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A comida de rua em Salvador – Ba: caracterização no distrito sanitário do centro históricoSouza, Walter Moraes 25 July 2014 (has links)
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Dissertação_Nut_ Walter Moraes Souza.pdf: 3448117 bytes, checksum: c49d18bf6f050ec3fc3b8fb8b800b41c (MD5) / Em Salvador-BA, apesar do comércio da comida de rua ser uma tradição, incluir muitos
trabalhadores e atender milhares de consumidores, observa-se pouca organização no segmento
e preocupação, na perspectiva sanitária. Assim, este estudo teve como objetivo caracterizar o
segmento de comida de rua do Distrito Sanitário do Centro Histórico região central da cidade.
Realizou-se estudo transversal e descritivo, com 226 vendedores com aplicação de
questionário semiestruturado, organizado em blocos, contemplando: identificação do
vendedor; trabalho; ponto de venda; higiene do alimento; higiene do vendedor; higiene dos
utensílios; consumo; opinião. O segmento caracterizou-se pelo predomínio do sexo masculino
(55,2%), com faixa etária entre 18 e 75 anos e ensino fundamental (55%). A maioria era chefe
de família (75%), que teve o desemprego (41%) como motivo para início na atividade e
chegava a lucrar entre um e dois salários mínimos/mês (47%) com a atividade – 29,7%
recebiam algum tipo de auxílio governamental. A jornada de trabalho foi de 8 a 12 horas
(82,9%), de segunda a sexta (41,7%) e dias alternados (41,2%). Apesar de relatarem sentir-se
bem com o trabalho (78,8%), os vendedores também apontaram o desejo de mudar de
profissão (58%). Predominaram os pontos de venda móveis (62,6%), do tipo carrinho
(50,9%), com disponibilidade de água não corrente (49,5%) e sem energia elétrica (90,4%). A
limpeza do ponto ocorria, sobretudo, diariamente (70,5%), apenas com água (58,1%). Quanto
à avaliação geral de higiene, 64,2% dos pontos classificaram-se como Regular, identificandose
animais e pragas (30,8%). Verificou-se a manipulação dos alimentos diretamente com as
mãos, em 64,1% dos casos, e o manuseio simultâneo de dinheiro (97,6%); para 45% dos
vendedores a higienização das mãos ocorria três vezes ao dia, no próprio local (72,6%),
somente com água (42%). Os entrevistados consideraram que os órgãos públicos poderiam
contribuir para o serviço (84,4%), com melhorias na estrutura (38,2%), e classificaram o
próprio trabalho como regular (54%). Os resultados evidenciam que medidas de intervenção
são necessárias junto ao segmento, visando melhorar a qualidade do trabalho e minimizar
riscos sanitários.
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