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Polimorfismo da apolipoproteína E e sua associação com incapacidade funcional em idosos: Projeto Bambuí

Megale, Rodrigo Zunzarren January 2014 (has links)
Submitted by Nuzia Santos (nuzia@cpqrr.fiocruz.br) on 2015-04-08T16:23:52Z No. of bitstreams: 1 Dissertacao_RodrigoZunzarrenMegale.pdf: 246231 bytes, checksum: f703785837f5a2ce30980bbb75fb6e1c (MD5) / Approved for entry into archive by Nuzia Santos (nuzia@cpqrr.fiocruz.br) on 2015-04-08T16:24:01Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertacao_RodrigoZunzarrenMegale.pdf: 246231 bytes, checksum: f703785837f5a2ce30980bbb75fb6e1c (MD5) / Approved for entry into archive by Nuzia Santos (nuzia@cpqrr.fiocruz.br) on 2015-04-08T16:24:22Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertacao_RodrigoZunzarrenMegale.pdf: 246231 bytes, checksum: f703785837f5a2ce30980bbb75fb6e1c (MD5) / Made available in DSpace on 2015-04-08T16:24:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertacao_RodrigoZunzarrenMegale.pdf: 246231 bytes, checksum: f703785837f5a2ce30980bbb75fb6e1c (MD5) Previous issue date: 2014 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisa René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil / Vários estudos tem demonstrado o papel da genética no envelhecimento mas ainda não se sabe como os genes influenciam esse processo, sendo possível o envolvimento de vários genes, cada um deles com apenas um modesto efeito. Entre os genes potencialmente relacionados ao. envelhecimento mais estudados, destaca-se o gene da apolipoproteína E. Além de participar do transporte de lipídeos, essa apolipoproteína tem papel importante na aterosclerose, no reparo e manutenção de células do sistema nervoso central e na inflamação. Inúmeros estudos tem associado o alelo ε4 da apoE a doenças comuns em idosos como a doença arterial coronariana, o acidente vascular encefálico e a doença de Alzheimer. Mais recentemente, o gene da apolipoproteína E também tem sido considerado um gene da vulnerabilidade já que portadores de ε4 apresentam um pior prognóstico em várias outras condições clínicas como traumatismo craniano, doença arterial periférica e diabetes. Idosos mais vulneráveis tendem a acumular mais incapacidades com o. envelhecimento e, se o gene da apolipoproteína E for realmente um gene ligado a vulnerabilidade, é possível imaginar que existam variações genótipo-dependentes no desempenho funcional dos idosos.. Para avaliar a associação do genótipo da apolipoproteína E com incapacidade funcional e com um fenótipo de “envelhecimento bem sucedido” 1408 idosos incluídos na linha de base do Projeto Bambuí foram submetidos a genotipagem da apolipoproteína E e constituíram a amostra desse estudo. Os participantes responderam a um questionário para avaliação da funcionalidade e foram classificados de acordo com a presença ou ausência de incapacidades em atividades relacionadas à. AVDs, AIVDs e mobilidade. Um subgrupo de idosos que não apresentavam nenhuma dificuldade nas tarefas avaliadas foram considerados idosos com “envelhecimento bem sucedido”. A associação do genótipo da apolipoproteína E e os fenótipos descritos foi avaliada pela regressão logística múltipla, considerando as possíveis variáveis de confusão.. Não houve diferenças significativas em relação a presença de incapacidades em AVDs e AIVDs e o genótipo da apoE mas a presença do alelo ε4 foi associado a uma menor frequência de comprometimento na mobilidade, tanto quando comparado ao grupo ε3ε3 (OR=0,71; IC95%=0,50-. 1,00), quando comparado aos idosos sem a presença do alelo ε4 (OR=0,69; IC95%=0,49-0,97). A presença do alelo ε4 também foi associada ao envelhecimento bem sucedido, aumentando a chance. de um envelhecimento livre de incapacidades em cerca de 40% (OR=1,41; IC95%=1,02-1,94).. Em Bambuí a presença do alelo ε4 esteve relacionada a um melhor desempenho funcional em idosos em relação às tarefas de mobilidade, ressaltando a importância de estudos sobre a associação desse genótipo com a funcionalidade de idosos em diferentes populações.. / The genetic influence in the aging process has been shown in several studies but it is still not known which genes play an important role in this process and how they work. The genetic architecture of this process is quite complex and involves a lot of genes, each one with just a small effect. There are several genetic polymorphisms potentially related to the aging process but the apolipoprotein E polymorphism deserves special attention. This