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Ocorrência e características da violência sofrida e exercida por adolescentes escolares de Cuiabá, MT

Alencastro, Lidiane Cristina da Silva 21 February 2014 (has links)
Submitted by Simone Souza (simonecgsouza@hotmail.com) on 2017-06-07T17:21:34Z No. of bitstreams: 1 DISS_2014_Lidiane Cristina da Silva Alencastro.pdf: 4433237 bytes, checksum: f2dd0dc5eaa48da0f7841e4bf56ca597 (MD5) / Approved for entry into archive by Jordan (jordanbiblio@gmail.com) on 2017-06-08T16:55:40Z (GMT) No. of bitstreams: 1 DISS_2014_Lidiane Cristina da Silva Alencastro.pdf: 4433237 bytes, checksum: f2dd0dc5eaa48da0f7841e4bf56ca597 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-06-08T16:55:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DISS_2014_Lidiane Cristina da Silva Alencastro.pdf: 4433237 bytes, checksum: f2dd0dc5eaa48da0f7841e4bf56ca597 (MD5) Previous issue date: 2014-02-21 / CAPES / Introdução: O aumento de todas as formas de violência constitui-se, atualmente, um fenômeno mundial, representando um grande desafio para a saúde pública. Especificamente em relação à violência “estrito senso” (violência intencional), os adolescentes são considerados vulneráveis, tanto na condição de vítima como de agressor. Objetivo: Analisar a ocorrência e as características da violência sofrida e exercida por adolescentes escolares de Cuiabá-MT. Métodos: Estudo transversal, com adolescentes do ensino médio da rede pública de ensino de Cuiabá-MT. Para a coleta de dados utilizou-se questionário fechado e autoaplicável. Os dados foram processados pelo programa Epi-Info, aplicando-se o teste de qui-quadrado para análises bivariadas. Resultados: Foram investigados 2.786 adolescentes, dos quais 44,4% (1.236) se envolveram em situação de violência. Destes, 36,9% (456) somente vítimas, 27,0% (334) apenas agressores e 36,1 (446) tanto como vítimas quanto agressores. Entre os adolescentes em situação de violência (1.236), grande parte se declarou de raça parda, na faixa etária de 16-17 anos e no primeiro ano do ensino médio. Entre os adolescentes na condição de vítima (456), houve predomínio do sexo feminino (69,5%). O tipo predominante de violência entre as vítimas foi o bullying e a violência física. O grupo de 12-13 anos sofreu abandono e bullying; de 14-17 anos sofreu mais bullying; de 18-19 anos mais violência física. Os pais e o namorado exerceram mais violência física, os colegas perpetraram mais o bullying, os amigos da família praticaram mais violência sexual e membros de gangue e desconhecidos/outros exerceram mais ameaça. A violência física, sexual, moral, ameaça, o abandono e o testemunho ocorreram com maior frequência, 1 vez, enquanto o bullying e o cyberbullying de 2 a 4 vezes, a psicológica de 5 a 10 vezes e a negligência e o trabalho infantil se manteve continuamente. Na residência do adolescente foi praticada mais violência física; na casa de parentes mais a violência sexual; na escola houve mais bullying e na rua ameaça. A maioria da violência cessou, com exceção do abandono e negligência. Já entre os adolescentes que exerceram violência (334), houve predomínio do sexo masculino (59,6%) e 99,7% não respondeu qual foi o tipo de violência exercida. Os meninos agrediram mais colegas seguidos de desconhecido/outros, enquanto as meninas exerceram mais violência contra os colegas seguido do irmão; a violência permaneceu, com maior proporção, por mais de 2 anos; os meninos exerceram mais violência na escola e na rua e as meninas na escola e em sua própria residência; o grupo de 14-15 anos e de 18-19 anos perpetraram mais violência na escola e na rua, enquanto os adolescentes de 16-17 anos praticaram mais atos violentos na escola e em sua própria residência. Para este grupo, a violência havia cessado em 49,4% dos casos. Conclusão: Os resultados apontam para a necessidade de medidas de prevenção e enfrentamento da violência, tanto sofrida como exercida, na adolescência. Vale ressaltar que os adolescentes agressores, assim como as vítimas, requerem cuidados e atenção, para que o ciclo da violência seja interrompido, e assim, minimizar e combater as situações de violência. / Introduction: The increase of all forms of violence is now a worldwide phenomenon, representing a major challenge to public health. Specifically towards violence "strict sense" (intentional violence), teens are considered vulnerable, both in condition of victim and aggressor. Objective: examining the occurrence and characteristics of violence suffered and exerted by school teenagers from Cuiaba-Mato Grosso, in 2012. Methods: cross-sectional study, with high school teenagers from public schools of Cuiabá-MT. For data collection was used questionnaire closed and self-applicable. The data were processed by the Epi-Info program, applying the Chi-square test for bivariate analyses. Results: 2,786 teenagers were investigated, of whom 44.4% (1,236) became involved in situation of violence. Of these, 36.9% (456) only victims, 27.0% (334) only aggressors and 36.1% (446) as both victims and aggressors. Among adolescents in situations of violence (1236), largely declared being dark skin, aged 16-17 and in the first year of high school. Among teenagers in condition of victim (456), there was a predominance of females (69.5%). The predominant type of violence among the victims was bullying and physical violence. The Group of 12-13 years old suffered neglect and bullying; of 14-17 years old suffered more bullying; of 18-19 years old more physical violence. The parents and the boyfriend exerted more physical violence, colleagues have perpetrated more bullying, friends of the family practiced more sexual violence and gang members and unknown/others exercised more threat. The physical, sexual, moral violence, threat, abandonment and the testimony occurred more frequently, once, while bullying and cyberbullying fromtwice to 4 times, the psychological 5 to 10 times and the neglect and child labor remained continuously. At the residence of the teenager was practiced more physical violence; in the house of relatives more sexual violence; at school there were more bullying and on the street, threat. Most of the violence had ceased, with the exception of abandonment and neglect. Already among the teens who exercise violence (334), there was a predominance of males (59.6%) and 99.7% did not answer what was the type of violence. The boys assaulted more colleagues followed by unknown/other, while girls have more violence against colleagues followed by the brother; violence remained, with highest proportion for more than 2 years; the boys exercised more violence at school and on the street and the girls at school and in their own residence; the group of 14-15 years old and of 18-19 years old perpetrated more violence at school and on the street, while adolescents of 16-17 years old practiced more violent acts at school and in their own residence. For this group, the violence had ceased in 49.4% of cases. Conclusion: the results point to the need for measures to prevent and fight against violence, both suffered as exercised, in adolescence. It is worth noting those aggressor teenagers, as well as the victims, require care and attention, so that the cycle of violence is stopped, and thus, minimize and combat situations of violence.

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