nÃo hà / O estranhamento com o espaÃo da cidade e a atuaÃÃo profissional na Ãrea da arte foram os estÃmulos primordiais para a realizaÃÃo desta pesquisa. Os entrelaÃamentos envolvidos nestes dois momentos de vida foram mediados pela maneira de enxergar nas aÃÃes artÃsticas modos potentes de discussÃo, para alÃm do embelezamento, naturalizaÃÃo e espetacularizaÃÃo da AmazÃnia. Assim, encontrei na interlocuÃÃo com onze artistas visuais, residentes da cidade de MacapÃ/AP, o campo empÃrico da investigaÃÃo; o desejo de compreender como as produÃÃes artÃsticas impactam e como expressam a trajetÃria vivida pelos sujeitos, quando interagem, integram e se comunicam com o seu espaÃo sÃcio cultural, como narrativas de experiÃncias no contexto amazÃnico. De cunho qualitativo, a pesquisa, tem em perspectiva perceber e analisar os momentos vividos pelos sujeitos no espaÃo da AmazÃnia e a produÃÃo de sentidos elaborada e expressa na produÃÃo artÃstica. A Ãnfase na antropologia dos sentidos, vinculada a poÃtica social, que se apresentam no cotidiano e nas subjetividades dos interlocutores e do pesquisador, sÃo percepÃÃes ampliadas sobre a noÃÃo de cidade e a produÃÃo estÃtica. Portadores de mundos colaborativos, os sujeitos organizam, sentem e fazem a cidade por meio da sua produÃÃo artÃstica. SÃo agenciamentos coletivos e individuais que revelam visibilidades e a âtomada de vozâ, singularizados pela experiÃncia dos indivÃduos. De intenÃÃo etnogrÃfica, vinculo substancial dos pesquisadores que observam as aÃÃes dos sujeitos e o sentido da vida social, a pesquisa tomou a captura de imagens para alÃm do registro e da ilustraÃÃo do campo no texto escrito. A investida foi recorrer à dimensÃo sensorial no sentido de participar efetivamente nas maneiras de saber, fazer e tornar-se pesquisadora. Assim, atravÃs do olhar curioso e da captura de imagens, da escuta sensÃvel e do acompanhamento de quatros aÃÃes artÃsticas a escrita expressa o vivido. Nesta direÃÃo, concluo que a experiÃncia vivida pode materializar-se nas produÃÃes estÃticas, apresentando-se tambÃm como narrativas que nos contam a existÃncia individual na AmazÃnia, em suas particularidades simbÃlicas e perceptivas, e por meio delas expressam os respectivos contextos polÃticos, econÃmicos, sociais e culturais vividos pelos sujeitos / Strangeness with the city space and professional activity in the area of the visual arts, were the primordial trigger for the realization of this research. The interlacing involved in these two moments of life were mediated by seeing in the artistic actions, potent modes of discussion beyond the embellishment, naturalization and the turning into a spectacle of the AmazÃnia. Therefore, it was found in the dialogue with eleven visual artists, residents of MacapÃ/AP city, the empirical field of research, the desire to understand: How artistic productions impact and how its express the experience in the lived trajectory, especially when they interact, integrate and communicate with the sociological-cultural space of the subjects similar to the narratives in the Amazonian context. From a qualitative mark, the research has the perspective to perceive and analyze the lived moments with the Amazonian space and its production of the elaborated senses expressed in the artistic production. The emphasis on anthropology of senses, bounded to the social poetics that present themselves in the daily life and in the subjectivity of the interlocutors and the researcher, are expanded about the city notion and the aesthetic production. Respectively polyphonic and bearers of collaborative worlds, the subjects organize, feel and make the city with artistic production. They are collective and individual agency that reveals visibility and voice taking singled by the individuals experience. Of ethnographic intention, the researchers substantial bond that observe the subjects actions and the social life sense, the research allied the capture of images beyond the record and the illustration of the field in the written text. The advance was to resort to the sensorial dimension in order to participate effectively in the ways of knowing, doing and becoming a researcher. Thus, the curious look and the capture of images, the sensitive listening and the accompaniment of four artistic actions, the writing expresses the lived. In this way, I conclude that the lived experience can be materialized in the aesthetic productions as narratives that tell us the existence of life in the AmazÃnia in its symbolic and perceptual particularities, and through the narratives they express its respectives politics, economics, social and cultural contexts lived by the subjects