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Sob suspeita: juventudes negras estigmatizadas à mira da violência policial / Under suspicion: stigmatized black youths in the sights of police violenceCosta, Ana Clara Gomes 24 February 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-02-24 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Based on a proposal that sees communication beyond the media processes, this research
investigates how communicative actions present in everyday life corroborate to strengthen
discourses, ideologies and power relations, marginalizing, segregating and stigmatizing blacks
youths, once that it is not recognized by society as a social group formed by subjects of rights.
The racism over blackness and the black body establishes the stereotype of the black person’s
suspicion and attachment to banditry. This reality conceives a trajectory of violence, violations
and inconsistencies with the black population, which is blamed for the high crime rates that
increase the statistics of urban violence in the city of Goiânia. On the basis of racism and socioracial
hierarchization, blacks youths are subjugated and embedded in a chain of extirpation of
formal rights. They are also subject to violent actions by the society and the police, which has
it as the main target of investigations and preventive actions. The police violence is, therefore,
legitimated by society as a way of containing urban violence. This, in turn, is represented by
the association of the blacks youths to the crimes occurred in the spaces of the city. In addition
to the communicative processes of everyday life that contribute to the legitimacy of police
violence, media communication also ratifies racism and exclusion processes, since a discourse
of effectiveness and efficiency is used in the face of police actions that fight crime, under the
constant vigilance and punishment of blacks youth. With the use of the methodological
procedures of the focus group, linked to observation, reporting and documentary analysis, this
research aims to analyze how black bodies are instrumented by communicative actions to
legitimize police violence against the black youth. The reaffirmation of such bodies and the
recognition that it is essential to combat racism stemming from the stigmatization of black
bodies can be a strong point in the fight against racism. / Com base em uma proposta que vê a comunicação para além dos processos midiáticos, esta
dissertação investiga como ações comunicativas presentes no dia-a-dia corroboram para
fortalecer discursos, ideologias e relações de poder, marginalizando, segregando e
estigmatizando as juventudes negras, uma vez que esta não é reconhecida pela sociedade como
um grupo social formado por sujeitos de direitos. O racismo sobre a negritude e o corpo negro
funda o estereótipo da suspeição e da vinculação da pessoa negra ao banditismo. Esta realidade
concebe uma trajetória de violência, violações e incoerências com a população negra, que é
responsabilizada pelos altos índices de crimes que aumentam as estatísticas da violência urbana,
na cidade de Goiânia. Com base no racismo e na hierarquização sociorracial, as juventudes
negras são subjugadas e inseridas em uma cadeia de extirpação de direitos. Elas também são
submetidas a ações violentas da sociedade e da polícia, que a tem como alvo principal de
investigações e de ações preventivas. A violência policial é, portanto, legitimada socialmente
como forma de conter a violência urbana. Esta, por sua vez, é representada pela associação das
juventudes negras aos crimes ocorridos nos espaços da cidade. Além dos processos
comunicativos do cotidiano que contribuem para a legitimação da violência policial, a
comunicação midiática também ratifica o racismo e os processos de exclusão, uma vez que se
utiliza de um discurso de eficácia e eficiência diante das ações policiais que combatem o crime,
sob a constante vigilância e punição impostas às juventudes negras. Com o uso dos
procedimentos metodológicos do grupo focal, vinculado à observação, do relato e da análise
documental, esta dissertação tem como objetivo analisar de que forma os corpos negros são
instrumentalizados pelas ações comunicativas para legitimar a violência policial contra a
juventude negra. A ressignificação de tais corpos e a constatação de que é fundamental
combater o racismo oriundo da estigmatização dos corpos negros pode-se constituir um ponto
forte na luta antirracista.
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