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Perfil diferencial sérico de paciente em tratamento para melioidose : um estudo de casoNeto, José Baptista de Sant'Ana 31 January 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-01-31 / Melioidosis is a non-contagious infectious disease caused by the Gram-negative bacterium Burkholderia pseudomallei, with a greater number of cases occurring mainly in Northeast of Thailand and North of Australia, already in Brazil it permeates all the State of Ceará although its extension is not known with precision in the country. It can evolve asymptomatically, acutely with sepsis until chronification. It mimics numerous other diseases, which due to lack of clinical and laboratory knowledge are erroneously identified. In view of its high morbidity and mortality aggravated when it occurs with risk factors such as diabetes mellitus, which is especially potentiating the disease, the need for an efficient diagnosis is necessary, where time is the main obstacle, given the delay in generating - a result is obtained by the commonly used assays. Being the mass spectrometry and its other approaches, tool of improvement of the results, having great prominence that refers to the sensitivity, precision and speed of analysis, allowing the identification of thousands of proteins, through the analysis of qualitative - quantitative differential expression of protein profiles in different samples. Therefore, from this scenario, the elaboration of this study is justified when it is necessary to add another analytical method, which improves the laboratory diagnosis and consequently broadens the research options, which aim to subsidize clinical management, in the form of a characteristic protein profile of the disease, supporting better approaches to allow the correct and early diagnosis of melioidosis. The cross-sectional study led to a protein profile from a clinical serum sample, confirmed for melioidosis, obtained at different moments of the pharmacotherapeutic follow-up, elucidating a possible protein panel for this infection, through a differential analysis of the proteins expressed through the technique ESI-TOF/MS. Differentially expressed acute-chronic phase proteins were detected. It was concluded that the technique used here was useful to detect a protein profile of interest in the clinical course, aiming to reduce the response time to the therapeutic approach, however, more studies are needed as more patients to investigate other expressed proteins, as well as from the perspective of the pathogen, further expanding knowledge and improving databases that involve melioidosis.
Keywords: Melioidosis. Biomarkers. Mass Spectrometry. / A melioidose é uma doença infecciosa não contagiosa causada pela bactéria Gram-negativa Burkholderia pseudomallei, com maior número de casos ocorrendo principalmente no Nordeste da Tailândia e Norte da Austrália. Já no Brasil permeia todo o estado do Ceará, embora não se saiba com precisão sua extensão no país. Pode evoluir de forma assintomática, aguda, comumente com sepse, até a cronificação. Mimetiza inúmeras outras doenças,que, por falta de conhecimento clínico-laboratorial, são erroneamente identificadas. Diante de sua alta morbidade e mortalidade, agravadas quando ocorrida com fatores de risco, como diabetes mellitus, principal potencializador da doença, a necessidade de uma diagnose eficientes e faz necessária, em que o tempo é o principal obstáculo, haja vista a demora de gerar-se um resultado através dos ensaios comumente utilizados. A espectrometria de massas e suas demais abordagens são ferramentas de aperfeiçoamento dos resultados, destacando-se o que se refere à sensibilidade, precisão e velocidade de análise. Essa técnica permite a identificação de milhares de proteínas, por meio da análise da expressão diferencial qualitativo-quantitativa dos perfis proteicos em diferentes amostras. Portanto, a partir desse cenário, a elaboração deste estudo se justifica pela necessidade de adicionar mais um método analítico, que melhore a diagnose laboratorial e, consequentemente, amplie as opções de investigação, que visam subsidiar o manejo clínico, na forma de um perfil proteico característico da doença, suportandomelhores abordagens para permitir o diagnóstico correto e precoce da melioidose. O estudo transversal suscitou em um perfil proteico, oriundo de uma amostra clínica de soro, confirmada para melioidose, obtida em momentos distintos do seguimento farmacoterapêutico, elucidando possível painel proteico para essa infecção, através de análise diferencial das proteínas expressas por meio da técnica de ESI-TOF/MS. Foram detectadasproteínas de fase agudo-crônicadiferencialmente expressas. Conclui-se, então, que a técnica aqui utilizada foi útil na detecção de perfil proteico de interesse para conduta clínica, visando reduzir o tempo de resposta à abordagem terapêutica. Entretanto, mais estudos são necessários, commaior número de pacientes, para investigar outras proteínas expressas, comotambém, pela perspectiva do patógeno, para que se possa expandir ainda mais o conhecimento e melhoraros bancos de dados que envolvem melioidose.
Palavras-chaves: Melioidose. Biomarcadores. Espectrômetro de Massas.
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Novos biomarcadores de lesão endotelial em pacientes com síndrome nefrótica : papel da angiopoietina-2Chaves, Maria Moura Santana 07 December 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-12-07 / Introduction: Glomerulopathies are diseases that mainly affect young adults between 20 and 40 years. Recently, serum levels of syndecan-1, a biomarker of endothelial glycocalyx damage, have been shown to be increased in nephrotic patients with mild loss of renal function and is important for endothelial dysfunction in these patients. In this study, we assessed the level of angiopoietin-2 syndrome (PTGA2) in patients with nephrotic syndrome and near normal renal function and its possible interaction with endothelial glycocalyx derangement. Objective: To evaluate the new biomarkers and endotelial lesion in patients with nephrotic syndrome and the role of nephrotic endothelial-angiopioetin-2 syndrome. Method: A cross-sectional study conducted from January to November 2017. Adult patients (age> 18 years) with nephrotic syndrome and without immunosuppression were included. Samples of blood after 12 h fasting for further measurement of syndecan-1 and AGPT2. Mediation analyzes were performed to evaluate the hypothetical associations of nephrotic syndrome and AGPT2 syndrome with syndecan-1. Results: 65 patients were included, of which 37 (56.9%) were females with primary glomerular disease. The levels of Syndecan-1 in nephrotic patients were higher than in the control group (102.8 ± 36.2 vs. 28.2 ± 9.8 ng / mL, p <0.001). Adjusted syndecan-1 correlation with features of major nephrotic syndrome after adjustments for age and eGFR are demonstrated. Syndecan-1 was significantly associated with 24-hour urinary protein excretion, total cholesterol, LDL-cholesterol, HDL-cholesterol, and triglycerides. Angiopoietin-2 was independently associated with serum albumin, excretion of 24-hour urinary proteins, total cholesterol and LDL-cholesterol, and a strong association with syndecan-1 (0.461, p <0.001). The results of the mediation analyzes showed a direct association between LDL-cholesterol and syndecan-1 remained non-significant after the inclusion of AGPT-2 in the mediation analysis and AGPT2 explained 56% of the total association observed between LDL-cholesterol and syndecan-1. Conclusion: The association between LDL-cholesterol and glycocalyx derangement in nephrotic patients is mediated by AGPT2.
