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Desenvolvimento da metodologia de síntese e purificação dos dímeros L-lactídeo e glicolídeo para produção do poli (ácido lático-co-ácido glicólico) para utilização na produção de fontes radioativas / Development of a methodology for the synthesis and purification of the dimers L-lactide and glycolide for the production of poly(lactic acid-co-glycolic acid) for use in the manufacture of radioactive sourcesPeleias Júnior, Fernando dos Santos 31 July 2017 (has links)
A Organização Mundial da Saúde (OMS) relata o câncer como uma das principais causas de morte no mundo. O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais prevalente em homens, com cerca de 1,1 milhão de casos diagnosticados em 2012. Braquiterapia com iodo-125 é uma método de radioterapia que consiste na introdução de sementes com material radioativo no interior do órgão a ser tratado. As sementes de iodo-125 podem ser inseridas soltas ou em cordas poliméricas bioabsorvíveis, mais comumente o poli(ácido lático-co-ácido glicólico) (PLGA). A função do polímero é reduzir a possibilidade de migração das sementes, o que poderia ser prejudicial para órgãos e tecidos saudáveis. De modo a reduzir os custos do tratamento, a síntese dos dímeros L-lactídeo e glicolídeo, para posterior utilização para preparação do PLGA, por meio da polimerização por abertura de anel, é proposta neste trabalho. Adicionalmente, propõe-se a utilização do amino-alcóxido tris(fenolato) de zircônio (IV) como alternativa ao usual octanoato de estanho (SnOct2), uma vez que a toxicidade do estanho permanece como obstáculo na produção do PLGA para aplicações biomédicas. Embora o iniciador de zircônio seja mais lento do que o SnOct2, massas molares relativamente elevadas foram obtidas quando razões monômero/iniciador (M/I) de 1000/1 (24 h), e 5000/1 (48 h) foram utilizadas. Considerando que as unidades glicolila (GA) são mais reativas do que as unidades lactila (LA), tempos longos de reação são necessários para atingir uma razão LA/GA próxima do objetivo do trabalho (85/15). O grau de racemização também depende do iniciador utilizado. As reações de polimerização realizadas com o iniciador de zircônio mostraram um maior grau de racemização, quando comparadas com aquelas realizadas com o SnOct2. Também foi observado um ligeiro aumento na racemização com o tempo. Considerando os resultados obtidos na síntese e purificação dos dímeros, e na síntese do PLGA em condições semelhantes às industriais, foi possível preparar o polímero de alta massa molar com um custo dezenas de vezes inferior ao custo do PLGA no mercado internacional. Os efeitos da radiação gama no PLGA também foram estudados. Doses normalmente aplicadas para esterilizar materiais para aplicações biomédicas foram empregadas: 10, 18, 25 e 50 kGy. A massa molar de todas as amostras irradiadas diminuiu de uma forma proporcional à dose até 56% de perda para 10 kGy e 72% para 50 kGy porém, são menos pronunciadas para doses mais elevadas. Alterações nas propriedades térmicas, tais como temperatura de fusão, temperatura de transição vítrea e a entalpia de cristalização e fusão foram também observadas após a irradiação. / The World Health Organization (WHO), reports cancer a leading cause of death worldwide. Prostate cancer is the second most common cancer in men, with 1.1 million diagnoses in 2012. Brachytherapy is a method of radiotherapy where encapsulated radioactive sources (seeds) are placed inside or very close to the area requiring treatment. Iodine-125 seeds can be inserted loose or stranded in bioresorbable materials most commonly poly(lactic-co-glycolic) acid (PLGA). The main function of the polymer is to reduce the possibility of seeds migration, which could potentially harm healthy organs and tissues. In order to reduce the cost of the treatment, we propose in this work the synthesis of L-lactide and glycolide dimers, for the production of PLGA using the ring-opening polimerisation route. Additionally, we also propose the use of a Zr (IV) amine tris(phenolate) alkoxide initiator as an alternative to the usual SnOct2, which is still considered an unsolved problem for biomedical applications due to its toxicity. Although the zirconium alkoxide initiator is less active and slower than SnOct2, relatively high molecular weights were obtained at a temperature of 130°C, for a monomer to initiator ratio of 1000/1 (24 h), and 5000/1, in 48 h. Since glycolyl units are more reactive than lactyl counterpart, longer reaction times are needed to achieve a LA/GA ratio closer to the initial (85/15). The degree of racemisation of the polymer depended upon the initiator used. The reactions carried out with the zirconium initiator showed a higher degree of racemisation when compared to those carried out with SnOct2. A modest increase in the degree of racemisation with time was also observed. Considering the results obtained for the synthesis and purification of the dimers, and for the synthesis of PLGA under industrial-like conditions, we concluded that it was possible to produce a high molecular weight polymer that costs far less than the usual price of PLGA on the market. The effects of gamma radiation on PLGA were also studied. We used doses commonly applied to sterilise materials for biomedical applications: 10, 18, 25 and 50 kGy. All irradiated samples showed a reduction in the molecular weight in a dose dependent fashion - up to 56% loss for 10 kGy and 72% for 50 kGy - but these reductions were less pronounced for higher doses. Changes in thermal properties, such as melting point, glass transition temperature and enthalpy of crystallisation and fusion were also observed after irradiation.
