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As cores do silêncio: habitus silencioso e apropriação de pintura em Fortaleza (1924-1958) / Les couleurs du silence: habitus silencieuse et appropriation de peinture à Fortaleza (1924-1958)

RODRIGUES, Kadma Marques January 2006 (has links)
RODRIGUES, Kadma Marques. As cores do silêncio: habitus silencioso e apropriação de pintura em Fortaleza (1924-1958). 2006. 230f. Tese (Doutorado em Sociologia) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Ciências Sociais, Programa de Pós- Graduação em Sociologia, Fortaleza-CE, 2006. / Submitted by Liliane oliveira (morena.liliane@hotmail.com) on 2011-11-28T19:15:39Z No. of bitstreams: 1 2006_tese_KMRODRIGUES.pdf: 7327311 bytes, checksum: 503630524656f70f3276a1edbcd611dc (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Josineide Góis(josineide@ufc.br) on 2011-11-29T14:45:00Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2006_tese_KMRODRIGUES.pdf: 7327311 bytes, checksum: 503630524656f70f3276a1edbcd611dc (MD5) / Made available in DSpace on 2011-11-29T14:45:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2006_tese_KMRODRIGUES.pdf: 7327311 bytes, checksum: 503630524656f70f3276a1edbcd611dc (MD5) Previous issue date: 2006 / O presente trabalho tem como objetivo principal problematizar a formação do habitus silencioso do público cultivado diante de pinturas como índice de autonomização do campo artístico, no domínio da pintura, na Fortaleza da primeira metade do século XX (1924-1958). Para tanto, a disposição silenciosa de um público cultivado particular, o qual estrutura suas categorias de percepção estética mediante familiaridade com o escrito, passa a ser entendida como manifestação do “olhar puro” de um público “civilizado”, de gestos contidos, cuja individualidade é valorizada no âmbito de um processo mais amplo de modernização urbano-industrial e modernismo cultural. É por meio de uma metodologia tríplice de análise que considero como fatores condicionantes da formação do habitus silencioso do público de pintura na capital cearense: 1) a produção da crítica de arte veiculada pelo jornalismo cultural da década de 20; 2) mudanças estruturais na organização de lugares de exposição nas décadas de 20 e 30; e 3) transformações formais das obras expostas ao longo das décadas de 40 e 50 no salão mais tradicional de Fortaleza – o Salão de Abril, mantido nesse período pela Sociedade Cearence de Artes Plásticas (SCAP). Concluo, portanto que o silêncio desse público integra uma série de experiências que se desenvolvem ao longo de gerações a fim de delinear a dinâmica de autonomização do campo artístico, tal como o conhecemos hoje. / Le présent travail a comme objectif principal interroger la formation de l’habitus de rester en silence du public cultivé devant peintures prinsent en tant qu’indice d'autonomisation du champ artistique, dans le domaine de la peinture, à Fortaleza de la première moitié du XXème siècle (1924-1958). Dans ce contexte, la disposition silencieuse d'un public cultivé particulier, qui structure leurs catégories de perception esthétique moyennant sa familiarité avec l'écrit, passe à être compris comme manifestation du « regard pur » d'un public « civilisé », de gestes contenus, dont l'individualité est valorisée dans le contexte d'un processus plus large de modernisation urbanoindustrial et de modernisme culturelle. C'est au moyen d'une méthodologie triple d'analyse que je considère comme des facteurs qui conditionnent la formation de l’habitus de rester en silence du public de peinture dans la plus importante ville du Ceará : 1) la production de la critique d'art propagé par le journalisme culturel de la décennie de 20 ; 2) des changements structurels dans l'organisation de places d'exposition dans les décennies de 20 et 30 ; et 3) des transformations formelles des oeuvres exposées au long des décennies de 40 et 50, dans le salon le plus traditionnel de Fortaleza - le Salon d'avril, maintenu dans cette période par la Société Cearence d’Arts Plastiques (SCAP). Je conclus donc que le silence de ce public intègre une série d'expériences qui se développent au long de générations afin de délinéer la dynamique d'autonomisation du champ artistique, tel que nous le connaissons aujourd'hui.

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