Keywords: Nephrotic Syndrome; Primary Glomerulopathies; Glycopaloid; Biomarkers. / Introdução: As glomerulopatias são doenças que afetam principalmente adultos jovens entre 20 e 40 anos. Recentemente, demonstrou-se que os níveis séricos de syndecan-1, um biomarcador do dano do glicocálix endotelial, estão aumentados em pacientes nefróticos com perda discreta da função renal e é importante para a disfunção endotelial nesses pacientes. Neste trabalho, avaliamos o nível de síndrome de angiopoietina-2 (AGPT2) em pacientes com síndrome nefrótica e função renal quase normal e sua possível interação com o desarranjo do glicocálix endotelial. Objetivo: Avaliar os novos biomarcadores de lesão endotelial em pacientes com síndrome nefrótica e o papel da síndrome nefrótica angiopioetina-2 endotelial. Método: Foi realizado um estudo transversal realizado de janeiro a novembro de 2017. Foram incluídos pacientes adultos (idade > 18 anos) com síndrome nefrótica e sem imunossupressão. As amostras de sangue após jejum de 12 h para posterior mensuração de syndecan-1 e AGPT2. Análises de mediação foram realizadas para avaliar as associações hipotéticas de características da síndrome nefrótica e AGPT2 com syndecan-1. Resultados: Foram incluídos 65 pacientes, sendo 37 (56,9%) do sexo feminino com doença glomerular primária. Os níveis de syndecan-1 em pacientes nefróticos foram maiores que no grupo controle (102,8 ± 36,2 vs. 28,2 ± 9,8 ng/mL, p <0,001). Correlação ajustada de syndecan-1 com características da síndrome nefrótica principal após ajustes para idade e TFGe são demonstrados. Syndecan-1 foi significativamente associado com a excreção de proteína urinária de 24 h, colesterol total, LDL-colesterol, HDL-colesterol e triglicérides. A angiopoietina-2 foi independentemente associada à albumina sérica, excreção de proteínas urinárias de 24 horas, colesterol total e LDL-colesterol, além de uma forte associação com syndecan-1 (0,461, p < 0,001). Os resultados das análises de mediação mostram associação direta entre LDL-colesterol e syndecan-1 permaneceu não significativa após a inclusão de AGPT-2 na análise de mediação e AGPT2 explicou 56% da associação total observada entre LDL-colesterol e syndecan-1. Conclusão: A associação entre LDL-colesterol e desarranjo do glicocálice em pacientes nefróticos é mediada pelo AGPT2.
Palavras-Chave: Síndrome nefrótica; Glomerulopatias primária; Glicocálix; Biomarcadores.
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Avaliação do nível sérico de prolactina e CA 125 como marcadores diagnósticos de endometrioseBilibio, João Paolo January 2010 (has links)
Existe um atraso no diagnóstico de endometriose de cerca de 8 anos, provavelmente devido ao fato de seu diagnóstico ser cirúrgico e seus sintomas inespecíficos e com vários graus de intensidade. Devido a isso a procura por marcadores de endometriose é de interesse de todos os ginecologistas. Já foi demonstrado que a prolactina está aumentada neste grupo de pacientes. O objetivo deste estudo é avaliar a prolactina e o CA 125 com marcadores no diagnóstico de endometriose. Conduzimos ao longo desta dissertação um estudo transversal com um total de 97 pacientes divididas em dois grupos: 1- Grupo de estudo: pacientes sintomáticas com endometriose (sintomas de infertilidade ou dor), 2- Grupo controle: grupo de pacientes assintomática sem endometriose (pacientes que realizaram laparoscopia para ligadura tubária). Foram coletados amostra de plasma em ciclos menstruais anteriores a cirurgia durante a fase secretora do ciclo menstrual sendo dosado a prolactina (poll de 3 amostras) e o CA 125. Encontramos que a prolactina está aumentada no grupo de pacientes com endometriose, seja em pacientes inférteis, pacientes com dor, estágios I e II ou estágios III e IV. Comparando os dois marcadores, a prolactina (sensibilidade de 21% e especificidade de 99%) e Ca 125 (sensibilidade de 27% e especificidade de 97%) apresentam sensibilidade e especificidade semelhantes (P=0.58). Quando utilizamos estes dois marcadores juntos a sensibilidade foi de 44% e especificidade de 99%. Quando utilizamos, com escolha através da curva ROC, os dois melhores pontos de corte para prolactina e Ca 125 com os seguintes critérios: melhor sensibilidade para uma especificidade maior que 90% endometriose (para prolactina de 14.8 ng/ml e para o CA 125 de 19.8 U/I), obtivemos uma sensibilidade de 77% e especificidade 88% com os dois marcadores juntos. A prolactina é um marcador sérico semelhante ao CA 125 para diagnóstico de endometriose, e estes dois marcadores usados isoladamente possuem baixa sensibilidade. Entretanto, o uso destes dois marcadores juntos especialmente usando pontos de corte mais adequados para endometriose (para prolactina de 14.8 ng/ml e para o CA 125 de 19.8 U/I) apresentam sensibilidade (77%) e especificidade (88%) aceitáveis.