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Desenvolvimento da metodologia de síntese e purificação dos dímeros L-lactídeo e glicolídeo para produção do poli (ácido lático-co-ácido glicólico) para utilização na produção de fontes radioativas / Development of a methodology for the synthesis and purification of the dimers L-lactide and glycolide for the production of poly(lactic acid-co-glycolic acid) for use in the manufacture of radioactive sourcesFernando dos Santos Peleias Júnior 31 July 2017 (has links)
A Organização Mundial da Saúde (OMS) relata o câncer como uma das principais causas de morte no mundo. O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais prevalente em homens, com cerca de 1,1 milhão de casos diagnosticados em 2012. Braquiterapia com iodo-125 é uma método de radioterapia que consiste na introdução de sementes com material radioativo no interior do órgão a ser tratado. As sementes de iodo-125 podem ser inseridas soltas ou em cordas poliméricas bioabsorvíveis, mais comumente o poli(ácido lático-co-ácido glicólico) (PLGA). A função do polímero é reduzir a possibilidade de migração das sementes, o que poderia ser prejudicial para órgãos e tecidos saudáveis. De modo a reduzir os custos do tratamento, a síntese dos dímeros L-lactídeo e glicolídeo, para posterior utilização para preparação do PLGA, por meio da polimerização por abertura de anel, é proposta neste trabalho. Adicionalmente, propõe-se a utilização do amino-alcóxido tris(fenolato) de zircônio (IV) como alternativa ao usual octanoato de estanho (SnOct2), uma vez que a toxicidade do estanho permanece como obstáculo na produção do PLGA para aplicações biomédicas. Embora o iniciador de zircônio seja mais lento do que o SnOct2, massas molares relativamente elevadas foram obtidas quando razões monômero/iniciador (M/I) de 1000/1 (24 h), e 5000/1 (48 h) foram utilizadas. Considerando que as unidades glicolila (GA) são mais reativas do que as unidades lactila (LA), tempos longos de reação são necessários para atingir uma razão LA/GA próxima do objetivo do trabalho (85/15). O grau de racemização também depende do iniciador utilizado. As reações de polimerização realizadas com o iniciador de zircônio mostraram um maior grau de racemização, quando comparadas com aquelas realizadas com o SnOct2. Também foi observado um ligeiro aumento na racemização com o tempo. Considerando os resultados obtidos na síntese e purificação dos dímeros, e na síntese do PLGA em condições semelhantes às industriais, foi possível preparar o polímero de alta massa molar com um custo dezenas de vezes inferior ao custo do PLGA no mercado internacional. Os efeitos da radiação gama no PLGA também foram estudados. Doses normalmente aplicadas para esterilizar materiais para aplicações biomédicas foram empregadas: 10, 18, 25 e 50 kGy. A massa molar de todas as amostras irradiadas diminuiu de uma forma proporcional à dose até 56% de perda para 10 kGy e 72% para 50 kGy porém, são menos pronunciadas para doses mais elevadas. Alterações nas propriedades térmicas, tais como temperatura de fusão, temperatura de transição vítrea e a entalpia de cristalização e fusão foram também observadas após a irradiação. / The World Health Organization (WHO), reports cancer a leading cause of death worldwide. Prostate cancer is the second most common cancer in men, with 1.1 million diagnoses in 2012. Brachytherapy is a method of radiotherapy where encapsulated radioactive sources (seeds) are placed inside or very close to the area requiring treatment. Iodine-125 seeds can be inserted loose or stranded in bioresorbable materials most commonly poly(lactic-co-glycolic) acid (PLGA). The main function of the polymer is to reduce the possibility of seeds migration, which could potentially harm healthy organs and tissues. In order to reduce the cost of the treatment, we propose in this work the synthesis of L-lactide and glycolide dimers, for the production of PLGA using the ring-opening