitantes. As fontes documentais utilizadas consistiram basicamente nas listas nominativas de habitantes e dos inventários. Na primeira parte da tese apresentamos um panorama geral da localidade como um todo em seus aspectos demográficos e econômicos de 1778 a 1829, destacando três contingentes: os escravistas, seus escravos e os chefes de domicílio não-proprietários de cativos. Na outra parte centramos a análise numa amostra dos moradores em 1829, para os quais localizamos os seus inventários. A partir destes 187 indivíduos selecionados realizamos a discussão do acúmulo de escravos entre os dois momentos (1829 e o período dos inventários 1830/79). Alguns condicionantes mostraram-se importantes, como, por exemplo, a atividade desenvolvida, a propriedade de terras e as idades dessas pessoas. A mobilidade entre as diferentes faixas de tamanho de plantéis revelou-se maior para os pequenos escravistas. Além da propriedade escrava, pudemos estudar o conjunto da riqueza inventariada das pessoas da amostra: os cafeicultores, lojistas de fazenda seca, usurários e produtores de derivados de cana mantinham a quase totalidade da riqueza, inclusive dos escravos. O procedimento de acompanhar os indivíduos no tempo permitiu o exame das mudanças de suas ocupações. A continuidade da cafeicultura garantiu um patrimônio médio superior ao dos que abandonaram esta atividade. Entretanto, um número significativo de pessoas da amostra passou a atuar na faina canavieira, em alguns casos abandonando até a produção de café. Os fornecedores locais de crédito tiveram um papel atuante na expansão da cafeicultura e alcançaram as maiores fortunas. Não encontramos evidências de relações de dependência financeira entre a região e a praça do Rio de Janeiro. Assim, a economia cafeeira possibilitou a continuidade de atividades pretéritas moldadas à nova realidade e à abertura de novas opções de inversão especialmente para os detentores de grandes recursos. Estes últimos mantiveram-se no topo da hierarquia econômica da região ao longo do tempo. / The economic and demographic growth in vale do Paraíba was substantial in the course of the nineteenth century. The expansion of coffee planting played a fundamental role in that growth, opening new opportunities to the inhabitants and to people coming from other regions. Within this context we tried to understand the forms of accumulation of the individuals in that economy. We selected for study the locality of Lorena (São Paulo) in that period. The expansion of sugar cane dominated the region\'s economy by the end of the eighteenth century and beginning of the nineteenth. Coffee planting became the main occupation of the inhabitants afterwards. The documental sources we used were basically manuscript censures and inventories. The first part of the thesis is an outlook on the locality as a whole in its demographic and economic aspects from 1778 to 1829, focusing on three groups: slaveowners, their slaves, and households heads that were not slaveowners. The other part of the thesis centers its analysis on a sample of the inhabitants in 1829 whose inventories we located. The 187 individuals selected were used as a basis for discussion on the accumulation, ownership of land, and age of the individuals. The owners of small slaveholdings showed higher mobility along different categories of slaveholding sizes. In addition to slave ownership, we can study the whole wealth of the individuals whose inventories figured in the sample. Almost all the wealth, including the slaves, was held by coffee planters, dry goods merchants, usurers, and producers of sugar cane by-products. The procedure of following each individual along the time made it possible to examine their occupation changes. Those who remained in coffee planting guaranteed for themselves an average wealth higher than those who quit this activity. However, a significant number of the individuals in the sample turned to activities related to sugar cane, some of them even quitting coffee planting. Local credit suppliers played an expressive role in the expansion of coffee planting and obtained the largest fortunes. Evidence of financial dependence relations between the region and the financial market of Rio de Janeiro was not found. Thus, the coffee economy made it possible the continuity of past activities, shaped by the new reality and by new investment options opened mainly to large resource owners. The latter remained at the top of the region\'s economic hierarchy all along the time.