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Utilização de métodos de bioimagem para a análise ex vivo da infecção causada por cryptococcus gattiiFigueiredo, Natália Vidal January 2013 (has links)
O fungo patogênico Cryptococcus gattii é um dos agentes etiológicos da criptococcose, uma doença fatal que envolve a formação de criptococomas nos pulmões e cérebro em hospedeiros imunocompetentes. O monitoramento da patogênese de C. gattii e sua colonização nos diferentes órgãos em modelos animais geralmente são analisados pelo método laborioso e impreciso de contagem das unidades formadoras de colônias (UFC). Neste trabalho foi desenvolvido um modelo prático de monitoramento da infecção e da eficácia de tratamentos antifúngicos, através da construção de uma linhagem de C. gattii expressando constitutivamente o gene repórter mCherry e da avaliação por imagem baseada em fluorescência. Após a infecção intranasal de camundongos e do tratamento com anfotericina B (AMB) ou fluconazol (FLC) durante 4 a 7 dias, pulmões, rins, baço e o cérebro foram removidos e examinados em IVIS Lumina, e a infecção foi monitorada pelo método tradicional de contagem de UFC. As análises por imagem demonstraram a predileção de C. gattii pelo trato respiratório, com presença reduzida no sistema nervoso central. Estas observações foram consistentes com as obtidas pela determinação de UFC. As análises por imagem e a determinação por UFC corroboraram os resultados relativos aos efeitos do tratamento com FLC. Entretanto, os dados foram significativamente diferentes quando AMB foi utilizada. Os resultados obtidos sugerem esta técnica como um potencial método para a investigação da dinâmica da infecção e da sua resposta a tratamentos terapêuticos. / The pathogenic fungus Cryptococcus gattii is one of the etiological agents of human cryptococcosis, which may evolve to the formation of cryptococcomas in the lungs and brain of immunocompetent hosts. Monitoring the progression of pathogenesis and organ colonization in animal models is important in the study of infectious microorganisms. However, this monitoring usually involves laborious and imprecise methods, such as colony forming unit (CFU) determination. Here, we propose the use of a practical model to monitor C. gattii infections in mice and to evaluate antifungal treatment. Our approach involved the infection of mice with a C. gattii strain that constitutively expresses the mCherry reporter gene, followed by fluorescence-based imaging analysis of the colonized organs. Mice were infected intranasally with the fluorescent C. gattii strain and treated with amphotericin B (AMB) or fluconazole (FLC) for 4 or 7 days. The lungs, kidney, spleen, and brain were excised and examined in an IVIS Lumina instrument to determine fluorescence intensity and for CFU determination. Imaging analyses showed that C. gattii primarily colonizes the respiratory tract, with reduced dissemination to the central nervous system. This observation was consistent with the results of CFU determination. The evaluation of the effects of fluconazole treatment in infected mice revealed that both imaging and CFU methods produced similar results. However, the results of the two methods were considerably different when the effects of AMB were evaluated. Our results support the use of imaging-based techniques to monitor infections caused by C. gattii in mice, as well as the response of animal hosts to treatment with antifungals.
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Dinâmica espaço temporal e influência do metilmercúrio em peixes do Lago Janauacá, AMFrança, Andressa de Jesus 31 August 2017 (has links)
Submitted by Gizele Lima (gizele.lima@inpa.gov.br) on 2018-04-24T13:09:59Z
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Previous issue date: 2017-08-31 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Mercury is encountered in the Amazon rivers and lakes and can be derived from both
natural and anthropogenic sources. This element is toxic for biota in any of its chemical
forms. However, the organic form, methylmercury (MeHg), is considered the most toxic,
bioaccumulates more easily and biomagnifies along the food chain. Many Amazonian
fishes have elevated MeHg concentrations; however information on the effects of chronic
mercury exposure is scarce. Therefore, the aim of this study was to evaluate the temporal
and spatial dynamics of methylmercury concentrations in water and sediment, and its
bioaccumulation and toxicological effects in fish of Janauaca Lake, Amazonas. Samples
were collected at eight sites on the lake, located at different distances from the Solimões
River, four in the northern part of the lake and four in the southern part. Water, sediments
and limnological parameters were sampled at each site, during the low-water and highwater seasons. Fish were only collected at low water and included the species:
Pterygoplichthys pardalis, Hoplias malabaricus and Cichla spp. Water, sediment and
muscle tissue of fishes were analyzed for methylmercury. Fish were also assayed for
biomarkers of genotoxic (frequency of micronucleus and erythrocyte nuclear
abnormalities), histopathological (index of liver lesion) and biochemical effects
(metallothionein concentration). Dissolved organic carbon was positively correlated with
MeHg concentrations in water in both seasons, while dissolved oxygen, pH and electrical
conductivity were negatively correlated with MeHg concentration in water only during
the high-water season. The highest MeHg concentrations in water (0,68 a 1,21 ng/L) were
observed in the southern part of the lake and in the hypolimnion at high-water. The MeHg
concentrations in the sediment (0,20 a 0,56 µg/kg) were similar throughout the lake and
slightly higher during the high-water season. While MeHg concentrations in P. pardalis
(0,02±0,01 mg/kg) and in Cichla spp. (0,66±0,31 mg/kg) were similar at all sampling
points, MeHg levels in H. malabaricus (0,66±0,29 mg/kg) were higher in the southern
part of the lake,. Micronucleus were not observed and the frequency of erythrocyte
nuclear abnormalities was low (0,07±0,17% e 0,26±0,19%, respectively) in both P.
