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Modelo de velocidade sísmica de ondas P da crosta e manto superior ao longo do perfil PABBRISE, estado de São Paulo / P-wave seismic velocity model of the crust and upper mantle along the PABBRISE profile, São Paulo stateBernardes, Renato Borges 17 December 2015 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Pós-Graduação em Geologia, 2015. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-05-03T13:26:59Z
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2015_RenatoBorgesBernardes_Parcial.pdf: 6099591 bytes, checksum: e23ad3bc65bb97dd620a60ae3fb5afd0 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-05-18T12:34:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2015_RenatoBorgesBernardes_Parcial.pdf: 6099591 bytes, checksum: e23ad3bc65bb97dd620a60ae3fb5afd0 (MD5) / O perfil PABBRISE consiste em experimento sísmico de refração/reflexão de ângulo amplo realizado no Estado de São Paulo. O perfil possui aproximadamente 700 km de extensão e atravessa a porção nordeste da Bacia do Paraná, passando por parte da Faixa Brasília meridional (Nappe Socorro), até a margem continental adjacente (Faixa Ribeira central). A modelagem do tempo de trânsito das ondas P resultou em modelo sísmico em que a descontinuidade de Mohorovičić é estruturada e heterogênea, com profundidades entre 32,0 e 43,5 km, sendo mais rasa próximo à margem continental. A geometria obtida possibilitou a segmentação da crosta continental em três domínios sísmicos.Em todos os domínios a crosta inferior foi modificada, hora por intrusões máficas, estiramento dúctil localizado ou delaminação. Próximo ao Rio Paraná (km 0–170 do perfil),a crosta inferior (Vp = 6,70–7,05 km/s) mostra reverberações sísmicas descontínuas. Essas indicam que parte dessa crosta foi intrudida por corpos máficos tabulares. No domínio central (km 170–525), a crosta superior chega a ser quase três vezes mais espessa do que a inferior, com a crosta inferior associada a um forte gradiente positivo de velocidade. Este interpretado comounderplating máfico na base da crosta (Vp = 7,10–7,25 km/s).A crosta inferior próximo à margem continental (km 525–700) mostra velocidades anomalamente baixas (Vp = 6,48–6,65 km/s) que,quando associadas às proeminentes elevações das serras do Mar e da Mantiqueira, à espessura crustal de 32 km e à anomalia gravimétrica Bouguer, sugerem que a porção máfica da crosta inferior tenha sido delaminada por processo geodinâmico desencadeadopela abertura do Oceano Atlântico Sul.A delaminação foi seguida por soerguimento flexural regional e proeminente magmatismo alcalino, e ajudou a moldaro que hoje é a atual borda nordeste da Bacia do Paraná. O topo do manto superior mostra Vp = 7,88–7,92 km/s, próximo à margem continental (porção SE do perfil), e Vp = 8,25 km/s sob a bacia(porção NW do perfil). Issorevela que esses dois domínios de manto litosférico possuem origens e evoluções distintas. / The PABBRISE profile consists of a ca. 700-km wide-angle reflection/refraction seismic experiment carried out in the São Paulo State. The profile crosses the northeast part of the Paraná Basin, the southernmost part of the Brasilia fold belt (the Socorro nappe), and ends on the adjacent continental margin, which comprises the central Ribeira fold belt. Modelling of the P-wave travel-times provided a seismic model in which the Mohorovičić discontinuity is shown as a structured and heterogeneous interface, with depths between 32.0 and 43.5 km, getting shallower to the southeast, near the continental margin. The obtained geometry allowed the segmentation of the continental crust in three different seismic domains. In all of the domains the lower crust has been modified in some way: by mafic intrusions, localized ductile stretching or delamination. Near the Paraná River (profile distance km 0–170), the lower crust (Vp = 6.70–7.05 km/s) shows discontinuous seismic reverberations. These indicates that tabular mafic bodies (i.e. sills) intruded parts of this crust. In the central domain (profile distance km 170–525), the upper crust is almost three times thicker than the lower crust. The latter is associated with a strong positive velocity gradient, interpreted as mafic underplating at the base of the crust (Vp = 7.10–7.25 km/s). The lower crust near the continental margin (profile distance km 525–700) shows anomalous low velocities (Vp = 6.48–6.65 km/s). These, associated with the prominent elevations of the Mar and Mantiqueira ranges, a crustal thickness of 32 km, and the Bouguer anomaly, suggests that the mafic portion of the lower crust has been delaminated by a geodynamic process somehow correlated to the opening of the South Atlantic Ocean. The delamination was followed by regional flexural uplift and prominent alkaline magmatism. That event helped to mold the current geometry of the northeastern flank of the Paraná Basin. The top of the upper mantle has Vp = 7.88–7.92 km/s near the continental margin (SE part of the profile), and Vp = 8.25 km/s under the basin (NW part of the profile). These Vp reveals that the two lithospheric mantle domains have distinguished origins and evolutions.
