Made available in DSpace on 2015-04-14T13:47:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1 438223.pdf: 3365250 bytes, checksum: 714fc7b0de9e6b192228f034c5ee6a60 (MD5) Previous issue date: 2012-03-29 / Os quinze anos de governo do presidente Get?lio Vargas compreendidos entre 1930 e 1945 incutiram no pa?s profundas modifica??es pol?ticas e sociais. A hist?ria tradicional, ao nomear os momentos hist?ricos do Estado brasileiro como Rep?blica Velha e Rep?blica Nova, repercute, respectivamente, os acontecimentos anteriores ao golpe de estado de 1930 e os acontecimentos que vieram ap?s esta data. Ao mesmo tempo em que esta nomenclatura visava a diferenciar as formas de se fazer pol?tica no pa?s entrava em confronto com as pr?ticas empreendidas pelo governo, muito do que era de praxe nos governos anteriores manteve-se na era Vargas. Um exemplo s?o as pol?ticas p?blicas de combate ? seca organizadas pelo Estado, e que neste per?odo pouco diferiram das empreendidas por governos anteriores. Algumas destas a??es n?o surtiram o efeito desejado, e muitas outras nem foram colocadas em pr?tica, obrigando os sertanejos a migrar. Tal situa??o levou a sociedade a criar um imagin?rio de que todos os migrantes nordestinos sa?am de sua regi?o ?nica e exclusivamente por conta da seca, n?o evidenciando outros fatores que o impulsionavam a realizar tal ato. Contudo, este trabalho visa a problematizar a rela??o estabelecida entre a seca e a migra??o nordestina, objetivando compreender atrav?s das produ??es culturais de Graciliano Ramos e Candido Portinari as concep??es de migra??o presentes nos espa?os urbanos. Igualmente buscando entender os processos migrat?rios estabelecidos em momentos de seca demonstrando tamb?m a ocorr?ncia do fen?meno migrat?rio em ?pocas de chuvas. Assim, a seca n?o pode ser compreendida, em ?ltima inst?ncia, como o fen?meno impulsionador das retiradas, havendo muitas outras quest?es a serem consideradas.