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Avaliação da degradação de alquilbenzeno linear sulfonado (LAS) em reatores anaeróbicosSOUZA, Luiza Feitosa Cordeiro de 31 January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O alquilbenzeno linear sulfonato (Linear Alkylbenzene Sulfonate LAS) é um dos
tensoativos aniônicos mais utilizados na indústria de produtos de limpeza. Isto se deve à alta
eficiência na remoção de sujeiras e ao alto grau de biodegradabilidade aeróbia desse produto.
Vários trabalhos comprovam uma excelente biodegradação do LAS, em torno de 99%, em
ambientes aeróbios, inclusive toda a rota de degradação. Entretanto, as pesquisas ainda não
obtiveram um consenso entre os resultados encontrados em ambientes anaeróbios. Alguns
trabalhos interpretam a remoção do LAS como uma atividade de baixa taxa de
degradabilidade, outros sugerem reações de adsorção ou degradação parcial. No Brasil, a
concepção de sistemas de tratamento de esgotos depende diretamente dos custos de
implantação, operação e manutenção. Portanto, os sistemas anaeróbios são muito atrativos por
se adequarem nestas condições e apresentarem alta eficiência de remoção de matéria orgânica.
Os objetivos deste trabalho foram verificar a influência do LAS, em diferentes concentrações,
na atividade metanogênica específica da biomassa anaeróbia, uma vez que este composto é
encontrado nos esgotos brutos; verificar o grau de degradabilidade do LAS em reatores
anaeróbios, como única fonte de matéria orgânica; e verificar a influência da matéria orgânica
na remoção do LAS pelos reatores anaeróbios, através dos processos de adsorção ou
biodegradação. Para a realização deste trabalho, foram montados três experimentos. O
primeiro experimento foi de toxicidade metanogênica, com a utilização de ácidos graxos
voláteis (AGV) como substrato, com DQO de 3000 mg/L e LAS nas concentrações de 0, 10,
30, 50, 75 e 100 mg/L. O segundo experimento foi de biodegradabilidade, com o LAS como a
única fonte de carbono, nas concentrações de 10, 30, 50, 75 e 100 mg/L. O terceiro
experimento consistiu na comparação de três testes de biodegradabilidade, nos quais foi
testada a presença e ausência de LAS (com uma concentração de 10 mg/L), além da água
residuária sintética (ARS com DQO de 500 mg/L). Segundo os resultados obtidos, o LAS
apresentou uma interferência negativa na atividade metanogênica específica, em torno de 30
%, em concentrações abaixo de 10 mg/L. Por outro lado, em concentrações de LAS na faixa
de 10 a 50 mg/L, a interferência na atividade metanogênica específica permaneceu em torno
de 60% e em concentrações acima de 75 mg/L, essa interferência aumentou para 96 %.
Quando o LAS foi considerado como única fonte de carbono, observou-se que a taxa de
remoção foi diretamente proporcional à concentração do LAS, ou seja, um aumento na
concentração de LAS correspondia a um aumento na taxa de biodegradação. Entretanto, a
produção de metano foi baixa, e isso sugere uma biodegradação incompleta. Os resultados
também mostraram que a presença de um co-substrato (ARS) pode não interferir na
biodegradabilidade do LAS, mas pode influenciar a velocidade de sorção e dessorção dos
homólogos do LAS. Isto é, a presença de um co-substrato favorece uma maior flutuação na
concentração do LAS na biomassa e sobrenadante
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