pardalis and in H. malabaricus (Cichla spp. was not evaluated). Metallothionein
concentrations (2,50±0,90 µg/mg prot) and the index of hepatic lesion in H. malabaricus
(22±4) were highest in the south part of the lake. The higher MeHg concentrations
observed in water and H. malabaricus in the southern part of the lake indicated that the
environmental conditions in this region are more conducive to methylation. The toxic
effects observed with biomarkers may not have been caused exclusively by
methylmercury. Other environmental stressor in the south region of the lake may also be
involved. These results demonstrate that the dynamics and bioaccumulation of
methylmercury can vary between regions in the same Amazonian lake, depending on
proximity and connection to the river main channel, water type, depth, area and
connection with upland and wetland environments. / O mercúrio é encontrado nos rios e lagos amazônicos e pode ser derivado de fontes
naturais e antrópicas. Este elemento é toxico para a biota em qualquer de suas formas
químicas. No entanto, a forma orgânica metilmercúrio (MeHg) é considerada a mais
tóxica, bioacumula mais facilmente nos organismos e biomagnifica ao longo da cadeia
trófica. Muitos peixes amazônicos possuem concentrações elevadas de MeHg, porém as
informações acerca dos efeitos dessa exposição crônica são escassas. Sendo assim, o
objetivo deste estudo foi avaliar a dinâmica temporal e espacial da concentração de
metilmercúrio na água e no sedimento, sua bioacumulação e efeitos toxicológicos em
peixes do Lago Janauacá, Amazonas. Oito locais do lago foram amostrados, seguindo um
gradiente de distância do Rio Solimões, quatro situados na região norte e quatro na região
sul do lago. Em cada local, foram realizadas amostragens nos períodos de seca e cheia
para mensuração de parâmetros limnológicos e coleta de água e sedimento. Peixes foram
coletados somente na seca e incluíram as espécies: Pterygoplichthys pardalis, Hoplias
malabaricus e Cichla spp. Foram analisadas as concentrações de metilmercúrio na água,
no sedimento e no tecido muscular dos peixes. Peixes também foram analisados para
biomarcadores de efeito genotóxicos (frequência de micronúcleos e anormalidades
nucleares eritrocitárias), histopatológico (índice de lesão no fígado) e bioquímico
(concentração de metalotioneína). O carbono orgânico dissolvido correlacionou
positivamente com as concentrações de MeHg na água durante a seca e a cheia, enquanto
o oxigênio dissolvido, o pH e a condutividade elétrica correlacionaram negativamente
com as concentrações de MeHg na água apenas na cheia. As maiores concentrações de
MeHg na água (0,68 a 1,21 ng/L) foram observadas na região sul do lago e no hipolímnio
do lago durante a cheia. As concentrações de MeHg no sedimento (0,20 a 0,56 µg/kg)
foram semelhantes em todo o lago e ligeiramente maiores durante a cheia. Enquanto as
concentrações de MeHg em P. pardalis (0,02±0,01 mg/kg) e Cichla spp. (0,66±0,31
mg/kg) foram similares em todos os pontos de amostragem, os níveis de MeHg em H.
malabaricus (0,66±0,29 mg/kg) foram maiores na região sul do lago. Não foram
observados micronúcleos e as frequências de anormalidades nucleares eritrocitárias
foram baixas (0,07±0,17% e 0,26±0,19%, respectivamente) em P. pardalis e em H.
malabaricus (não avaliadas em Cichla spp.). A concentração de metalotioneína
(2,50±0,90 µg/mg prot) e os índices de lesão hepática em H. malabaricus (22±4) foram
maiores na região sul do lago. A região sul do lago é mais propícia à metilação do
mercúrio pois concentrações de MeHg mais elevadas na água e em H. malabaricus foram
observadas nesta região. Os efeitos tóxicos observados por meio dos biomarcadores
podem não ter sido causados exclusivamente pelo MeHg, podendo haver influência de
outro estressor ambiental na região sul do lago. Esses resultados mostram que a dinâmica
e a bioacumulação do metilmercúrio podem variar entre diferentes áreas de um mesmo
lago amazônico de acordo com a proximidade e conexão com o canal do rio principal,
com o tipo de água, profundidade, área e conexão com áreas de terra firme e de vegetação
alagada.