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A arte de acumular na gestação da economia cafeeira: formas de enriquecimento no Vale do Paraíba paulista durante o século XIX / The art of accumulate in the economy of coffee growthRenato Leite Marcondes 18 June 1998 (has links)
Ao longo do século XIX ocorreu um expressivo crescimento econômico e demográfico no vale do Paraíba. A expansão da cafeicultura teve um papel fundamental neste fato, pois abriu novas oportunidades aos moradores da região e aos oriundos de fora. Neste contexto, procuramos entender essas transformações e as formas de acumulação dos indivíduos que viveram nesta economia. Selecionamos para estudo a localidade de Lorena (SP) nessa época. Inicialmente a expansão da cana-de-açúcar marcou a economia da região durante o final do século XVIII e início do XIX. Posteriormente, o plantio da rubiácea figurou como a principal atividade dos habitantes. As fontes documentais utilizadas consistiram basicamente nas listas nominativas de habitantes e dos inventários. Na primeira parte da tese apresentamos um panorama geral da localidade como um todo em seus aspectos demográficos e econômicos de 1778 a 1829, destacando três contingentes: os escravistas, seus escravos e os chefes de domicílio não-proprietários de cativos. Na outra parte centramos a análise numa amostra dos moradores em 1829, para os quais localizamos os seus inventários. A partir destes 187 indivíduos selecionados realizamos a discussão do acúmulo de escravos entre os dois momentos (1829 e o período dos inventários 1830/79). Alguns condicionantes mostraram-se importantes, como, por exemplo, a atividade desenvolvida, a propriedade de terras e as idades dessas pessoas. A mobilidade entre as diferentes faixas de tamanho de plantéis revelou-se maior para os pequenos escravistas. Além da propriedade escrava, pudemos estudar o conjunto da riqueza inventariada das pessoas da amostra: os cafeicultores, lojistas de fazenda seca, usurários e produtores de derivados de cana mantinham a quase totalidade da riqueza, inclusive dos escravos. O procedimento de acompanhar os indivíduos no tempo permitiu o exame das mudanças de suas ocupações. A continuidade da cafeicultura garantiu um patrimônio médio superior ao dos que abandonaram esta atividade. Entretanto, um número significativo de pessoas da amostra passou a atuar na faina canavieira, em alguns casos abandonando até a produção de café. Os fornecedores locais de crédito tiveram um papel atuante na expansão da cafeicultura e alcançaram as maiores fortunas. Não encontramos evidências de relações de dependência financeira entre a região e a praça do Rio de Janeiro. Assim, a economia cafeeira possibilitou a continuidade de atividades pretéritas moldadas à nova realidade e à abertura de novas opções de inversão especialmente para os detentores de grandes recursos. Estes últimos mantiveram-se no topo da hierarquia econômica da região ao longo do tempo. / The economic and demographic growth in vale do Paraíba was substantial in the course of the nineteenth century. The expansion of coffee planting played a fundamental role in that growth, opening new opportunities to the inhabitants and to people coming from other regions. Within this context we tried to understand the forms of accumulation of the individuals in that economy. We selected for study the locality of Lorena (São Paulo) in that period. The expansion of sugar cane dominated the region\'s economy by the end of the eighteenth century and beginning of the nineteenth. Coffee planting became the main occupation of the inhabitants afterwards. The documental sources we used were basically manuscript censures and inventories. The first part of the thesis is an outlook on the locality as a whole in its demographic and economic aspects from 1778 to 1829, focusing on three groups: slaveowners, their slaves, and households heads that were not slaveowners. The other part of the thesis centers its analysis on a sample of the inhabitants in 1829 whose inventories we located. The 187 individuals selected were used as a basis for discussion on the accumulation, ownership of land, and age of the individuals. The owners of small slaveholdings showed higher mobility along different categories of slaveholding sizes. In addition to slave ownership, we can study the whole wealth of the individuals whose inventories figured in the sample. Almost all the wealth, including the slaves, was held by coffee planters, dry goods merchants, usurers, and producers of sugar cane by-products. The procedure of following each individual along the time made it possible to examine their occupation changes. Those who remained in coffee planting guaranteed for themselves an average wealth higher than those who quit this activity. However, a significant number of the individuals in the sample turned to activities related to sugar cane, some of them even quitting coffee planting. Local credit suppliers played an expressive role in the expansion of coffee planting and obtained the largest fortunes. Evidence of financial dependence relations between the region and the financial market of Rio de Janeiro was not found. Thus, the coffee economy made it possible the continuity of past activities, shaped by the new reality and by new investment options opened mainly to large resource owners. The latter remained at the top of the region\'s economic hierarchy all along the time.
