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Variações da temperatura do atlântico equatorial oeste ao longo dos últimos 40.000 anosSantos, Thiago Pereira dos 27 September 2017 (has links)
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Dissertac...pdf: 4004750 bytes, checksum: c28f16763d698bcdf286109327f4a3a0 (MD5) / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Universidade Federal Fluminense. Instituto de Química. Programa de Pós-Graduação em Geoquímica, Niterói, RJ / A porção equatorial Oeste do Atlântico Sul é uma região-chave para o estudo das variabilidades climáticas, já que esta área é a principal saída de calor e sal para as altas latitudes do hemisfério norte através da Corrente Norte do Brasil. Esta transferência inter-hemisférica é um dos fatores cruciais para o funcionamento da circulação termohalina no oceano Atlântico, conhecida como Atlantic Meridional Overturning Circulation (AMOC). Baseado nisto, o objetivo deste trabalho é apresentar uma reconstrução da temperatura da superfície do mar (TSM) ao longo dos últimos 40.000 anos, em um intervalo que engloba o Ultimo Máximo Glacial (UMG) e o Holoceno. Para isto, foram empregados três testemunho sedimentares recuperados na margem Nordeste do Brasil. Dois destes testemunhos (MC 17/2 e MC 11/1) tiveram sua cronologia combinada, para juntos formarem um registro único do Holoceno. O terceiro testemunho (MC 10/3) enfoca o UMG e a fase de degelo até o início do Holoceno. Como proxies para a reconstrução paleoceanográfica da TSM foram empregados o isótopo estável de oxigênio (δ18Oc) do foraminífero planctônico Globigerinoides ruber (branco 250 – 300 μm), a Técnica do Análogo Moderno (TAM) e a análise faunística da assembleia de foraminíferos planctônicos na fração 150 μm. Os resultados para o UMG mostram a existência de dois cenários distintos que se separam em 21 k anos AP. Antes desta data condições mais frias na ordem de 2 ºC existiram na região, como ficou evidenciado pelos valores mais positivos do δ18Oc, pelas menores TSM reconstruídas pela TAM e pela maior abundância de foraminíferos planctônicos relacionados a produtividade e profundidade, como Globigerina glutinata, Neogloboquadrina dutertrei, Globorotalia truncatulinoides (dextral e sinistral) e Globorotalia inflata. Após 21 k anos AP uma forte transição ocorre no δ18Oc e na abundância absoluta de foraminíferos planctônicos, indicando a entrada de condições mais quentes na região, principalmente durante o evento Heinrich 1 (H1) e o Younger Dryas (YD). Este intervalo, que inclui a fase de degelo e parte do Holoceno é marcado pela redução das espécies relacionada a produtividade e profundidade e pelo aumento das espécies de águas quentes e superficiais. O retorno da espécie Globorotalia menardii em 21 k anos AP pode indicar a reativação do transporte de águas quentes do Oceano Índico para o Atlântico Sul realizado pela Corrente das Agulhas durante a fase de degelo. Os dados apresentados aqui demonstram que o Atlântico equatorial Oeste responde a entrada de água doce no Atlântico Norte e ao transporte de águas quentes via Corrente das Agulhas, e que o balanço destes dois fatores foi crucial para o retorno da AMOC no fim do UMG. Os resultados para o Holoceno mostraram que a região vem sofrendo um aumento progressivo da TSM da ordem de 1 ºC principalmente após o Holoceno médio, onde alterações nos padrões orbitais podem ter modificado a distribuição da energia solar no planeta. Análises espectrais sobre os dados mostram uma série de periodicidade quase cíclicas centradas em 4.1 – 3.8 kyr, 1.5 – 1.0 kyr, ~ 700 yr, 570 – 560 yr, ~ 390 yr, ~350 yr e ~ 330 yr e podem refletir a ação de forçantes climáticas externa (variabilidade solar) e internas (sistema oceano-atmosfera) transmitidas pela circulação termohalina globalmente. / The western equatorial Atlantic is a key region for the study of climate variability, as this area is the main source of heat and salt toward high latitudes of northern Atlantic through the North Brazil Current. This interhemispheric transfer is one of the crucial factors for the thermohaline circulation in the Atlantic Ocean, known as Atlantic Meridional Overturning Circulation (AMOC). Based on this, the aim of this work is to show a reconstruction of sea surface temperature (SST) over the last 40,000 years, into a range that comprises the Last Glacial Maximum (LGM) and Holocene. For this, we used three sedimentary records recovered in Northeast Brazilian margin. Two of these records (MC 17/2 e MC 11/1) were combined to generate a single record of Holocene. The last record comprises the LGM until the early Holocene. As proxies for the reconstruction of SST were employed the oxygen stable isotope (δ18Oc) of planktonic foraminifera Globigerinoides ruber (white 250 – 300 μm), the Modern Analogue Technique (MAT) and the assemblage of planktonic foraminifera in the size-fraction of 150 μm. The results for the LGM showed the existence of two different scenarios that were separated at 21 kyr BP. The heavier oxygen values recorded prior to 21 kyr BP demonstrated that the Last Glacial Maximum was up to 2ºC colder than Holocene. After 21 kyr BP, a strong shift to lighter values indicated the onset of warmer conditions during deglacial, especially during Heinrich event 1 and the Younger Dryas. The planktonic foraminifera assemblage as species related to productive or deep waters confirmed the conditions indicated by the oxygen