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Dinâmica espaço temporal e influência do metilmercúrio em peixes do Lago Janauacá, AMFrança, Andressa de Jesus 31 August 2017 (has links)
Submitted by Inácio de Oliveira Lima Neto (inacio.neto@inpa.gov.br) on 2018-05-21T17:49:52Z
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Previous issue date: 2017-08-31 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Mercury is encountered in the Amazon rivers and lakes and can be derived from both natural and anthropogenic sources. This element is toxic for biota in any of its chemical forms. However, the organic form, methylmercury (MeHg), is considered the most toxic, bioaccumulates more easily and biomagnifies along the food chain. Many Amazonian fishes have elevated MeHg concentrations; however information on the effects of chronic mercury exposure is scarce. Therefore, the aim of this study was to evaluate the temporal and spatial dynamics of methylmercury concentrations in water and sediment, and its bioaccumulation and toxicological effects in fish of Janauaca Lake, Amazonas. Samples were collected at eight sites on the lake, located at different distances from the Solimões River, four in the northern part of the lake and four in the southern part. Water, sediments and limnological parameters were sampled at each site, during the low-water and high- water seasons. Fish were only collected at low water and included the species: Pterygoplichthys pardalis, Hoplias malabaricus and Cichla spp. Water, sediment and muscle tissue of fishes were analyzed for methylmercury. Fish were also assayed for biomarkers of genotoxic (frequency of micronucleus and erythrocyte nuclear abnormalities), histopathological (index of liver lesion) and biochemical effects (metallothionein concentration). Dissolved organic carbon was positively correlated with
MeHg concentrations in water in both seasons, while dissolved oxygen, pH and electrical conductivity were negatively correlated with MeHg concentration in water only during the high-water season. The highest MeHg concentrations in water (0,68 a 1,21 ng/L) were observed in the southern part of the lake and in the hypolimnion at high-water. The MeHg concentrations in the sediment (0,20 a 0,56 μg/kg) were similar throughout the lake and slightly higher during the high-water season. While MeHg concentrations in P. pardalis (0,02±0,01 mg/kg) and in Cichla spp. (0,66±0,31 mg/kg) were similar at all sampling points, MeHg levels in H. malabaricus (0,66±0,29 mg/kg) were higher in the southern part of the lake,. Micronucleus were not observed and the frequency of erythrocyte nuclear abnormalities was low (0,07±0,17% e 0,26±0,19%, respectively) in both P. pardalis and in H. malabaricus (Cichla spp. was not evaluated). Metallothionein concentrations (2,50±0,90 μg/mg prot) and the index of hepatic lesion in H. malabaricus (22±4) were highest in the south part of the lake. The higher MeHg concentrations observed in water and H. malabaricus in the southern part of the lake indicated that the environmental conditions in this region are more conducive to methylation. The toxic effects observed with biomarkers may not have been caused exclusively by methylmercury. Other environmental stressor in the south region of the lake may also be involved. These results demonstrate that the dynamics and bioaccumulation of methylmercury can vary between regions in the same Amazonian lake, depending on proximity and connection to the river main channel, water type, depth, area and connection with upland and wetland environments. / O mercúrio é encontrado nos rios e lagos amazônicos e pode ser derivado de fontes naturais e antrópicas. Este elemento é toxico para a biota em qualquer de suas formas químicas. No entanto, a forma orgânica metilmercúrio (MeHg) é considerada a mais tóxica, bioacumula mais facilmente nos organismos e biomagnifica ao longo da cadeia trófica. Muitos peixes amazônicos possuem concentrações elevadas de MeHg, porém as
informações acerca dos efeitos dessa exposição crônica são escassas. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a dinâmica temporal e espacial da concentração de metilmercúrio na água e no sedimento, sua bioacumulação e efeitos toxicológicos em peixes do Lago Janauacá, Amazonas. Oito locais do lago foram amostrados, seguindo um gradiente de distância do Rio Solimões, quatro situados na região norte e quatro na região sul do lago. Em cada local, foram realizadas amostragens nos períodos de seca e cheia para mensuração de parâmetros limnológicos e coleta de água e sedimento. Peixes foram coletados somente na seca e incluíram as espécies: Pterygoplichthys pardalis, Hoplias malabaricus e Cichla spp. Foram analisadas as concentrações de metilmercúrio na água, no sedimento e no tecido muscular dos peixes. Peixes também foram analisados para biomarcadores de efeito genotóxicos (frequência de micronúcleos e anormalidades nucleares eritrocitárias), histopatológico (índice de lesão no fígado) e bioquímico (concentração de metalotioneína). O carbono orgânico dissolvido correlacionou positivamente com as concentrações de MeHg na água durante a seca e a cheia, enquanto o oxigênio dissolvido, o pH e a condutividade elétrica correlacionaram negativamente com as concentrações de MeHg na água apenas na cheia. As maiores concentrações de MeHg na água (0,68 a 1,21 ng/L) foram observadas na região sul do lago e no hipolímnio do lago durante a cheia. As concentrações de MeHg no sedimento (0,20 a 0,56 μg/kg) foram semelhantes em todo o lago e ligeiramente maiores durante a cheia. Enquanto as concentrações de MeHg em P. pardalis (0,02±0,01 mg/kg) e Cichla spp. (0,66±0,31 mg/kg) foram similares em todos os pontos de amostragem, os níveis de MeHg em H. malabaricus (0,66±0,29 mg/kg) foram maiores na região sul do lago. Não foram observados micronúcleos e as frequências de anormalidades nucleares eritrocitárias foram baixas (0,07±0,17% e 0,26±0,19%, respectivamente) em P. pardalis e em H. malabaricus (não avaliadas em Cichla spp.). A concentração de metalotioneína (2,50±0,90 μg/mg prot) e os índices de lesão hepática em H. malabaricus (22±4) foram maiores na região sul do lago. A região sul do lago é mais propícia à metilação do mercúrio pois concentrações de MeHg mais elevadas na água e em H. malabaricus foram observadas nesta região. Os efeitos tóxicos observados por meio dos biomarcadores podem não ter sido causados exclusivamente pelo MeHg, podendo haver influência de outro estressor ambiental na região sul do lago. Esses resultados mostram que a dinâmica e a bioacumulação do metilmercúrio podem variar entre diferentes áreas de um mesmo lago amazônico de acordo com a proximidade e conexão com o canal do rio principal, com o tipo de água, profundidade, área e conexão com áreas de terra firme e de vegetação alagada.