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Caracterização sismológica da crosta sob o perfil PABBRISE : uma aproximação por função do receptor e razão espectral H/V / Seismological characterization of the crust beneath PABBRISE profile : an approach for receptor function and spectral ratio H/VPeixoto, Cássia Luisa Oliveira 17 December 2015 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, 2015. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-05-03T17:27:28Z
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2015_CassiaLuisaOliveiraPeixoto_Parcial.pdf: 4243517 bytes, checksum: dc134f2313382815e23bdcd4e6fb3ce2 (MD5) / Approved for entry into archive by Patrícia Nunes da Silva(patricia@bce.unb.br) on 2016-05-18T13:07:23Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2015_CassiaLuisaOliveiraPeixoto_Parcial.pdf: 4243517 bytes, checksum: dc134f2313382815e23bdcd4e6fb3ce2 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-05-18T13:07:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2015_CassiaLuisaOliveiraPeixoto_Parcial.pdf: 4243517 bytes, checksum: dc134f2313382815e23bdcd4e6fb3ce2 (MD5) / Entre agosto a novembro de 2013, foi realizado o levantamento de dados sísmicos e sismológicos do perfil PABBRISE, ao longo de uma transecta de aproximadamente 700 km, que atravessa as porções norte e nordeste da Bacia do Paraná, Faixa Brasília Meridional (Nappe Socorro), Faixa Ribeira Central e, termina na Ilha de São Sebastião. Foram instaladas 37 estações triaxiais de período curto e, posteriormente, mais 4 estações do mesmo modelo na Ilha de São Sebastião. Nesses dados foram aplicados os métodos de função do receptor e razão espectral H/V. Os resultados obtidos permitem dividir a crosta em domínios crustais baseados na profundidade da Moho: os primeiros 305 km do perfil mostram espessura crustal média de 42,1 km e Vp/Vs média de 1,76. Entre o km 305 e o km 525 a crosta tem espessura média de 39,4 km e Vp/Vs média de 1,76. Do km 525 ao final da transecta, a crosta possui espessura média de 32 km e as razões Vp/Vs obtidas nesse domínio possuem maior variabilidade (1,73–1,83) com média de 1,78. Esse resultado é interpretado como possível presença de fluidos na crosta inferior. Por último a Ilha de São Sebastião, com espessura média de 34,15 km e Vp/Vs variando de 1,73 a 1,86 (média de 1,79), possivelmente relacionado às intrusões alcalinas. De forma conjunta, considerando o comportamento da Moho, da topografia e da anomalia Bouguer, é possível constatar que a crosta da metade sudeste da transecta foi afinada e sofreu reajuste isostático. O lado noroeste apresenta comportamento distinto e sugere a presença de excesso de massa no manto litosféricos. Por meio da razão H/V foram definidos quatro domínios sísmicos em superfície: os primeiros 130 km, com valor médio f0=5,73 Hz, caracteriza os derrames da Formação Serra Geral; do km 130 ao km 525, com f0= 3,32 Hz, caracteriza os sedimentos da Bacia; do km 525 ao 700, com valor médio de f0= 7,3 Hz, caracteriza a Faixa Ribeira e, a Ilha de São Sebastião, com f0= 7,79 Hz, caracteriza camada de solo fina e intrusões alcalina. / Between August and November 2013, we performed a study of seismic and seismological data from PABBRISE profile, along a transecta of approximately 700 km, which crosses the northern portions and northeastern Paraná Basin, southern Brasília Belt (Nappe Socorro), Central Ribeira Bent, finished in São Sebastião Island. It was installed 37 triaxial stations short period triaxials stations and then, more four stations of the same model in Sao Sebastião Island. In these data were applied receiver function methods and spectral ratio H/V. The results allows to split the crust into domains, based on the depth of the Moho: the first 305 km profile shows average crustal thickness of 42.1 kilometers and Vp/Vs average of 1.76. Between km 305 and km 525 the crust has an average thickness of 39.4 km and Vp/Vs average of 1.76. From km 525 until the end of the profile, the crust has an average thickness of 32 km and the ratio Vp/Vs obtained in this field have greater variability (1.73-1.83) with an average of 1.78. This result is interpreted as the possible presence of fluids in the lower crust. Finally theSão Sebastião Island, with an average thickness of 34.15 km and Vp/Vs ranging from 1.73 to 1.86 (mean 1.79), possibly related to alkaline intrusions. Jointly considering the behavior of the Moho topography and Bouguer anomaly, it is clear that the crust of the half of southeastern transecta portion was tuned and adjusted isostatically. The north side has different behavior and suggests the presence of excess mass in the lithospheric mantle. Through the ratio H / V it had defined four seismic areas where surface: the first 130 km, with an average value f0 = 5.73 Hz characterizes the flows of the Serra Geral Formation; from km 130 to km 525, with f0 = 3.32 Hz, featuring Basin sediments; of 525-700 km, with an average value of f 0 = 7.3 Hz, characterizes the Ribeira Belt and the São Sebastião Island of, with f0 = 7.79 Hz, features thin soil layer and alkaline intrusions.
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Interpretação ambiental da formação Ponta Grossa na parte central da Bacia do Paraná: um estudo de subsuperfície / Not available.Diniz, Mirian Nobile 17 April 1986 (has links)
Neste trabalho, são interpretados ambientes deposicionais da Formação Ponta Grossa (Bacia do Paraná) na sub-bacia devoniana sul, com base em perfis elétricos e radioativos (raios gama), testmunhos e amostras de calha de poços perfurados pelo PAULIPETRO - Consórcio CESP/IPT, no oeste do Estado de São Paulo e na porção centro-oeste do Estado do Paraná. Na região do Pontal do Paranapanema (SP), e sul do Alinhamento Estrutural de Guapiara, a unidade pode ser dividida em duas fácies fundamentais: a subseqüência inferior, de caráter pelítico, marinho raso, trangressivo, incluindo relativa estabilidade ou lenta elevação do nível do mar, e a superior, dominantemente silítico-arenosa, de padrão regressivo, devendo corresponder a pequenos deltas do tipo dominado por marés e a depósitos associados sob condições da mesomaré, com aparente registro de canais de maré e sem a formação de ilhas-barreiras (similar ao modelo de sedimentação recente para a costa da Alemanha, Mar do Norte). Admite-se um ambiente semi-restrito de sedimentação, como o de baía, extensa, condicionado pela atuação do Alinhamento de Guapiara - mais efetiva para a subseqüência superior, e com área-fonte, provavelmente, a leste-nordeste. No Estado do Paraná, caracterizam-se, litologicamente, três intervalos estratigráficos informais: a subseqüência inferior, com depósitos pelíticos, de origem transgressiva, em ambiente de plataforma rasa: a média, mais síltica, com intercalações de bancos arenosos e padrão geral progradacional, no perfil de raios gama, demonstrando pequenos ciclos transgressivos, e fonte principal de sedimentos a oeste-sudoeste; e a subseqüência superior, distinguindo-se da inferior pela maisor proporção de níveis arenosos, com feições transgressivas, oscilatórias e sedimentação em águas calmas ou mais agitadas (zonas inframaré de maior profundidades a intrama\'re inferior), possivelmente, com área-fonte também de nordeste. Na faixa ) centro-oeste do Estado do Paraná, a subseqüência média poderia representar a parte submersa de delta