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Bandeirismo paulista: o avanço na colonização e exploração do interior do Brasil (Taubaté, 1645 a 1720) / Bandeirismo paulista: the advance in colonization and exploration of the interior of Brazil (Taubaté, 1645 to 1720)Lima, Leandro Santos de 22 June 2011 (has links)
Até poucas décadas atrás reinava a idéia de que o bandeirismo paulista tinha sido o resultado natural de uma raça de gigantes que foi obrigada, devido ao suposto abandono da metrópole, a adentrar o sertão para buscar o remédio para sua pobreza. Essa definição colocava tal fenômeno histórico num patamar de influências exclusivamente locais, considerando-o atípico e isolado de qualquer relação com a empresa colonial portuguesa. Porém, a historiografia atual, ao revisitar esse tema, vem propondo novos caminhos analíticos diferentes daqueles que até então vigoravam. Seguindo a atual tendência, a presente pesquisa teve por objetivo analisar pontualmente o bandeirismo taubateano, entre os anos de 1645 e 1720, como um fenômeno histórico, fruto de um processo econômico, social e político, tanto de caráter local, como também, colonial. Verificou-se que a segunda metade do século XVII assistiu a uma reorientação nas incursões sertanistas, tanto de caça ao índio como de pesquisa mineral. Essas atividades, se por um lado eram financiadas pelo capital privado, que podia, ou não, ser do próprio grupo social bandeirante, por outro lado recebiam o incentivo oficial vindo da metrópole por meio da correspondência entre os agentes oficiais da administração portuguesa. O bandeirante, visando a dominação do poder local, desejava não só enriquecer, mas também enobrecer; já a coroa desejava a injeção de novas riquezas e, para isso, precisava do colono para aprofundar a exploração de suas terras na América, daí incentivar tais incursões com a promessa de honras, mercês e títulos. No jogo de interesses, a relação era simbiótica, ou seja, era uma empresa em conjunto. Enfim, tanto o grupo bandeirante local quanto a monarquia lusitana desejavam a mesma coisa: a manutenção do poder. / Until a few decades ago the idea that prevailed was that the bandeirismo paulista was the natural outcome of a race of giants that was forced, due to the supposed abandonment of the metropolis, to penetrate the wilderness to seek remedy for their poverty. This definition would put such a historical phenomenon in a purely local level influences, considering atypical and isolated from any relationship with the Portuguese colonial enterprise. However, the current historiography, to revisit the issue, has been proposing new analytical paths other than those previously prevailing. Following current trends, this research aimed to analyze the bandeirismo taubateano punctually, between the years 1645 and 1720, as a historical phenomenon, the result of an economic process, social and political character of both local as well as colonial. It was found that the second half of the seventeenth century witnessed a shift in raids frontiersmen, both of Indian hunting and mineral exploration. Such activities, if one part were financed by private capital, which could, or may not be the group\'s own social bandeirante, on the other side received the official encouragement coming from the metropolis through the correspondence between the official agents of the Portuguese administration. The bandeirante, seeking the domination of local government, wanted not only to be rich but also ennobling, even the crown wanted to inject new wealth and for this, the settler needed to further exploitation of their lands in America hence encouraging such incursions with the promise of honors, titles and favors. In the game of interests, the relationship was symbiotic, it was \"a company together.\" Finally, both the local bandeirante group as the Lusitanian monarchy wanted the same thing: keeping the power.
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Bandeirismo paulista: o avanço na colonização e exploração do interior do Brasil (Taubaté, 1645 a 1720) / Bandeirismo paulista: the advance in colonization and exploration of the interior of Brazil (Taubaté, 1645 to 1720)Leandro Santos de Lima 22 June 2011 (has links)
Até poucas décadas atrás reinava a idéia de que o bandeirismo paulista tinha sido o resultado natural de uma raça de gigantes que foi obrigada, devido ao suposto abandono da metrópole, a adentrar o sertão para buscar o remédio para sua pobreza. Essa definição colocava tal fenômeno histórico num patamar de influências exclusivamente locais, considerando-o atípico e isolado de qualquer relação com a empresa colonial portuguesa. Porém, a historiografia atual, ao revisitar esse tema, vem propondo novos caminhos analíticos diferentes daqueles que até então vigoravam. Seguindo a atual tendência, a presente pesquisa teve por objetivo analisar pontualmente o bandeirismo taubateano, entre os anos de 1645 e 1720, como um fenômeno histórico, fruto de um processo econômico, social e político, tanto de caráter local, como também, colonial. Verificou-se que a segunda metade do século XVII assistiu a uma reorientação nas incursões sertanistas, tanto de caça ao índio como de pesquisa mineral. Essas atividades, se por um lado eram financiadas pelo capital privado, que podia, ou não, ser do próprio grupo social bandeirante, por outro lado recebiam o incentivo oficial vindo da metrópole por meio da correspondência entre os agentes oficiais da administração portuguesa. O bandeirante, visando a dominação do poder local, desejava não só enriquecer, mas também enobrecer; já a coroa desejava a injeção de novas riquezas e, para isso, precisava do colono para aprofundar a exploração de suas terras na América, daí incentivar tais incursões com a promessa de honras, mercês e títulos. No jogo de interesses, a relação era simbiótica, ou seja, era uma empresa em conjunto. Enfim, tanto o grupo bandeirante local quanto a monarquia lusitana desejavam a mesma coisa: a manutenção do poder. / Until a few decades ago the idea that prevailed was that the bandeirismo paulista was the natural outcome of a race of giants that was forced, due to the supposed abandonment of the metropolis, to penetrate the wilderness to seek remedy for their poverty. This definition would put such a historical phenomenon in a purely local level influences, considering atypical and isolated from any relationship with the Portuguese colonial enterprise. However, the current historiography, to revisit the issue, has been proposing new analytical paths other than those previously prevailing. Following current trends, this research aimed to analyze the bandeirismo taubateano punctually, between the years 1645 and 1720, as a historical phenomenon, the result of an economic process, social and political character of both local as well as colonial. It was found that the second half of the seventeenth century witnessed a shift in raids frontiersmen, both of Indian hunting and mineral exploration. Such activities, if one part were financed by private capital, which could, or may not be the group\'s own social bandeirante, on the other side received the official encouragement coming from the metropolis through the correspondence between the official agents of the Portuguese administration. The bandeirante, seeking the domination of local government, wanted not only to be rich but also ennobling, even the crown wanted to inject new wealth and for this, the settler needed to further exploitation of their lands in America hence encouraging such incursions with the promise of honors, titles and favors. In the game of interests, the relationship was symbiotic, it was \"a company together.\" Finally, both the local bandeirante group as the Lusitanian monarchy wanted the same thing: keeping the power.
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