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Embriogênese em Ilex paraguariensis St. Hil. : aspectos do suspensor e endospermaHeuser, Eliane Diefenthaeler January 1999 (has links)
Estudos realizados no gênero flex, família Aquifoliaceae, ordem Celastrales, mostram que embriões pertencentes a este gênero permanecem rudimentares, em estágio de coração, quando os frutos estão maduros, sendo que as sementes necessitam de um período de 6 a 8 meses para germinar, com uma taxa de germinação muito baixa. As características apresentadas fazem com que a produção de mudas de erva-mate seja lenta e a quantidade não suficiente para a demanda. A análise morfoanatômica do embrião e endosperma de flex paraguariensis, durante a embriogênese tardia, mostram a presença de suspensor, mesmo em fases mais avançadas. Apresenta também modificações nas reservas do endosperma nessas fases. Tendo por base essa análise, o presente trabalho objetiva apresentar um estudo criterioso do suspensor desta espécie, desde sua formação, até sua degradação durante a embriogênese final, bem como do embrião e endosperma, na embriogênese. As diferentes fases da embriogênese e endospermogênese foram analisadas e descritas utilizando métodos anatômicos tradicionais, para microscopia óptica, microscopia eletrônica de varredura e de transmissão. Acompanhando o desenvolvimento ontogenético desta espécie, o trabalho caracteriza o ciclo reprodutivo, as flores pistiladas, o processo de fecundação, os frutos, bem conío o embrião e o endosperma. O endosperma é classificado como celular, segundo o sistema EODP. O tipo de divisão celular, que ocorre na embriogênese inicial, permite classificar o desenvolvimento embrionário como pertencente ao tipo Cariofiláceo. Durante a embriogênese inicial, as fases analisadas vão desde a formação do zigoto, passando por proembrião bicelular até proembrião pós-octante. Durante a embriogênese final, as fases analisadas vão desde embrião piriforme até embrião em estágio de torpedo (maduro), quando ocorre a germinação. O aporte de nutrientes ao embrião esporofitico, nas fases iniciais de seu desenvolvimento, ocorre predominantemente via suspensor, pois o embrião xenofitico não está totalmente desenvolvido. Quando o embrião xenofitico apresenta as reservas estruturadas, a utilização destas é observada através das modificações de suas características morfológicas que obedecem a um gradiente, tanto no sentido micrópila-calaza como no sentido tegumento-embrião. Suas variações de síntese, absorção e translocação morfologicamente são: (1) formação de vesículas de membrana simples que se fundem formando vacúolos; (2) deposição de proteína amorfa no seu interior; (3) surgimento de adensamentos protéicos (globóides ou pró-globóides) na massa fundamental; (4) formação de lipídios ao longo de toda a margem do vacúolo protéico; (5) início da cavitação intema do vacúolo, evidenciando sinais de reutilização das reservas; (6) fragmentação do conteúdo protéico; (7) adensamento do material fragmentado com visualização óptica ou eletro-transparente do vacúolo, com início da degradação dos lipídios; (8) vacúolo com pouco material adensado no seu interior e proteína identificada no citoplasma como fragmentos ou adensamentos, sem qualquer sinal de lipídios contornando a estrutura; (9) vacúolo sem qualquer material protéico individualizado no seu interior, sendo constituído apenas por uma matriz solúvel. Em particular, o suspensor assume três distintos padrões de comportamento: (1) a lise através de Morte Celular Programada da célula basal e das células contíguas a esta, durante a embriogênese inicial, (2) alise caracterizada por rompimento das paredes das células de comunicação entre a hipófise e embrião, na embriogênese final, e (3) a permanência do suspensor íntegro, em embriões em estágio de torpedo. A manutenção do suspensor para a continuidade do desenvolvimento embrionário, tanto quanto a dinâmica das reservas lipoprotéicas e seu processo de translocação, são de fundamental importãncia para a conclusão do desenvolvimento embrionário. / Previous papers on the flex genus, Aquifoliaceae family, Celastrales arder have shown that the embryos stay rudimentary, in the heart shaped stage, even when the fruits are ripe. The seeds need a period of 6 to 8 months to germinate, with a very low germination rate. Due to these facts, the production of seeds of maté (flex paraguariensis St. Hil.) is slow and scarce. The morphoanatomical analysis of the embryo and endosperm, during late embryogeny, has shown the presence of the suspensor even in advanced stages. This analysis has also shown changes in the storage and translocation of the endosperm reserves. Based on these results, the present work aims to detail the embryo and endosperm ontogeny, and the entire suspensor development, from its origin to degradation. The different stages of embryo and endosperm development were analyzed and described using the traditional anatomical methods for optical, as well as scanning and transmission electron microscopy. Along the ontogenetic development, the work describes the reproduction cycle of this species, its pistilate flowers, fruits, fertilization process, and embryo and endosperm ontogeny. The endosperm was classified as cellular, according to the EODP system. The type of cellular division during early embryogeny leads to the classification of the embryo development as being of Caryophyllad type. During early embryogeny, differerít stages were analyzed, beginning willi zygote formation, then bicellular stage all the way to the post-octant proembryos. During late embryogeny, the analysis was performed of stages ranging from the pyriform to the ripe torpedo embryos, when germination occurs. The increase of nutrients to the sporophytic embryo during early stages of development occurs mainly through the suspensor. This is because the xenophytic embryo is not completely developed. When the xenophytic embryo contains structured reserves, their mobilization is observed through the characteristic morphological changes. These changes follow a gradient in the micropyle-chalaza direction, as well as in the integument-embryo direction. Different steps of syntheses or translocation of reserves can be classified as: (1) formation of single membrane vesicles binding into vacuoles, (2) deposition of amorphous protein into them, (3) appearance of proteinous spots (globoids or progloboids) in the ground mass, (4) formation of lipids around the proteinous vacuole, (5) beginning of the intemal cavitation of the vacuole, showing signs of reserve degradation and translocation, (6) fragmentation of the proteinous bodies, (7) adhesion of fragmented material with optically or electrotransparent visualization of the vacuole, and the beginning of lipid degradation, (8) vacuoles with little dense material and protein identified in the cytoplasm as fragmentary or adhesion masses, without any sign of lipids around them, (9) vacuoles without any sign of proteinous material, being solely constituted by a soluble matrix. The suspensor showed three distinct developmental behavior pattems: (1) the lysis by programmed cell death of the basal cell and its contiguous cells during early embryogeny, (2) the lysis by the breaking of the cell wall between hypophysis and embryo during late embryogeny, and (3) the maintenance of the intact suspensor in embryos until the torpedo stage. The suspensor is not only a characteristic structure during early embryogeny stages, but its mainten ance as well as the dynamics of lipid and protein storage, and the translocation process are essential for the conclusion of embryo development.
