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A influência da aditivação do leite humano no crescimento bacteriano in vitro / A influência da aditivação do leite humano no crescimento bacteriano in vitro

Letícia Fuganti Campos 28 February 2013 (has links)
INTRODUÇÃO: A lactoferrina disponível no leite materno desempenha função imunológica e protege recém-nascidos de infecções por se ligar ao ferro e privá-lo de bactérias patogênicas, o que resulta em atividade bacteriostática contra organismos patogênicos ferro dependentes. A utilização de aditivo de leite materno suplementado com ferro poderia prejudicar os efeitos protetores da lactoferrina e aumentar os riscos de infecção em recém-nascidos. OBJETIVO: Comparar o crescimento bacteriano no colostro puro versus colostro com aditivo de leite materno suplementado com ferro. MÉTODO: O crescimento bacteriano de Escherichia coli, Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa foi comparado em 78 amostras de colostro puro ou colostro com aditivo do leite humano suplementado com ferro. Para análise qualitativa, discos de papel filtro foram imergidos nas amostras de leite materno puro ou leite materno com aditivo suplementado de ferro e incubados por 48 horas em placas de Petri contendo 101 Unidades Formadoras de Colônia por ml (UFC/ml) de cada cepa de bactérias. Para a análise quantitativa, 1ml de cada cepa de bactérias contendo 107 UFC/ml foi homogeneizado com 1ml de colostro puro ou colostro com aditivo do leite humano suplementado com ferro e semeado em placa de Petri. O número de UFC/ml foi contado após 24 horas de incubação a 37oC. RESULTADOS: A análise qualitativa não mostrou diferença no crescimento bacteriano. Na avaliação quantitativa, o crescimento de Escherichia coli no colostro puro foi de 29.4 ± 9.7 x 106CFU/ml e no colostro com aditivo de leite materno suplementado de ferro foi de 31.2 ± 10.8x 106CFU/ml, com diferença na média de crescimento de 1.9 ± 4.9 x 106CFU/ml (p = 0,001). O crescimento bacteriano nas cepas de Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa no colostro puro e no colostro com aditivo de leite materno não apresentou diferença estatística. CONCLUSÃO: O acréscimo de aditivo de leite materno suplementado com ferro nesta concentração reduziu a ação bacteriostática contra Escherichia coli / BACKGROUND: Lactoferrin in human breast milk has been shown to protect newborns from infection by binding to iron and depriving it from pathologic bacteria that need iron to proliferate. If iron-enriched fortifier is added to breast milk, it might impair the protective effect of lactoferrin and increase the risk of infection in newborns. OBJECTIVE: To compare bacterial growth in pure colostrum versus colostrum with human milk fortifier containing iron. METHODS: The growth of Escherichia coli, Staphylococcus aureus and Pseudomonas aeruginosa in 78 samples of pure colostrum or of colostrum with added human milk fortifier containing iron was compared. For qualitative analysis, filter paper discs were immersed in samples from each group and incubated for 48 hours with 101Colony Forming Units/ml of each strain. For quantitative assessment, 1 ml of each strain containing 107Colony Forming Units/ml was homogenized with 1 ml of either colostrum or colostrum with human milk fortifier, seeded into a Petri dish, and incubated at 37oC. Twenty-four hours later the number of Colony Forming Units was counted. RESULTS: Qualitative analysis showed no difference in bacterial growth. In the quantitative evaluation, Escherichia coli growth in the pure colostrum group was 29.4 ± 9.7 x 106CFU/ml while in the human milk fortifier group it was 31.2 ± 10.8x 106CFU/ml; the difference between average growth was 1.9 ± 4.9 x 106CFU/ml (p = 0.001). There were no differences in Staphylococcus aureus and Pseudomonas aeruginosa growth. CONCLUSION: Addition of iron at this concentration reduced breast milk bacteriostatic action against Escherichia coli
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A influência da aditivação do leite humano no crescimento bacteriano in vitro / A influência da aditivação do leite humano no crescimento bacteriano in vitro

Campos, Letícia Fuganti 28 February 2013 (has links)