apolipoprotein has a key function in lipid transport but also plays an important role in atherosclerosis, maintenance and repair of neurons, and inflammation. There is a strong association between the apoE ε4 allele and aging-related diseases like coronary heart disease, stroke, and Alzheimer's disease. Recently, the apoE gene has been viewed as a “frailty” gene. Frailty elders tend to have more accumulated deficits and disabilities in aging. If the apolipoprotein E gene is really linked to frailty, it would be easy to imagine the presence of genotype-dependent variations on elderly´s functional performance. To analyze the apoE genotypes associations with functional disability considering ADL, IADL and mobility and with a “successful aging” phenotype the participants of the Bambui Health and Aging Study, 1408 elders were genotyped for apoE polymorphisms and were included in this study. They answered several questions about disabilities and were finally classified as dependent or independent in ADL, IADL and mobility. A subgroup of participants that didn´t show any problems in assessed tasks was considered “successful aging” elders. The associations with apoE genotypes and the aforementioned phenotypes were assessed using logistic regression models. No differences in genotypes distribution were found for ADL and IADL but the presence of ε4 allele decreased the odds ratio (OR=0,69; IC95%=0,49-0,97) of mobility impairment on the adjusted analysis. We unexpectedly found that the allele ε4 is associated with the “successful aging” phenotype. Individuals with ε3/ε4 or ε4/ε4 genotype have 40% more chances to reach a disability-free aging (OR=1,41; IC95%=1,02-1,94). In Bambui Health and Aging Study, the presence of ε4 allele was associated with a better functional performance in mobility among the elderly. The importance of studies comparing apoE polymorphisms and functional performance in different populations was reinforced.
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Projeto Bambuí: Um Estudo Epidemiológico de Base Populacional do Polimorfismo da Apolipoproteína E e sua Associação com Variáveis Demográficas, Biológicas e com a Hipertensão Arterial Prevalente em Idosos

Fuzikawa, Alberto Kazuo January 2007 (has links)
Submitted by Nuzia Santos (nuzia@cpqrr.fiocruz.br) on 2013-01-24T17:51:01Z No. of bitstreams: 1 Alberto kazuo fuzikawa.pdf: 276958 bytes, checksum: 80d1525e280d315c92a5de15284db642 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-01-24T17:51:01Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Alberto kazuo fuzikawa.pdf: 276958 bytes, checksum: 80d1525e280d315c92a5de15284db642 (MD5) Previous issue date: 2007 / A apolipoproteína E (apoE) é um gene polimórfico, cujo produto protéico tem múltiplas funções no organismo humano, sobretudo no metabolismo lipídico. Tem sido investigado no contexto do envelhecimento, mas existem poucos estudos em populações bem definidas de idosos em países em desenvolvimento. Os objetivos deste trabalho foram (1) descrever a distribuição dos alelos comuns da apoE ( 2, 3, 4) e seus genótipos, numa população de 1.408 idosos (80,8% de todos os idosos com idade 60 anos) da linha de base da coorte de Bambuí, MG, Brasil, e estudar sua associação com variáveis demográficas (idade, sexo e cor da pele), (2) analisar a associação do polimorfismo da apoE com hipertensão arterial prevalente e variáveis biológicas (pressão arterial sistólica, diastólica, HDL colesterol, LDL colesterol e triglicérides), considerando potenciais fatores de confusão como idade, sexo, fatores de risco cardiovascular, ácido úrico e creatinina séricos. As amostras de DNA foram amplificadas pela reação em cadeia da polimerase e posteriormente digeridas com a enzima de restrição HhaI. O alelo 3 predominou (80,0%), seguido pelo 4 (13,5%) e 2 (6,5%). Todos os seis genótipos possíveis foram observados, sendo o genótipo 3 3 o mais freqüente (63,4%). Esta distribuição é semelhante à descrita em populações ocidentais. A análise de associação com variáveis demográficas foi feita por regressão logística multinomial, usando como variáveis dependentes os três alelos, seis genótipos e o número de alelos 4 por indivíduo. O sexo não se mostrou associado ao número de alelos 4, mas a cor de pele negra apresentou forte associação com a presença de dois alelos 4 (OR ajustado para idade e sexo = 7,38; IC 95% = 1,93-28,25), mostrando que Afro-brasileiros têm alta prevalência do alelo 4, como observado em populações negras Africanas. Nenhuma associação