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Territórios do turismo, territórios de todos? um estudo comparado sobre urbanização e formação de territórios turísticos em balneários turísticos do Nordeste do Brasil.BRANDÃO, Paulo Roberto Baqueiro 03 1900 (has links)
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Previous issue date: 2013-03 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia / Transformada em verdadeira panaceia global pela suposta capacidade de fomentar a inserção ou a reabilitação econômica de espaços deprimidos, o turismo tem se difundido de maneira nunca antes observada. O resultado desse processo, que envolve profundas transformações no território ao sabor dos interesses relativos ao mercado turístico, é que a vida que a anima passa a se constituir de ações estranhas ao lugar. Tudo é planejado, medido, condicionado e, por meio dessas estratégias, o espaço é transformado em um palco de ações que reforçam o seu caráter espetacular onde nada escapa à condição de mercadoria. Seja por meio da inserção de projetos hoteleiros e empreendimentos imobiliários voltados à segunda residência ou mesmo por conta da aparição de lojas, restaurantes, espaço privados de lazer e entretenimento, novas formas de produção simbólica e material do território emergem, introduzindo, por um lado, ideias, valores, crenças, além de uma nova ordem moral, e, por outra banda, uma gama de objetos alienígenas na paisagem, todos articulados e articuladores do lugar com o mundo, ainda que de forma extremamente seletiva e segregaria. A aceleração das transformações de caráter territorial decorrentes do turismo em certos pontos do litoral do Nordeste brasileiro tem produzido novas territorialidades em escala local, mas com repercussões socioeconômicas, políticas e culturais muito mais amplas, já que afetam a própria continuidade da prática turística, devendo, portanto, figurar como uma preocupação dos agentes responsáveis pelo planejamento e gestão do turismo. Esta tese surge, pois, como um meio para a reflexão crítica dos caminhos seguidos pelos organismos públicos e privados, que se constituem em agentes do turismo no sentido de centrarem esforços na geração de meios para o desenvolvimento da atividade segundo bases locais, privilegiando os interesses das comunidades receptoras, valorizando os seus laços identitários e territoriais vinculados ao sentimento de pertencimento que os ligam às terras de origem Neste sentido, o propósito maior desta tese é, por um lado, compreender, em toda sua multiplicidade, as transformações e permanências ocorridas nos territórios historicamente construídos pelas populações locais em decorrência da inserção do turismo em Pipa (RN), Porto de Galinhas (PE) e Praia do Forte (BA) e, por outro lado, em concordância com os princípios que norteiam os estudos de caráter comparativo, evidenciar as similaridades e diferenças nos processos anteriormente aventados nas três localidades em exame. Além disto, outros objetivos, subjacentes ao principal, afloram: (a) enquadrar os processos hodiernos de territorialização do turismo como parte do movimento histórico de reestruturação do capitalismo, assentado no espectro fordista de produção e consumo do espaço; (b) analisar a relação dialética entre uma ordem local e uma ordem global mediada pelo turismo na formação de arranjos territoriais nas localidades litorâneas do Nordeste brasileiro, definindo e delimitando o papel de cada um dos agentes nos processos de territorialização em análise. Neste sentido, esta tese se constitui em um documento geográfico que se impõe por representar um esforço de empiricização de conceitos atinentes à abordagem territorial não ou pouco debatidos na perspectiva dos estudos sobre o turismo, especialmente na modalidade Sol e Praia, como ora se realiza em pequenas nucleações urbanas do Nordeste brasileiro.
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