polimerisation route. Additionally, we also propose the use of a Zr (IV) amine tris(phenolate) alkoxide initiator as an alternative to the usual SnOct2, which is still considered an unsolved problem for biomedical applications due to its toxicity. Although the zirconium alkoxide initiator is less active and slower than SnOct2, relatively high molecular weights were obtained at a temperature of 130°C, for a monomer to initiator ratio of 1000/1 (24 h), and 5000/1, in 48 h. Since glycolyl units are more reactive than lactyl counterpart, longer reaction times are needed to achieve a LA/GA ratio closer to the initial (85/15). The degree of racemisation of the polymer depended upon the initiator used. The reactions carried out with the zirconium initiator showed a higher degree of racemisation when compared to those carried out with SnOct2. A modest increase in the degree of racemisation with time was also observed. Considering the results obtained for the synthesis and purification of the dimers, and for the synthesis of PLGA under industrial-like conditions, we concluded that it was possible to produce a high molecular weight polymer that costs far less than the usual price of PLGA on the market. The effects of gamma radiation on PLGA were also studied. We used doses commonly applied to sterilise materials for biomedical applications: 10, 18, 25 and 50 kGy. All irradiated samples showed a reduction in the molecular weight in a dose dependent fashion - up to 56% loss for 10 kGy and 72% for 50 kGy - but these reductions were less pronounced for higher doses. Changes in thermal properties, such as melting point, glass transition temperature and enthalpy of crystallisation and fusion were also observed after irradiation.
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Aplicação do método biomimético para o recobrimento da liga AZ91 com apatitas para aumento da resistência à corrosão / Apatite coatings on magnesium based alloy AZ91 using biomimetic method for improved corrosion resistanceRamasco, Bruno Torquato 28 August 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-08-28 / Não recebi financiamento / In orthopedic medicine and traumatology, the use of implants to help bone reconstitution is very common. They are divided in two groups: Internal and external fixation devices. After bone reconstitution, these components lose their function and therefore must be removed. However, in many cases, due to the cost or patient suffering, the devices are not removed. To avoid this, are under development bioabsorbable alloys that after bone healing degrade and are absorbed by the body, not requiring its removal. Among them, magnesium based alloys are under the spot. Regular magnesium alloys, however, present one main drawback: High corrosion rate, which leads to mechanical properties loss before the bone reconstitution and excessive production of gas hydrogen, leading to the formation of gas pockets, which cause adverse reactions and inhibit bone growth. This study aims to investigate surface coatings on the commercial alloy AZ91 in order to decrease the corrosion rate, making the material suitable for the use as biodegradable implants. Three modified SBF solutions were employed to coat the surfaces with apatites using the biomimetic method. The influences of pre-treatment of the samples in NaOH solution and heat treatment after coating on the electrochemical behavior of produced coatings were investigated. The results showed that the use of biomimetic method using modified SBF solutions was effective to produce apatite phases on the surface of the magnesium commercial alloy AZ91, considered a more suitable bone replacement than HA. The coated samples presented higher corrosion resistance than the uncoated material, as evaluated by electrochemical tests. This behavior was more pronounced for coatings obtained after the use of pre-treatment NaOH solution. / Na medicina ortopédica e traumatológica o uso de implantes para