assimétrico formado pela interação de suprimento de sedimentos fluviais (orientado para nordeste, região do depocentro, área de Apucarana, PR - prodelta) e de efeitos de marés, talvez de ação de ondas, subordinadamente. Supõem-se condições interdeltaicas de macromaré, com sistemas, perpendiculares à costa, de \"barras\" arenosas, espessando-se para leste, segundo provável fluxo das marés. Para esses depósitos arenosos - marcantes na parte superior da subseqüência - a ampla distribuição geográfica, associada à espessura pequena ou média (até pouco menos de 40m), são sugestivas de declividade suave de uma plataforma extensa e tectonicamente mais estável para a borda oeste da sub-bacia, e de aporte rápido de sedimentos. A erosão de praticamente toda a subseqüência superior, em algumas seções do estado do Paraná (poços 1-CS-2-PR, 1-PT-1-PR, 1-RS-1-PR), durante a fase pré-carbonífera, bem como, a expressiva espessura ocasional da subseqüência inferior (poços 1-CA-3-PR, 1-RS-1-PR), evidenciaram uma subcompartimentação da bacia devoniana, com significativo controle tectônico sobre a sedimentação da Formação Ponta Grossa, em certas áreas. Em direção ao centro-leste/nordeste do estado do Paraná, fora da área estudada, pode ocorrer gradiente acentuado por falhamentos locais, como indicam o rápido espessamento de partes da unidade (poços 1-CA-3-PR, 1-CA-1-PR) e o registro de litologias atípicas, por exemplo, acórseos líticos, às vezes, mais grosseiros, no poço 1-R-1-PR, da PETROBRÁS. / In this dissertation, depositional environments of the Ponta Grossa Formation in the southern Devonian sub-basin of the para Paraná Basin have been interpreted on the basis of well logs, cores and cuttings from wells drilled by PAULIPETRO (CESP/IPT Consortium) in western São Paulo and central and western Paraná, Brazil. In the region of Pontal do Paranapanema (SP), just south of the Guarapiara Structural Alignment, this formation may be divided into two basic facies: a lower shallow marine, transgressive pelitic sub-sequence, evidencing local conditions of relative stabitity and slow rise in sea level; and an upper predominantly sandy-silty, regressive sub-sequence, probably corresponding to small, tide-dominated deltas and associated mesotidal deposits, including tidal channels, but lacking typical- barrier islands (similar to present-day sedimentation in German Bay, North Sea). It is thought that sedimentation took place within a geographical]y restricted environment, such as a large bay, and was controlled by the positive action of the Guapiara Alignment, especially with regard to the upper sub-sequence. The probable source of the sediments was located to the east-northeast. For sections in Paraná, three informal lithological units have been characterized: the lowest sub-sequence consists of trans gressive pelites deposited on a shallow platform (shelf-mud) ; the middle sub-sequence, which is siltier with sandy intercalations, exhibits a progradational pattern interrupted by lesser transgressive cycles (as interpreted from the gamma-ray log), and was supplied by sediments from the west-southwest and the uppermost sub-sequence, distinguishable from the basal one by its greater number of sandy intercalations, shows an oscillating pattern of transgressive sedimentation and changes in environmental energy which represents deeper subtidal to lower intertidal zones of á marine shelf sequence, with sediments possibly also derived from the northeast. Towards central-western Paraná area, between the rivers Ivai and Piquiri, the middle sub-sequence apparently represents the submerged part of an asymmetrical delta formed by the interaction of fluvial sediment supply and tidal effects and possibly, wave action, to a lesser degree. Associated with this there was an interdeltaic macrotidal system of linear sand ridges perpendicular to the paleocoast and thickening eastward in the direction of the probable tidal currents. Prodelta deposits apparently occur to the northeast, near Apucarana (PR), in the region of the depocenter. The great areal distribution and moderate to narrow thickness of the sandy deposits characteristic of the upper-part of the middle sub-sequence, suggest a gentle gradient over a broad platform tectonically more stable towards the western border of the sub-basin, and a rap id influx of sediment. Pre-Carboniferous erosion of practically aII the upper sub--sequence in some Paraná sections, as well as the occasional thickening of the lowest sub-sequence, comprises evidence of compartmentalization (by faulted blocks) of the basin and local significant tectonic control of the sedimentation. Towards east and northeast in Paraná, outside the study area, atypical lithologies (e.g. lithic arkoses) and rapid thickening of parts of the section suggest a steeper gradient (local slopes) controlled by faults.
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Facies e ambientes de sedimentação da formação Rio do Sul (Permiano), Bacia do Paraná, na região de Rio do Sul, Estado de Santa CatarinaCanuto, Jose Roberto 06 April 1994 (has links)
A \"depressão\" de Rio do Sul é uma ampla área de deposição relativamente espessa de sedimentos clásticos, predominantemente finos (acima de 400 m) da Formação Rio do Sul, unidade superior do Subgrupo Itararé (Carbonífero superior), mostrada em mapas de isópacas e litofacies, na parte centro-leste de Santa Catarina, Bacia do Paraná, Brasil. A subsidência da área iniciou-se durante o Permiano inferior (Intervalo H; DAEMON & QUADROS, 1970) controlada por sistemas de falhamentos sudeste-noroeste e nordeste-sudoeste, resultando em uma depressão de mais de 200 km de comprimento por mais de 100 km de largura, adjacente à margem leste da Bacia do Paraná. Os altos de Porto União-Canoinhas e uma sela interveniente delimitam a margem noroeste da sub-bacia, que foi circundada em suas margens nordeste, sul e sudoeste por terrenos de relevo moderado, desenvolvidos sobre rochas do Pré-Cambriano e Paleozóico inferior. Durante o Permiano inferior, um lobo glacial moveu-se para noroeste, ocupando a \"depressão\", como indicado por estrias e marcas em crescente, sobre rochas do embasamento cristalino, extensivamente depositando camadas finas e descontínuas de tilito de alojamento. Deu-se então um rápido recúo da frente da geleira, controlada por marés, seguido de elevação do nível do mar na Bacia do Paraná (SANTOS, 1987), a qual inundou a borda a partir de noroeste, permitindo a deposição local de diamictito estratificado (fluxos de detritos) e de ritmitos regulares com clastos caídos (varvitos), por sobre o tilito de alojamento ou sobre o assoalho marinho erodido pelo gelo e isostaticamente rebaixado. Os depósitos glaciais foram cobertos por espessa seção de folhelhos escuros, marinhos de água profunda, com abundantes clastos caídos, que se tornam gradualmente escassos e desaparecem rumo à parte média da sequência. Embora isto possa ser considerado indicativo da existência de uma frente glacial controlada por marés, produzindo grande quantidade de areias, diamictons e lamas em sua linha de aterramento, por correntes de água de degelo, eventuais sedimentos glácio-marinhos proximais que tenham sido depositados foram erodidos. As condições persistentes de facies de águas profundas são associadas com frequentes episódios de fluxo gravitacional de sedimentos, sob a