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[en] THE INTERVIEW AS A SOCIAL ENCOUNTER: MOMENTS OF DISCOMFORT IN AN INTERACTION BETWEEN TWO ENGLISH TEACHERS / [pt] A ENTREVISTA COMO ENCONTRO SOCIAL: MOMENTOS DE DESCONFORTO NA INTERAÇÃO ENTRE DOIS PROFESSORES DE LÍNGUA INGLESAGABRIELA COELHO OLIVEIRA 01 June 2017 (has links)
[pt] O objetivo deste estudo é investigar o desconforto criado ao longo de uma entrevista entre dois professores de Língua Inglesa acerca do tema Gêneros Discursivos. Para alcançar tal propósito, analisarei como o professor participante e a pesquisadora interagiram durante a conversa de pesquisa. O foco da análise centra-se na organização da fala dos dois participantes, nas mudanças de enquadre e de alinhamento, bem como nos elementos discursivos que sugerem momentos de desconforto. A arquitetura teórica fundamenta-se nos estudos realizados por Erving Goffman e pela Sociolinguística Interacional (1967, 1974). Os dados foram gerados por meio de uma entrevista semiestruturada, entendida como evento discursivo, conforme proposto por Elliot Mishler (1986). A análise dos dados apoia-se nos estudos desenvolvidos pela Análise da Conversa
Etnometodológica, que propõe um olhar micro para os elementos discursivos presentes na interação. A metodologia de pesquisa, de natureza qualitativa e interpretativa, busca aprofundar o entendimento da (re)construção de momentos de desconforto. Ocorrências frequentes de gaguejos, hesitações e accounts indicam momentos de forte desconforto, insegurança e assimetria entre os participantes. Por outro lado, após o momento inicial de incômodos, há uma mudança na postura interacional dos professores, com situações de menor desconforto marcadas discursivamente por frases concisas, pelo desaparecimento dos gaguejos e das hesitações e por um número menor de accounts. Tais considerações sugerem a relevância desta dissertação de refletir sobre a geração de dados em pesquisas acadêmicas através de entrevistas, que mesmo entre
pessoas conhecidas, pode vir a causar desconforto entre os participantes. / [en] The objective of this study is to investigate the discomfort created during an interview between two English teachers about the topic Discursive Genres. To achieve this purpose, we will analyze how the participating teacher and the researcher interacted during the conversation. The focus of the analysis is centered
on the participants speech organization, changes of frame and alignment as well as discursive elements that indicate moments of discomfort. The theoretical architecture is based on studies developed by Erving Goffman and by the field of Interactional Sociolinguistics. The data was generated using a semistructured
interview, based on the conception of interview as a discursive event, proposed by Elliot Mishler. Data analysis was based on studies in Ethnomethodological Conversational Analysis, which proposes a micro-analytical look at the discourse elements of the interaction. The research methodology, of a qualitative and interpretive nature, seeks to deepen the understanding about the (re)construction of moments of discomfort. Frequent stuttering occurrences, hesitations and accounts indicate moments of strong discomfort, insecurity and asymmetry between the participants. On the other hand, after the initial uncomfortable moment, there is a change in the teachers interactional posture, with situations of little discomfort discursively marked by concise sentences, disappearance of stuttering and hesitations and fewer accounts. Such considerations point to the importance of reflecting on how academic research may cause discomfort between participants, even when they are friends, thus suggesting the relevance of the research developed in this dissertation.
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Práticas conversacionais na tomada do histórico em uma entrevista psiquiátricaFernandes, Rafael Jefferson 24 September 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-09-24 / O presente estudo constitui uma interface entre linguagem e saúde mental. Inserida nos pressupostos teórico-metodológicos da Análise da Conversa Etnometodológica (SACKS, SCHEGLOFF e JEFFERSON (2003 [1974]) e, apoiando-se nos marcos teóricos da Linguística Aplicada das Profissões (SARANGI, 2006), essa dissertação buscou, em um primeiro momento, mapear, sob uma ótica interacional, as fases que compõem uma entrevista psiquiátrica de primeira vez de um ambulatório médico psiquiátrico que funcionda dentro de Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), vinculado ao Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora. Quanto ao método de pesquisa escolhido, utilizamos o estudo de caso, a fim de, em um segundo momento, realizar uma investigação de natureza exploratória, através da qual procuramos compreender as práticas conversacionais realizadas por uma médica residente em psiquiatria de nível um – R1 – para a tomada do histórico de um paciente.A análise de dados evidenciou que, inicialmente, as fases mapeadas durante esse evento discursivo afastam-se da proposta apresentada pela literatura especializada, na medida em que foi encontrado um número superior em relação às descritas nos manuais, isto é, abertura - apresentação do problema – tomada do histórico – avaliação do caso e encaminhamento – negociação e prescrição da medicação – recomendação do tratamento – realização do laudo – encerramento. Ademais, os resultados mostraram que a médica utiliza uma série de práticas, como o uso de formulação, a produção de continuadores (SCHEGLOFF, 1982), a repetição da fala do paciente e a elaboração de novas perguntas (HERITAGE, 2007), que fomentam no paciente a produção de relato, o que parece estar orientado para o objetivo da fase. Acredita-se que, ao desempenhar tais práticas, a médica aproxima-se de uma escuta ativa (HUTCHBY, 2005). Nessa direção, considerando a importância da relação médico-paciente para a construção das hipóteses diagnósticas e para o encaminhamento terapêutico, acredita-se que essa pesquisa é extremamente relevante, pois auxilia na compreensão da dinâmica interacional entre esse par, o que implica uma nova perspectiva para o entendimento do uso da linguagem nesse contexto, o que, por conseguinte, pode melhorar a qualidade dos serviços oferecidos. / The current study forms an interface between language and mental health. Embedded in methodological and theoretical assumptions from the Ethnomethodological Conversation Analysis (SACKS, SCHEGLOFF e JEFFERSON (2003 [1974]) and, is supported by theoretical milestones of Applied Linguistics on Professions (SARANGI, 2006), this essay aimed, firstly, at mapping, through an interactional standpoint, the stages which compose a first-time psychiatric interview from a medical psychosocial ambulatory that works on a Psychosocial Attention Center (Centro de AtençãoPsicossocial – CAPS), linked to the University Hospital of the Federal University of Juiz de Fora. Regarding the chosen research method, we made use of the case study, aiming at, in a second moment, performing an exploratory-oriented investigation through which we try to understand the conversational practices undertaken by a psychiatric resident doctor on level 1 – R1 – for taking the patient history. The data analysis showed that, initially, the stages mapped during this discursive event moved away from the initiative proposed by the specialized literature, as a higher number of relations when compared to the manuals were found, which is, opening – problem display – history taking – case evaluation and forwarding – negotiation and drug prescription – treatment advisory – report fulfillment – closing. Furthermore, the results showed that the doctor used several practices, such as the use of formulation, the production of continuators (SCHEGLOFF, 1982), the patient speech repetition and elaboration of new questions (HERITAGE, 2007), which encourage patient report, seemingly more oriented to the goal of the stage. It is believed that when engaging this practice, the doctor gets closer to an active hearing (HUTCHBY, 2005). In this direction, regarding the importance of doctor-patient relation for the development of diagnosed hypothesis and the therapy addressing, we consider this research extremely relevant, as it helps understanding the interactive dynamics of the duo, implying a new perspective for the understanding of language use within this context, what, consequently, may improve quality of living of offered services.
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