auxílio da reconstituição óssea de membros é muito comum. São formadas por dois grupos: Dispositivos de fixação interna e de fixação externa. Após a consolidação da fratura, esses componentes perdem sua função e por isso devem ser retirados. Muitas vezes, porém, não o são devido ao custo e sofrimento causado ao paciente. Para evitar isso, estão em desenvolvimento ligas biodegradáveis que, após a consolidação óssea, degradam e são absorvidas pelo organismo, não sendo necessária sua retirada. Entre elas se destacam as ligas a base de magnésio que, no entanto, vem apresentando altas taxas de corrosão, que fazem com que a peça perca as propriedades mecânicas antes da consolidação da fratura, além de proporcionarem a produção em excesso de gás hidrogênio que leva à formação de bolsas de gás, as quais causam reações adversas e inibem o crescimento ósseo. Este trabalho tem como objetivo investigar recobrimentos da superfície da liga comercial AZ91, a fim de possibilitar o desenvolvimento de um material com taxa de corrosão mais adequada, que permita a consolidação da fratura antes de sua biodegradação. Utilizou-se neste trabalho o recobrimento com apatitas através do Método Biomimético com o emprego de três soluções SBF modificadas. Foi investigada a influência do pré-tratamento das amostras em NaOH e também do tratamento térmico pós recobrimento, na obtenção e na composição dos recobrimentos, assim como no comportamento eletroquímico das amostras. Os recobrimentos obtidos foram compostos por fases de apatita consideradas substitutas ósseas mais adequadas que a Hidroxiapatita (HA) e mostraram nos ensaios eletroquímicos uma redução efetivada da taxa de corrosão, sendo esse comportamento mais acentuado para os recobrimentos obtidos após o emprego do pré-tratamento em solução de NaOH.
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Parafuso de interferência metálico versus bioabsorvível para fixação do enxerto na reconstrução do ligamento cruzado anterior: Revisão sistemática / Bioabsorbable versus metallic interference screws for graft fixation in anterior cruciate ligament reconstructionDebieux, Pedro [UNIFESP] January 2015 (has links) (PDF)
Submitted by Diogo Misoguti (diogo.misoguti@gmail.com) on 2016-06-24T19:52:09Z
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Previous issue date: 2015 / Introdução: Esta revisão avalia se os parafusos de interferência
bioabsorvíveis podem apresentar melhores resultados do que os parafusos de
interferência metálicos quando utilizados para a fixação do enxerto na
reconstrução do LCA. Objetivo: Comparar a efetividade dos parafusos de
interferência bioabsorvíveis e metálicos para a fixação do enxerto na
reconstrução do ligamento cruzado anterior, através de meta-análise.
Métodos: Foram pesquisadas as bases de dados: Cochrane Bone, Joint and
Muscle Trauma Group Specialised Register, The Cochrane Library,
MEDLINE, EMBASE, LILACS, Current Controlled Trials e the World
Health Organization Clinical Trials Registry Platform. Ensaios clínicos
randomizados e quasi-randomizado comparando parafusos de interferência
bioabsorvíveis com metálicos foram incluídos na pesquisa. Os desfechos
primários foram função, qualidade de vida, falhas de tratamento e nível de
atividade. Ao menos dois autores selecionaram estudos elegíveis e avaliaram
de forma independente o risco de viés. Os dados relevantes foram agrupados.
Resultados: Onze ensaios envolvendo 981 participantes foram incluídos na
revisão. Em relação à função (avaliada pelo Lysholm), quatro ensaios clínicos
(220 participantes) não mostraram diferenças entre os dois métodos de fixação
com 12 ou 24 meses de seguimento: MD -026, IC 95%, -1,63 a 1,11 e MD
1,10, IC 95% -1,44 a 1,64, respectivamente. Quando realizada a análise de
subgrupos do Lysholm, entretanto, foi observada diferença estatística
favorável ao parafuso metálico, quando o parafuso bioabsorvível era
constituído por Ácido-L-Polilático (PLLA): RR -4,00, 95% CI -7,59 a -0,41.