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Morfologia, anatomia e imunocitoquímica da interação entre pólen e estigma em duas espécies de Passiflora(Passifloraceae)Braum, Adriana Farias January 2008 (has links)
O gênero Passiflora é originário da América do Sul e tem no Centro-Norte do Brasil seu maior centro de distribuição geográfica. A família Passifloraceae congrega espécies arbóreas, arbustivas, herbáceas, e, sobretudo, lianas que desempenham fundamental importância ecológica na dinâmica de regeneração natural de florestas. Apesar da importância ecológica das Passifloras, conhecimentos sobre seu modo de reprodução são escassos, e pouco se sabe sobre como se dá o mecanismo de compatibilidade e incompatibilidade nas espécies do gênero, assim como as alterações ocorridas durante a interação entre pólen e pistilo, incluindo a dinâmica da parede celular durante esses mecanismos. O presente trabalho foi desenvolvido com duas espécies do gênero Passiflora: Passiflora suberosa L. (Clado Decaloba) e Passiflora elegans Masters (Clado Passiflora) no intuito de contribuir para o esclarecimento da biologia reprodutiva do gênero. Foram realizadas polinizações controladas em botões florais de ambas as espécies, tanto em experimentos de polinização cruzada, quanto de autopolinização. O material coletado foi submetido à fixação, desidratação etílica ascendente e infiltração em resina hidroximetilacrilato para as secções observadas em microscopia óptica, bem como inclusões em resina LR White para as reações de imunocitoquímica observadas em epifluorescência. Foram utilizados anticorpos monoclonais para determinação de epitopos pécticos e para detecção de proteínas arabinogalactanos nos tecidos que atuam na interação pólen-pistilo. Anatomicamente o estigma é formado por emergências multicelulares constituídas por células da camada dérmica e subdérmica que se projetam e expõe a superfície receptora do pólen proporcionando um maior direcionamento do tubo polínico na sua trajetória estigmática. Essas estruturas são importantes na seleção e no processo de reconhecimento dos grãos de pólen depositados durante a polinização, resultando em reações de compatibilidade ou incompatibilidade. O mecanismo de auto-incompatibilidade desencadeado pelo contato das proteínas contidas no pólen com as células do estigma, foi observado em P. elegans, resultando no bloqueio do crescimento do tubo polínico por deposição de calose em sua extremidade. No entanto, nessa espécie, a reação de autoincompatibilidade é transposta após dois eventos de autopolinização. A espécie P. suberosa mostrou-se ser autocompatível. O crescimento dos tubos polínicos se dá por via apoplástica em ambas as espécies. Os estiletes são do tipo sólido e seco, com tecido transmissor rico em polissacarídeos, pectinas, proteínas e amido. Os resultados comparativos entre as duas espécies analisadas quanto à composição química das paredes celulares detectaram diferenças químicas nas paredes dos grãos de pólen. Arabinanos e galactanos estão ausentes na intina de P. elegans, ao contrário do encontrado em P. suberosa e proteínas arabinogalactanos estão presentes na intina de P. elegans e ausentes em P. suberosa, que talvez esteja relacionado com a expansão celular, o que sugeriria que os tubos polínicos têm exigências químicas distintas em seu desenvolvimento. / The Passiflora genus is originated from South America and the Middle-North region of Brazil is the great center of its geographical distribution. The Passifloraceae family presents trees, bushes, herbs and mostly climbers’ species that play an important ecological role in the forest regeneration dynamics. Despite of its ecological importance, the knowledge of its reproduction mode is scarce and there are few works about compatibility and incompatibility mechanisms in the genus species, as well as, information about cell changes during pollen-pistil interaction that includes cell wall dynamics during this process. The present work investigated two species of Passiflora genus: P. elegans Masters (Passiflora Clade) and P. suberosa L. (Decaloba Clade) with the aims to contribute to illuminate the genus reproductive biology knowledge. It was made controlled pollination in floral buds of both species, cross-pollination and selfpollination tests. The collected material was fixed, dehydrated in crescent alcohol series and included in hydroxyethilmetacrylate resin to observations in light microscopy, as well as, in LR White to make immunocytochemical reactions at fluorescence microscopy. It was used monoclonal antibodies to detect arabinogalactan proteins and pectin epitops in pollen-pistil tissues. The anatomy of stigma is formed by multicelled emergences. Cells from dermal and subdermal layers compose them. These cells project and expose the receptive surface, promoting greater pollen tube guidance on its stigma trajectory. These structures are important in selection and recognition process of pollen grains deposited during pollination, resulting in compatibility or incompatibility reactions. Auto-incompatibility mechanisms, unchained by the contact of pollen and stigma proteins, were observed in P. elegans and they resulted in blocking of pollen tube growth by the callose deposition on its extremity. However, in this species, the self-incompatibility reaction fails after two events of self-pollination. P. suberosa species are self-compatibility. The pollen tube growth occurs by apoplastic way in both species. Styles are solid and dry, with a rich polysaccharide, pectin, protein and starch transmitter tissue. Comparative results between the two analyzed species detected cell wall chemical differences in pollen grain. Arabinans and galacturans are absent in P. elegans intine and arabinangalactans proteins are present in P. elegans and absent in P. suberosa. It may be related with cell expansion and it suggests that pollen tubes have different chemical demands in their development.
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Embriogênese em Ilex paraguariensis St. Hil. : aspectos do suspensor e endospermaHeuser, Eliane Diefenthaeler January 1999 (has links)
Estudos realizados no gênero flex, família Aquifoliaceae, ordem Celastrales, mostram que embriões pertencentes a este gênero permanecem rudimentares, em estágio de coração, quando os frutos estão maduros, sendo que as sementes necessitam de um período de 6 a 8 meses para germinar, com uma taxa de germinação muito baixa. As características apresentadas fazem com que a produção de mudas de erva-mate seja lenta e a quantidade não suficiente para a demanda. A análise morfoanatômica do embrião e endosperma de flex paraguariensis, durante a embriogênese tardia, mostram a presença de suspensor, mesmo em fases mais avançadas. Apresenta também modificações nas reservas do endosperma nessas fases. Tendo por base essa análise, o presente trabalho objetiva apresentar um estudo criterioso do suspensor desta espécie, desde sua formação, até sua degradação durante a embriogênese final, bem como do embrião e endosperma, na embriogênese. As diferentes fases da embriogênese e endospermogênese foram analisadas e descritas utilizando métodos anatômicos tradicionais, para microscopia óptica, microscopia eletrônica de varredura e de transmissão. Acompanhando o desenvolvimento ontogenético desta espécie, o trabalho caracteriza o ciclo reprodutivo, as flores pistiladas, o processo de fecundação, os frutos, bem conío o embrião e o endosperma. O endosperma é classificado como celular, segundo o sistema EODP. O tipo de divisão celular, que ocorre na embriogênese inicial, permite classificar o desenvolvimento embrionário como pertencente ao tipo Cariofiláceo. Durante a embriogênese inicial, as fases analisadas vão desde a formação do zigoto, passando por proembrião bicelular até proembrião pós-octante. Durante a embriogênese final, as fases analisadas vão desde embrião piriforme até embrião em estágio de torpedo (maduro), quando ocorre a germinação. O aporte de nutrientes ao embrião esporofitico, nas fases iniciais de seu desenvolvimento, ocorre predominantemente via suspensor, pois o embrião xenofitico não está totalmente desenvolvido. Quando o embrião xenofitico apresenta as reservas estruturadas, a utilização destas é observada através das modificações de suas características morfológicas que obedecem a um gradiente, tanto no sentido micrópila-calaza como no sentido tegumento-embrião. Suas variações de síntese, absorção e translocação morfologicamente são: (1) formação de vesículas de membrana simples que se fundem formando vacúolos; (2) deposição de proteína amorfa no seu interior; (3) surgimento de adensamentos protéicos (globóides ou pró-globóides) na massa fundamental; (4) formação de lipídios ao longo de toda a margem do vacúolo protéico; (5) início da cavitação intema do vacúolo, evidenciando sinais de reutilização das reservas; (6) fragmentação do conteúdo protéico; (7) adensamento do material fragmentado com visualização óptica ou eletro-transparente do vacúolo, com início da degradação dos lipídios; (8) vacúolo com pouco material adensado no seu interior e proteína identificada no citoplasma como fragmentos ou adensamentos, sem qualquer sinal de lipídios contornando a estrutura; (9) vacúolo sem qualquer material protéico individualizado no seu interior, sendo constituído apenas por uma matriz solúvel. Em particular, o suspensor assume três distintos padrões de comportamento: (1) a lise através de Morte Celular Programada da célula basal e das células contíguas a esta, durante a embriogênese inicial, (2) alise caracterizada por rompimento das paredes das células de comunicação entre a hipófise e embrião, na embriogênese final, e (3) a permanência do suspensor íntegro, em embriões em estágio de torpedo. A