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Ação do laser de baixa intensidade e da eletroestimulação na regeneração nervosa periférica. / Ação do laser de baixa intensidade e da eletroestimulação na regeneração nervosa periférica.

Benato, Davilene Gigo 31 March 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T20:19:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DissDGB.pdf: 7438242 bytes, checksum: 4462f09a052817f1acb3841cd09ee5f7 (MD5) Previous issue date: 2006-03-31 / Universidade Federal de Minas Gerais / Os nervos periféricos são freqüentemente alvo de lesões traumáticas e a recuperação funcional é relativa e raramente completa. Dentre vários recursos que visam acelerar e melhorar o processo de regeneração do nervo periférico foi escolhido neste trabalho a radiação a laser de baixa intensidade e a eletroestimulação. Tais recursos terapêuticos possuem relação com o objetivo proposto, que foi o de verificar a eficácia desses agentes físicos na regeneração nervosa periférica após a lesão do tipo axoniotmese. A eficácia da laserterapia de baixa intensidade na regeneração nervosa periférica foi comprovada na nossa revisão bibliográfica e mostrou que mais de 80 % dos estudos experimentais conduzidos sobre o uso da laserterapia na promoção da regeneração nervosa periférica leva a uma positiva recuperação nervosa, após axoniotmese e após cirurgia reparadora. Seguindo as indicações que a laserterapia acelera o processo de regeneração do nervo o primeiro estudo experimental teve como objetivo verificar a eficácia do laser no período inicial de recuperação do nervo ciático após lesão por esmagamento. Os ratos foram irradiados transcutaneamente com laser de GaAlAs (830nm), contínuo, com potência de 60 mW e fluência de 40 J.cm2, com tempo de irradiação de 19 segundos, por cinco dias consecutivos, um grupo a partir do primeiro dia do pós-operatório, e o segundo grupo a partir da segunda semana do pós-operatório e sacrificados no 14º dia após lesão. Nesse experimento foram analisados a função motora por meio do índice funcional do ciático, a morfologia do nervo ciático e do músculo tibial anterior e morfometria das fibras musculares. Nenhuma dessas análises detectaram diferenças estatisticamente significativas entre os grupos tratados e o controle simulado (p>0,05) sugerindo que a laserterapia não foi eficaz na fase inicial da recuperação da lesão nervosa. Entretanto, é possível que a ausência dos efeitos positivos da laserterapia na regeneração nervosa seja devido tanto à inadequação da escolha do laser e do protocolo de irradiação, quanto do modelo de lesão empregado. O segundo trabalho experimental foi realizado para investigar os efeitos precoces da estimulação elétrica na recuperação neuromuscular. A aplicação da eletroestimulação foi baseada pelo eletrodiagnóstico do músculo tibial anterior após a lesão de esmagamento do nervo ciático do rato. Um total de cinco sessões de eletroestimulação foram administradas em dias alternados, iniciado no terceiro dia após a lesão até o final do experimento (14 dias). Nesse experimento foram analisados a função motora por meio do índice funcional do ciático, a morfologia do nervo ciático e do músculo tibial anterior, massa muscular do m. tibial anterior e morfometria das fibras musculares. Em todas as análises os grupos controle e tratado não tiveram diferenças estatísticas entre si, com exceção da análise funcional, cujos resultados demonstraram que a função nos ratos eletroestimulados no 14º dia após lesão foram significativamente menores quando comparados aos animais não tratados. Os resultados sugerem que, diferente da estimulação elétrica direta do nervo, a eletroestimulação muscular nas fases precoces após o trauma devem ser usadas com cuidado, uma vez que poderá inibir a recuperação neuromuscular funcional. Concluindo, os resultados dos dois estudos experimentais sugerem que a efetividade da utilização dos agentes físicos como o laser tanto quanto a eletroestimulação na regeneração nervosa periférica, ainda continua aberta e, se não for apropriadamente definida a parametrização dos equipamentos, protocolos, tempos de aplicação, início do tratamento, eles poderão não só serem ineficazes, mas também, poderão inibir o processo de recuperação da função neuromuscular.

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