Três estudos com 24 meses (RR 1,00, 95% CI 0,81-1,24) e dois estudos com 12 meses de seguimento (RR 1,01, 95% CI 0,94-1,08) não mostraram
diferenças no IKDC. Em relação ao nível de atividade (analisado pelo
Tegner), dois estudos (117 participantes) com 12 meses, e três estudos com 24
meses de seguimento não evidenciaram diferenças entre o grupo bioabsorvível
e o grupo que usou parafuso de metal: MD 0.08, 95% CI -0,39 a 0,55 e MD
0,41, IC 95% -0,23 a 1,05, respectivamente. Na análise de subgrupos, houve
diferença estatística favorável ao parafuso de PLLA: RR 1,27, 95% CI 0,49 a
3,30. Apesar da diferença estatística, em nenhum dos desfechos supracitados
observou-se relevância clínica. Em relação às falhas de tratamento, foi
demonstrada uma diferença significativa entre os dois métodos de fixação,
quando considerada a quebra de implante (RR 7,06, 95% CI 1,31-2,75) e
quanto ao risco global de falha do tratamento (RR 1,89, 95% CI 1,31-2,75),
tendo o parafuso bioabsorvível mais falhas nestes aspectos. Em oposição, não
houve diferença significativa para estabilidade, testes funcionais, derrame
articular, re-lesões, infecção, reação de corpo estranho, dor ou limitação de
movimento. Conclusão: Não há evidência que demonstre diferença de
efetividade entre parafusos de interferência metálicos com relação aos
bioabsorvíveis para fixação do enxerto na reconstrução do ligamento cruzado
anterior quanto a função, qualidade de vida e o nível de atividade; entretanto,
há evidências de que parafusos bioabsorvíveis estão associados a mais falhas
de tratamento global e quebra do implante. Os ensaios clínicos randomizados
presentes na literatura fornecem evidências de moderada/baixa qualidade. / Introduction: This review assesses whether bioabsorbable interference
screws may show better results than metal ones when used for fixing the graft
in the reconstruction of the anterior cruciate ligament (ACL). Objective: To
compare the effects of bioabsorbable and metal interference screws for fixing
the graft in the reconstruction of the anterior cruciate ligament, by metaanalysis.
Methods: The following databases were searched: Cochrane Bone,
Joint and Muscle Trauma Group Specialised Register, The Cochrane Library,
MEDLINE, EMBASE, LILACS, Current Controlled Trials and the World
Health Organization International Clinical Trials Registry Platform.
Randomized controlled trials and quasi-randomized trials comparing
bioabsorbable with metal interference screws were included in the survey.
Primary outcome measures were function, quality of life, treatment failures
and activity level. At least two authors selected eligible studies and
independently assessed the risk of bias. The relevant data were pooled.
Results: Eleven trials involving 981 participants were included in the review.
Regarding the function (assessed by Lysholm), four trials (220 participants)
showed no differences between the two fixation methods with 12 or 24
months of follow-up: MD -026, CI 95% -1.63 - 1.11 and MD 1.10, CI 95% -
1.44 to 1.64, respectively. However, when subgroup analysis using Lysholm
score was performed, statistical difference was observed favoring the metal
screw when the bioabsorbable screw was comprised of L-polylactic acid
(PLLA): RR -4.00, CI 95%, -7.59 - -0.41. Three studies at 24 months (RR
1.00, 95% CI 0.81 to 1.24) and two studies at 12 months follow-up (RR 1.01, 95% CI 0.94 to 1.08) showed no differences the in the IKDC. Regarding the
level of activity (analyzed by Tegner activity level scale), two studies (117
participants) at 12 months and three studies at 24 months follow-up showed no
differences between the bioabsorbable group and the group using metal
screws: MD 0.08, 95 % CI -0.39 to 0.55 and MD 0.41, 95% CI -0,23-1,05
respectively. In the subgroup analysis, a statiscally favorable difference was
found for the PLLA screw: RR 1.27, 95% CI 0.49 to 3.30. Despite the
statistical differences, none of the above outcomes has presented clinical
relevance. With regard to treatment failures, a significant difference was found
between the two methods of attachment, when considering the implant breaks
(RR 7.06, 95% CI 1.31 to 2.75) and the overall risk of failure (RR 1.89, CI
95% 1.31 to 2.75), with the bioabsorbable screw having more failures in these
respects. In contrast, there was no significant difference in stability, functional
testing, joint effusion, re-injury, infection, foreign body reaction, pain or
limitation of movement. Conclusion: There is no evidence that demonstrates
an effective difference between metal and bioabsorbable interference screws
for graft fixation in the reconstruction of the anterior cruciate ligament when
considering function, quality of life and level of activity. However, there is
evidence that bioabsorbable screws are associatewith more failures in the
global treatment as well as breaks of the implant. Clinical trials in the
literature provide moderate / low quality evidence.
