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EFEITO DO DECOCTO DE Bauhinia forficata SOBRE PARÂMETROS COMPORTAMENTAIS E METABÓLICOS EM RATOS TRATADOS COM HALOPERIDOL / EFFECT OF Bauhinia forficata DECOCTION ON BEHAVIORAL AND METABOLIC PARAMETERS IN RATS TREATED WITH HALOPERIDOL

Peroza, Luis Ricardo 27 September 2012 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Schizophrenia is a psychiatric disorder that affects 1% of world population and its pharmacologic treatment consists in the use of antipsychotics. It is known that chronic treatment with classical antipsychotics, such as haloperidol, can cause motors disturbers, among which stands out the tardive dyskinesia (TD). The TD pathophysiology has been associated with oxidative stress increase in areas of the brain related to the movements control. So, studies have proposed the use of natural compounds with antioxidants properties to decrease the production of reactive species on TD or on animals models of orofacial dyskinesia (OD). Bauhinia forficata (B. forficata), a plant used on folk medicine such as hypoglycemic, and presents antioxidant properties, could be used to reduce the oxidative stress present on OD. Thus, the first aim of this study was evaluate the effect of B. forficata on in vitro lipid peroxidation induced by pro-oxidants and also, the possible protector effect on OD, through of the quantifications of vacuous chewing movements (VCM), and on locomotor and exploratory activities decrease induced by haloperidol in rats (manuscript 1). B. forficata prevented the lipid peroxidation by pro-oxidant agents nitroprusside sodium, Fe2+/EDTA and Fe2+. Furthermore, adult male rats received haloperidol (38 mg/kg) each 28 days for 16 weeks and B. forficata decoction (2.5 g/L) on the place of drinking water or water to drink everyday for 16 weeks. The haloperidol treatment increased the VCM and reduced the locomotor and exploratory activities relative to control group on open field test. B. forficata co-treatment was not able to prevent the motor alterations induced by haloperidol, as well as only partially prevented VCM in rats. On the other hand, B. forficata caused an increase on locomotor activity. These results showed that B. forficata has antioxidant potential, but this effect is associated partially to protection against VCM induced by haloperidol in rats (manuscript 1). Some studies have showed that chronic treatment with classic antipsychotics can cause metabolic side effects. B. forficata which is known on folk medicine by glycemia decrease, could prevent the metabolic side effects caused by use of antipsychotics. So, the other propound of this study was to investigate the weight gain, glycemic levels and other metabolic parameters in rats chronically treated with haloperidol and the possible effect of B. forficata on these metabolic side effects (manuscript 2). After 16 weeks of treatment, the animals treated with haloperidol showed high glycemic prevalence and high glucose levels. B. forficata co-treatment elevated glucose and triglycerides levels. No difference was observed on cholesterol, urea, creatinine, alanine aminotransferase (AST), aspartate aminotransferase (ALT) and lactate dehydrogenase (LDH). Haloperidol treatment caused weight gain and promoted a significant decrease on brain/body weight rate. In conclusion, B. forficata co-treatment and haloperidol can increase the number of hyperglycemic animals. Thus, is necessary to emphasize the importance of more toxicology studies on chronic treatment with B. forficata to avoid health implications of population. / A esquizofrenia é uma desordem psiquiátrica que atinge cerca de 1% da população mundial e seu tratamento farmacológico consiste na utilização de antipsicóticos. Sabe-se que o tratamento crônico com antipsicóticos clássicos, como o haloperidol, pode causar distúrbios motores, dentre os quais se destaca a discinesia tardia (DT). A fisiopatologia da DT tem sido associada ao aumento do estresse oxidativo em áreas do cérebro relacionadas ao controle dos movimentos. Desta forma, estudos têm proposto o uso de compostos naturais com propriedades antioxidantes para diminuir a produção de espécies reativas na DT ou em modelos animais de discinesia orofacial (DO). A Bauhinia forficata (B. forficata), uma planta utilizada na medicina popular como hipoglicemiante, e que apresenta propriedades antioxidantes, poderia ser utilizada para reduzir o estresse oxidativo presente na DO. Logo, o primeiro objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da B. forficata na peroxidação lipídica in vitro induzida por diferentes pró-oxidantes, e também o possível efeito protetor da B. forficata na DO, através da quantificação dos movimentos de mascar no vazio (MMV), e na diminuição da atividade locomotora e exploratória induzidos por haloperidol em ratos (manuscrito 1). A B. forficata preveniu a formação de peroxidação lipídica induzida pelos agentes pró-oxidantes nitroprussiato de sódio, Fe2+/EDTA e Fe2+. Além disso, ratos adultos machos receberam haloperidol (38 mg/kg) a cada 28 dias por 16 semanas, e o decocto de B. forficata (2,5 g/L) no lugar da água de beber ou água para beber todos os dias por 16 semanas. O tratamento com o haloperidol aumentou o número de MMV, e reduziu as atividades locomotora e exploratória dos animais em relação ao grupo controle no teste do campo aberto. O co-tratamento com B. forficata não foi capaz de prevenir as alterações motoras induzidas por haloperidol, bem como preveniu apenas parcialmente os MMV em ratos. Por outro lado, a B. forficata sozinha causou um aumento na atividade locomotora. Os resultados desse estudo mostraram que a B. forficata tem potencial antioxidante, mas esse efeito está associado apenas parcialmente à proteção contra os MMV induzidos pelo haloperidol em ratos (manuscrito 1). Alguns estudos têm mostrado que o tratamento crônico com antipsicóticos clássicos pode causar efeitos colaterais metabólicos. A B. forficata, conhecida na medicina popular por diminuir a glicemia, poderia prevenir os efeitos colaterais metabólicos causados pelo uso de antipsicóticos. Assim, outra proposta deste estudo foi investigar o ganho de peso, os níveis glicêmicos e outros parâmetros metabólicos em ratos tratados cronicamente com haloperidol e o possível efeito da B. forficata nesses efeitos colaterais metabólicos (manuscrito 2). Após 16 semanas de tratamento, os animais tratados com haloperidol apresentaram alta prevalência glicêmica e altos níveis séricos de glicose. O co-tratamento com B. forficata elevou os níveis de glicose e de triglicerídeos. Nenhuma diferença foi observada nos níveis de colesterol, uréia, creatinina, alanina aminotransferase, aspartato aminotransferase (AST) e lactato desidrogenase (LDH). O tratamento com haloperidol causou aumento no ganho de peso corporal e promoveu significante diminuição na taxa peso do cérebro/corpo. Em conclusão, o co-tratamento com B. forficata e haloperidol pode aumentar o número de animais hiperglicêmicos. Assim, é necessário enfatizar a importância de mais estudos toxicológicos sobre o tratamento crônico com B. forficata para evitar implicações na saúde da população.

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