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Sob medida: uma etnografia da prática da alfaiataria / Bespoke: an ethnography of tailoring practiceSantos, Valéria Oliveira 20 February 2018 (has links)
Com base em dados etnográficos de pesquisa realizada em alfaiatarias de Curitiba, este trabalho explora as habilidades e técnicas associadas ao processo de confecção de roupas sob medida tratando de compreender como gestos, materiais e instrumentos de trabalho atuam entre si produzindo não apenas roupas, mas também as habilidades dos próprios alfaiates e os corpos de seus respectivos clientes. A reflexão se dedica a investigação dessas práticas como processos de produção de conhecimento e está afinada com as proposições que repensam a relação entre o homem e a matéria. O eixo central da observação segue a sugestão de Tim Ingold (2013) de que o fazer é um processo de correspondência entre o fazedor e material, e não de imposição ou de aplicação de um conhecimento prévio. Sugere-se que, nos engajamentos estabelecidos entre ternos, alfaiates e clientes, aperfeiçoa-se, ao mesmo tempo, o corpo do cliente, que é modelado pela roupa sob medida adquirida, e as capacidades do alfaiate, que são constituídas pela roupa sob medida fornecida e pelas relações que estabelecem a partir da alfaiataria. Pretende-se, ao final, contribuir para o entendimento das transformações recentes deste campo de trabalho, em especial no que diz respeito ao surgimento de novas formas de praticar a alfaiataria. / Based on ethnographic research data from Curitiba\'s tailors, this work explores the skills and techniques associated with the tailoring process, with the goal of understanding to understand how gestures, materials and work tools interact with each other producing not only clothes, but also the tailors themselves and the bodies of their respective clients. Reflection is devoted on the investigation of these practices as processes of knowledge production, and is in tune with the propositions that rethink the relationship between man and matter. The central axis of observation follows the suggestion of Tim Ingold (2013) that doing is a process of correspondence between the maker and material, not imposition or application of prior knowledge. It is suggested that the client\'s body and the tailor\'s capabilities are modeled by tailor-made clothing in the compromises established between suits, tailors and clients. In the end, it is intended to contribute to the understanding of the recent transformations of this field of work, especially with regard to the emergence of new ways of practicing tailoring.
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O regime fabril-artesanal de violas paulistasBrito, Rainer Miranda 05 November 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-11-05 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / How a brazilian viola come to its existence inside an artisan and manufacture environment?
The materials allocated in such environment of craft arrange under specific
conditions variable routes for one task: the precise and risky establishment of material
compatibility degrees in each technical circumstance. When contouring the artisan and
manufacture environment the object viola refracts the discourses about its existence in
favor of the resources which assure its well defined boundaries. Whatever the discourses
about the web-frames of that craft surrounding, it is through its functional inboard where
the technical activity exposes its irreducibles: the technically articulated resources. A
craft environment from Sao Paulo’s countryside thus assign to this research a problem
of Comparative Technology, limiting this research to a focal descriptive procedure as a
methodological experiment guided by rhytms of construction and repair of brazilian violas
inside the craft environment – as far stand its instruments, tools, machinery and
products. The frame of this Comparative Technology study is the processes of internal
compatibility of a craft environment: the object viola is a process, a topical serie able to
reconfiguration. / Como vem à gênese o objeto viola no interior de uma fabril-artesania? Os materiais em
uma oficina de construção e reparo de violas arranjam sob condições específicas percursos
variáveis na execução de sua tarefa: no preciso e arriscado estabelecimento de graus
de compatibilidade material em cada circunstância técnica. Quando a percorrer a fabrilartesania
o objeto viola refrata a dimensão dos discursos sobre sua existência em prol da
realidade dos recursos que lhe impõem superfícies e consistências bem delimitadas. Quaisquer
que sejam os discursos sobre a trama técnica de uma oficina fabril-artesanal, é no
entanto em seu interior funcional que a atividade técnica material expõe seus irredutíveis:
os recursos tecnicamente articulados. Uma oficina fabril-artesanal paulista provoca nesta
pesquisa um problema de Tecnologia comparada; limitando este estudo a uma incursão
descritiva de um suficiente e integral experimento de método. Orienta-se tal experimento
através do itinerário de construção/manutenção do objeto viola no interior de uma oficina,
sendo o inquérito material um catalizador metodológico: o ambiente de ofício fabrilartesanal
remarca circunstâncias técnicas materiais capazes de propiciar ao estudo uma
perspectiva outra sobre as ferramentas, os instrumentos e o maquinário do que quando
sumarizados pelo resultado aparentemente estável de seus exercícios, o produto/obra. São
os entremeios, os processos de compatibilidade interna de uma fabril-artesania paulista o
quadro deste estudo de Tecnologia comparada: o objeto viola é um processo, um encadeamento
tópico e passível de reconfiguração.
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Sob medida: uma etnografia da prática da alfaiataria / Bespoke: an ethnography of tailoring practiceValéria Oliveira Santos 20 February 2018 (has links)
Com base em dados etnográficos de pesquisa realizada em alfaiatarias de Curitiba, este trabalho explora as habilidades e técnicas associadas ao processo de confecção de roupas sob medida tratando de compreender como gestos, materiais e instrumentos de trabalho atuam entre si produzindo não apenas roupas, mas também as habilidades dos próprios alfaiates e os corpos de seus respectivos clientes. A reflexão se dedica a investigação dessas práticas como processos de produção de conhecimento e está afinada com as proposições que repensam a relação entre o homem e a matéria. O eixo central da observação segue a sugestão de Tim Ingold (2013) de que o fazer é um processo de correspondência entre o fazedor e material, e não de imposição ou de aplicação de um conhecimento prévio. Sugere-se que, nos engajamentos estabelecidos entre ternos, alfaiates e clientes, aperfeiçoa-se, ao mesmo tempo, o corpo do cliente, que é modelado pela roupa sob medida adquirida, e as capacidades do alfaiate, que são constituídas pela roupa sob medida fornecida e pelas relações que estabelecem a partir da alfaiataria. Pretende-se, ao final, contribuir para o entendimento das transformações recentes deste campo de trabalho, em especial no que diz respeito ao surgimento de novas formas de praticar a alfaiataria. / Based on ethnographic research data from Curitiba\'s tailors, this work explores the skills and techniques associated with the tailoring process, with the goal of understanding to understand how gestures, materials and work tools interact with each other producing not only clothes, but also the tailors themselves and the bodies of their respective clients. Reflection is devoted on the investigation of these practices as processes of knowledge production, and is in tune with the propositions that rethink the relationship between man and matter. The central axis of observation follows the suggestion of Tim Ingold (2013) that doing is a process of correspondence between the maker and material, not imposition or application of prior knowledge. It is suggested that the client\'s body and the tailor\'s capabilities are modeled by tailor-made clothing in the compromises established between suits, tailors and clients. In the end, it is intended to contribute to the understanding of the recent transformations of this field of work, especially with regard to the emergence of new ways of practicing tailoring.
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