manutenção do suspensor para a continuidade do desenvolvimento embrionário, tanto quanto a dinâmica das reservas lipoprotéicas e seu processo de translocação, são de fundamental importãncia para a conclusão do desenvolvimento embrionário. / Previous papers on the flex genus, Aquifoliaceae family, Celastrales arder have shown that the embryos stay rudimentary, in the heart shaped stage, even when the fruits are ripe. The seeds need a period of 6 to 8 months to germinate, with a very low germination rate. Due to these facts, the production of seeds of maté (flex paraguariensis St. Hil.) is slow and scarce. The morphoanatomical analysis of the embryo and endosperm, during late embryogeny, has shown the presence of the suspensor even in advanced stages. This analysis has also shown changes in the storage and translocation of the endosperm reserves. Based on these results, the present work aims to detail the embryo and endosperm ontogeny, and the entire suspensor development, from its origin to degradation. The different stages of embryo and endosperm development were analyzed and described using the traditional anatomical methods for optical, as well as scanning and transmission electron microscopy. Along the ontogenetic development, the work describes the reproduction cycle of this species, its pistilate flowers, fruits, fertilization process, and embryo and endosperm ontogeny. The endosperm was classified as cellular, according to the EODP system. The type of cellular division during early embryogeny leads to the classification of the embryo development as being of Caryophyllad type. During early embryogeny, differerít stages were analyzed, beginning willi zygote formation, then bicellular stage all the way to the post-octant proembryos. During late embryogeny, the analysis was performed of stages ranging from the pyriform to the ripe torpedo embryos, when germination occurs. The increase of nutrients to the sporophytic embryo during early stages of development occurs mainly through the suspensor. This is because the xenophytic embryo is not completely developed. When the xenophytic embryo contains structured reserves, their mobilization is observed through the characteristic morphological changes. These changes follow a gradient in the micropyle-chalaza direction, as well as in the integument-embryo direction. Different steps of syntheses or translocation of reserves can be classified as: (1) formation of single membrane vesicles binding into vacuoles, (2) deposition of amorphous protein into them, (3) appearance of proteinous spots (globoids or progloboids) in the ground mass, (4) formation of lipids around the proteinous vacuole, (5) beginning of the intemal cavitation of the vacuole, showing signs of reserve degradation and translocation, (6) fragmentation of the proteinous bodies, (7) adhesion of fragmented material with optically or electrotransparent visualization of the vacuole, and the beginning of lipid degradation, (8) vacuoles with little dense material and protein identified in the cytoplasm as fragmentary or adhesion masses, without any sign of lipids around them, (9) vacuoles without any sign of proteinous material, being solely constituted by a soluble matrix. The suspensor showed three distinct developmental behavior pattems: (1) the lysis by programmed cell death of the basal cell and its contiguous cells during early embryogeny, (2) the lysis by the breaking of the cell wall between hypophysis and embryo during late embryogeny, and (3) the maintenance of the intact suspensor in embryos until the torpedo stage. The suspensor is not only a characteristic structure during early embryogeny stages, but its mainten ance as well as the dynamics of lipid and protein storage, and the translocation process are essential for the conclusion of embryo development.
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Morfologia, anatomia e imunocitoquímica da interação entre pólen e estigma em duas espécies de Passiflora(Passifloraceae)Braum, Adriana Farias January 2008 (has links)
O gênero Passiflora é originário da América do Sul e tem no Centro-Norte do Brasil seu maior centro de distribuição geográfica. A família Passifloraceae congrega espécies arbóreas, arbustivas, herbáceas, e, sobretudo, lianas que desempenham fundamental importância ecológica na dinâmica de regeneração natural de florestas. Apesar da importância ecológica das Passifloras, conhecimentos sobre seu modo de reprodução são escassos, e pouco se sabe sobre como se dá o mecanismo de compatibilidade e incompatibilidade nas espécies do gênero, assim como as alterações ocorridas durante a interação entre pólen e pistilo, incluindo a dinâmica da parede celular durante esses mecanismos. O presente trabalho foi desenvolvido com duas espécies do gênero Passiflora: Passiflora suberosa L. (Clado Decaloba) e Passiflora elegans Masters (Clado Passiflora) no intuito de contribuir para o esclarecimento da biologia reprodutiva do gênero. Foram realizadas polinizações controladas em botões florais de ambas as espécies, tanto em experimentos de polinização cruzada, quanto de autopolinização. O material coletado foi submetido à fixação, desidratação etílica ascendente e infiltração em resina hidroximetilacrilato para as secções observadas em microscopia óptica, bem como inclusões em resina LR White para as reações de imunocitoquímica observadas em epifluorescência. Foram utilizados anticorpos monoclonais para determinação de epitopos pécticos e para detecção de proteínas arabinogalactanos nos tecidos que atuam na interação pólen-pistilo. Anatomicamente o estigma é formado por emergências multicelulares constituídas por células da camada dérmica e subdérmica que se projetam e expõe a superfície receptora do pólen proporcionando um maior direcionamento do tubo polínico na sua trajetória estigmática. Essas estruturas são importantes na seleção e no processo de reconhecimento dos grãos de pólen depositados durante a polinização, resultando em reações de compatibilidade ou incompatibilidade. O mecanismo de auto-incompatibilidade desencadeado pelo contato das proteínas contidas no pólen com as células do estigma, foi observado em P. elegans, resultando no bloqueio do crescimento do tubo polínico por deposição de calose em sua extremidade. No entanto, nessa espécie, a reação de autoincompatibilidade é transposta após dois eventos de autopolinização. A espécie P. suberosa mostrou-se ser autocompatível. O crescimento dos tubos polínicos se dá por via apoplástica em ambas as espécies. Os estiletes são do tipo sólido e seco, com tecido transmissor rico em polissacarídeos, pectinas, proteínas e amido. Os resultados comparativos entre as duas espécies analisadas quanto à composição química das paredes celulares detectaram diferenças químicas nas paredes dos grãos de pólen. Arabinanos e galactanos estão ausentes na intina de P. elegans, ao contrário do encontrado em P. suberosa e proteínas arabinogalactanos estão presentes na intina de P. elegans e ausentes em P. suberosa, que talvez esteja relacionado com a expansão celular, o que sugeriria que os tubos polínicos têm exigências químicas distintas em seu desenvolvimento. / The Passiflora genus is originated from South America and the Middle-North region of Brazil is the great center of its geographical distribution. The Passifloraceae family presents trees, bushes, herbs and mostly climbers’ species that play an important ecological role in the forest regeneration dynamics. Despite of its ecological importance, the knowledge of its reproduction mode is scarce and there are few works about compatibility and incompatibility mechanisms in the genus species, as well as, information about cell changes during pollen-pistil interaction that includes cell wall dynamics during this process. The present work investigated two species of Passiflora genus: P. elegans Masters (Passiflora Clade) and P. suberosa L. (Decaloba Clade) with the aims to contribute to illuminate the genus reproductive biology knowledge. It was made controlled pollination in floral buds of both species, cross-pollination and selfpollination tests. The collected material was fixed, dehydrated in crescent alcohol series and included in hydroxyethilmetacrylate resin to observations in light microscopy, as well as, in LR White to make immunocytochemical reactions at fluorescence microscopy. It was used monoclonal antibodies to detect arabinogalactan proteins and pectin epitops in pollen-pistil tissues. The anatomy of stigma is formed by multicelled emergences. Cells from dermal and subdermal layers compose them. These cells project and expose the receptive surface, promoting greater pollen tube guidance on its stigma trajectory. These structures are important in selection and recognition process of pollen grains deposited during pollination, resulting in compatibility or incompatibility reactions. Auto-incompatibility mechanisms, unchained by the contact of pollen and stigma proteins, were observed in P. elegans and they resulted in blocking of pollen tube growth by the callose deposition on its extremity. However, in this species, the self-incompatibility reaction fails after two events of self-pollination. P. suberosa species are self-compatibility. The pollen tube growth occurs by apoplastic way in both species. Styles are solid and dry, with a rich polysaccharide, pectin, protein and starch transmitter tissue. Comparative results between the two analyzed species detected cell wall chemical differences in pollen grain. Arabinans and galacturans are absent in P. elegans intine and arabinangalactans proteins are present in P. elegans and absent in P. suberosa. It may be related with cell expansion and it suggests that pollen tubes have different chemical demands in their development.