forma de espessos turbiditos e fluxo de diamictitos arenosos, que se moveram das margens da sub-bacia, centripetamente rumo ao centro, formando grandes corpos lobados (leques) que se transformam em turbiditos finos a espessos de flanja de leque. Os fluxos de massa podem ter sido disparados principalmente por subsidência contínua, tectonicamente controlada, da sub-bacia, associada a variações do nível do mar. Um possível reavanço da frente glacial, de curta duração, é evidenciado na parte superior da Formação Rio do Sul, em sua margem sudeste e outros pontos da margem da sub-bacia, pela intercalação, no folhelho negro, de associação de areias escorregadas ou depósitos sigmóides deltáicos, e diamictito arenoso, conglomerados e clastos caídos dispersos, ou espessa seção de ritmitos regulares (varvitos) erosionalmente truncados por massas de arenitos caóticos, escorregados, conglomerados e diamictito arenoso. Os ritmitos contêm abundantes clastos caídos, pelotas de till, montículos e lentes de detritos despejados de icebergs, ou liberados de icebergs aterrados, às vezes associados a sulcos causados pelos mesmos. Uma extensa facies de folhelho síltico e arenito fino, com estratificação lenticular, ondulada e flaser, segue-se, transicionalmente, aos folhelhos escuros marinhos, indicando condições de águas rasas, provavelmente sob a ação de marés, recoberta por arenitos deltáicos progradantes da Formação Rio Bonito. / The Rio do Sul embayment is an ample are of relatively thick and predominantly fine clastic deposition (over 400 m) of the Rio do Sul Formation, uppermost unit of the Itararé Subgroup (Late Carboniferous-Early Permian), depicted by isopach and lithofscies mapping in central-eastern Santa Catarina State, Paraná Basin, Brazil. Subsidence of the area started in the Early Permian (Patynozone H; DAEMON & QUADROS,1970), contrcted by criscrossed southeast-northwest and noftheast-southwest faults resulting in a more than 200 km long and more than 100 km wide depression adjacent to the eastern margin of the Paraná Basin. The Porto União-Canoinhas highs and an intervening saddle delimitate the northwest margin of the sub-basin. Moderate relief terrains developed on Precambrian-Lower Paleozoic rocks surround the basin on its northeast, south and southwest margins. In the Early Permian, a grounded glacial lobe of Western Gondwana Ice Sheet moving towards northwest occupied the depression, as indicated striae and crescentic marks on crystalline basement rocks, extensively depositing thin, discontinuous patches of lodgement tillite. Rapid retreat of a tidewater glacier margin followed a sea level rise in the Paraná Basrn (SANTOS, 1987), which flooded the basin from its northwest mouth. This left only local deposits of stratified diamictite (debris flow) and of regular rhythmites with dropstones (varvites) on the lodgement tillite or the gtacially abraded and isostatically depressed basin floor. The glacial deposits were overlain by a thick section of marine deep water, dark shales with abundant dropstones which become gradually scarcer and disappear towards the middle part of the sequence. Although this may be taken as denotating a tidewater ice margin, no proximal glacial-marine sediments have been preserved. The persistent deep water facies deposition is associated with frequent episodes of downslope sediment gravity flow of thick sand turbidites and by stumped and flowed sandy diamictites which moved from the basin margins centripetally towards its center forming large, lobate bodies (fans) fringed by thin to thick turbidites. Triggering of the flows is mostly assigned to continuous tectonic controlled subsidence of the basin associated with minor sea level changes. A possible short lived readvance of the ice front is recorded in the upper part of the Rio do Sul Formation at the southeast end and other points at the basin margin by dropstones and the intercalation in the dark shales of chaotic associations of slumped or sigmoidal deltaic sandstone, sandy diamictite, conglomerate and dispersed, oversized clasts, or by a thick section of regular rhythmites (vavites) erosionaly truncated by chaotic slumped masses of sandstone, conglomerate and sandy diamictite. The rhyhmites contain abundant dropstones, till pellets, mound and lenses of debris dumped or released from floating or grounded icebergs sometimes associated with icebergs scours. A widespread facies of interlaminated silty-shale and fine sandstone with lenticular, wavy and flaser stratification follows transitionally the marine dark shales indicating shallower, probably tidal conditions, below the prograding deltaic sandstones of the ovelying Rio Bonito Formation.
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Bioestratigrafia dos tentaculitóidea no flanco oriental da Bacia do Paraná e sua ocorrência na América do Sul (Ordoviciano-Devoniano) / Not available.Ciguel, Jose Henrique Godoy 29 May 1989 (has links)
A microestrutura esqueletal foliada ocorrente na concha dos tentaculitóideos, além de aspectos relacionados à filogenia, permitem aventar a hipótese de que o grupo possui um ancestral comum com os cafalópodos, durante o Cambriano Superior. Já, a partir do Ordoviciano exibem uma evolução paralela, porém com convergência adaptativa com os representantes da Classe Cephalopoda. Os tentaculitóideos ocorrem na América do Sul, do Ordoviciano ao Devoniano. No entanto, o grupo não tem sido utilizado com fins bioestratigráficos, a exemplo de várias bacias de outros continentes. O estudo dos tentaculitóideos provenientes da Argentina (Formações Trapiche, Mogotes Negros, Los Espejos e Salar Del Rincón), Bolívia (Formações Pizarras Cordillera Real, Catavi e Icla), Brasil (Formações Trombetas e Ponta Grossa), Paraguai (Formações Vargas Pena e Cariay), Peru (Formação Excelsior) e Uruguai (Formações Cordobés e La Paloma), demonstraram diversidade a nível genérico. Entre os gêneros registrados pela primeira vez na América do Sul, tem-se: Uniconus (2 espécies; 1 nova e 1 redefinida), Multiconus (1 espécie nova), Heteroctenus (2 espécies novas), Turmalites (1 espécie nova), Nowakia (1 espécie nova), Paranowakia (2 espécies novas), Variella (1 espécie nova), Homoctenus (9 espécies novas), Seretites (3 espécies novas e 1 redefinida), Dmitriella (2 espécies novas). A presença de Styliolina (2 espécies novas) era duvidosamente referida como ocorrente e Tentaculites (20 espécies novas, 2 se mantêm), que possuíam o registro comprovado no continente. A potencialidade na utilização dos tentaculitóideos como guias bioestratigráficos ficou melhor evidenciada no flanco oriental da Bacia do Paraná (Formação Ponta Grossa), onde os estudos se desenvolveram com minucioso controle de campo e laboratório. Para essa região foram estabelecidas Cenozonas, Zonas de Amplitude concorrente e Zonas de Apogeu a partir de 31 seções colunares descritas, entre as quais, 19 são utilizadas no presente trabalho. As Cenozonas são denominadas pelos algarismos 1, 2, 3 e 4. As Zonas de Amplitude Concorrente são: U. crotalinus e T. gorceixensis; T. clarkensis, H. barbosensis e H. carvalhensis; e T. brannerensis e S. jaculus. As Zonas de Apogeu; U. crotalinus e S. jaculus. Esta proposta de bio- e cronoestratigrafia para a faixa aflorante da Formação Ponta Grossa no Estado do paraná, corrobora em parte com a bioestratigrafia da unidade baseada em