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Os frutos da resistência: sindicalismo e luta dos assalariados da fruticultura irrigada no Submédio São Francisco.SILVA, Guilherme José Mota 29 November 2017 (has links)
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Previous issue date: 2016-08-08 / Capes / Este trabalho objetiva refletir sobre as ações políticas elaboradas pelos trabalhadores
assalariados rurais da fruticultura irrigada no Submédio Vale do São Francisco - SMSF.
Propomos a análise não apenas das dinâmicas e ações institucionalizadas no âmbito dos
Sindicatos de Trabalhadores Rurais, mas consideramos também os processos e as relações sociais que se forjam além dos espaços e do discurso institucional, atentando nesse sentido para estratégias políticas elaboradas diante das experiências cotidianas dos trabalhadores. Inicialmente partimos a nossa análise dos processos socio-históricos que viabilizaram e influenciam as dinâmicas produtivas da fruticultura irrigada, atentando para as especificidades das relações de trabalho atreladas a uma produção orientada para o mercado externo. Dessa forma, observamos que a dinâmica de trabalho está baseada em um modelo onde prevalece um elevado grau de especialização, controle, intensidade e é demarcada pela sazonalidade. Em seguida observamos como tais processos informam e abrem possibilidades para as estratégias políticas de que lançam os trabalhadores. Diante disso, as reflexões centrais desse trabalho baseiam-se nas práticas cotidianas de resistência explícitas ou ocultas, institucionalizadas ou não. Analisamos ações que vão desde estratégias como amarrar serviço,
burlar fiscalização até práticas mais institucionalizadas no espaço sindical, como a negociação coletiva de trabalho e greves. Consideramos ainda que essas ações se informam mutuamente, se articulam e abrem possibilidades para tanto para política sindical, como para o empoderamento e reconhecimento de direitos pelos trabalhadores. Adotamos uma metodologia de análise qualitativa, dando ênfase aos documentos acessados nos acervos dos sindicatos, bem como os arquivos de jornais impressos e virtuais locais. Além disso, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com trabalhadores, diretores, delegados e assessores sindicais, bem como pesquisa de campo. / This project has as its objective to reflect on political actions elaborated by the employees of the irrigated fruit-growing companies within the area of the Sao Francisco Valley. We
propose the analysis not only of the dynamics and of the formal actions which relate to the
Rural Workers Union, but we consider also the process and the social relations which build beyond its space and formal speech, paying close attention in a sense to political strategies elaborated based on the daily experiences of the employees. Initially, we based our analysis on social-historical projects which enabled and influenced the dynamic production of irrigated fruit-growing, attending to the specifics of work relations linked to a production purposeful to the international market. In this matter, we observed that the work dynamics are based upon a model that prevails an elevated degree of specialization, control, intensity, and is characterized by the seasonality. Further more, we observe how such procedures inform and present possibilities for the political strategies which are presented by the employees. Thereof, the main reflections of such thesis are based on the daily resistance manners being those explicit or concealed, institutionalized or not. We seek to analyse actions such as strategies to tie services, bob inspections, and even actions more institutionalized within the trade union; such as collective negotiation of labor manners and strikes. We also take into consideration that such actions mutually trade information, articulate, and present possibilities so much for the political union as for the empowerment and recognition of rights for the employees. We've adopted a methodology of qualitative analysis, giving emphasis to the documents accessed within the libraries of the unions, also within printed news paper articles and virtual spaces.
Besides these, we conducted semi-structured interviews with employees, directors, delegates, and union workers, as well as field work.
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Nas trilhas do crédito fundiário: a luta pela sobrevivência entre a terra e o assalariamento na agroindústria canavieira de PernambucoBARROS, Ilena Felipe 31 January 2014 (has links)
FACEPE / Submitted by Suethene Souza (suethene.souza@ufpe.br) on 2015-03-11T18:34:28Z
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Previous issue date: 2014 / Este trabalho estuda as determinações econômicas, políticas e ideológicas da expansão do capital no campo, que acaba reduzindo a possibilidade de uma reforma agrária demandada pelos trabalhadores rurais, e favorece a implantação de programas de Reforma Agrária de Mercado – especialmente o Programa Nacional de Crédito Fundiário - PNCF. O lócus da pesquisa foi os Assentamentos Santa Clara e Engenho Catarina localizados na área canavieira de Pernambuco que adquiriram a terra pelo PNCF e ao mesmo tempo, mantém-se no trabalho assalariado na agroindústria canavieira de Pernambuco. O suposto desse estudo é que a reforma agrária de mercado atende os interesses da expansão do capital financeiro na agricultura, portanto mantém a acumulação capitalista no campo e um contingente de trabalhadores rurais sem terra. Daí não ter enfrentado a pobreza rural, visto que os trabalhadores assentados continuam no assalariamento, subordinados à grande propriedade rural e ao agronegócio; além de submetidos a precárias condições materiais de vida. Na realidade, o que se evidenciou é que a reforma agrária de mercado faz parte de um conjunto de estratégias que favorece a expansão do capital na agricultura, não alterando a estrutura fundiária presente secularmente no desenvolvimento socioeconômico brasileiro. Embora o crédito para compra da terra e para assistência técnica aos pequenos agricultores gere melhorias nas condições de vida, elas não são suficientes para superação da pobreza, pois suas causas são inerentes ao modo de produção capitalista. A estratégia de Reforma Agrária de Mercado se traduz numa associação entre mercado de terra e manutenção do latifúndio, gerando pobreza e concentração fundiária. No caso em análise, as famílias continuam vivendo do corte da cana-de-açúcar, sucumbidas num conjunto de desigualdades sociais, econômicas, políticas e culturais.
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