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Comparação entre tomografia das artérias coronárias e ultrassonografia intracoronária na avaliação de pacientes submetidos a implante de suporte vascular bioabsorvível polimérico radiolucente / Comparison between computed tomography coronary angiography and intravascular ultrasound in measuring coronary segments of patients treated with a radiolucent bioresorbable vascular scaffoldGuimarães, Jorge Augusto Nunes 22 April 2014 (has links)
Introdução: A tomografia das artérias coronárias (ANGIO-TC) tem o potencial de medir as dimensões dos vasos e pode ser opção, aos métodos invasivos, para análises quantitativas em intervenções coronárias com suportes vasculares bioabsorvíveis (SVB) poliméricos radiolucentes. Objetivos: Medidas quantitativas pela ANGIO-TC do lúmen de segmentos coronários de pacientes submetidos a implante de um SVB com eluição de novolimus (DESolve®) foram comparadas às do ultrassom intracoronário (USIC). Os objetivos primários foram a comparação da área mínima e do volume do lúmen do SVB. Outros objetivos incluíram medidas nas margens do dispositivo, de referências do vaso e dos percentuais de estenose do SVB. A precisão de identificação do local de menor dimensão foi estimada pela distância entre este e a borda proximal do SVB. Método: Vinte e um pacientes submetidos a implante de um SVB DESolve e que foram reestudados após 6 meses com cinecoronariografia e USIC realizaram, também, ANGIO-TC. Sem conhecimento dos valores um do outro, um operador, em cada método, efetuou as medidas de volume, área e diâmetro mínimos do lúmen do SVB, de áreas e diâmetros mínimos do lúmen nas margens proximal e distal do SVB, de diâmetros e áreas de referência luminais e dos percentuais de estenose de diâmetros e áreas do SVB. Diferenças entre as médias foram significativas quando testes resultaram o valor de p< 0,05. Coeficientes de correlação foram calculados e a concordância foi analisada pelo método de Bland-Altman. Resultados: Os métodos não se mostraram correlacionados ao medirem área mínima do lúmen do SVB e a ANGIO-TC subestimou significativamente os valores em relação ao USIC (diferença de médias= -1,27 mm2; p= 0,004). As medidas do volume do lúmen do SVB mostraram correlação (r= 0,58; p= 0,006) e foram equivalentes (diferença de mediana= 5,4 mm3; p= 0,14). Em ambas, houve ampla variabilidade entre as medidas (variação percentual do erro de 128% para a área e de 119% para o volume). Os métodos mostraram correlações significativas para todas as demais variáveis. As médias das medidas de diâmetros, pela ANGIO-TC, não mostraram diferenças significativas em relação ao USIC. A ANGIO-TC subestimou significativamente as medidas da área mínima do lúmen no segmento distal ao SVB (diferença= -1,09 mm2; p = 0,017) e da área de referência dos vasos (diferença = -1,34 mm2; p = 0,008). Apesar do viés mínimo, os métodos mostraram ampla variação ao identificar o ponto de menor dimensão do SVB (erro percentual = 186%). A ANGIO-TC, assim como o USIC, não identificou casos de reestenose. Os métodos mostraram melhor nível de concordância ao medirem diâmetros e maiores discrepâncias ao estimarem percentuais de estenose. Conclusões: Em segmentos coronários com SVB polimérico, a ANGIOTC não obteve correlação e subestimou a área mínima do lúmen em relação ao USIC. Quantificações do volume do lúmen foram equivalentes e correlacionadas. Independentemente do nível de correlação, o padrão de concordância das medidas evidenciou um nível de acurácia insatisfatório para a ANGIO-TC substituir o USIC para quantificações de lumens em estudos com SVB radiolucentes, embora permaneça útil para análises visuais na prática clínica. / Computed tomography coronary angiography (CTA) is able to quantify vessel dimensions and might potentially be an alternative to substitute invasive methods for quantitative analysis in percutaneous coronary interventions with bioresorbable vascular scaffolds (BVS). This study compared quantitative measurements derived from CTA images to intravascular ultrasound (IVUS) in coronary segments implanted with radiolucent DESolve(TM) novolimuseluting BVS. Primary objectives were comparisons of BVS minimal luminal area and luminal volume in BVS. Secondary objectives included comparisons of minimal luminal areas and diameters