INTRODUÇÃO: A lactoferrina disponível no leite materno desempenha função imunológica e protege recém-nascidos de infecções por se ligar ao ferro e privá-lo de bactérias patogênicas, o que resulta em atividade bacteriostática contra organismos patogênicos ferro dependentes. A utilização de aditivo de leite materno suplementado com ferro poderia prejudicar os efeitos protetores da lactoferrina e aumentar os riscos de infecção em recém-nascidos. OBJETIVO: Comparar o crescimento bacteriano no colostro puro versus colostro com aditivo de leite materno suplementado com ferro. MÉTODO: O crescimento bacteriano de Escherichia coli, Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa foi comparado em 78 amostras de colostro puro ou colostro com aditivo do leite humano suplementado com ferro. Para análise qualitativa, discos de papel filtro foram imergidos nas amostras de leite materno puro ou leite materno com aditivo suplementado de ferro e incubados por 48 horas em placas de Petri contendo 101 Unidades Formadoras de Colônia por ml (UFC/ml) de cada cepa de bactérias. Para a análise quantitativa, 1ml de cada cepa de bactérias contendo 107 UFC/ml foi homogeneizado com 1ml de colostro puro ou colostro com aditivo do leite humano suplementado com ferro e semeado em placa de Petri. O número de UFC/ml foi contado após 24 horas de incubação a 37oC. RESULTADOS: A análise qualitativa não mostrou diferença no crescimento bacteriano. Na avaliação quantitativa, o crescimento de Escherichia coli no colostro puro foi de 29.4 ± 9.7 x 106CFU/ml e no colostro com aditivo de leite materno suplementado de ferro foi de 31.2 ± 10.8x 106CFU/ml, com diferença na média de crescimento de 1.9 ± 4.9 x 106CFU/ml (p = 0,001). O crescimento bacteriano nas cepas de Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa no colostro puro e no colostro com aditivo de leite materno não apresentou diferença estatística. CONCLUSÃO: O acréscimo de aditivo de leite materno suplementado com ferro nesta concentração reduziu a ação bacteriostática contra Escherichia coli / BACKGROUND: Lactoferrin in human breast milk has been shown to protect newborns from infection by binding to iron and depriving it from pathologic bacteria that need iron to proliferate. If iron-enriched fortifier is added to breast milk, it might impair the protective effect of lactoferrin and increase the risk of infection in newborns. OBJECTIVE: To compare bacterial growth in pure colostrum versus colostrum with human milk fortifier containing iron. METHODS: The growth of Escherichia coli, Staphylococcus aureus and Pseudomonas aeruginosa in 78 samples of pure colostrum or of colostrum with added human milk fortifier containing iron was compared. For qualitative analysis, filter paper discs were immersed in samples from each group and incubated for 48 hours with 101Colony Forming Units/ml of each strain. For quantitative assessment, 1 ml of each strain containing 107Colony Forming Units/ml was homogenized with 1 ml of either colostrum or colostrum with human milk fortifier, seeded into a Petri dish, and incubated at 37oC. Twenty-four hours later the number of Colony Forming Units was counted. RESULTS: Qualitative analysis showed no difference in bacterial growth. In the quantitative evaluation, Escherichia coli growth in the pure colostrum group was 29.4 ± 9.7 x 106CFU/ml while in the human milk fortifier group it was 31.2 ± 10.8x 106CFU/ml; the difference between average growth was 1.9 ± 4.9 x 106CFU/ml (p = 0.001). There were no differences in Staphylococcus aureus and Pseudomonas aeruginosa growth. CONCLUSION: Addition of iron at this concentration reduced breast milk bacteriostatic action against Escherichia coli
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Eficácia e segurança dos aditivos de leite humano para prematuros com peso de nascimento ≤ 1500g ou idade gestacional ≤ 34 semanas: uma revisão sistemática com metanálise

Cukier, Fernanda Niskier January 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2014-09-24T12:59:39Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) 69631.pdf: 1610461 bytes, checksum: b939dc7b13606573ddae6593655ab049 (MD5) Previous issue date: 2014 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Departamento de Ensino. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. / Introdução: Os aditivos multicomponentes foram desenvolvidos com o objetivo de adequar o aporte de nutrientes do leite humano (LH) oferecido aos prematuros. São compostos por diferentes combinações de proteína, carboidrato, gordura e/ou minerais , em apresentação líquida ou em pó . O bjetivos: Avaliar eficácia e segurança dos aditivos multicomponentes, utilizados como suplemento ao LH, em prematuros com peso de nascimento (PN) ≤ 1500 g ou com idade gestacional (lG) de nascimento ≤ 34 semanas. Comparar o LH suplementado com aditivos ao LH puro ou à fórmula para prematuros (FP) e comparar diferentes aditivos entre si. Métodos: Foi realizada uma Revisão Sistemática da Literatura com M etanálise, via estratégia de busca estruturada, nos bancos de dados The Cochrane Library , Pubmed, EMBASE, SCOPUS, Scielo e Lilacs, anais de congressos, listas de referências dos artigos identificados e artigos de revisão relevantes. Buscaram - se metanálises, revisões sistemáticas ou ensaios clínicos controlados (preferencialmente randomizados) que comparassem o LH suplementado com aditivos multicomponentes ao LH puro, à FP ou a outros aditivos e que pr eenchessem critérios de qualidade PRISMA. Os desfechos avaliados foram peso, crescimento linear e perímetro cefálico em curto e longo prazo , desenvolvimento, enterocolite necrosante ( ECN ) , óbito e níveis séricos de cálcio, fósforo e fosfatase alcalina . A s íntese dos resultados foi apresentada como diferença de média e risco relativo (RR) . Resultados: O LH suplementado com aditivo multicomponente levou a maiores taxas de crescimento em curto prazo que o LH puro , sem evidência de aumento no risco de ECN . Não foi demonstrado efeito nos níveis séricos de cálcio, fósforo e fosfatase alcalina. Na comparação entre LH suplementado com aditivo e FP não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos nas taxas de ganho de peso e de aumento de perí metro cefálico . O crescimento linear foi maior nos prematuros alimentados com FP . Os níveis séricos de cálcio e fosfatase alcalina foram maiores e os de fósforo menores no grupo alimentado com LH suplementado com aditivos, porém os valores encontravam - se d entro da normalidade nos dois grupos na maioria dos estudos. Não houve diferença no risco de ECN . Crescimento em longo prazo, desenvolvimento e óbito não puderam ser avaliados em nenhuma das comparações. Na comparação entre diferentes aditivos foi realizad a apenas uma revisão sistemática da literatura , que demonstrou que todos os aditivos multicomponentes levaram a taxas de crescimento satisfatório, com tendência a maior crescimento com os aditivos de maior conteúdo proteico. O risco de ECN foi baixo em tod os os estudos e os níveis séricos de cálcio, fósforo e fosfatase alcalina foram normais na maioria, independente do aditivo utilizado. Conclusão: A fortificação do LH com aditivos multicomponentes está associada à melhora nos parâmetros de crescimento em c urto prazo, comparável ao crescimento observado por prematuros alimentados com FP . Os aditivos são seguro s e não há evidência de que leve m a maior incidência de ECN ou de doença óssea metabólica . A composição ideal dos aditivos ainda precisa ser determinada por mais estudos. / Introduction: The multicomponent fortifiers have been developed to allow an appropriate nutrient in take by premature infants receiving human milk . The y are composed by different combinations of protein, carbohydrates, fat and minerals, in liquid or powder presentation . Objectives: To evaluate efficacy and safety of human milk multicomponent fortifiers i n premature infants with birth weight ≤ 1500 g or gestational age at birth ≤ 34 weeks. To compare fortified human milk to plain human milk , to preterm formulas or to a different fortified human milk. Methods: A s ystematic l iterature r eview with meta - analysis was performed . S earches were made at T he Cochrane Library, Pubmed, EMBASE, SCOPUS, Scielo, Lilacs, previous reviews including cross references, abstracts of scientific events and journal hand searching. We searched for meta - analysis, systema tic reviews and controlled trials (especially those with random allocation of patients) comparing fortified human milk with plain human milk, premature formula or different fortifiers that fulfill ed the PRISMA checklist . The outcomes studied were: growth in short and long term (weight, linear growth and head circumference) , necrotizing enterocolitis ( NEC ) , death and serum calcium, phosphorus and alkaline phosphatase. Synthesis of data was conducted by relative risk and we ighted mean difference. Results: Fortified human milk le d to higher growth rates in the short term compared with plain human milk, without evidence of increased risk of NEC . There was no effect on serum levels of calcium, phosphorus and alkaline phosphatas e. Fortified human milk le d to similar rates of weight gain and increase in head circumference compared to preterm formulas. Linear growth was higher in those fed by preterm formula. Serum calcium and alkaline phosphatase were higher and serum phosphorus w as lower in those patients receiving fortified human milk, but the values were within the normal range in both groups in most studies. There was no difference in the risk of NEC. Long - term growth, development and death could not be evaluated in either comp arison. We only performed a systematic review for the comparison of different fortifiers. This review show ed that a ll multicomponent fortifiers le d to satisfactory growth rates, with a tendency of better growth with the fortifiers with higher protein conte nt. There was a low risk of NEC in all studies. Serum levels of calcium, phosphorus and alkaline phosphatase were normal in most studies, no matter which fortifier was used. Conclusion: The use of fortified human milk by premature infants is associated wit h better weight gain, linear growth and increase in head circumference in the short term, comparable to the rates of growth observed in preterm infants fed formula. The fortifiers are safe and do not increase the risk of NEC or lead to a higher incidence o f rickets. The ideal composition of fortifiers still needs to be determined by further studies.

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