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Educação não inclusiva: a trajetória das barreiras atitudinais nas dissertações de educação do programa de pós-graduação em educação (PPGE/UFPE)Silva, Fabiana Tavares dos Santos 31 January 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012 / Historicamente a sociedade tem gerado, mantido e fortalecido barreiras atitudinais
contra as pessoas com deficiência. Esse processo se dá por meio de ações,
omissões e linguagens produzidos ao longo da história humana, resultando no
desrespeito ou impedimento aos direitos dessas pessoas, limitando-as ou
incapacitando-as para o exercício de direitos e deveres sociais. A universidade,
enquanto componente dessa sociedade, não está imune a esse processo, uma vez
que, por meio do discurso científico, reproduz/difunde barreiras sociais, as remove e
mesmo produz novas barreiras atitudinais. Nesta pesquisa se investiga como as
barreiras atitudinais aparecem no discurso das dissertações de mestrado sobre
educação especial defendidas no Programa de Pós-Graduação em Educação da
Universidade Federal de Pernambuco (PPGE/UFPE), no período de 1978 a 2002;
bem como se discute o efeito das barreiras atitudinais no entendimento da
sociedade para com as pessoas com deficiência. A análise das barreiras atitudinais
existentes no discurso dissertativo é fundamentada na teoria da análise do discurso
de Pêcheux, bem como, na teoria da inclusão social/educacional e mais
especificamente no estudo sobre as barreiras atitudinais e sua taxonomia. A
metodologia empregada, no presente estudo de cunho qualitativo e documental, é a
da teoria do discurso. O procedimento de pesquisa utilizado inclui a construção de
categorias das barreiras atitudinais e a interrogação do discurso das dissertações,
em seus diferentes elementos: título/tema; análise de dados, referencial teórico,
considerações finais/conclusão e referências. Mapeia a produção e a difusão de
dissertações sobre educação especial no PPGE/UFPE (1978 a 2002). Lista um
conjunto de barreiras atitudinais existentes nessas dissertações. Revela como e
onde as barreiras atitudinais, presentes nos discursos científicos, são disseminadas,
atingem a pessoa com deficiência e influenciam a sociedade, em relação àquelas
pessoas. Conclui que esse processo se dá (des)percebidamente, entre outros
aspectos, em função dos trabalhos não estarem situados em uma área ou linha de
pesquisa em que a inclusão seja a tônica. Mostra que o discurso científico
produzido no PPGE/UFPE (1978 a 2002) é, em alguns momentos, vanguardista em
relação à efetivação da educação inclusiva, mas que contundentemente se tornou
responsável pela tonificação de barreiras atitudinais que prejudicam a construção da
identidade social e individual da pessoa com deficiência: as barreiras atitudinais de
substantivação e de adjetivação com suas diferentes manifestações percebidas por
meio de designações como: fronteiriço, anormal moral, atrasado pedagógico etc.
utilizadas no discurso das dissertações e resultantes/estimuladoras da leitura
incapacitante que a sociedade imputa às pessoas com deficiência. Defende que a
pesquisa sobre as pesquisas em educação especial/educação inclusiva é um
percurso valoroso porque dele pode surgir as bases para a transformação que
contemple na prática da universidade o direito de todos a educação de qualidade.
Por fim, sugere que a universidade esteja mais atenta aos discursos que produz,
estimule a produção de pesquisas sobre educação inclusiva, promova, através da
Ciência e das práticas atitudinais, a conscientização necessária à inclusão.
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