in proximal and distal segments to the BVS, luminal vessel reference areas and diameters and BVS percent area and diameter stenosis. Precision of identifying BVS luminal minimal area were assessed by measuring distance from this point to proximal BVS border. Twenty-one patients underwent both CTA and IVUS, six months after BVS deployment. Each method was performed by an experienced operator, blinded to other\'s quantifications. Correlation coefficients were calculated and mean differences with 95% limits of agreement were assessed by Bland-Altman analysis. A p-value less than 0.05 were considered statistically significant. CTA did not show correlation to IVUS and significantly underestimated minimal luminal area in BVS (mean differences = -1.27 mm2; p = 0.004). Quantitative measurements of luminal volume in BVS were equivalent (median difference = 5.4 mm3; p = 0.14) and showed modest correlation (r= 0.58; p= 0.006). Both variables showed wide limits of agreement (percent error = 128% in minimal luminal area and 119% in luminal volume). Correlations were significant in all other variables. Both methods did not show significant differences quantifying all-segment diameters, and percent area and diameter stenosis. CTA significantly underestimated measurements of minimal luminal area in distal segment after BVS (mean difference = -1,09 mm2; p = 0,017) and luminal reference area (mean difference = -1,34 mm2; p = 0,008). CTA and IVUS showed nonsignificant bias to identify BVS luminal minimal area, but very wide limits of agreement (percent error= 186%). Both methods agreed in showing no cases of binary restenosis. Regardless of correlations or mean differences, all measures showed high variability, caracterized by wide limits of agreement. The least variations resulted from diameter quantifications, whereas estimated percent stenosis presented more disparities. These discrepancies between both methods showed that CTA analysis is still not fully developed to replace IVUS in the assessment of quantitative measurements in vessels treated with BVS. It remains, however, clinically useful for visual qualitative analysis.
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Comparação entre tomografia das artérias coronárias e ultrassonografia intracoronária na avaliação de pacientes submetidos a implante de suporte vascular bioabsorvível polimérico radiolucente / Comparison between computed tomography coronary angiography and intravascular ultrasound in measuring coronary segments of patients treated with a radiolucent bioresorbable vascular scaffoldJorge Augusto Nunes Guimarães 22 April 2014 (has links)
Introdução: A tomografia das artérias coronárias (ANGIO-TC) tem o potencial de medir as dimensões dos vasos e pode ser opção, aos métodos invasivos, para análises quantitativas em intervenções coronárias com suportes vasculares bioabsorvíveis (SVB) poliméricos radiolucentes. Objetivos: Medidas quantitativas pela ANGIO-TC do lúmen de segmentos coronários de pacientes submetidos a implante de um SVB com eluição de novolimus (DESolve®) foram comparadas às do ultrassom intracoronário (USIC). Os objetivos primários foram a comparação da área mínima e do volume do lúmen do SVB. Outros objetivos incluíram medidas nas margens do dispositivo, de referências do vaso e dos percentuais de estenose do SVB. A precisão de identificação do local de menor dimensão foi estimada pela distância entre este e a borda proximal do SVB. Método: Vinte e um pacientes submetidos a implante de um SVB DESolve e que foram reestudados após 6 meses com cinecoronariografia e USIC realizaram, também, ANGIO-TC. Sem conhecimento dos valores um do outro, um operador, em cada método, efetuou as medidas de volume, área e diâmetro mínimos do lúmen do SVB, de áreas e diâmetros mínimos do lúmen nas margens proximal e distal do SVB, de diâmetros e áreas de referência luminais e dos percentuais de estenose de diâmetros e áreas do SVB. Diferenças entre as médias foram significativas quando testes resultaram o valor de p< 0,05. Coeficientes de correlação foram calculados e a concordância foi analisada pelo método de Bland-Altman. Resultados: Os métodos não se mostraram correlacionados ao medirem área mínima do lúmen do SVB e a ANGIO-TC subestimou significativamente os valores em relação ao USIC (diferença de médias= -1,27 