polimorfos. A idade da formação, conforme a distribuição dos tentaculitóideos, situar-se-ia entre Zlichoviano e o Frasniano. Em termos paleoclimático os tentaculitóideos sugerem a existência de águas mais frias no flanco oriental em relação ao setentrional. Paleogeograficamente atestam a distribuição mundial dos mares devonianos que ultrapassou os limites da Província Malvinocáfrica, concomitantemente a ampla irradiação adaptativa do grupo. Biogeograficamente, nesta província, tem-se a presença de gêneros ocorrentes em outras regiões. As espécies, tem registro regional e provavelmente evoluíram por diferenciação ou por diversificação. A presença dos icnofósseis e assembléias fossilíferas sugerem um ambiente deposicional para a formação, como situado entre a região litorânea e o sublitoral externo. A profundidade máxima dificilmente excederia 90 metros. Maa, as icnofácies, fauna e estruturas deposicionais, sugerem o predomínio do ambiente sublitoral interno, com a lâmina d\'água situando-se entre 40 e 60 metros de profundidade. Os fósseis exibem uma mescla de elementos faunísticos e limites difusos, dificultando sobremaneira o estabelecimento de comunidades estanques. Apenas os lingulídeos mostram indícios de comunidade, a qual, deve ser precedida pela identificação das tanatocenoses e tafocenoses, mesmo assim, possuem amplas recorrências. A partir da distribuição cronológica dos fósseis coniformes, faz-se proposta preliminar da amplitude dos tentaculitóideos, para os seis países sul-americanos mencionados. / The foliated skeletal microstructure of the shell of tentaculitoids, as well as aspects related to phylogeny, suggests that the group possessed a common Late Cambrian ancestor with the cephalopods. From the Ordovician onwards they exhibit a parallel evolution with adaptive convergence with representatives of the Class Cephalopoda. The tentaculitoids occur in South America from the Ordovician to the Devonian. However, the group has not been used for biostratigraphic purposes, as it has been in various basins on other continents. The study of tentaculitoids occurring in Argentina (Trapiche, Mogotes Negros, Los Espejos and Salar del Rincón Formations), Bolívia (Pizarras Cordillera Real, Catavi and Icla Formarions), Brazil (Trombetas and Ponta Grossa Formations), Paraguay (Vargas Pena and Cariay Formations), Peru (Excelsior Formation), and Uruguay (Cordobés and La Paloma Formations) demonstrated diversity at generic level. Genera registered for the first time in South América include: Uniconus (2 species; 1 new and 1 redefined), Multiconus (1 new species), Turmalites (1 new species), Nowakia (1 new species), Heteroctenus ( 2 new species), Paranowakia (2 new species), Variella (1 new species), Homectenus (9 new species), Seretites (3 new species and 1 redefined), Dmitriella (2 new species). The presence of Styliolina is here confirmed and two new species are created. Tentaculites (22 species, of which 20 are new), has the broadest geographic and temporal record on the continent. The potential for the utilisation of tentaculitoids as biostratigraphic guides is best shown on the eastern flank of the Paraná Basin (Ponta Grossa Formation), where studies were undertaken with detailed field and laboratory control. Cenozones were stablished for this region, as well as Concurrent Range Zones and Acme Zones, with 31 columnar section described, 19 of which are presented here. The Cenozones are designated by the numbers 1, 2, 3, and 4 in ascending order. The three Concurrent Range Zones are the U. crotalinus and T. gorceixensis Zone the T. clarkensis, H. barbosensis and H. carvalhensis Zone and the T. brannerensis and S. jaculus Zone. The two Acme Zones are the U. crotalinus and S. jaculus zones. This proposal for the bio- and chronostratigraphy of the outcrop belt of the Ponta Grossa Formation in the State of Paraná agrees in part with the biostratigraphy of the unity based upon palynomorphs. The age of the formation, according to the distribution of the tentaculitoids, is Zlichovian to Frasnian. In paleoclimatic terms, the tentaculitoids suggest the existence of cold waters on the eastern flank in relation to the northern flank. Palaegeographically, they attest both to the widespread distribution of Devonian seas and to the great adaptive radiation of the group, which surpassed the limits of Malvinokaffric Realm. Biogeographically, genera occur in this realm which are known from other regions. Species are more limited regionally and probably evolved by differentiation and diversification. The presence of ichnofossils and fossil assemblages suggest a depositional environment for the Ponta Grossa Formation located in the litoral to the outer sublitoral regions. The maximum depth most probably did not exceed 90 metres. Moreover, the ichnofacies, fauna and depositional structures suggest the predominance of an inner sublittoral environment, located between 40 and 60 metres depth. The fossils show a mixture of faunal elements with poorly-defined community limits, making the certain identification of communities extremely difficult. Only the lingulids allow for the identification of thanatocoenoses and taphocoenoses, both of which recur commonly in the sequence. From the chronological distribution of these coniform fossils, a preliminary proposal for the range of the tentaculotoids is made for six above-mentioned South American countries.
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Lignitafofloras permianas da Bacia do Paraná, Brasil (estados de São Paulo e Santa Catarina) / not availableMussa, Diana 09 August 1982 (has links)
Os espécimes de lenho fóssil concentram grande potencial de informações, seja sobre o ambiente de vida da planta, seja sobre o ambiente de sedimentação. Daí resultou o enfoque inicial sob o prisma da tafonia e, posteriormente, sob o prisma da anatomia, sistemática e ecológica. Com isso procurou-se a montagem de um único método de estudo voltado somente para os lenhos fósseis. os resultados do estudo tafonômico são preliminares. Representam um ensaio do método, a partir da premissa de que o tempo de vida da planta, a sedimentação das respectivas seqüências e, no mínimo, os primeiros eventos da fossilização, transcorreram nos limites de um mesmo ciclo deposicional. Da mesma maneira, os mesmos agentes que atuaram durante o referido ciclo interferiram sobre a planta, em vida, e \"post mortem\", durante as fases da fossilização. As correspondências existentes mereceram averiguações. Até o presente as investigações paleoanatômicas eram conduzidas da mesma maneira que para os lenhos recentes, resultando uma lacuna no terreno da estratigrafia e a polarização no campo da sistemática formal. Os resultados do estudo tafonômico deixam entrever sua profícua aplicabilidade no campo da bioestratigrafia. As gerações cristalinas formadas sobre as paredes celulares, durante a permineralização, refletem as condições diagenéticas da bacia de deposição; os caracteres anatômicos de maior realce, no plano lenhoso dos espécimes, refletem as condições ambientais da bacia, durante o tempo de vida da planta. Foram investigadas amostras representativas desde as oriundas das camadas Capivari às procedentes da Formação Estrada Nova, sob o prisma da tafonomia. De maneira geral as texturas cristalinas presentes complementaram informações disponíveis sobre o ambiente de