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Hiperparatireoidismo primário : caracterização molecular e biomarcadoresAlvelos, Maria Inês de Oliveira January 2009 (has links)
Tese de mestrado. Engenharia Biomédica. Faculdade de Engenharia. Universidade do Porto. 2009
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Avaliação do nível sérico de prolactina e CA 125 como marcadores diagnósticos de endometrioseBilibio, João Paolo January 2010 (has links)
Existe um atraso no diagnóstico de endometriose de cerca de 8 anos, provavelmente devido ao fato de seu diagnóstico ser cirúrgico e seus sintomas inespecíficos e com vários graus de intensidade. Devido a isso a procura por marcadores de endometriose é de interesse de todos os ginecologistas. Já foi demonstrado que a prolactina está aumentada neste grupo de pacientes. O objetivo deste estudo é avaliar a prolactina e o CA 125 com marcadores no diagnóstico de endometriose. Conduzimos ao longo desta dissertação um estudo transversal com um total de 97 pacientes divididas em dois grupos: 1- Grupo de estudo: pacientes sintomáticas com endometriose (sintomas de infertilidade ou dor), 2- Grupo controle: grupo de pacientes assintomática sem endometriose (pacientes que realizaram laparoscopia para ligadura tubária). Foram coletados amostra de plasma em ciclos menstruais anteriores a cirurgia durante a fase secretora do ciclo menstrual sendo dosado a prolactina (poll de 3 amostras) e o CA 125. Encontramos que a prolactina está aumentada no grupo de pacientes com endometriose, seja em pacientes inférteis, pacientes com dor, estágios I e II ou estágios III e IV. Comparando os dois marcadores, a prolactina (sensibilidade de 21% e especificidade de 99%) e Ca 125 (sensibilidade de 27% e especificidade de 97%) apresentam sensibilidade e especificidade semelhantes (P=0.58). Quando utilizamos estes dois marcadores juntos a sensibilidade foi de 44% e especificidade de 99%. Quando utilizamos, com escolha através da curva ROC, os dois melhores pontos de corte para prolactina e Ca 125 com os seguintes critérios: melhor sensibilidade para uma especificidade maior que 90% endometriose (para prolactina de 14.8 ng/ml e para o CA 125 de 19.8 U/I), obtivemos uma sensibilidade de 77% e especificidade 88% com os dois marcadores juntos. A prolactina é um marcador sérico semelhante ao CA 125 para diagnóstico de endometriose, e estes dois marcadores usados isoladamente possuem baixa sensibilidade. Entretanto, o uso destes dois marcadores juntos especialmente usando pontos de corte mais adequados para endometriose (para prolactina de 14.8 ng/ml e para o CA 125 de 19.8 U/I) apresentam sensibilidade (77%) e especificidade (88%) aceitáveis.
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Respostas bioquímicas e moleculares e sua relação com contaminantes orgânicos em botos-da-tainha (Tursiops truncatus) residentes no sul do BrasilRighetti, Bárbara Pacheco Harrison January 2017 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Bioquímica, Florianópolis, 2017. / Made available in DSpace on 2018-01-09T03:24:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2017 / A intensificação de atividades industriais e agrícolas na margem de corpos d?água tem imposto aos ambientes aquáticos uma crescente carga de resíduos. Dentre esses, poluentes orgânicos persistentes (POPs) e metais-traço, os quais se concentram no ambiente e nos organismos em decorrência de sua difícil degradação. POPs são biomagnificados através da dieta, alcançando níveis elevados em tecidos adiposos de predadores de topo, como cetáceos. POPs são frequentemente relacionados à maior incidência de doenças oportunistas e de carcinomas e à diminuição das taxas reprodutivas em cetáceos. Faz-se necessário o emprego de biomarcadores que permitam identificar antecipadamente quadros de exposição a tais compostos. O presente trabalho mensurou biomarcadores de biotransformação de xenobióticos, do sistema de defesa antioxidante e defesa imunológica em amostras tegumentares de botos da tainha, residentes no Complexo Estuarino de Santo Antônio dos anjos-Imaruí-Mirim, SC (CEL), e no estuário da Lagoa dos Patos, RS (ELP). Valores de contaminantes bioacumulados e resposta de biomarcadores foram comparados entre locais, machos e fêmeas, adultos e juvenis e entre botos amostrados no inverno e no verão. Níveis de resposta de biomarcadores também foram correlacionados aos níveis de organoclorados (OCs), bifenilas policloradas (PCBs) e éteres difenílicos polibromados (PBDEs) bioacumulados. Botos de CEL e ELP apresentaram padrão de PCBs e pesticidas similares. Botos de CEL apresentaram valores médios de ?DDTs/?PCBs significativamente maiores que os animais de ELP, e correlação negativa (r=-0,57) entre a o tamanho da área de concentração de vida e ?POPs bioacumulados. No ELP, os botos apresentaram concentrações mais elevadas de Mirex e PCBs. Dentre os biomarcadores avaliados, níveis de transcrição de metalotionéina 2A (MT2) foram significativamente mais elevados em botos de CEL. Local não exerceu influência significativa sobre níveis de resposta dos demais biomarcadores, Além do local, estação de coleta e sexo influenciaram significativamente concentrações de POPs bioacumulados e níveis de resposta de biomarcadores. Concentração de PCBs, DDTs e hexaclorobenzeno (HCB) foram menores em botos amostrados no inverno. Similarmente, atividade glutationa-S-transferase (GST) foi menor em botos amostrados no inverno. Variação sazonal também foi observada para níveis de transcrição de interleucina 1 (IL1), glutationa redutase (GR), glutationa peroxidase (GPx), gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase (GAPDH), beta-actina (B-ACT), receptor aril de hidrocarboneto (AHR) e glutationa-S-transferase, isoforma pi (GST-pi), com valores mais elevados de transcrição em botos amostrados no inverno. Em relação ao sexo, concentração de PCBs, DDTs e Mirex foram significativamente maiores em machos. O número de transcritos do complexo principal de histocompatibilidade