mm2; p= 0,004). As medidas do volume do lúmen do SVB mostraram correlação (r= 0,58; p= 0,006) e foram equivalentes (diferença de mediana= 5,4 mm3; p= 0,14). Em ambas, houve ampla variabilidade entre as medidas (variação percentual do erro de 128% para a área e de 119% para o volume). Os métodos mostraram correlações significativas para todas as demais variáveis. As médias das medidas de diâmetros, pela ANGIO-TC, não mostraram diferenças significativas em relação ao USIC. A ANGIO-TC subestimou significativamente as medidas da área mínima do lúmen no segmento distal ao SVB (diferença= -1,09 mm2; p = 0,017) e da área de referência dos vasos (diferença = -1,34 mm2; p = 0,008). Apesar do viés mínimo, os métodos mostraram ampla variação ao identificar o ponto de menor dimensão do SVB (erro percentual = 186%). A ANGIO-TC, assim como o USIC, não identificou casos de reestenose. Os métodos mostraram melhor nível de concordância ao medirem diâmetros e maiores discrepâncias ao estimarem percentuais de estenose. Conclusões: Em segmentos coronários com SVB polimérico, a ANGIOTC não obteve correlação e subestimou a área mínima do lúmen em relação ao USIC. Quantificações do volume do lúmen foram equivalentes e correlacionadas. Independentemente do nível de correlação, o padrão de concordância das medidas evidenciou um nível de acurácia insatisfatório para a ANGIO-TC substituir o USIC para quantificações de lumens em estudos com SVB radiolucentes, embora permaneça útil para análises visuais na prática clínica. / Computed tomography coronary angiography (CTA) is able to quantify vessel dimensions and might potentially be an alternative to substitute invasive methods for quantitative analysis in percutaneous coronary interventions with bioresorbable vascular scaffolds (BVS). This study compared quantitative measurements derived from CTA images to intravascular ultrasound (IVUS) in coronary segments implanted with radiolucent DESolve(TM) novolimuseluting BVS. Primary objectives were comparisons of BVS minimal luminal area and luminal volume in BVS. Secondary objectives included comparisons of minimal luminal areas and diameters in proximal and distal segments to the BVS, luminal vessel reference areas and diameters and BVS percent area and diameter stenosis. Precision of identifying BVS luminal minimal area were assessed by measuring distance from this point to proximal BVS border. Twenty-one patients underwent both CTA and IVUS, six months after BVS deployment. Each method was performed by an experienced operator, blinded to other\'s quantifications. Correlation coefficients were calculated and mean differences with 95% limits of agreement were assessed by Bland-Altman analysis. A p-value less than 0.05 were considered statistically significant. CTA did not show correlation to IVUS and significantly underestimated minimal luminal area in BVS (mean differences = -1.27 mm2; p = 0.004). Quantitative measurements of luminal volume in BVS were equivalent (median difference = 5.4 mm3; p = 0.14) and showed modest correlation (r= 0.58; p= 0.006). Both variables showed wide limits of agreement (percent error = 128% in minimal luminal area and 119% in luminal volume). Correlations were significant in all other variables. Both methods did not show significant differences quantifying all-segment diameters, and percent area and diameter stenosis. CTA significantly underestimated measurements of minimal luminal area in distal segment after BVS (mean difference = -1,09 mm2; p = 0,017) and luminal reference area (mean difference = -1,34 mm2; p = 0,008). CTA and IVUS showed nonsignificant bias to identify BVS luminal minimal area, but very wide limits of agreement (percent error= 186%). Both methods agreed in showing no cases of binary restenosis. Regardless of correlations or mean differences, all measures showed high variability, caracterized by wide limits of agreement. The least variations resulted from diameter quantifications, whereas estimated percent stenosis presented more disparities. These discrepancies between both methods showed that CTA analysis is still not fully developed to replace IVUS in the assessment of quantitative measurements in vessels treated with BVS. It remains, however, clinically useful for visual qualitative analysis.
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