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Embriogênese em Ilex paraguariensis St. Hil. : aspectos do suspensor e endospermaHeuser, Eliane Diefenthaeler January 1999 (has links)
Estudos realizados no gênero flex, família Aquifoliaceae, ordem Celastrales, mostram que embriões pertencentes a este gênero permanecem rudimentares, em estágio de coração, quando os frutos estão maduros, sendo que as sementes necessitam de um período de 6 a 8 meses para germinar, com uma taxa de germinação muito baixa. As características apresentadas fazem com que a produção de mudas de erva-mate seja lenta e a quantidade não suficiente para a demanda. A análise morfoanatômica do embrião e endosperma de flex paraguariensis, durante a embriogênese tardia, mostram a presença de suspensor, mesmo em fases mais avançadas. Apresenta também modificações nas reservas do endosperma nessas fases. Tendo por base essa análise, o presente trabalho objetiva apresentar um estudo criterioso do suspensor desta espécie, desde sua formação, até sua degradação durante a embriogênese final, bem como do embrião e endosperma, na embriogênese. As diferentes fases da embriogênese e endospermogênese foram analisadas e descritas utilizando métodos anatômicos tradicionais, para microscopia óptica, microscopia eletrônica de varredura e de transmissão. Acompanhando o desenvolvimento ontogenético desta espécie, o trabalho caracteriza o ciclo reprodutivo, as flores pistiladas, o processo de fecundação, os frutos, bem conío o embrião e o endosperma. O endosperma é classificado como celular, segundo o sistema EODP. O tipo de divisão celular, que ocorre na embriogênese inicial, permite classificar o desenvolvimento embrionário como pertencente ao tipo Cariofiláceo. Durante a embriogênese inicial, as fases analisadas vão desde a formação do zigoto, passando por proembrião bicelular até proembrião pós-octante. Durante a embriogênese final, as fases analisadas vão desde embrião piriforme até embrião em estágio de torpedo (maduro), quando ocorre a germinação. O aporte de nutrientes ao embrião esporofitico, nas fases iniciais de seu desenvolvimento, ocorre predominantemente via suspensor, pois o embrião xenofitico não está totalmente desenvolvido. Quando o embrião xenofitico apresenta as reservas estruturadas, a utilização destas é observada através das modificações de suas características morfológicas que obedecem a um gradiente, tanto no sentido micrópila-calaza como no sentido tegumento-embrião. Suas variações de síntese, absorção e translocação morfologicamente são: (1) formação de vesículas de membrana simples que se fundem formando vacúolos; (2) deposição de proteína amorfa no seu interior; (3) surgimento de adensamentos protéicos (globóides ou pró-globóides) na massa fundamental; (4) formação de lipídios ao longo de toda a margem do vacúolo protéico; (5) início da cavitação intema do vacúolo, evidenciando sinais de reutilização das reservas; (6) fragmentação do conteúdo protéico; (7) adensamento do material fragmentado com visualização óptica ou eletro-transparente do vacúolo, com início da degradação dos lipídios; (8) vacúolo com pouco material adensado no seu interior e proteína identificada no citoplasma como fragmentos ou adensamentos, sem qualquer sinal de lipídios contornando a estrutura; (9) vacúolo sem qualquer material protéico individualizado no seu interior, sendo constituído apenas por uma matriz solúvel. Em particular, o suspensor assume três distintos padrões de comportamento: (1) a lise através de Morte Celular Programada da célula basal e das células contíguas a esta, durante a embriogênese inicial, (2) alise caracterizada por rompimento das paredes das células de comunicação entre a hipófise e embrião, na embriogênese final, e (3) a permanência do suspensor íntegro, em embriões em estágio de torpedo. A manutenção do suspensor para a continuidade do desenvolvimento embrionário, tanto quanto a dinâmica das reservas lipoprotéicas e seu processo de translocação, são de fundamental importãncia para a conclusão do desenvolvimento embrionário. / Previous papers on the flex genus, Aquifoliaceae family, Celastrales arder have shown that the embryos stay rudimentary, in the heart shaped stage, even when the fruits are ripe. The seeds need a period of 6 to 8 months to germinate, with a very low germination rate. Due to these facts, the production of seeds of maté (flex paraguariensis St. Hil.) is slow and scarce. The morphoanatomical analysis of the embryo and endosperm, during late embryogeny, has shown the presence of the suspensor even in advanced stages. This analysis has also shown changes in the storage and translocation of the endosperm reserves. Based on these results, the present work aims to detail the embryo and endosperm ontogeny, and the entire suspensor development, from its origin to degradation. The different stages of embryo and endosperm development were analyzed and described using the traditional anatomical methods for optical, as well as scanning and transmission electron microscopy. Along the ontogenetic development, the work describes the reproduction cycle of this species, its pistilate flowers, fruits, fertilization process, and embryo and endosperm ontogeny. The endosperm was classified as cellular, according to the EODP system. The type of cellular division during early embryogeny leads to the classification of the embryo development as being of Caryophyllad type. During early embryogeny, differerít stages were analyzed, beginning willi zygote formation, then bicellular stage all the way to the post-octant proembryos. During late embryogeny, the analysis was performed of stages ranging from the pyriform to the ripe torpedo embryos, when germination occurs. The increase of nutrients to the sporophytic embryo during early stages of development occurs mainly through the suspensor. This is because the xenophytic embryo is not completely developed. When the xenophytic embryo contains structured reserves, their mobilization is observed through the characteristic morphological changes. These changes follow a gradient in the micropyle-chalaza direction, as well as in the integument-embryo direction. Different steps of syntheses or translocation of reserves can be classified as: (1) formation of single membrane vesicles binding into vacuoles, (2) deposition of amorphous protein into them, (3) appearance of proteinous spots (globoids or progloboids) in the ground mass, (4) formation of lipids around the proteinous vacuole, (5) beginning of the intemal cavitation of the vacuole, showing signs of reserve degradation and translocation, (6) fragmentation of the proteinous bodies, (7) adhesion of fragmented material with optically or electrotransparent visualization of the vacuole, and the beginning of lipid degradation, (8) vacuoles with little dense material and protein identified in the cytoplasm as fragmentary or adhesion masses, without any sign of lipids around them, (9) vacuoles without any sign of proteinous material, being solely constituted by a soluble matrix. The suspensor showed three distinct developmental behavior pattems: (1) the lysis by programmed cell death of the basal cell and its contiguous cells during early embryogeny, (2) the lysis by the breaking of the cell wall between hypophysis and embryo during late embryogeny, and (3) the maintenance of the intact suspensor in embryos until the torpedo stage. The suspensor is not only a characteristic structure during early embryogeny stages, but its mainten ance as well as the dynamics of lipid and protein storage, and the translocation process are essential for the conclusion of embryo development.