classe II (MHCII) e beta-actina (B-ACT) também foram significativamente maiores em machos. As atividades superóxido dismutase (SOD), GPx e GR não variaram de acordo com local, sexo, faixa etária ou estação de coleta. Apesar de não terem sido obtidos valores de correlação significativos entre as classes de POPs e os níveis de resposta de biomarcadores, a análise de componentes principais (PCA) permite observar variação similar entre PBDEs, PCBs, Mirex e HCB e atividade GST, SOD e, em menor grau, atividade GPx. Resultados da PCA também indicam variação similar entre DDTs e níveis de transcritos de ARNT e, em menor grau, atividade GR. Atividade EROD e catalase ficaram abaixo do limite de detecção, assim como níveis de transcrição de CYP1A, interleucina-2 (IL-2) e interferon gama (IFN-g) ficaram abaixo do limite de detecção. Portanto, tais biomarcadores não foram incluídos em análises subsequenrtes. Os resultados indicam que níveis de POPs mensurados estão abaixo de valores críticos obtidos em áreas extremamente poluídas e reforçam o papel do Rio Tubarão como fonte de POPs para CEL. A análise de biomarcadores reflete os níveis de contaminação dos botos, apresentando variação também moderada entre as amostras. Níveis de transcrição de MT2, no entanto, indicam maior contaminação por metais-traço em CEL, embora tais elementos não tenham sido mensurados no presente trabalho. Os dados obtidos reforçam o potencial de uso dos níveis de transcrição de ARNT bem como atividade de GST como biomarcadores de exposição a POPs. Níveis de transcrição de MHCII sugerem maior resposta imune em botos com maiores níveis de POPs bioacumulados, possivelmente decorrente de uma maior exposição destes animais a patógenos. Por fim, nossos resultados enfatizam a necessidade de levar em conta a variação sazonal e de sexo quando da realização de estudos de biomonitoramento em cetáceos. / Abstract : Intensified industrial and agricultural development around waters bodies imposes upon aquatic environments an increasing load of chemical residues. Among these, persistent organic pollutants (POPs) and trace metals that accumulate on the environment and its organisms due to its resistance to degradation. POPs are biomagnified through diet, reaching high levels in adipose tissue of top predator, such as cetaceans. POPs are frequently associated to higher occurrence of opportunistic diseases, genetic alterations and diminishing reproductive rates on cetaceans. As such, is necessary to use biomarkers that indicate early-on exposure to POPs. The present study measured biomarkers of xenobiotic biotransformation, antioxidant defense system and immune response in integument tissue of bottlenose dolphins (Tursiops truncatus) resident to the estuarine complex of Santo Antonio dos anjos-Imaruí-Mirim, SC (CEL) and to Patos lagoon estuary, RS (ELP). Contamination levels and biomarkers response values were compared between locations, males and females, adults and juveniles and dolphins sampled in the summer or winter. Biomarkers response values were also correlated to levels of bioaccumulated organochlorine pesticides, polybrominated diphenyl ethers (PBDEs) and polychlorinated biphenyls (PCBs). Dolphins from CEL and ELP present a similar PCB congeners and pesticides pattern. CEL dolphins showed significantly higher ?DDTs/?PCBs values than ELP dolphins, and present a negative correlation (r= -0.57) between concentration area and ?POPs bioaccumulated. For ELP, dolphins showed higher Mirex and PCBs levels. Among analyzed biomarkers, transcription levels of metallothionein 2A (MT2) were significantly higher in dolphins from CEL. Location did not influence significantly other biomarkers. Besides location, sampling season and gender influenced significantly the concentration of POPs bioaccumulated and biomarkers response. PCBs, DDTs and hexachlorobenzene (HCB) levels were significantly lower in dolphins sampled in the winter. Similarly, glutathione-S-transferase (GST) activity was lower in dolphins sampled in the winter. Seasonal variation was also observed for transcription levels of interleukin-1 (IL-1), glutathione reductase (GR), glutathione peroxidase (GPx), glyceraldehyde-3-phosphate dehydrogenase (GAPDH), beta-actin (B-ACT), aryl hydrocarbon receptor (AHR) and glutathione-S-transferase pi (GST-pi), with significantly higher values in samples obtained in the winter. Regarding gender, PCBs, DDTs and Mirex levels were significantly higher in males. Transcription levels of major histocompatibility complex class II (MHCII) and beta-actin (B-ACT) were also significantly higher in males. Superoxide dismutase (SOD), GPx and GR activity did not vary significantly with location, gender or sampling season. Despite the absence of significant correlation values between POPs classes and biomarkers response, principal component analysis (PCA) exhibits similar variation patterns among PBDEs, PCBs, Mirex and HCB and GST, SOD and GPx activity. PCA results also indicate similar variation pattern between DDTs and ARNT transcription levels and, to a minor extent, GR activity. EROD and catalase activity remained below detection limit, as did the transcription levels of CYP1A, interleukin-2 (IL-2) and interferon-gamma (IFN-g). As such, these biomarkers were excluded from further analysis. Results indicate that measured POPs levels are moderate, below critical values obtained in highly polluted areas and reinforce the role of Tubarao River as a main source of POPs to CEL. Biomarkers response reflected POPs levels and showed moderate variation between samples. However, results indicated a possibly higher contamination of CEL by trace metals and support the usage of ARNT and GST activity as biomarkers to POPs exposure. Also, MHCII transcription rates suggested an increased immune response in contaminated animals, possibly due to a higher exposure to pathogens. Finally, our results emphasize the need to consider seasonal variability upon using molecular biomarkers in cetaceans biomonitoring studies.
