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Aspectos do poder e da religiosidade no reinado de Afonso III em Portugal (1245-1279): o fortalecimento da autoridade real e a ampliação da atuação franciscana no reino / Aspects of power and religiosity during the reign of Afonso III of Portugal (1245-1279): the strengthening of royal authority and the expansion of Franciscan activity in the kingdomVian, Aline Cristina de Freitas 23 September 2010 (has links)
Esta pesquisa teve como objetivo estudar o processo de fortalecimento da autoridade real em Portugal no século XIII, principalmente durante o reinado de D. Afonso III (1245- 1279), e discutir como a introdução de uma nova forma de religiosidade, representada pela Ordem Franciscana, influenciou nessa questão. Partiu-se do entendimento das relações sociais, políticas e religiosas da sociedade e de suas modificações ao longo dos reinados de Afonso II (1211-1223) e Sancho II (1223-1245), que geraram as pré-condições que possibilitaram a atuação de Afonso III. Em Portugal, na primeira metade do século XIII, houve uma grande mudança na forma de aplicação da justiça, com a substituição do uso do direito consuetudinário pelo direito canônico. Novas formas de religiosidade, como a pregada pelos frades menores, adentraram ao reino, atraindo fiéis, inclusive de outras observâncias religiosas e tornando-se uma importante força política. Além disso, as relações entre a realeza e a aristocracia tradicional (formada por nobres das antigas linhagens e por membros com altos cargos eclesiásticos) foram abaladas por divergências envolvendo bens, privilégios e jurisdições. Afonso III foi um rei com grande poder de articulação política, que soube utilizar a conjuntura a seu favor. Remodelou a estrutura administrativa e consolidou importantes acordos políticos com Castela e com membros dos grupos sociais ascendentes (como a nobreza de origem recente e os franciscanos e dominicanos) que, como ele, buscavam expandir seu poder e suas áreas de influência na sociedade. Uma das principais consequências dessas ações foi o fortalecimento da autoridade real juntamente com uma forte ampliação da atuação franciscana no reino. / The objective of this research was to study the process of strengthening of royal authority in Portugal in the thirteenth century, especially during the reign of D. Afonso III (1245-1279), and discuss how the introduction of a new form of religion, represented by the Franciscan Order, influenced in this matter. The social, political and religious conditions that made possible the actions adopted by Afonso III emerged during the reigns of Afonso II (1211-1223) and Sancho II (1223-1245). In Portugal, in the first half of the thirteenth century, there was a great change in the way the justice was applied, with the replacement of the consuetudinary law by the canon law. New forms of religiosity, as the one preached by the Franciscan friars, crossed into the kingdom, attracting believers, even from other religious observances. With that, the Franciscans became an important political force. Moreover, the relationship between the royalty and the traditional aristocracy were shaken by disagreements involving property, privileges and jurisdictions. Afonso III was a king with great capacity to articulate policy and managed the situation in his favor. He remodeled the administrative structure and established important political agreements with Castela and with members of specific social groups who, like himself, wanted to expand their political power and their areas of influence in society. One of the main consequences of these actions was the strengthening of royal authority in conjunction with a strong expansion of Franciscan activity in the kingdom.
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Aspectos do poder e da religiosidade no reinado de Afonso III em Portugal (1245-1279): o fortalecimento da autoridade real e a ampliação da atuação franciscana no reino / Aspects of power and religiosity during the reign of Afonso III of Portugal (1245-1279): the strengthening of royal authority and the expansion of Franciscan activity in the kingdomAline Cristina de Freitas Vian 23 September 2010 (has links)
Esta pesquisa teve como objetivo estudar o processo de fortalecimento da autoridade real em Portugal no século XIII, principalmente durante o reinado de D. Afonso III (1245- 1279), e discutir como a introdução de uma nova forma de religiosidade, representada pela Ordem Franciscana, influenciou nessa questão. Partiu-se do entendimento das relações sociais, políticas e religiosas da sociedade e de suas modificações ao longo dos reinados de Afonso II (1211-1223) e Sancho II (1223-1245), que geraram as pré-condições que possibilitaram a atuação de Afonso III. Em Portugal, na primeira metade do século XIII, houve uma grande mudança na forma de aplicação da justiça, com a substituição do uso do direito consuetudinário pelo direito canônico. Novas formas de religiosidade, como a pregada pelos frades menores, adentraram ao reino, atraindo fiéis, inclusive de outras observâncias religiosas e tornando-se uma importante força política. Além disso, as relações entre a realeza e a aristocracia tradicional (formada por nobres das antigas linhagens e por membros com altos cargos eclesiásticos) foram abaladas por divergências envolvendo bens, privilégios e jurisdições. Afonso III foi um rei com grande poder de articulação política, que soube utilizar a conjuntura a seu favor. Remodelou a estrutura administrativa e consolidou importantes acordos políticos