sedimentação das respectivas formações. As averiguações sobre a anatomia ecológica confirmam, de modo razoável, as idéias existentes sobre o ambiente deposicional da bacia ) durante os ciclos questionados. Em caso de contradições entre as correspondências aventadas é possível admitir o retrabalhamento e o transporte do espécime, portanto, sua exclusão das avaliações. Quanto às conclusões bioestratigráficas observa-se, \'a priori\', correlações sugestivas entre as associações lignitafoflorísticas das Formações Irati (Brasil), Barakar (Índia) e White Band (SW africano); de modo incompleto, por falta de estudos estatísticos do lenho, entre as formações Estrada Nova (Brasil), Raniganj (Índia) e, pelo menos parcialmente, Ecca (SW africano). Com respeito aos estudos anatômicos também se fez a reformulação dos métodos de investigação. Esta apóia-se em resultados, muitas vezes inabordados ou esquecidos, de anatomistas mais antigos como Van Tieghem (1872), Chauvenau (1911), entre outros, cujos conceitos, no que toca ao estelo das plantas fósseis, nortearam de maneira fundamental as determinações ora discutidas. Dessa abordagem resultou a revisão dos estudos existentes sobre lignispécimes permianos da Bacia do Paraná e gondvânicos em geral. Resultou, também, uma chave de determinação a qual congregou os morfogêneros, por grupos, de acordo com as feições de maior destaque presentes no estelo. A apreciação e a crítica concernentes aos morfogêneros dos respectivos grupos compreende, na verdade, o desenvolvimento metodológico pelo qual se orientou nas determinações sistemáticas. Da presente revisão resultou a proposição de vários novos taxa. Da formação Rio Bonito foram descritos os novos morfogêneros Schopfiicaulia nov.gen., Catarinopitys nov.gen e Solidoxylon nov.gen. Com respeito à formação Irati foram reconhecidos Kraeuselpitys nov.gen., Paulistoxylon nov.gen., Paranaseptoxylon nov.gen., Atlanticoxylon nov.gen. e Petalopitye nov.gen.. As demais formas descritas compreendem espécies novas de morfogêneros conhecidos em publicações. Absteve-se de descrever amostras concernentes ) a espécies já conhecidas dos respectivos morfogêneros, a não ser nos casos em que se tornou útil a sua inclusão para efeito de emendas ou de melhores esclarecimentos quanto à anatomia. A relação das novas espécies descritas consta da Tabela 22 do texto. / not available
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Aspectos geoquímicos de rios da bacia do Paraná / Not availableSzikszay, Mária 01 April 1972 (has links)
Os rios da bacia hidrográfica do Paraná drenam uma área de 1.510.000 km2, considerada a segunda maior bacia hidrográfica do Brasil. A falta de estudos sobre a composição química das águas dos rios brasileiros, levou-nos à realização da presente pesquisa. A região sendo razoavelmente conhecida do ponto de vista geológico, facilita certos tipos de intepretação e permite um maior relacionamento entre dados de composição das soluções com a litologia. Outra vantagem que encontramos na realização deste trabalho, foi a existência na área, de muitos pontos de observação, com medidas de vazão dos rios, como também estações meteorológicas, cujos dados sobre precipitações são de grande importância no estudo da quantidade de sais dissolvidos nas águas dos rios. / Not available
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Lignitafofloras permianas da Bacia do Paraná, Brasil (estados de São Paulo e Santa Catarina) / not availableDiana Mussa 09 August 1982 (has links)
Os espécimes de lenho fóssil concentram grande potencial de informações, seja sobre o ambiente de vida da planta, seja sobre o ambiente de sedimentação. Daí resultou o enfoque inicial sob o prisma da tafonia e, posteriormente, sob o prisma da anatomia, sistemática e ecológica. Com isso procurou-se a montagem de um único método de estudo voltado somente para os lenhos fósseis. os resultados do estudo tafonômico são preliminares. Representam um ensaio do método, a partir da premissa de que o tempo de vida da planta, a sedimentação das respectivas seqüências e, no mínimo, os primeiros eventos da fossilização, transcorreram nos limites de um mesmo ciclo deposicional. Da mesma maneira, os mesmos agentes que atuaram durante o referido ciclo interferiram sobre a planta, em vida, e \"post mortem\", durante as fases da fossilização. As correspondências existentes mereceram averiguações. Até o presente as investigações paleoanatômicas eram conduzidas da mesma maneira que para os lenhos recentes, resultando uma lacuna no terreno da estratigrafia e a polarização no campo da sistemática formal. Os resultados do estudo tafonômico deixam entrever sua profícua aplicabilidade no campo da bioestratigrafia. As gerações cristalinas formadas sobre as paredes celulares, durante a permineralização, refletem as condições diagenéticas da bacia de deposição; os caracteres anatômicos de maior realce, no plano lenhoso dos espécimes, refletem as condições ambientais da bacia, durante o tempo de vida da planta. Foram investigadas amostras representativas desde as oriundas das camadas Capivari às procedentes da Formação Estrada Nova, sob o prisma da tafonomia. De maneira geral as texturas cristalinas presentes complementaram informações disponíveis sobre o ambiente de sedimentação das respectivas formações. As averiguações sobre a anatomia ecológica confirmam, de modo razoável, as idéias existentes sobre o ambiente deposicional da bacia ) durante os ciclos questionados. Em caso de contradições entre as correspondências aventadas é possível admitir o retrabalhamento e o transporte do espécime, portanto, sua exclusão das avaliações. Quanto às conclusões bioestratigráficas observa-se, \'a priori\', correlações sugestivas entre as associações lignitafoflorísticas das Formações Irati (Brasil), Barakar (Índia) e White Band (SW africano); de modo incompleto, por falta de estudos estatísticos do lenho, entre as formações Estrada Nova (Brasil), Raniganj (Índia) e, pelo menos parcialmente, Ecca (SW africano). Com respeito aos estudos anatômicos também se fez a reformulação dos métodos de investigação. Esta apóia-se em resultados, muitas vezes inabordados ou esquecidos, de anatomistas mais antigos como Van Tieghem (1872), Chauvenau (1911), entre outros, cujos conceitos, no que toca ao estelo das plantas fósseis, nortearam de maneira fundamental as determinações ora discutidas. Dessa abordagem resultou a revisão dos estudos existentes sobre lignispécimes permianos da Bacia do Paraná e gondvânicos em geral. Resultou, também, uma chave de determinação a qual congregou os morfogêneros, por grupos, de acordo com as feições de maior destaque presentes no estelo. A apreciação e a crítica concernentes aos morfogêneros dos respectivos grupos compreende, na verdade, o desenvolvimento metodológico pelo qual se orientou nas determinações sistemáticas. Da presente revisão resultou a proposição de vários novos taxa. Da formação Rio Bonito foram descritos os novos morfogêneros Schopfiicaulia nov.gen., Catarinopitys nov.gen e Solidoxylon nov.gen. Com respeito à formação Irati foram reconhecidos Kraeuselpitys nov.gen., Paulistoxylon nov.gen., Paranaseptoxylon nov.gen., Atlanticoxylon nov.gen. e Petalopitye nov.gen.. As demais formas descritas compreendem espécies novas de morfogêneros conhecidos em publicações. Absteve-se de descrever amostras concernentes ) a espécies já conhecidas dos respectivos morfogêneros, a não ser nos casos em que se tornou útil a sua inclusão para efeito de emendas ou de melhores esclarecimentos quanto à anatomia. A relação das novas espécies descritas consta da Tabela 22 do texto. / not available