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Morfologia, anatomia e imunocitoquímica da interação entre pólen e estigma em duas espécies de Passiflora(Passifloraceae)Braum, Adriana Farias January 2008 (has links)
O gênero Passiflora é originário da América do Sul e tem no Centro-Norte do Brasil seu maior centro de distribuição geográfica. A família Passifloraceae congrega espécies arbóreas, arbustivas, herbáceas, e, sobretudo, lianas que desempenham fundamental importância ecológica na dinâmica de regeneração natural de florestas. Apesar da importância ecológica das Passifloras, conhecimentos sobre seu modo de reprodução são escassos, e pouco se sabe sobre como se dá o mecanismo de compatibilidade e incompatibilidade nas espécies do gênero, assim como as alterações ocorridas durante a interação entre pólen e pistilo, incluindo a dinâmica da parede celular durante esses mecanismos. O presente trabalho foi desenvolvido com duas espécies do gênero Passiflora: Passiflora suberosa L. (Clado Decaloba) e Passiflora elegans Masters (Clado Passiflora) no intuito de contribuir para o esclarecimento da biologia reprodutiva do gênero. Foram realizadas polinizações controladas em botões florais de ambas as espécies, tanto em experimentos de polinização cruzada, quanto de autopolinização. O material coletado foi submetido à fixação, desidratação etílica ascendente e infiltração em resina hidroximetilacrilato para as secções observadas em microscopia óptica, bem como inclusões em resina LR White para as reações de imunocitoquímica observadas em epifluorescência. Foram utilizados anticorpos monoclonais para determinação de epitopos pécticos e para detecção de proteínas arabinogalactanos nos tecidos que atuam na interação pólen-pistilo. Anatomicamente o estigma é formado por emergências multicelulares constituídas por células da camada dérmica e subdérmica que se projetam e expõe a superfície receptora do pólen proporcionando um maior direcionamento do tubo polínico na sua trajetória estigmática. Essas estruturas são importantes na seleção e no processo de reconhecimento dos grãos de pólen depositados durante a polinização, resultando em reações de compatibilidade ou incompatibilidade. O mecanismo de auto-incompatibilidade desencadeado pelo contato das proteínas contidas no pólen com as células do estigma, foi observado em P. elegans, resultando no bloqueio do crescimento do tubo polínico por deposição de calose em sua extremidade. No entanto, nessa espécie, a reação de autoincompatibilidade é transposta após dois eventos de autopolinização. A espécie P. suberosa mostrou-se ser autocompatível. O crescimento dos tubos polínicos se dá por via apoplástica em ambas as espécies. Os estiletes são do tipo sólido e seco, com tecido transmissor rico em polissacarídeos, pectinas, proteínas e amido. Os resultados comparativos entre as duas espécies analisadas quanto à composição química das paredes celulares detectaram diferenças químicas nas paredes dos grãos de pólen. Arabinanos e galactanos estão ausentes na intina de P. elegans, ao contrário do encontrado em P. suberosa e proteínas arabinogalactanos estão presentes na intina de P. elegans e ausentes em P. suberosa, que talvez esteja relacionado com a expansão celular, o que sugeriria que os tubos polínicos têm exigências químicas distintas em seu desenvolvimento. / The Passiflora genus is originated from South America and the Middle-North region of Brazil is the great center of its geographical distribution. The Passifloraceae family presents trees, bushes, herbs and mostly climbers’ species that play an important ecological role in the forest regeneration dynamics. Despite of its ecological importance, the knowledge of its reproduction mode is scarce and there are few works about compatibility and incompatibility mechanisms in the genus species, as well as, information about cell changes during pollen-pistil interaction that includes cell wall dynamics during this process. The present work investigated two species of Passiflora genus: P. elegans Masters (Passiflora Clade) and P. suberosa L. (Decaloba Clade) with the aims to contribute to illuminate the genus reproductive biology knowledge. It was made controlled pollination in floral buds of both species, cross-pollination and selfpollination tests. The collected material was fixed, dehydrated in crescent alcohol series and included in hydroxyethilmetacrylate resin to observations in light microscopy, as well as, in LR White to make immunocytochemical reactions at fluorescence microscopy. It was used monoclonal antibodies to detect arabinogalactan proteins and pectin epitops in pollen-pistil tissues. The anatomy of stigma is formed by multicelled emergences. Cells from dermal and subdermal layers compose them. These cells project and expose the receptive surface, promoting greater pollen tube guidance on its stigma trajectory. These structures are important in selection and recognition process of pollen grains deposited during pollination, resulting in compatibility or incompatibility reactions. Auto-incompatibility mechanisms, unchained by the contact of pollen and stigma proteins, were observed in P. elegans and they resulted in blocking of pollen tube growth by the callose deposition on its extremity. However, in this species, the self-incompatibility reaction fails after two events of self-pollination. P. suberosa species are self-compatibility. The pollen tube growth occurs by apoplastic way in both species. Styles are solid and dry, with a rich polysaccharide, pectin, protein and starch transmitter tissue. Comparative results between the two analyzed species detected cell wall chemical differences in pollen grain. Arabinans and galacturans are absent in P. elegans intine and arabinangalactans proteins are present in P. elegans and absent in P. suberosa. It may be related with cell expansion and it suggests that pollen tubes have different chemical demands in their development.