com Castela e com membros dos grupos sociais ascendentes (como a nobreza de origem recente e os franciscanos e dominicanos) que, como ele, buscavam expandir seu poder e suas áreas de influência na sociedade. Uma das principais consequências dessas ações foi o fortalecimento da autoridade real juntamente com uma forte ampliação da atuação franciscana no reino. / The objective of this research was to study the process of strengthening of royal authority in Portugal in the thirteenth century, especially during the reign of D. Afonso III (1245-1279), and discuss how the introduction of a new form of religion, represented by the Franciscan Order, influenced in this matter. The social, political and religious conditions that made possible the actions adopted by Afonso III emerged during the reigns of Afonso II (1211-1223) and Sancho II (1223-1245). In Portugal, in the first half of the thirteenth century, there was a great change in the way the justice was applied, with the replacement of the consuetudinary law by the canon law. New forms of religiosity, as the one preached by the Franciscan friars, crossed into the kingdom, attracting believers, even from other religious observances. With that, the Franciscans became an important political force. Moreover, the relationship between the royalty and the traditional aristocracy were shaken by disagreements involving property, privileges and jurisdictions. Afonso III was a king with great capacity to articulate policy and managed the situation in his favor. He remodeled the administrative structure and established important political agreements with Castela and with members of specific social groups who, like himself, wanted to expand their political power and their areas of influence in society. One of the main consequences of these actions was the strengthening of royal authority in conjunction with a strong expansion of Franciscan activity in the kingdom.
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Rei, reino e papado: a destituição de D. Sancho II de Portugal (Séc. XIII) / King, kingdom and papacy: the deposition of Sancho II of Portugal (thirteenth century)Couto, Johnny Taliateli do 11 February 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-02-11 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This research has the goal of investigate the relationship between the Portuguese monarchy
and the Papacy during the thirteenth century, especially, the reign of Sancho II (1223-1248).
King, Kingdom and Papacy intersect each other in our analysis about the deposition process
that unseated the Portuguese king and, at the same time, those interactions are crucial
regarding the dynamic research that we establish in this work. Sancho II had a troubled
coexistence with the clergy and the papal curia, especially in the time of Gregory IX (1227-
1241) and Innocent IV (1243-1254). We argue that this problem came from the great power
concentrated in the hands of Iberian clergy, beyond the break of the king with a certain faction
of those prelates, in particular, Master Vicente and the archbishop of Braga, Silvestre
Godinho. In the Council of Lyon (1245), the Portuguese monarch was deposed by Pope
Innocent IV (called rex inutilis, in other words, inadequate to lead the government of the
kingdom), due to a linkage involving not only the high Portuguese ecclesiastical dignitaries,
but also the king’s brother, Afonso, the Count of Bologna. We have spent some effort to
understand some details of papal action, especially the time when the king’s situation
worsened. For that investigative task, we emphasize the documents issued by the Chancellery
of Sancho II and the papal documentation designed to Portugal. We intend with our analysis
to evince that far from being unable to rule, in different circumstances, the Portuguese
monarch expressed the royal will, both in negotiations and in retaliations against opponents. / Esta pesquisa tem como fito investigar as relações da monarquia portuguesa com o papado no
século XIII, de modo especial, o reinado de D. Sancho II (1223-1248). Rei, Reino e Papado se
entrecruzam em nossa análise acerca do processo de deposição que destituiu o monarca
português e, ao mesmo tempo, na dinâmica de investigação que estabelecemos no corpo deste
trabalho. Sancho II teve uma convivência conturbada com o clero e com a cúria pontifícia,
mormente no tempo de Gregório IX (1227-1241) e Inocêncio IV (1243-1254). Defendemos
que esse problema proveio do grande poder contido nas mãos do clero ibérico, além do
rompimento do rei com determinada facção daqueles prelados, nomeadamente, Mestre
Vicente e o arcebispo de Braga, Silvestre Godinho. No Concílio de Lyon de 1245, o monarca
português foi deposto pelo Papa Inocêncio IV (tratado como um rex inutilis, isto é,
insuficiente para conduzir o governo do reino), devido uma articulação que envolveu não só
os altos dignitários eclesiásticos portugueses, mas também o irmão do rei, Afonso, o Conde
de Bolonha. Foi preciso despendermos certo esforço para compreender alguns pormenores da
ação pontifícia, principalmente, o momento em que a situação do rei se agravou. Para essa
labuta investigativa, recorremos com maior ênfase aos documentos expedidos na chancelaria
de Sancho II e a documentação pontifícia destinada a Portugal. Pretendemos com nossa
análise, evidenciar que longe de mostrar-se incapaz, em diversas circunstâncias o monarca
português manifestou a vontade régia, tanto em negociações, assim como em retaliações aos
oponentes.
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