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Interpretação ambiental da formação Ponta Grossa na parte central da Bacia do Paraná: um estudo de subsuperfície / Not available.Mirian Nobile Diniz 17 April 1986 (has links)
Neste trabalho, são interpretados ambientes deposicionais da Formação Ponta Grossa (Bacia do Paraná) na sub-bacia devoniana sul, com base em perfis elétricos e radioativos (raios gama), testmunhos e amostras de calha de poços perfurados pelo PAULIPETRO - Consórcio CESP/IPT, no oeste do Estado de São Paulo e na porção centro-oeste do Estado do Paraná. Na região do Pontal do Paranapanema (SP), e sul do Alinhamento Estrutural de Guapiara, a unidade pode ser dividida em duas fácies fundamentais: a subseqüência inferior, de caráter pelítico, marinho raso, trangressivo, incluindo relativa estabilidade ou lenta elevação do nível do mar, e a superior, dominantemente silítico-arenosa, de padrão regressivo, devendo corresponder a pequenos deltas do tipo dominado por marés e a depósitos associados sob condições da mesomaré, com aparente registro de canais de maré e sem a formação de ilhas-barreiras (similar ao modelo de sedimentação recente para a costa da Alemanha, Mar do Norte). Admite-se um ambiente semi-restrito de sedimentação, como o de baía, extensa, condicionado pela atuação do Alinhamento de Guapiara - mais efetiva para a subseqüência superior, e com área-fonte, provavelmente, a leste-nordeste. No Estado do Paraná, caracterizam-se, litologicamente, três intervalos estratigráficos informais: a subseqüência inferior, com depósitos pelíticos, de origem transgressiva, em ambiente de plataforma rasa: a média, mais síltica, com intercalações de bancos arenosos e padrão geral progradacional, no perfil de raios gama, demonstrando pequenos ciclos transgressivos, e fonte principal de sedimentos a oeste-sudoeste; e a subseqüência superior, distinguindo-se da inferior pela maisor proporção de níveis arenosos, com feições transgressivas, oscilatórias e sedimentação em águas calmas ou mais agitadas (zonas inframaré de maior profundidades a intrama\'re inferior), possivelmente, com área-fonte também de nordeste. Na faixa ) centro-oeste do Estado do Paraná, a subseqüência média poderia representar a parte submersa de delta assimétrico formado pela interação de suprimento de sedimentos fluviais (orientado para nordeste, região do depocentro, área de Apucarana, PR - prodelta) e de efeitos de marés, talvez de ação de ondas, subordinadamente. Supõem-se condições interdeltaicas de macromaré, com sistemas, perpendiculares à costa, de \"barras\" arenosas, espessando-se para leste, segundo provável fluxo das marés. Para esses depósitos arenosos - marcantes na parte superior da subseqüência - a ampla distribuição geográfica, associada à espessura pequena ou média (até pouco menos de 40m), são sugestivas de declividade suave de uma plataforma extensa e tectonicamente mais estável para a borda oeste da sub-bacia, e de aporte rápido de sedimentos. A erosão de praticamente toda a subseqüência superior, em algumas seções do estado do Paraná (poços 1-CS-2-PR, 1-PT-1-PR, 1-RS-1-PR), durante a fase pré-carbonífera, bem como, a expressiva espessura ocasional da subseqüência inferior (poços 1-CA-3-PR, 1-RS-1-PR), evidenciaram uma subcompartimentação da bacia devoniana, com significativo controle tectônico sobre a sedimentação da Formação Ponta Grossa, em certas áreas. Em direção ao centro-leste/nordeste do estado do Paraná, fora da área estudada, pode ocorrer gradiente acentuado por falhamentos locais, como indicam o rápido espessamento de partes da unidade (poços 1-CA-3-PR, 1-CA-1-PR) e o registro de litologias atípicas, por exemplo, acórseos líticos, às vezes, mais grosseiros, no poço 1-R-1-PR, da PETROBRÁS. / In this dissertation, depositional environments of the Ponta Grossa Formation in the southern Devonian sub-basin of the para Paraná Basin have been interpreted on the basis of well logs, cores and cuttings from wells drilled by PAULIPETRO (CESP/IPT Consortium) in western São Paulo and central and western Paraná, Brazil. In the region of Pontal do Paranapanema (SP), just south of the Guarapiara Structural Alignment, this formation may be divided into two basic facies: a lower shallow marine, transgressive pelitic sub-sequence, evidencing local conditions of relative stabitity and slow rise in sea level; and an upper predominantly sandy-silty, regressive sub-sequence, probably corresponding to small, tide-dominated deltas and associated mesotidal deposits, including tidal channels, but lacking typical- barrier islands (similar to present-day sedimentation in German Bay, North Sea). It is thought that sedimentation took place within a geographical]y restricted environment, such as a large bay, and was controlled by the positive action of the Guapiara Alignment, especially with regard to the upper sub-sequence. The probable source of the sediments was located to the east-northeast. For sections in Paraná, three informal lithological units have been characterized: the lowest sub-sequence consists of trans gressive pelites deposited on a shallow platform (shelf-mud) ; the middle sub-sequence, which is siltier with sandy intercalations, exhibits a progradational pattern interrupted by lesser transgressive cycles (as interpreted from the gamma-ray log), and was supplied by sediments from the west-southwest and the uppermost sub-sequence, distinguishable from the basal one by its greater number of sandy intercalations, shows an oscillating pattern of transgressive sedimentation and changes in environmental energy which represents deeper subtidal to lower intertidal zones of á marine shelf sequence, with sediments possibly also derived from the northeast. Towards central-western Paraná area, between the rivers Ivai and Piquiri, the middle sub-sequence apparently represents the submerged part of an asymmetrical delta formed by the interaction of fluvial sediment supply and tidal effects and possibly, wave action, to a lesser degree. Associated with this there was an interdeltaic macrotidal system of linear sand ridges perpendicular to the paleocoast and thickening eastward in the direction of the probable tidal currents. Prodelta deposits apparently occur to the northeast, near Apucarana (PR), in the region of the depocenter. The great areal distribution and moderate to narrow thickness of the sandy deposits characteristic of the upper-part of the middle sub-sequence, suggest a gentle gradient over a broad platform tectonically more stable towards the western border of the sub-basin, and a rap id influx of sediment. Pre-Carboniferous erosion of practically aII the upper sub--sequence in some Paraná sections, as well as the occasional thickening of the lowest sub-sequence, comprises evidence of compartmentalization (by faulted blocks) of the basin and local significant tectonic control of the sedimentation. Towards east and northeast in Paraná, outside the study area, atypical lithologies (e.g. lithic arkoses) and rapid thickening of parts of the section suggest a steeper gradient (local slopes) controlled by faults.
