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Estado e luta de classes na Bolívia: uma análise comparativa entre a assembléia popular de 1971 e a constituinte de 2006-2009.CARVALHO, Soraia de 27 November 2017 (has links)
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Previous issue date: 2016-05-13 / Capes / Movimiento Indígena - Campesino Esta tese tem como objeto de estudo duas distintas saídas para crises de hegemonia no processo político boliviano: a Assembleia Popular de 1971 e a Assembleia Constituinte, instalada em 2006, que resultou no novo texto constitucional promulgado em 2009, sob o governo de Evo Morales. A perspectiva metodológica adotada foi a do materialismo histórico e dialético. Analisa, quanto à independência de classe: qual a relação com as classes e frações dominantes e o Estado; como se manifestaram as ilusões democráticas; suas propostas em relação ao funcionamento do sistema judiciário. Identifica em cada experiência a forma como se deu a aliança entre as classes, frações de classe e nacionalidades oprimidas. Debate a abordagem do controle da produção, da questão agrária e das nacionalidades indígenas, assim como a política militar de cada uma delas. A partir destes pontos de análise,
identifica que são experiências que adotaram rumos opostos. A primeira
impulsionou a luta de classes enquanto a segunda a conteve nos marcos da
democracia burguesa. A Assembleia Popular era parte da estratégia revolucionária
do proletariado boliviano, que constituiu um organismo embrionário de duplo poder
que se manteve independente perante as classes dominante e seu Estado. A
vigência do pacto militar-camponês impôs dificuldades em incorporar esta classe à
Assembleia. O golpe militar de 21 de agosto de 1971 interrompeu o
desenvolvimento desta experiência. A Assembleia Constituinte instaurada em 2006
organizou-se em torno de uma estratégia democratizante, como uma saída burguesa
para a crise de legitimidade das instituições estatais, profundamente abaladas pelos
efeitos da aplicação das políticas neoliberais que levaram o país a uma situação prérevolucionária, com os levantes batizados como Guerra da Água, em 2000 e Guerra
do Gás, em 2003. A negociação com modificação do texto aprovado pelos
constituintes expressou que os delegados constituintes não tiveram controle sobre o
resultado do processo e os conflitos entre o Governo Morales, as comunidades
indígenas e outros segmentos, sob a vigência da nova Carta demonstram os limites
da via jurídico-parlamentar para que os explorados conquistem suas reivindicações. / Esta tesis tiene como objeto de estudio dos distintas salidas para crisis de
hegemonía en el proceso político boliviano: la Asamblea Popular de 1971 y la
Asamblea Constituyente, instalada en 2006, que resultó en el nuevo texto
constitucional promulgado en 2009, bajo el gobierno de Evo Morales. La
perspectiva metodológica adoptada fue la del materialismo histórico e dialético
Analiza, cuanto a la independencia de clase: cual la relación con las clases y
fracciones dominantes y el Estado; como las ilusiones democráticas se
manifestaron; sus propuestas en relación al funcionamiento del sistema judicial.
Identifica en cada experiencia la forma cómo se dio la alianza entre las clases,
fracciones de clases y nacionalidades oprimidas. Debate el abordaje de temas como
el control de la producción; la cuestión agraria y de las nacionalidades indígenas,
así como la política militar de cada una de ellas. A partir de estos puntos de análisis,
identifica que son experiencias que adoptaron rumbos opuestos. La primera
impulsó la lucha de clases mientras que la segunda la contuvo en el marco de la
democracia burguesa. La Asamblea Popular era parte de la estrategia revolucionaria
del proletariado boliviano, se constituyó como un órgano embrionario de poder dual
que se ha mantenido independiente ante las clases dominantes y su Estado. La
vigencia del pacto militar-campesino ha impuesto dificultades en la incorporación
de esta clase a la Asamblea. El golpe militar del 21 de agosto de 1971 interrumpió
el desarrollo de esta experiencia. La Asamblea Constituyente inaugurada en 2006 se
organizó en torno a una estrategia democratizante, como una salida burguesa a la
crisis de legitimidad de las instituciones estatales, profundamente abaladas por la
aplicación de las políticas neoliberales que llevaran al país a una situación prerevolucionaria,
con los levantamientos bautizados como la Guerra del Agua en el
año 2000 y la Guerra del Gas en 2003. Las negociaciones que acabaron
modificando el texto aprobado por los constituyentes expone que los mencionados
delegados no tuvieron control sobre el resultado del proceso político y que los
conflictos entre el gobierno Morales, las comunidades indígenas y otros segmentos,
bajo la vigencia de la nueva Carta demuestran los límites de los medios legales y
parlamentarios para que los explotados conquisten sus reivindicaciones.
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