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Morfologia, anatomia e histoquímica de Noteroclada confluens Taylor ex Hook.Wilson (Pelliaceae, Marchantiophyta) / Morphology, anatomy and histochemistry of Noteroclada confluens Taylor ex Hook. & Wilson (Pelliaceae, Marchantiophyta)Carvalho, Aline Tonin January 2010 (has links)
Noteroclada confluens Taylor ex Hook. & Wilson é uma hepática de aparência folhosa, pertencente à família Pelliaceae (Marchantiophyta). Ocorre predominantemente em regiões montanhosas, declives e locais próximos à córregos, em solos argilosos. O presente estudo teve por objetivo descrever a morfologia, anatomia e histoquímica das estruturas do gametófito e esporófito de N. confluens, coletados no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, sob microscopia óptica, eletrônica de varredura e confocal de varredura a laser fornecendo, especialmente, dados sobre as estruturas relacionadas com a reprodução sexuada e assexuada, contribuindo para uma melhor caracterização do gênero e da família. O gametófito de N. confluens apresenta-se na forma de um talo profundamente lobado, com lobos predominantemente com uma única camada de células. Os lobos são conectados a região mediana, mais espessada, rica em grãos de amido. Na região mediana ventral do gametófito, conectam-se inúmeros rizoides unicelulares. Todo o talo é constituído por um parênquima formado por células de paredes delgadas, de constituição pectocelulósica, sem espessamentos angulares. Cada célula apresenta um único e grande vacúolo e diversos oleocorpos. Os oleocorpos formam grupos de corpos esféricos ou ovalados, constituídos por sesquiterpenoides. Pigmentos flavonóides foram encontrados constituindo as paredes de algumas células do talo. A partir da face ventral, podem emergir tubers de formato arredondados, com um parênquima contendo grãos de amido, funcionando como um órgão armazenador de substâncias de reserva. Nas coletas realizadas no Rio Grande do Sul, foram identificados dois morfotipos: morfotipo 1, com poucos oleocorpos por célula e sem tubers; morfotipo 2, com muitos olecorpos por célula e presença de tubers. Os gametângios estão distribuídos em fileiras na região mediana, na face dorsal, sendo normalmente duas fileiras, de anterídios, e uma, de arquegônios. Os arquegônios apresentam um material polissacarídico na região do canal do ventre, o que pode facilitar a entrada dos anterozoides. Os anterídios são pedunculados e ovais, apresentam uma única camada de células estéreis protetora e estão inclusos, individualmente, em uma câmara anteridial, com poro apical. Após a fecundação da oosfera, forma-se um esporófito que permanece circundado pela caliptra e pelo celocaule, até a maturação dos esporos. O esporófito é formado pela cápsula, seta e pé. A parede da cápsula é biestratificada e apresenta espessamentos angulares na epiderme e anelares ou helicoidais, no estrato interno ou subepidérmico. Na base da cápsula, ocorre formação de um denso elateróforo. A cápsula se abre através de quatro fendas longitudinais de deiscência, os estômios, as quais resultam na formação de quatro valvas. A seta é cilíndrica, hialina e levemente estriada, apresentando grãos de amido nas células parenquimáticas da região cortical e epiderme. A elevação ocorre por expansão celular. O pé tem formato de “taça” e apresenta diversos grãos de amido. Na junção gametófitoesporófito (placenta) ocorre um espaço placental. Não foram encontradas células de tranferência na zona da placenta, tanto no gametófito como no esporófito. O tecido esporogênico apresenta células com paredes pectocelulósicas delgadas, a partir do qual se diferenciam dois tipos celulares: os esporócitos, arredondados e com uma parede espessada hialina, e os elaterócitos, mais alongados e com parede espessada de natureza péctica. As células- mãe de esporos são tetralobadas e se individualizam. Nesse estádio apresentam uma parede espessada mais delgada e de natureza hemicelulósica. A meiose leva à formação de quatro esporos unicelulares. Ao redor de cada esporo, deposita-se uma delgada primexina. O desenvolvimento dos esporos é endospórico, e os protonemas jovens, envolvidos ainda pela esporoderme, são esferoidais ou subesferoidais, com células de paredes pectocelulósicas delgadas, muitas vezes repletas de grãos de amido. A esporoderme está estratificada em uma intina, de composição pectocelulósica, e uma exina, impregnada constituída por esporopolenina. A exina forma uma escultura do tipo rugulada. Os elatérios morrem na maturidade e apresentam de duas a três bandas de espessamentos helicoidais, de pigmentação amarronzada e natureza fenólica e polissacarídica. Na exina, a esporoderme apresenta uma região de escultura reduzida. / Noteroclada confluens Taylor ex Hook. & Wilson is a liverwort with a leafy appearance which belongs to the Pelliaceae (Marchantiophyta) family. This species occurs mostly in mountainous regions, descending slopes and places near streams. In this study, the morphology, anatomy and histochemistry of the structures of the gametophyte and sporophyte of N. confluens are described. This species was collected in Rio Grande do Sul state, Brazil. The study in light microscopy, scanning electron microscopy and confocal laser scanning provides, especially, data about structures related to sexual and asexual reproduction, contributing to a better understanding of the genus and family. The gametophyte of N. confluens presents a form of a deeply lobed stem, the lobes predominantly with a single layer of cells. The lobes are connected to a central region, denser, rich in starch grains. Numerous unicellular rhizoids are connected in the ventral surface of the central region. The entire stem is composed by a parenchyma formed by thin-walled pectin and cellulose cells, with no angular thickening. Each cell has a single large vacuole and several oil bodies. The oil bodies form groups of spherical or oval bodies and present sesquiterpenes in its constitution. Flavonoid pigments were found forming the walls of some cells of the stem. In this ventral surface, round shaped tubers may emerge with a parenchyma containing starch grains, acting as a storage organ for substances. Two morphotypes were identified in a collection in Rio Grande do Sul: morphotype 1, with few oil bodies per cell and without tubers; and morphotype 2, with many oil bodies per cell and the presence of tubers. The gametangia are distributed in rows in the central region on the dorsal surface. Usually there are two rows of antheridia and one of archegonia. The archegonia have a polysaccharide material in the channel region of the venter, which may facilitate the entry of antherozoid. The antheridia are stalked and oval. They have a single protective layer of sterile cells and are included individually in a single antheridial chamber, with apical ostiole. After the fertilization of the egg cell, there is the formation of a sporophyte that remains surrounded by calyptra and the caulocalyx until the maturation of the spores. The sporophyte is formed by the capsule, seta and foot. The capsule wall has two layers of cells and presents angular thickening in the epidermis and annular or helical thickening in the internal layer. At the base of the capsule there is a formation of a dense elaterophore. The capsule opens in four longitudinal dehiscence cracks, the stomion, which result in the formation of four valves. The seta is cylindrical, hyaline, slightly striated, showing starch grains in parenchyma cells of the cortical region and epidermis. The increase happens by cell expansion. The foot is cup-shaped and it presents several starch grains. In the gametophyte-sporophyte junction (placenta) there is a placental space. Both gametophyte and sporophyte.do no present transfer cells in the placenta. The sporogenic tissue has cells with pectin and cellulose walls, which are differentiated in two types: the sporocytes, rounded with a thick hyaline wall, and the elaterocytes, more elongated and presenting a wall of pectin. The spore mother cells are tetralobed and become individualized. On this stage, they have a thinner thickened wall cell and it is made of hemicelluloses. After meiosis, four unicellulars spores are formed. Around each spore a thin primexina is deposited. The spore development is endosporic and the young protonemas are spheroidal and still involved by sporoderm. The cells of young protonema have thin cell walls with pectin and cellulose, often presenting many starch grains. The sporoderm presents an intine with pectin and cellulose composition, and an exine, consisting of impregnated esporopolenina. The exine sculpture is rugulate. The elaters die at maturity and have two or three bands of spiral thickening, which have brown pigmentation and a phenolic and polysaccharide composition. the exine, the sporoderm presents a region of small sculpture.