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Геоморфолошке прилике Рађевског краја / Geomorfološke prilike Rađevskog kraja / Geomorphologic characteristics of RađevinaRistanović Branko 10 September 2004 (has links)
<p>Рађевина, једна од регија Западне Србије, веома је интересантна са геоморфолошког аспекта. Анализирајући геолошку прошлост и тектонску структуру, климатске, хидролошке, педолошке и биогеографске карактеристике Рађевине, примећујемо следеће геоморфолошке процесе: разарање и распадање стена, ерозија тла, флувијална и крашка ерозија. Њихов интензитет варира у зависности од различитих геоморфолошких фактора и манифестује се бројним облицима: браздама, јаругама, речним долинама, шкрапама, вртачама, увалама и пећинама.</p> / <p>Rađevina, jedna od regija Zapadne Srbije, veoma je interesantna sa geomorfološkog aspekta. Analizirajući geološku prošlost i tektonsku strukturu, klimatske, hidrološke, pedološke i biogeografske karakteristike Rađevine, primećujemo sledeće geomorfološke procese: razaranje i raspadanje stena, erozija tla, fluvijalna i kraška erozija. NJihov intenzitet varira u zavisnosti od različitih geomorfoloških faktora i manifestuje se brojnim oblicima: brazdama, jarugama, rečnim dolinama, škrapama, vrtačama, uvalama i pećinama.</p> / <p>Rađevina, as one of the regions of western Serbia, is highly interesting considering the geomorfological aspect. By analysing the geologic past and structure, the tectonic, climatic, hydrological, pedological and biogeographical characteristcs of the area of Rađevina, the following processes were detected: the destruction and putridity of rocks, the erosion of soil as well as fluvial and carbonate erosion. Their intensity varies depending on the geomorphological factors and is manifested in numerous forms: ridges, gullies, river valleys,scrapas, vrtacas, slews and caves.</p>
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Abertura financeira, fluxos de capitais, acumulação de capital e produtividade nos países em desenvolvimento: teorias e evidênciasGuedes, Dyeggo Rocha 09 February 2015 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The aim of this work is to perform a theoretical and empirical research on the relationships between: i) financial openness, capital flows and accumulation of capital, and; ii) financial openness, capital flows and total factor productivity. The Chapter 1 does a presentation and discussion of the theoretical literature and shows that there is no consensus within the conventional approach that financial openness and capital flows stimulate the accumulation of capital and the growth of total factor productivity of developing economies. The Chapter 2, in turn, presents and discusses the empirical literature on: i) financial openness, capital flows and economic growth, and; ii) financial openness, capital flows, capital accumulation and total factor productivity. Furthermore, the chapter analyzes, using descriptive statistics, some stylized facts associated with the behavior of financial openness, capital flows, capital accumulation and total factor productivity for a set of up to 81 countries, 22 developed and 59 in development. The Chapter 3, finally, conducts an econometric research on the relationships between: i) financial openness, capital accumulation and total factor productivity, and; ii) capital flows, capital accumulation and total factor productivity. The sample includes 59 developing countries. The results suggest, in general, that: i) there is no evidence that financial openness stimulates capital accumulation or productivity growth; ii) there is no systematic evidence that the effect of financial openness on capital accumulation and productivity depends on the institutional and financial levels of development of economies; iii) there is no systematic evidence that capital flows stimulates the accumulation of capital and the productivity growth, and; iv) there are quite flimsy evidence that the effect of capital flows on capital accumulation and productivity depends on the institutional and financial development level of the countries, so that a higher level of institutional and financial development reduces the positive effect of capital flows. / O objetivo desta dissertação é realizar uma investigação teórica e empírica acerca das relações entre: i) abertura financeira, fluxos de capitais e acumulação de capital, e; ii) abertura financeira, fluxos de capitais e produtividade total dos fatores. O Capítulo 1 faz uma apresentação e discussão da literatura teórica e mostra que não há consenso, dentro da abordagem convencional, de que a abertura financeira e os fluxos de capitais estimulam a acumulação de capital e o crescimento da produtividade total dos fatores das economias em desenvolvimento. O Capítulo 2, por sua vez, apresenta e discute a literatura empírica sobre: i) abertura financeira, fluxos de capital e crescimento econômico, e; ii) abertura financeira, fluxos de capitais, acumulação de capital e produtividade total dos fatores. Ademais, o capítulo analisa, por meio de estatística descritiva, alguns fatos estilizados associados ao comportamento da abertura financeira, dos fluxos de capitais, da acumulação de capital e da produtividade total dos fatores para um conjunto de até 81 países, 22 desenvolvidos e 59 em desenvolvimento. O Capítulo 3, por fim, realiza uma investigação econométrica acerca das relações entre: i) abertura financeira, acumulação de capital e produtividade total dos fatores, e; ii) fluxos de capitais, acumulação de capital e produtividade total dos fatores. A amostra contempla 59 países em desenvolvimento. Os resultados encontrados sugerem, em geral, que: i) não há evidências de que a abertura financeira estimula a acumulação de capital nem o crescimento da produtividade; ii) não há evidências sistemáticas de que o efeito da abertura financeira sobre a acumulação de capital e produtividade depende dos níveis de desenvolvimento institucional e financeiro das economias; iii) não há evidências sistemáticas de que os fluxos de capitais estimulam a acumulação de capital e a produtividade, e; iv) há evidências bastante frágeis de que o efeito dos fluxos de capitais sobre a acumulação de capital e produtividade depende do nível de desenvolvimento institucional e financeiro dos países, de maneira que um maior nível de desenvolvimento institucional e financeiro atenua o efeito positivo dos fluxos de capitais. / Mestre em Economia
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