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A unidade da verdade em Erasmo / The unity of truth in Erasmus

Nassaro, Silvio Lucio Franco 13 December 2005 (has links)
Se Petrarca, como inaugurador do humanismo no século XIV já se opusera à teologia escolástica, levada ao impasse entre fé e razão com os argumentos averroistas e depois ockhamistas e entregue às disputas dialéticas; propugnara pela recuperação da erudição clássica sustentando como cristão que nenhum guia deve ser desprezado se mostra o caminho da salvação e indicara que ninguém, a não ser o cristão, sabe a quem e de que maneira confessar - cui et qualiter confitendum sit - será Erasmo de Rotterdam no século XVI que, afastando-se das sutilezas daqueles que desde o Medievo queriam compreender os mistérios da fé fazendo a teologia se apoiar na filosofia enquanto reflexão sobre o Ser conforme o cânone platônico-aristotélico, proporá que a ciência das coisas divinas e humanas deve ser buscada antes na filosofia enquanto tradição retórica de reflexão sobre os problemas do Homem e, explorando ao máximo as possibilidades da nascente imprensa, explicará socraticamente, através de seus milhares de Adagia, Colloquia, Litterae, traduções e edições princeps, para uma Europa estupefata, angustiada e vacilante entre o renascimento da grandeza antiga e o radicalismo religioso de católicos e reformados, porque e como, decisivamente, devem ser lidos os autores greco-latinos e entendida a precedência da Revelação cristã em relação ao paganismo e às invenções - inventiones - dos outros povos. Neste quadro de rupturas, se insere com relevo os Antibárbaros, designado pelo seu autor para a edição de sua Opera Omnia como o primeiro livro da primeira ordem que é justamente aquela voltada ao ensino dos textos antigos - ad institutionem litterarum - livro que traz a suma de seus argumentos pela pacífica unidade da verdade. / If Petrarch, as inaugurator of Humanism in the XIV Century, was already contrary to the Scholastic Theology - pushed into the impasse between Faith and Reason with Averroists arguments and then Ockamists, and involved in dialectical debates - battled for the restoration of the Classical erudition standing as a Christian that none guide should be contempt if it points out the salvation path; and indicated that no one but the Christian knows to whom and in which manner to confess - cui et qualiter confitendum sit - it will be Erasmus from Rotterdam in XVI Century that, being far from the subtleness from those whose, from the Middle Ages, wanted to understand the Faith Mysteries making the Theology be supported by the Philosophy as reflection about the Being according to the Platonic-Aristotelian Canon, will propose that the science of holly and human things should be chased prior in the Philosophy as Rhetorical tradition of reflection about human problems and, exploring uttermost the possibilities of the emerging press, will explain in a Socratic manner, throughout his thousands of Adagia, Colloquia, Litterae, translations and princeps editions, for a perplex, anxious and oscillating Europe between the renaissance of the ancient greatness and the religious radicalism of Catholics and Protestants, why and how, definitely, should be read the Greek-Latin authors and grasped the precedence of Christian Revelation regarding the Paganism and the inventions -inventiones- of other peoples. In this landscape of ruptures, it inserts with weight the Antibarbarians, designated by its author for his Opera Omnia edition, as the first book of the prime order that is exactly that one made for the instruction of classical texts -ad institutionem litterarum- a book that summarizes his arguments for the peaceful unity of Truth.
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A unidade da verdade em Erasmo / The unity of truth in Erasmus

Silvio Lucio Franco Nassaro 13 December 2005 (has links)
Se Petrarca, como inaugurador do humanismo no século XIV já se opusera à teologia escolástica, levada ao impasse entre fé e razão com os argumentos averroistas e depois ockhamistas e entregue às disputas dialéticas; propugnara pela recuperação da erudição clássica sustentando como cristão que nenhum guia deve ser desprezado se mostra o caminho da salvação e indicara que ninguém, a não ser o cristão, sabe a quem e de que maneira confessar - cui et qualiter confitendum sit - será Erasmo de Rotterdam no século XVI que, afastando-se das sutilezas daqueles que desde o Medievo queriam compreender os mistérios da fé fazendo a teologia se apoiar na filosofia enquanto reflexão sobre o Ser conforme o cânone platônico-aristotélico, proporá que a ciência das coisas divinas e humanas deve ser buscada antes na filosofia enquanto tradição retórica de reflexão sobre os problemas do Homem e, explorando ao máximo as possibilidades da nascente imprensa, explicará socraticamente, através de seus milhares de Adagia, Colloquia, Litterae, traduções e edições princeps, para uma Europa estupefata, angustiada e vacilante entre o renascimento da grandeza antiga e o radicalismo religioso de católicos e reformados, porque e como, decisivamente, devem ser lidos os autores greco-latinos e entendida a precedência da Revelação cristã em relação ao paganismo e às invenções - inventiones - dos outros povos. Neste quadro de rupturas, se insere com relevo os Antibárbaros, designado pelo seu autor para a edição de sua Opera Omnia como o primeiro livro da primeira ordem que é justamente aquela voltada ao ensino dos textos antigos - ad institutionem litterarum - livro que traz a suma de seus argumentos pela pacífica unidade da verdade. / If Petrarch, as inaugurator of Humanism in the XIV Century, was already contrary to the Scholastic Theology - pushed into the impasse between Faith and Reason with Averroists arguments and then Ockamists, and involved in dialectical debates - battled for the restoration of the Classical erudition standing as a Christian that none guide should be contempt if it points out the salvation path; and indicated that no one but the Christian knows to whom and in which manner to confess - cui et qualiter confitendum sit - it will be Erasmus from Rotterdam in XVI Century that, being far from the subtleness from those whose, from the Middle Ages, wanted to understand the Faith Mysteries making the Theology be supported by the Philosophy as reflection about the Being according to the Platonic-Aristotelian Canon, will propose that the science of holly and human things should be chased prior in the Philosophy as Rhetorical tradition of reflection about human problems and, exploring uttermost the possibilities of the emerging press, will explain in a Socratic manner, throughout his thousands of Adagia, Colloquia, Litterae, translations and princeps editions, for a perplex, anxious and oscillating Europe between the renaissance of the ancient greatness and the religious radicalism of Catholics and Protestants, why and how, definitely, should be read the Greek-Latin authors and grasped the precedence of Christian Revelation regarding the Paganism and the inventions -inventiones- of other peoples. In this landscape of ruptures, it inserts with weight the Antibarbarians, designated by its author for his Opera Omnia edition, as the first book of the prime order that is exactly that one made for the instruction of classical texts -ad institutionem litterarum- a book that summarizes his arguments for the peaceful unity of Truth.

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