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Morfologia, anatomia e histoquímica de Noteroclada confluens Taylor ex Hook.Wilson (Pelliaceae, Marchantiophyta) / Morphology, anatomy and histochemistry of Noteroclada confluens Taylor ex Hook. & Wilson (Pelliaceae, Marchantiophyta)Carvalho, Aline Tonin January 2010 (has links)
Noteroclada confluens Taylor ex Hook. & Wilson é uma hepática de aparência folhosa, pertencente à família Pelliaceae (Marchantiophyta). Ocorre predominantemente em regiões montanhosas, declives e locais próximos à córregos, em solos argilosos. O presente estudo teve por objetivo descrever a morfologia, anatomia e histoquímica das estruturas do gametófito e esporófito de N. confluens, coletados no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, sob microscopia óptica, eletrônica de varredura e confocal de varredura a laser fornecendo, especialmente, dados sobre as estruturas relacionadas com a reprodução sexuada e assexuada, contribuindo para uma melhor caracterização do gênero e da família. O gametófito de N. confluens apresenta-se na forma de um talo profundamente lobado, com lobos predominantemente com uma única camada de células. Os lobos são conectados a região mediana, mais espessada, rica em grãos de amido. Na região mediana ventral do gametófito, conectam-se inúmeros rizoides unicelulares. Todo o talo é constituído por um parênquima formado por células de paredes delgadas, de constituição pectocelulósica, sem espessamentos angulares. Cada célula apresenta um único e grande vacúolo e diversos oleocorpos. Os oleocorpos formam grupos de corpos esféricos ou ovalados, constituídos por sesquiterpenoides. Pigmentos flavonóides foram encontrados constituindo as paredes de algumas células do talo. A partir da face ventral, podem emergir tubers de formato arredondados, com um parênquima contendo grãos de amido, funcionando como um órgão armazenador de substâncias de reserva. Nas coletas realizadas no Rio Grande do Sul, foram identificados dois morfotipos: morfotipo 1, com poucos oleocorpos por célula e sem tubers; morfotipo 2, com muitos olecorpos por célula e presença de tubers. Os gametângios estão distribuídos em fileiras na região mediana, na face dorsal, sendo normalmente duas fileiras, de anterídios, e uma, de arquegônios. Os arquegônios apresentam um material polissacarídico na região do canal do ventre, o que pode facilitar a entrada dos anterozoides. Os anterídios são pedunculados e ovais, apresentam uma única camada de células estéreis protetora e estão inclusos, individualmente, em uma câmara anteridial, com poro apical. Após a fecundação da oosfera, forma-se um esporófito que permanece circundado pela caliptra e pelo celocaule, até a maturação dos esporos. O esporófito é formado pela cápsula, seta e pé. A parede da cápsula é biestratificada e apresenta espessamentos angulares na epiderme e anelares ou helicoidais, no estrato interno ou subepidérmico. Na base da cápsula, ocorre formação de um denso elateróforo. A cápsula se abre através de quatro fendas longitudinais de deiscência, os estômios, as quais resultam na formação de quatro valvas. A seta é cilíndrica, hialina e levemente estriada, apresentando grãos de amido nas células parenquimáticas da região cortical e epiderme. A elevação ocorre por expansão celular. O pé tem formato de “taça” e apresenta diversos grãos de amido. Na junção gametófitoesporófito (placenta) ocorre um espaço placental. Não foram encontradas células de tranferência na zona da placenta, tanto no gametófito como no esporófito. O tecido esporogênico apresenta células com paredes pectocelulósicas delgadas, a partir do qual se diferenciam dois tipos celulares: os esporócitos, arredondados e com uma parede espessada hialina, e os elaterócitos, mais alongados e com parede espessada de natureza péctica. As células- mãe de esporos são tetralobadas e se individualizam. Nesse estádio apresentam uma parede espessada mais delgada e de natureza hemicelulósica. A meiose leva à formação de quatro esporos unicelulares. Ao redor de cada esporo, deposita-se uma delgada primexina. O desenvolvimento dos esporos é endospórico, e os protonemas jovens, envolvidos ainda pela esporoderme, são esferoidais ou subesferoidais, com células de paredes pectocelulósicas delgadas, muitas vezes repletas de grãos de amido. A esporoderme está estratificada em uma intina, de composição pectocelulósica, e uma exina, impregnada constituída por esporopolenina. A exina forma uma escultura do tipo rugulada. Os elatérios morrem na maturidade e apresentam de duas a três bandas de espessamentos helicoidais, de pigmentação amarronzada e natureza fenólica e polissacarídica. Na exina, a esporoderme apresenta uma região de escultura reduzida. / Noteroclada confluens Taylor ex Hook. & Wilson is a liverwort with a leafy appearance which belongs to the Pelliaceae (Marchantiophyta) family. This species occurs mostly in mountainous regions, descending slopes and places near streams. In this study, the morphology, anatomy and histochemistry of the structures of the gametophyte and sporophyte of N. confluens are described. This species was collected in Rio Grande do Sul state, Brazil. The study in light microscopy, scanning electron microscopy and confocal laser scanning provides, especially, data about structures related to sexual and asexual reproduction, contributing to a better understanding of the genus and family. The gametophyte of N. confluens presents a form of a deeply lobed stem, the lobes predominantly with a single layer of cells. The lobes are connected to a central region, denser, rich in starch grains. Numerous unicellular rhizoids are connected in the ventral surface of the central region. The entire stem is composed by a parenchyma formed by thin-walled pectin and cellulose cells, with no angular thickening. Each cell has a single large vacuole and several oil bodies. The oil bodies form groups of spherical or oval bodies and present sesquiterpenes in its constitution. Flavonoid pigments were found forming the walls of some cells of the stem. In this ventral surface, round shaped tubers may emerge with a parenchyma containing starch grains, acting as a storage organ for substances. Two morphotypes were identified in a collection in Rio Grande do Sul: morphotype 1, with few oil bodies per cell and without tubers; and morphotype 2, with many oil bodies per cell and the presence of tubers. The gametangia are distributed in rows in the central region on the dorsal surface. Usually there are two rows of antheridia and one of archegonia. The archegonia have a polysaccharide material in the channel region of the venter, which may facilitate the entry of antherozoid. The antheridia are stalked and oval. They have a single protective layer of sterile cells and are included individually in a single antheridial chamber, with apical ostiole. After the fertilization of the egg cell, there is the formation of a sporophyte that remains surrounded by calyptra and the caulocalyx until the maturation of the spores. The sporophyte is formed by the capsule, seta and foot. The capsule wall has two layers of cells and presents angular thickening in the epidermis and annular or helical thickening in the internal layer. At the base of the capsule there is a formation of a dense elaterophore. The capsule opens in four longitudinal dehiscence cracks, the stomion, which result in the formation of four valves. The seta is cylindrical, hyaline, slightly striated, showing starch grains in parenchyma cells of the cortical region and epidermis. The increase happens by cell expansion. The foot is cup-shaped and it presents several starch grains. In the gametophyte-sporophyte junction (placenta) there is a placental space. Both gametophyte and sporophyte.do no present transfer cells in the placenta. The sporogenic tissue has cells with pectin and cellulose walls, which are differentiated in two types: the sporocytes, rounded with a thick hyaline wall, and the elaterocytes, more elongated and presenting a wall of pectin. The spore mother cells are tetralobed and become individualized. On this stage, they have a thinner thickened wall cell and it is made of hemicelluloses. After meiosis, four unicellulars spores are formed. Around each spore a thin primexina is deposited. The spore development is endosporic and the young protonemas are spheroidal and still involved by sporoderm. The cells of young protonema have thin cell walls with pectin and cellulose, often presenting many starch grains. The sporoderm presents an intine with pectin and cellulose composition, and an exine, consisting of impregnated esporopolenina. The exine sculpture is rugulate. The elaters die at maturity and have two or three bands of spiral thickening, which have brown pigmentation and a phenolic and polysaccharide composition. the exine, the sporoderm presents a region of small sculpture.