composition; i.e., Globigerinita glutinata, Neogloboquadrina dutertrei, Globorotalia truncatulinoides (left and right coiling) and Globorotalia inflata were more abundant prior to 21 kyr BP. With the increase in the sea surface temperature after 21 kyr BP, the abundance of these species was reduced, particularly for G. glutinata and G. inflata, and the abundance of species found in warmer waters increased, especially for Globigerinella siphonifera. The species Globorotalia menardii, which was absent in the Last Glacial Maximum, reappeared after 21 kyr BP, which may have been a response to the Agulhas Leakage that released warmer waters into the South Atlantic at the beginning of deglacial. The data presented here indicate that the western equatorial Atlantic responded to the meltwater pulse at high latitudes of the northern Atlantic and to warm waters from the Indian Ocean. The balance between these two factors was crucial to the development of the Atlantic Meridional Overturning Circulation at the end of the LGM. The results of Holocene showed that the region has suffered a gradual increase in SST of around 1 ºC, mainly after the mid-Holocene, where changes orbital patterns may have changed the distribution of solar energy on the planet. Spectral analyzes on the data demonstrated a series of periodicities centered at 4.1 – 3.8 kyr, 1.5 – 1.0 kyr, ~ 700 yr, 570 – 560 yr, ~ 390 yr, ~350 yr e ~ 330 yr and can be related of climate forcing transmitted globally by the thermohaline circulation.
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Interação de indicadores geoquímicos e foraminíferos bentônicos na avaliação ambiental do Recife de Fora, Porto Seguro, BahiaAraújo, Silvia Lisboa de 24 March 2017 (has links)
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Dissertação - Silvia Lisboa.pdf: 3038622 bytes, checksum: d6fd17f5be7eb5edaafbd1fba3718a41 (MD5) / Universidade Federal Fluminense. Instituto de Química. Programa de Pós-Graduação em Geociências- Geoquímica Ambiental. Niterói, RJ / Com os danos que vêm sendo causados nos ecossistemas recifais brasileiros
e considerando suas altas taxas de endemismo, a conservação da biodiversidade
dos mesmos é indispensável e a utilização de indicadores ambientais é importante
para o estudo dos fenômenos que afetam os ecossistemas marinhos. É nesse
contexto que a assembleia de foraminíferos bentônicos tem sido amplamente
utilizada como indicadores da qualidade ambiental de ecossistemas de recifes de
coral, uma vez que estes organismos estão entre os principais produtores do
sedimento recifal. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a interação entre
os indicadores geoquímicos e a fauna de foraminíferos bentônicos na caracterização
ambiental do Recife de Fora, que corresponde a uma área de proteção marinha,
porém com intensa visitação turística e exploração de seus recursos. As estações de
amostragem foram escolhidas aleatoriamente e totalizaram 59 amostras de
sedimento superficial, destinadas às análises de tamanho dos grãos, matéria
orgânica, carbonato de cálcio e foraminíferos. A face leste apresentou os maiores
teores de areia e de carbonato de cálcio dentre as demais estações, já a face oeste
do Recife de Fora apresentou o sedimento composto predominantemente por lama e
com maiores concentrações de matéria orgânica. Nesta mesma área foram obtidos
os maiores índices de diversidade (Shanon-Wiener) e a maior abundância dos
foraminíferos oportunistas Bolivina, Ammonia e Nonion. Sendo assim, a relação
entre o tipo de sedimento e a diversidade e a composição da assembleia de
foraminíferos observada permite concluir que a fauna analisada exibe padrões de
distribuição relacionados principalmente aos parâmetros sedimentológicos,
associados à presença de corpos recifais / With the damages that have been caused in the brazilian reefs ecosystems
and considering their high endemism, the conservation of biodiversity therefore is
indispensable and the use of bioindicators are important for understanding the
phenomena that affects marine ecosystems. In this context, the foraminiferal
assemblages have been widespread used as environmental quality indicators of
coral reefs, since these organisms are among the main producers of reef sediments.
The aim of this work was to evaluate the interaction between geochemical
parameters and benthic foraminifera assemblages to assess the environmental
quality of Recife de Fora, which corresponds to a marine protected area subject to
tourism and exploitation of its resources. For this purpose, 59 random stations were
chosen for surface sediment sampling and analyses of particle size, organic matter
content, calcium carbonate and foraminifera. The seaward side of the reef had the
highest proportions of sand and calcium carbonate among all stations and the
landward exhibited the sediments, mainly composed of mud and higher
concentrations of organic matter. In the latter area the highest diversity indexes
(Shanon-Wiener) were found with a greater abundance of the stress-tolerant
foraminifera Bolivina, Ammonia and Nonion. As such, a close relationship among the
sediment type with the diversity and the composition of foraminifera assemblage
indicating that the distribution pattern of the analysed fauna is directly related to
sedimentary parameters associated with the presence of coral reefs and
hydrodynamic conditions operating in the area
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