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Crescimento e fecundidade do peixe anual Austrolebias Nigrofasciatus(cyprinodontiformes:rivulidae) sob condições de laboratório

Volcan, Matheus Vieira January 2009 (has links)
Dissertação(mestrado)- Universidade Federal do Rio Grande, Programa de Pós-Graduação em Aqüicultura, Instituto de Oceanografia, 2009. / Submitted by Cristiane Silva (cristiane_gomides@hotmail.com) on 2012-08-10T13:05:34Z No. of bitstreams: 1 MatheusVolcan.pdf: 524651 bytes, checksum: f3c651e119d91ce0bd5deb35c355e542 (MD5) / Approved for entry into archive by Bruna Vieira(bruninha_vieira@ibest.com.br) on 2012-09-18T01:36:58Z (GMT) No. of bitstreams: 1 MatheusVolcan.pdf: 524651 bytes, checksum: f3c651e119d91ce0bd5deb35c355e542 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-09-18T01:36:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1 MatheusVolcan.pdf: 524651 bytes, checksum: f3c651e119d91ce0bd5deb35c355e542 (MD5) Previous issue date: 2009 / O peixe anual Austrolebias nigrofasciatus é uma espécie endêmica do sistema lagunar Patos-Mirim, no Sul do Brasil, onde se encontra ameaçado de extinção. Os efeitos da temperatura sobre o crescimento e reprodução de A. nigrofasciatus foram estudados em cativeiro. Experimento 1 – crescimento: Ovos fertilizados naturalmente, estocados em laboratório em ambiente úmido, foram expostos a água e dentro de 12h eclodiram. O comprimento padrão médio dos peixes recém eclodidos foi 4,67±0,25mm. Os juvenis foram mantidos a 16 e 22°C por oito semanas e o crescimento foi mais rápido na temperatura mais elevada durante as primeiras semanas, mas tão logo tenham iniciado as desovas (quatro semanas após a eclosão), a taxa de crescimento foi reduzida e ao final de oito semanas eles mediam 23,68±3,73 e 22,68±5,36 mm (p>0,05), respectivamente em 16 e 22°C. Fêmeas mantidas a 22°C alcançaram 23,00±2,83mm e foram significativamente maiores (p<0,05) do que aquelas mantidas em 16°C (17,91±2,47 mm). A primeira desova na temperatura reduzida foi observada somente na oitava semana após a eclosão. Não foi observada diferença significativa no crescimento para os machos. O sexo de A. nigrofasciatus parece ser determinado pela temperatura, houve uma maior proporção de machos (1:0,6) a 16°C do que a 22°C (1:1,1). Experimento 2 – reprodução: Doze casais foram coletados no ambiente e distribuídos em 12 aquários, mantidos a 17, 21 e 25°C (quatro replicas para cada temperatura) e acompanhados por cinco semanas. A média da fecundidade semanal foi de 30±15; 32±10 e 38±19 para 17, 21 e 25°C, respectivamente, sem apresentar diferença significativa entre os tratamentos. Ao término do experimento, a fecundidade semanal acumulada também não diferiu entre os tratamentos e apresentou média de 150±49, 159±3 e 190±56 para 17, 21 e 25°C, respectivamente. Ao término do estudo, o crescimento dos machos não foi influenciado pela temperatura (p>0,05), entretanto fêmeas mantidas a 17 e 21°C foram significativamente maiores que aquelas mantidas a 25°C. O fator de condição também foi reduzido na temperatura mais alta sugerindo que os reprodutores de A. nigrofasciatus devem ser mantidos em temperatura reduzida para o sucesso reprodutivo. / The annual fish Austrolebias nigrofasciatus, an endemic species to the coastal lagoons of Southern Brazil is currently endangered. The effects of temperature on growth and reproduction of A. nigrofasciatus were studied in captivity. Experiment 1 – growth: Naturally fertilized eggs were kept in the laboratory in a humid environment, once they were exposed to water, larvae hatched within 12 hours. Total length of newly hatched larvae was 4.67±0.25mm. They were kept at 16 e 22°C for eight weeks and larvae grew faster at the higher temperature during the first weeks, but as soon as they started to spawn (four weeks after hatching), growth rate was reduced and at the end of the eight weeks they measured 23.68±3.73 e 22.68±5.36 mm (P>0.05), respectively for 16 e 22°C. Females reared at 22°C reached 23.0±2.83 and were significantly larger (P<0.05) than those reared at 16°C (17.91±2.47 mm). The first spawns at the lower temperature were only observed eight weeks after hatching. There was no significant difference in growth for males. Sex of A. nigrofasciatus seems to be thermolabile determined, there was a higher proportion of males (1:0.6) at 16°C than at 22°C (1:1.1). Experiment 2 – reproduction: Twelve couples were collected in the wild and distribute in 12 aquaria kept at 17, 21 e 25°C (four replicates for each temperature) where they were followed for five weeks. As a result, the weekly average of eggs per gram of female was 30±15, 32±10 and 38±19 to 17, 21 and 25°C, respectively. There were no significant differences between treatments. At the end of five weeks the average number of eggs was 150±49, 159±3 and 190±56 for the treatments of 17, 21 and 25°C, respectively.At the end of the study, growth of males was not influenced by temperature (P>0.05), however, females kept at 17 and 21°C were significantly larger than those reared at 25°C. Condition factor was also reduced at the highest temperature suggesting that brrodstock of A. nigrofasciatus should be kept at lower temperatures for successful breeding.

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