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Morfologia, anatomia e histoquímica de Noteroclada confluens Taylor ex Hook.Wilson (Pelliaceae, Marchantiophyta) / Morphology, anatomy and histochemistry of Noteroclada confluens Taylor ex Hook. & Wilson (Pelliaceae, Marchantiophyta)Carvalho, Aline Tonin January 2010 (has links)
Noteroclada confluens Taylor ex Hook. & Wilson é uma hepática de aparência folhosa, pertencente à família Pelliaceae (Marchantiophyta). Ocorre predominantemente em regiões montanhosas, declives e locais próximos à córregos, em solos argilosos. O presente estudo teve por objetivo descrever a morfologia, anatomia e histoquímica das estruturas do gametófito e esporófito de N. confluens, coletados no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, sob microscopia óptica, eletrônica de varredura e confocal de varredura a laser fornecendo, especialmente, dados sobre as estruturas relacionadas com a reprodução sexuada e assexuada, contribuindo para uma melhor caracterização do gênero e da família. O gametófito de N. confluens apresenta-se na forma de um talo profundamente lobado, com lobos predominantemente com uma única camada de células. Os lobos são conectados a região mediana, mais espessada, rica em grãos de amido. Na região mediana ventral do gametófito, conectam-se inúmeros rizoides unicelulares. Todo o talo é constituído por um parênquima formado por células de paredes delgadas, de constituição pectocelulósica, sem espessamentos angulares. Cada célula apresenta um único e grande vacúolo e diversos oleocorpos. Os oleocorpos formam grupos de corpos esféricos ou ovalados, constituídos por sesquiterpenoides. Pigmentos flavonóides foram encontrados constituindo as paredes de algumas células do talo. A partir da face ventral, podem emergir tubers de formato arredondados, com um parênquima contendo grãos de amido, funcionando como um órgão armazenador de substâncias de reserva. Nas coletas realizadas no Rio Grande do Sul, foram identificados dois morfotipos: morfotipo 1, com poucos oleocorpos por célula e sem tubers; morfotipo 2, com muitos olecorpos por célula e presença de tubers. Os gametângios estão distribuídos em fileiras na região mediana, na face dorsal, sendo normalmente duas fileiras, de anterídios, e uma, de arquegônios. Os arquegônios apresentam um material polissacarídico na região do canal do ventre, o que pode facilitar a entrada dos anterozoides. Os anterídios são pedunculados e ovais, apresentam uma única camada de células estéreis protetora e estão inclusos, individualmente, em uma câmara anteridial, com poro apical. Após a fecundação da oosfera, forma-se um esporófito que permanece circundado pela caliptra e pelo celocaule, até a maturação dos esporos. O esporófito é formado pela cápsula, seta e pé. A parede da cápsula é biestratificada e apresenta espessamentos angulares na epiderme e anelares ou helicoidais, no estrato interno ou subepidérmico. Na base da cápsula, ocorre formação de um denso elateróforo. A cápsula se abre através de quatro fendas longitudinais de deiscência, os estômios, as quais resultam na formação de quatro valvas. A seta é cilíndrica, hialina e levemente estriada, apresentando grãos de amido nas células parenquimáticas da região cortical e epiderme. A elevação ocorre por expansão celular. O pé tem formato de “taça” e apresenta diversos grãos de amido. Na junção gametófitoesporófito (placenta) ocorre um espaço placental. Não foram encontradas células de tranferência na zona da placenta, tanto no gametófito como no esporófito. O tecido esporogênico apresenta células com paredes pectocelulósicas delgadas, a partir do qual se diferenciam dois tipos celulares: os esporócitos, arredondados e com uma parede espessada hialina, e os elaterócitos, mais alongados e com parede espessada de natureza péctica. As células- mãe de esporos são tetralobadas e se individualizam. Nesse estádio apresentam uma parede espessada mais delgada e de natureza hemicelulósica. A meiose leva à formação de quatro esporos unicelulares. Ao redor de cada esporo, deposita-se uma delgada primexina. O desenvolvimento dos esporos é endospórico, e os protonemas jovens, envolvidos ainda pela esporoderme, são esferoidais ou subesferoidais, com células de paredes pectocelulósicas delgadas, muitas vezes repletas de grãos de amido. A esporoderme está estratificada em uma intina, de composição pectocelulósica, e uma exina, impregnada constituída por esporopolenina. A exina forma uma escultura do tipo rugulada. Os elatérios morrem na maturidade e apresentam de duas a três bandas de espessamentos helicoidais, de pigmentação amarronzada e natureza fenólica e polissacarídica. Na exina, a esporoderme apresenta uma região de escultura reduzida. / Noteroclada confluens Taylor ex Hook. & Wilson is a liverwort with a leafy appearance which belongs to the Pelliaceae (Marchantiophyta) family. This species occurs mostly in mountainous regions, descending slopes and places near streams. In this study, the morphology, anatomy and histochemistry of the structures of the gametophyte and sporophyte of N. confluens are described. This species was collected in Rio Grande do Sul state, Brazil. The study in light microscopy, scanning electron microscopy and confocal laser scanning provides, especially, data about structures related to sexual and asexual reproduction, contributing to a better understanding of the genus and family. The gametophyte of N. confluens presents a form of a deeply lobed stem, the lobes predominantly with a single layer of cells. The lobes are connected to a central region, denser, rich in starch grains. Numerous unicellular rhizoids are connected in the ventral surface of the central region. The entire stem is composed by a parenchyma formed by thin-walled pectin and cellulose cells, with no angular thickening. Each cell has a single large vacuole and several oil bodies. The oil bodies form groups of spherical or oval bodies and present sesquiterpenes in its constitution. Flavonoid pigments were found forming the walls of some cells of the stem. In this ventral surface, round shaped tubers may emerge with a parenchyma containing starch grains, acting as a storage organ for substances. Two morphotypes were identified in a collection in Rio Grande do Sul: morphotype 1, with few oil bodies per cell and without tubers; and morphotype 2, with many oil bodies per cell and the presence of tubers. The gametangia are distributed in rows in the central region on the dorsal surface. Usually there are two rows of antheridia and one of archegonia. The archegonia have a polysaccharide material in the channel region of the venter, which may facilitate the entry of antherozoid. The antheridia are stalked and oval. They have a single protective layer of sterile cells and are included individually in a single antheridial chamber, with apical ostiole. After the fertilization of the egg cell, there is the formation of a sporophyte that remains surrounded by calyptra and the caulocalyx until the maturation of the spores. The sporophyte is formed by the capsule, seta and foot. The capsule wall has two layers of cells and presents angular thickening in the epidermis and annular or helical thickening in the internal layer. At the base of the capsule there is a formation of a dense elaterophore. The capsule opens in four longitudinal dehiscence cracks, the stomion, which result in the formation of four valves. The seta is cylindrical, hyaline, slightly striated, showing starch grains in parenchyma cells of the cortical region and epidermis. The increase happens by cell expansion. The foot is cup-shaped and it presents several starch grains. In the gametophyte-sporophyte junction (placenta) there is a placental space. Both gametophyte and sporophyte.do no present transfer cells in the placenta. The sporogenic tissue has cells with pectin and cellulose walls, which are differentiated in two types: the sporocytes, rounded with a thick hyaline wall, and the elaterocytes, more elongated and presenting a wall of pectin. The spore mother cells are tetralobed and become individualized. On this stage, they have a thinner thickened wall cell and it is made of hemicelluloses. After meiosis, four unicellulars spores are formed. Around each spore a thin primexina is deposited. The spore development is endosporic and the young protonemas are spheroidal and still involved by sporoderm. The cells of young protonema have thin cell walls with pectin and cellulose, often presenting many starch grains. The sporoderm presents an intine with pectin and cellulose composition, and an exine, consisting of impregnated esporopolenina. The exine sculpture is rugulate. The elaters die at maturity and have two or three bands of spiral thickening, which have brown pigmentation and a phenolic and polysaccharide composition. the exine, the sporoderm presents a region of small sculpture.
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