foi encontrada entre idade e o polimorfismo da apoE, sugerindo ausência de associação entre os genótipos e mortalidade nesta população. Hipertensão arterial, definida como pressão arterial sistólica 140 mmHg e / ou diastólica 90 mmHg, ou uso de medicação anti-hipertensiva, apresentou prevalência de 61,3%. Nas análises de associação com a pressão arterial e variáveis biológicas, a variável exploratória foi o genótipo da apoE, classificada em portadores de 2 ( 2 2 e 2 3) e portadores de 4 ( 4 4 e 3 4), tendo como grupo de referência os 3 3. Foram usados modelos de regressão linear múltipla para avaliar a associação com as variáveis biológicas e modelos de regressão de Poisson para estimar as razões de prevalência da hipertensão. Comparados aos homozigotos 3 3, os portadores de 2 tinham níveis séricos mais baixos de LDL colesterol (p < 0,001) e mais altos de triglicérides (p = 0,022), enquanto os portadores de 4 tinham níveis séricos mais altos de LDL colesterol (p = 0,036). Os portadores de 2 e de 4 não mostraram associação com a hipertensão arterial prevalente (razões de prevalência ajustados = 0,94, IC 95% = 0,83-1,07 e 0,98; IC 95% = 0,89-1,07, respectivamente), fornecendo evidência epidemiológica para a ausência de associação entre os genótipos da apoE com a hipertensão arterial prevalente entre idosos. / Apolipoprotein E (apoE) is a polymorphic gene, whose protein product is involved in several key roles in the human body, especially in lipid metabolism. It has been investigated in the context of aging, but there are few studies in well defined populations from developing countries. The objectives of this study were (1) to describe the allelic and genotypic distribution of the common apoE polymorphism ( 2, 3, 4) in a population of 1,408 elderly members (80.8% of all residents 60 years of age) from the baseline of a cohort from Bambuí city, Brazil, and to evaluate its association with demographic variables such as age, gender and skin color and (2) to analyze the association of the apoE polymorphism with prevalent arterial hypertension and biological variables (systolic blood pressure, diastolic blood pressure, HDL cholesterol, LDL cholesterol and triglycerides) in this population, considering potential confounding factors such as age, gender, cardiovascular risk factors, serum uric acid and creatinine. DNA samples were amplified by polymerase chain reaction and then digested with HhaI restriction enzyme. The 3 allele was predominant (80.0%), followed by 4 (13.5%) and 2 (6.5%). All six possible genotypes were observed, with 3 3 being the most frequent (63.4%). This distribution is similar to that described in other western populations. Analysis of association with demographic variables was done by multinomial logistic regression, using as dependent variables the three alleles, six genotypes and the number of 4 alleles per individual. Gender was not associated with the number of 4 alleles, but black skin color was strongly and independently associated with the presence of two 4 alleles (OR adjusted for age and gender = 7.38, 95% CI = 1.93-28.25), showing that African-Brazilians have a high prevalence of the 4 allele, as described in black African populations. No association was found between age and apoE polymorphism, suggesting an absence of association between apoE genotypes and mortality in this population. Arterial hypertension defined as systolic blood pressure 140 mmHg and / or diastolic blood pressure 90 mmHg, or use of antihypertensive medication, was present in 61.3% of participants. For the analysis of association with prevalent arterial hypertension and biological variables the exposure variable was the apoE genotype, divided as 2 carriers ( 2 2 and 2 3) and 4 carriers ( 4 4 and 3 4), having 3 homozygotes as the reference group. Multiple linear regression models were used to study association with biological variables and Poisson regression models to estimate prevalence ratios for hypertension. Compared to the 3 homozygotes, 2 carriers had lower levels of LDL cholesterol (p < 0.001) and higher levels of triglycerides (p = 0.022), while 4 carriers had higher levels of LDL cholesterol (p = 0.036). Neither the 2 or 4 carrier status was associated with hypertension (adjusted prevalence ratios = 0.94, 95% CI = 0.83-1.07 and 0.98, 95% CI = 0.89-1.07, respectively), providing epidemiologic evidence for the lack of association of apoE genotype with prevalent hypertension in old age.

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