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Influxos do céu na existência dos homens. Os escritos astrológicos na Península Ibérica (séculos XIII, XIV e XV)

Almeida, Simone Ferreira Gomes de [UNESP] 19 June 2015 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2016-02-05T18:29:59Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2015-06-19. Added 1 bitstream(s) on 2016-02-05T18:34:05Z : No. of bitstreams: 1 000857721.pdf: 2205266 bytes, checksum: 2b2510075682dafe7511163ffdfe9d8b (MD5) / O saber sobre os astros retomado na Península Ibérica pelos judeus e árabes nos séculos XI e XII foi registrado em diversos escritos em língua vulgar a partir do século XIII. A propagação desse saber, comumente chamado astrologia, esteve quase sempre vinculada ao conhecimento do porvir, fosse pelo ensinamento das configurações astrais que propiciavam boas ou más influências, fosse pelo alerta da Igreja quanto à inadequação por se crer no determinismo astral. Assim, a partir das obras que trataram da astrologia, escritas entre os séculos XIII e XV, o objetivo deste trabalho é lançar luz sobre as formas de desvendamento dos segredos dos céus, através do estudo das premissas e do estatuto desse saber sobre as estrelas, bem como por meio da indagação sobre os homens que a ele se dedicaram. Os escritos empenhados em diferenciar o saber astrológico (arte liberal) de uma prática supersticiosa (augúrios que contavam com os efeitos das influências celestes) serão instrumentos para discorrermos sobre a constituição da astrologia no período, com destaque para o seu uso na adivinhação do futuro, melhor, com destaque para o lugar das previsões astrológicas na sociedade ibérica. Corte, Universidade e Igreja foram os espaços que propiciaram as indagações sobre o que havia de vir, deixando entrever angústias e preocupações que diziam tanto sobre o que se temia ou esperava do futuro quanto sobre o presente daqueles que viveram nos séculos XIII, XIV e XV. Nesta altura, as maneiras de governar e de estabelecer relações com outros homens, com a natureza, com o corpo e com a alma foram recorrentemente atribuídas à sorte das estrelas e, por isso, não foram poucas as vezes em que não se prescindiu das palavras de um astrólogo. À espera da eternidade, os cristãos viram na astrologia um caminho para adiantar questões mais palpáveis, ou seja, por intermédio daqueles que traçavam o mapa das estrelas, visavam alcançar... / The knowledge about the stars recouped in the Iberian Peninsula from the Jews and Arabs in the eleventh and twelfth centuries was recorded in various vernacular writings from the thirteenth century. The spread of this knowledge, ordinarily called astrology, was usually linked to the knowledge of the future, both by the teaching of the astral configurations that provided good or bad influences, and the constant warning of the Church regarding the inadequacy of those who believed in astral determinism. Thus, from the accounts that talked about and described astrology, written between the thirteenth and fifteenth centuries, the objective of this study is to shed light on the ways to uncover the secrets of heaven, through the study of assumptions and the status of this knowledge about the stars, and through the inquire of the men who have dedicated themselves to it. The writings committed to differentiate the astrological knowledge (liberal arts) from a superstitious practice (auguries that relied on the effects of celestial influences) will be our tools to talk about the constitution of astrology in the period, highlighting its use in divination of the future, or, in other words, highlighting the place of astrological predictions on the Iberian society. The Court, the University and the Church were spaces that provided questions about what was to come, leaving glimpse the anxieties and concerns that said so much about what was feared or expected both about the future and the present of those who lived in the XIIIth, XIVth and XVth centuries . At this point, the ways to govern and to establish relationships with other men, with nature, with the body and the soul have been repeatedly attributed to the stars and, therefore, the astrologers were constantly consulted. Waiting for eternity, Christians saw in astrology a way to forward the most immediate issues of their lives, which means that they sought to achieve some fortune through those who... / El saber sobre los astros reanudado en la Península Ibérica por los judios y árabes en los siglos XI y XII fue registrado en diversos escritos en la lengua vernácula a partir del siglo XIII. La propagación de este saber, comúnmente llamado astrología estaba casi siempre vincudo al conocimiento del porvenir, fuese mediante la enseñanza de las configuraciones astrales que proporcionaron buenas o malas influencias, fuesse por la alerta de la Iglesia acerca de la inadecuación por creer en el determinismo astral. Así, a partir de las obras que trataron de la astrología, escritas entre los siglos XIII y XV, el objetivo de este estudio es arrojar luz sobre las formas de descubrir los secretos del cielo, a través del estudio de las premisas y del estatuto de este saber acerca de las estrellas, así como por medio de la investigación sobre los hombres que se han dedicado a el. Los escritos comprometidos para diferenciar el conocimiento astrológico (arte liberale) de una práctica supersticiosa (presagios que se basaban en los efectos de las influencias celestes) serán instrumentos para discorrermos sobre la constitución de la astrología en el período, con realce para su uso en la adivinación del futuro, mejor, con realce para el lugar de las predicciones astrológicas en la sociedad ibérica. Corte, Universidad y Iglesia fueron los espacios que proporcionan las preguntas acerca de lo que estaba por venir, dejando entrever angustias y preocupaciones que decían tanto sobre lo que se temia o se esperaba del futuro cuanto sobre el presente de los que vivieron en los siglos XIII, XIV y XV. En este punto, las maneras de gobernar y establecer relaciones con otros hombres, con la naturaleza, con el cuerpo y el alma se han atribuido en varias ocasiones a la suerte de las estrellas, y por eso, no han sido pocas las veces en que no se renunciaba a las palabras de un astrólogo. A la espera de la eternidad, los cristianos vieron en la...
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Influxos do céu na existência dos homens. Os escritos astrológicos na Península Ibérica (séculos XIII, XIV e XV) /