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A proveniência dos sedimentos e cinzas vulcânicas dos sedimentos permianos da bacia do Paraná : implicações para a história geológica do sul-sudoeste de GondwanaCosta, Lindaray Sousa da 28 January 2016 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geologia, 2016. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-06-06T17:47:20Z
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2016_LindaraySousadaCosta.pdf: 12012688 bytes, checksum: 4dfe0c1b3c79739beef07a7349f885be (MD5) / O período geológico Permiano marca grandes mudanças climáticas e tectônicas na superfície da Terra. Duas áreas na porção sudeste da Bacia do Paraná registram relação entre os eventos climáticos e tectônicos, bem como variação na proveniência de sedimentos durante a evolução da bacia. A primeira área refere-se ao pacote de rochas sedimentares que ocorre na Serra do Rio do Rastro, Santa Catarina, Brasil, também conhecido como Coluna White. Este conjunto de rochas está associado à Permo-Carbonífera Supersequencia Gondwana I. Os resultados U-Pb em zircão detrítico e dados isotópicos Sm-Nd em rocha total dos sedimentos da Coluna White demonstram que na base (Formação Rio Bonito-Grupo Guatá) existe a predominância de uma população Paleoprotorezóica (2.5 a 1.7 Ga), seguida por populações com idades Mesoproterozóica (1.5 a 1.0 Ga) e Neoproterozóica-Cambriana (992-490 Ma). Em contraste, as rochas da Formação Rio do Rasto (Grupo Passa Dois) apresentaram zircões detríticos com idade dominantemente Neoproterozoica (935 a 543 Ma) e subordinadamente Permo-Triássica (297-216 Ma). Os resultados Lu-Hf apontaram para fontes dominantemente crustal com valores negativos de ɛHf (-42 e -1) e idades modelo Hf (TDM) Paleoproterozoicas na base e Meosoproterozóicas e Neopreoterozóicas no topo. Os resultados Sm-Nd em rocha total mostraram valores negativos de εNd(T) variando entre -15 e -6, corroborando os resultados ɛHf em zircão. As idades modelo Nd (TDM) entre 1.9 e 1.0 Ga confirmaram a contribuição das fontes Paleo a Mesoproterozóica envolvidas na sedimentação da bacia. A variação de fontes mais antigas para fontes mais jovens sugere que no Permiano médio a Bacia do Paraná passou de um comportamento intracratônico para um contexto com influência tectônica, induzido pela orogenia na porção sul e sudoeste de Gondwana. A segunda área refere-se a camadas de cinzas vulcânicas que ocorrem ao longo da Formação Irati (Base do Grupo Passa Dois), localizada no Município de São Mateus do Sul, Estado do Paraná (PR). Os resultados U-Pb em zircão ígneo revelaram a predominância de uma população permiana, com idades que variam entre 287 e 267 Ma. Os dados Lu-Hf sugerem que essa população de idade permiana deriva de uma fonte com assinatura crustal, com valores negativos de εHf variando entre -7 e -3. As idades modelo Hf (TDM) sugerem que essa fonte teria se diferenciado no final do Mesoproterozóico (1.2 Ga) e inicio do Neoproterozóico (0.8 Ga). Os dados Sm-Nd em rocha total registraram valores negativos de εNd (-11.6 a -3.3) para uma fonte que teria se diferenciado a 1.6 Ga (Mesoproterozóico). Os resultados indicam um intervalo de mais de 15 Ma de anos durante o qual o vulcanismo esteve ativo, sendo que o pico principal deste evento ocorreu em 278 Ma. Demonstrou ainda a forte compatibilidade em idade e geoquímica com as rochas vulcânicas Choiyoi. _______________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The Permian geological period imprinted major climatic and tectonic changes on Earth’s surface. We have studied two areas in the southeastern portion of the Paraná basin that shed light on relationship between the climatic and tectonics events and the variation of sediment provenance during the basin evolution. The first area refers to a package of sedimentary rocks across the Serra do Rio do Rastro, Santa Catarina, Brazil, that is also known as Coluna White. It includes a succession of the Gondwana I Supersequence, in which outcrop a set of rocks permo-carboniferou from the base to the top.. We present U-Pb and Lu-Hf detrital zircon data and whole rock Sm-Nd isotope data for samples across the profile. Zircon U-Pb data of the lower to middle part of the Permian (Rio Bonito Formation - Grupo Guatá Group) indicate a dominance of Paleoproterozoic (2.5 to 1.7 Ga) grains, followed by Mesoproterozoic (1.5 to 1.0 Ga) and Neoproterozoic-Cambrian (992-490 Ma) zircon grains. In contrast, sediments from the Rio Rasto Formation (Passa Dois Group) present a dominance of Neoproterozoic (935 to 543 Ma) followed by Paleozoic zircon grains, including Permo-Triassic ones (297-216 Ma). The Hf (TDM) model ages indicate a Paleoproterozoic age for zircons at the base of the succession and Meso- to Neoproterozoic ages for zircon at the upper part of the succession. The Sm-Nd data reinforces the results of the other isotope systems, indicating a major change in sedimentary provenance between the lower and upper portion of the profile. This change suggests that in the middle Permian the Paraná basin evolved from a cratonic to orogenic influenced basin related to an orogeny in the south- and southwestern portion of Gondwana. In the second area we have studies volcanic ash interlayered with sedimentary rocks of the Permian Irati Formation. Zircon U-Pb data from these ash layers indicate ages ranging between 287 and 267 Ma, with a main peak at 278 Ma. Lu-Hf data of these zircons indicate crustal signature (εHf ranging between -7 and -3) and Mesoproterozoic (1.2 Ga) and Neoproterozoic (0.8 Ga) Hf (TDM) model ages. The Nd isotope data reinforce the zircon data, indicating a main crustal component in the source area of these rocks (εNd = -11.6 to -3.3). The data further indicate the close relationship of the Irati ash layers and the Choiyoi volcanism, which was the main source of the ash beds.
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