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Análise de biomarcadores proteicos para estudos de identificação, resistência e variabilidade em Staphylococcus spp. resistentes à meticilina (MRS) e Enterococcus resistentes à vancomicina (VRE)Estigarribia Cabrera, Diana Alejandra January 2017 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia e Biociências, Florianópolis, 2017. / Made available in DSpace on 2017-11-14T03:23:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2017 / Nas últimas décadas, a disseminação de bactérias patogênicas e resistentes, tornou-se uma preocupação a nível mundial. As metodologias fenotípicas e moleculares tradicionais são laboriosas, requerem muito treinamento técnico e possuem altos custos. O sistema MALDI-TOF/MS, metodologia emergente da espectrometria de massas aplicada à microbiologia, é utilizado na rotina como método de identificação por inoculação direta de bactérias e mostrou-se promissor na determinação precoce da relação epidemiológica de isolados. Os Staphylococcus spp. resistentes à meticilina (MRS) e Enterococcus resistentes à vancomicina (VRE) são importantes patógenos oportunistas que causam Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). Assim sendo, o nosso trabalho tem como objetivo analisar biomarcadores proteicos para estudos de identificação, resistência e variabilidade de isolados de MRS e VRE. Os isolados são provenientes do Hospital Universitário (HU/UFSC, Florianópolis/SC, Brasil), coletados entre abril de 2015 e março de 2016 de pacientes, profissionais da saúde, e ambiente hospitalar de cinco alas do hospital: Emergência (EMG), Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Centro Cirúrgico (CCR), Clínica Médica I (CMI) e Clínica Cirúrgica I (CRI). Das 1.759 amostras coletadas, foram isolados 17 VRE e 72 MRS. Desses, catorze foram identificados como S. aureus resistentes à meticilina (MRSA) e quinze como E. faecium resistentes à vancomicina. Nossos resultados apontam que o protocolo de MALDI-TOF validado neste trabalho para análises microbiológicas mostrou poder discriminatório para identificação dos isolados a nível de gênero, tanto para VRE quanto para MRS, analisando-se proteínas na faixa de 2.000 a 20.000 Da. Para Staphylococcus spp., os biomarcadores proteicos identificados permitiram uma análise robusta para identificação das espécies, mas não mostraram poder discriminatório suficiente para análises de marcadores de resistência à oxacilina e vancomicina ou de variabilidade e clonalidade. Para a identificação dos Staphylococcus coagulase negativa (SCoN) foram encontrados quatro picos exclusivos para S. sciuri resistentes à oxacilina (MRSCi), quatro para S. haemolyticus resistentes à oxacilina (MRSH) e dezessete para S. warneri resistentes à oxacilina (MRSW). Na tentativa de diferenciar MRSA dos MSSA, foram obtidos nove picos com especificidade e sensibilidade consideráveis, mas somente dois, m/z 2302±2 Da e 3073±2 Da possuem valores relevantes da área sob a curva (AUC) para futuras pesquisas. No caso do VRE, o pico m/z 4430±3 Da foi comum para todas as amostras, entretanto não foi possível identificar picos comuns para identificação das espécies nem para estudos de prospecção de resistência bacteriana. Finalmente, apesar de bem estabelecido para identificação bacteriana, nossos dados sugerem cautela na interpretação dos resultados de MALDI-TOF/MS para estudos de resistência e variabilidade até que modelos computacionais estejam bem validados. / Abstract : Within the last decade, the characterization of pathogenic and resistant bacteria has become a worldwide concern. The conventional microbiology and molecular biology methods are time-consuming, require technical skills training and are costly. Matrix-assisted laser-desorption-ionization-time-of-flight mass spectrometry (MALDI-TOF MS), an emerging methodology of mass spectrometry applied to microbiology, is a method routinely used for bacterial identification using a whole cell of bacteria and has shown promise in the prompt determination of epidemiological relatedness of clinical isolates. Methicillin-resistant Staphylococcus spp. (MRS) and vancomycin-resistant Enterococci (VRE) are important opportunistic pathogens that cause Healthcare-associated Infections (HAI). The aim of this study was to analyze protein biomarkers for bacterial identification, resistance and variability of MRS and VRE isolates compared to standard strains and control strains. The isolates were collected from the University Hospital (HU/UFSC, Florianópolis/SC, Brazil), between April 2015 and March 2016 from patients, health workers and the hospital environment of five hospital units: Emergency Department (ED), Intensive Care Unit (ICU), Surgical Center (SC), Medical Clinical Unit (MCU) and Surgical Clinical Unit (SCU). From the 1,759 samples that were obtained, 17 VRE and 72 MRS were isolated. Among then, fourteen were identified as methicillin-resistant Staphylococcus aureus (MRSA) and seventeen as vancomycin-resistant Enterococcus faecium. Here we show that the MALDI-TOF protocol validated in the study conditions for microbiological analysis showed discriminatory power for the identification of the isolates at the genus level, for both VRE and MRS, analyzing proteins in the range of 2,000 to 20,000 Da. The identified protein biomarkers to Staphylococcus spp. allowed a robust analysis for species identification. However, they did not show sufficient discriminatory power for analyzes of oxacillin and vancomycin resistance markers or of variability and clonality. For the identification of coagulase-negative staphylococci (CoNS), four unique peaks were found for methicillin-resistant S. sciuri (MRSCi), four for methicillin-resistant S. haemolyticus (MRSH) and seventeen for methicillin-resistant S. warneri (MRSW). In an attempt to differentiate MRSA from MSSA, nine peaks with considerable specificity and sensitivity were obtained, but only two, m/z 2302±2 and 3073±2 have relevant area under the curve (AUC) values for future research. In the case of VRE, the peak m/z 4430±3 was common for all samples; however it was not possible to identify common peaks for identification of the species or for prospective studies of bacterial resistance. Finally, although well established for bacterial identification, our data suggest caution in the interpretation of MALDI-TOF/MS results for studies of resistance and variability until computational models are well validated.
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