Almeida, Simone Ferreira Gomes de. January 2015 (has links)
Orientador: Susani Silveira Lemos França / Banca: Ricardo Alexandre Ferreira / Banca: Dulce Oliveira Amarante dos Santos / Banca: Igor Salomão Teixeira / Banca: Sérgio Alberto Feldman / Resumo: O saber sobre os astros retomado na Península Ibérica pelos judeus e árabes nos séculos XI e XII foi registrado em diversos escritos em língua vulgar a partir do século XIII. A propagação desse saber, comumente chamado astrologia, esteve quase sempre vinculada ao conhecimento do porvir, fosse pelo ensinamento das configurações astrais que propiciavam boas ou más influências, fosse pelo alerta da Igreja quanto à inadequação por se crer no determinismo astral. Assim, a partir das obras que trataram da astrologia, escritas entre os séculos XIII e XV, o objetivo deste trabalho é lançar luz sobre as formas de desvendamento dos segredos dos céus, através do estudo das premissas e do estatuto desse saber sobre as estrelas, bem como por meio da indagação sobre os homens que a ele se dedicaram. Os escritos empenhados em diferenciar o saber astrológico (arte liberal) de uma prática supersticiosa (augúrios que contavam com os efeitos das influências celestes) serão instrumentos para discorrermos sobre a constituição da astrologia no período, com destaque para o seu uso na adivinhação do futuro, melhor, com destaque para o lugar das previsões astrológicas na sociedade ibérica. Corte, Universidade e Igreja foram os espaços que propiciaram as indagações sobre o que havia de vir, deixando entrever angústias e preocupações que diziam tanto sobre o que se temia ou esperava do futuro quanto sobre o presente daqueles que viveram nos séculos XIII, XIV e XV. Nesta altura, as maneiras de governar e de estabelecer relações com outros homens, com a natureza, com o corpo e com a alma foram recorrentemente atribuídas à sorte das estrelas e, por isso, não foram poucas as vezes em que não se prescindiu das palavras de um astrólogo. À espera da eternidade, os cristãos viram na astrologia um caminho para adiantar questões mais palpáveis, ou seja, por intermédio daqueles que traçavam o mapa das estrelas, visavam alcançar... / Abstract: The knowledge about the stars recouped in the Iberian Peninsula from the Jews and Arabs in the eleventh and twelfth centuries was recorded in various vernacular writings from the thirteenth century. The spread of this knowledge, ordinarily called astrology, was usually linked to the knowledge of the future, both by the teaching of the astral configurations that provided good or bad influences, and the constant warning of the Church regarding the inadequacy of those who believed in astral determinism. Thus, from the accounts that talked about and described astrology, written between the thirteenth and fifteenth centuries, the objective of this study is to shed light on the ways to uncover the secrets of heaven, through the study of assumptions and the status of this knowledge about the stars, and through the inquire of the men who have dedicated themselves to it. The writings committed to differentiate the astrological knowledge (liberal arts) from a superstitious practice (auguries that relied on the effects of celestial influences) will be our tools to talk about the constitution of astrology in the period, highlighting its use in divination of the future, or, in other words, highlighting the place of astrological predictions on the Iberian society. The Court, the University and the Church were spaces that provided questions about what was to come, leaving glimpse the anxieties and concerns that said so much about what was feared or expected both about the future and the present of those who lived in the XIIIth, XIVth and XVth centuries . At this point, the ways to govern and to establish relationships with other men, with nature, with the body and the soul have been repeatedly attributed to the stars and, therefore, the astrologers were constantly consulted. Waiting for eternity, Christians saw in astrology a way to forward the most immediate issues of their lives, which means that they sought to achieve some fortune through those who... / Resumen: El saber sobre los astros reanudado en la Península Ibérica por los judios y árabes en los siglos XI y XII fue registrado en diversos escritos en la lengua vernácula a partir del siglo XIII. La propagación de este saber, comúnmente llamado astrología estaba casi siempre vincudo al conocimiento del porvenir, fuese mediante la enseñanza de las configuraciones astrales que proporcionaron buenas o malas influencias, fuesse por la alerta de la Iglesia acerca de la inadecuación por creer en el determinismo astral. Así, a partir de las obras que trataron de la astrología, escritas entre los siglos XIII y XV, el objetivo de este estudio es arrojar luz sobre las formas de descubrir los secretos del cielo, a través del estudio de las premisas y del estatuto de este saber acerca de las estrellas, así como por medio de la investigación sobre los hombres que se han dedicado a el. Los escritos comprometidos para diferenciar el conocimiento astrológico (arte liberale) de una práctica supersticiosa (presagios que se basaban en los efectos de las influencias celestes) serán instrumentos para discorrermos sobre la constitución de la astrología en el período, con realce para su uso en la adivinación del futuro, mejor, con realce para el lugar de las predicciones astrológicas en la sociedad ibérica. Corte, Universidad y Iglesia fueron los espacios que proporcionan las preguntas acerca de lo que estaba por venir, dejando entrever angustias y preocupaciones que decían tanto sobre lo que se temia o se esperaba del futuro cuanto sobre el presente de los que vivieron en los siglos XIII, XIV y XV. En este punto, las maneras de gobernar y establecer relaciones con otros hombres, con la naturaleza, con el cuerpo y el alma se han atribuido en varias ocasiones a la suerte de las estrellas, y por eso, no han sido pocas las veces en que no se renunciaba a las palabras de un astrólogo. A la espera de la eternidad, los cristianos vieron en la... / Doutor

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